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Bases Científicas
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Aleitamento Materno
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Definições/Classificações de aleitamento
materno adotada pela OMS:
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IMPORTANTE
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BENEFICIOS DO ALEITAMENTO MATERNO – CRIANÇA
Impacto que mais nenhuma outra estratégia possui na redução da mortalidade infantil em
crianças menores de 5 anos!!!!!! – 13% das mortes por causas evitáveis.
1. MELHOR NUTRIÇÃO - nutrientes essenciais para o completo desenvolvimento e crescimento.
1. MENOR CUSTO FINANCEIRO - Para uma família com pouca renda, não amamentar e comprar
fórmulas infantis pode representar grande parte da renda desta família.
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•
BENEFICIOS DO ALEITAMENTO MATERNO - CRIANÇA
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BENEFICIOS DO ALEITAMENTO MATERNO → MÃE
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Anatomia da Mama
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DESENVOLVIMENTO DA MAMA
• O Desenvolvimento da mama se inicia na
vida intra-uterina, com cerca de 6
semanas de gestação.
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FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO
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FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO
Nervos Pele
Parede
sensoriais do adjacente à
torácia
mamilo mama
Medula
Hipotálamo Hipófise
dorsal
Mecanismos
emocionais
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ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO MAMÁRIO
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FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO
Essencial no
Atua sobre a glândula
desenvolvimento
adrenal para síntese e
completo e harmônico
liberação de
da glândula mamária,
hormônios: CORTISOL E
principalmente durante
GLICOCORTICOIDES.
a gestação
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FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO
HORMÔNIOS GH – HORMÔNIO DO
GLICOCORTICÓIDES CRESCIMENTO
Preparam os Direciona os
Atuam durante a ductos mamários nutrientes da
gestação e alvéolos para a mulher para a
lactação produção de leite
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FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO
OCITOCINA
OU
OXITOCINA
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SINTESE DOS COMPONENTES DO LEITE MATERNO
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PROLACTINA
FISIOLOGIA DA
HIPÓFISE LACTAÇÃO
ANTERIOR
OCITOCINA
NÃO ESQUECER!!! HIPÓFISE
POSTERIOR
Ansiedade,
tensão,
INIBIÇÃO DO REFLEXO DE
dúvida,
EJEÇÃO
estresse,
insegurança
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COMPOSIÇÃO E CARACTERISTICAS DO LEITE
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CONSTITUIÇÃO DO LEITE MATERNO
IgA – protetor de infecção Declina rapidamente e se estabiliza
Lactoferrina → se liga a bactérias e impede Lisozima→ vai clivar a parede de bactérias e
a sua proliferação fungos
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TÉCNICA DE AMAMENTAÇÃO
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Retorno ao trabalho
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por até 15 dias no congelador 12h na geladeira
• LICENÇA MATERNIDADE
• GARANTIA DE EMPREGO
• PAUSAS PARA AMAMENTAR
• DIREITO À CRECHE
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DESMAME
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CONTRAINDICÕES - ABSOLUTAS
medicamentos
incompatíveis com
HTLV 1 HIV amamentação
como radiofármacos
e antineoplásicos
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CONTRAINDICAÇÕES - TEMPORÁRIA
Doença de Infecção
Chagas herpética:
Consumo
Varicela: de drogas
de abuso:
Abscesso
mamário
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Não são condições que impedem a continuidade do
aleitamento:
Hanseníase Tuberculose
Cigarro e
Dengue
álcool
Hepatites
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Prevenção e manejo dos principais
problemas relacionados à amamentação
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Prevenção e manejo dos principais
problemas relacionados à amamentação
Demora na “descida do leite
Profissional de saúde deve desenvolver confiança na
mãe, além de orientar medidas de estimulação da mama,
como sucção frequente do bebê e ordenha.
translactação
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Prevenção e manejo dos principais
problemas relacionados à amamentação
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Prevenção e manejo dos principais
problemas relacionados à amamentação
Ingurgitamento mamário
No ingurgitamento mamário, há três componentes básicos:
(1) congestão/aumento da vascularização da mama;
(2) retenção de leite nos alvéolos; e
(3) edema decorrente da congestão e obstrução da drenagem do
sistema linfático.
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Prevenção e manejo dos principais
problemas relacionados à amamentação
Ingurgitamento mamário
• Massagens delicadas das mamas, com movimentos
circulares, particularmente nas regiões mais afetadas pelo
ingurgitamento; elas fluidificam o leite viscoso acumulado,
facilitando a retirada do leite, e são importantes estímulos do
reflexo de ejeção do leite, pois promovem a síntese de
ocitocina;
• Uso de analgésicos sistêmicos/anti-inflamatórios. Ibuprofeno é
considerado o mais efetivo, auxiliando também na redução da
inflamação e do edema. Paracetamol ou dipirona podem ser
usados como alternativas;
• Suporte para as mamas, com o uso ininterrupto de sutiã com
alças largas e firmes, para aliviar a dor e manter os ductos em
posição anatômica;
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Prevenção e manejo dos principais
problemas relacionados à amamentação
Ingurgitamento mamário
• Crioterapia (aplicação de gelo ou gel gelado) em intervalos regulares
após ou nos intervalos das mamadas; em situações de maior gravidade,
podem ser feitas de duas em duas horas. Importante: o tempo de
aplicação das compressas frias não deve ultrapassar 20 minutos devido ao
efeito rebote, ou seja, um aumento de fluxo sanguíneo para compensar a
redução da temperatura local. As compressas frias provocam
vasoconstrição temporária pela hipotermia, o que leva à redução do fluxo
sanguíneo, com consequente redução do edema, aumento da drenagem
linfática e menor produção do leite, devida à redução da oferta de
substratos necessários à produção do leite;
• Se o bebê não sugar, a mama deve ser ordenhada manualmente ou
com bomba de sucção. O esvaziamento da mama é essencial para dar
alívio à mãe, diminuir a pressão dentro dos alvéolos, aumentar a drenagem
da linfa e do edema e não comprometer a produção do leite, além de
prevenir a ocorrência de mastite
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Prevenção e manejo dos principais problemas relacionados à
amamentação
Dor nos mamilos/ mamilos machucados
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Prevenção e manejo dos principais problemas relacionados
à amamentação- Bloqueio de ductos lactíferos
• O bloqueio de ductos lactíferos ocorre quando o leite produzido numa determinada
área da mama, por alguma razão, não é drenado adequadamente.
Manejo
• O tratamento dessa condição deve ser instituído precoce e energicamente, para
que o processo não evolua para mastite.
1. Mamadas frequentes;
2. Utilização de distintas posições para amamentar, oferecendo primeiramente a
mama afetada, com o queixo do bebê direcionado para a área afetada, o que
facilita a retirada do leite do local;
3. Calor local (compressas mornas) e massagens suaves na região atingida, na
direção do mamilo, antes e durante as mamadas;
4. Ordenha manual da mama ou com bomba de extração de leite caso acriança
não esteja conseguindo esvaziá-la;
5. Remoção do ponto esbranquiçado na ponta do mamilo, caso esteja presente,
esfregando-o com uma toalha ou utilizando uma agulha esterilizada
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Prevenção e manejo dos principais
problemas relacionados à amamentação-
MASTITE
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Prevenção e manejo dos principais problemas
relacionados à amamentação-MASTITE
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Prevenção e manejo dos principais problemas relacionados à
amamentação-MASTITE
Manejo
1. O tratamento da mastite deve ser instituído o mais precocemente
possível, pois sem o tratamento adequado e em tempo oportuno a
mastite pode evoluir para abscesso mamário, uma complicação grave.
O tratamento inclui os seguintes componentes:
a) Identificação e tratamento da causa que provocou a estagnação
do leite;
b) Esvaziamento adequado da mama: esse é o componente mais
importante do tratamento da mastite. Preferencialmente, a mama
deve ser esvaziada pelo próprio lactente, pois, apesar da presença
de bactérias no leite materno, quando há mastite, a manutençãoda
amamentação está indicada por não oferecer riscos ao recém-
nascido a termo sadio (AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS, 2000).
A retirada manual do leite após as mamadas pode ser necessária se
não houver esvaziamento adequado;
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Prevenção e manejo dos principais problemas relacionados à
amamentação-MASTITE
c) Antibioticoterapia: indicada quando houver sintomas graves desde o início do quadro, fissura
mamilar e ausência de melhora dos sintomas após 12–24 horas da remoção efetiva do leite
acumulado. As opções são:
cefalexina 500 mg, por via oral, de seis em seis horas;
amoxicilina 500 mg ou amoxicilina associada ao ácido clavulânico (500 mg/125 mg), por via oral, de
oito em oito horas.
Na presença de cepas de S. aureus meticilina-resistentes tem sido recomendado o uso da
vancomicina. Em mulheres alérgicas aos antibióticos betalactâmicos (penicilinas e cefalosporinas),
está indicada a eritromicina 500 mg, por via oral, de seis em seis horas. Os antibióticos devem ser
utilizados por, no mínimo, 10 dias, pois tratamentos mais curtos apresentam alta incidência de
recorrência;
d) Suporte emocional: esse componente do tratamento da mastite é muitas vezes negligenciado,
apesar de ser muito importante, pois essa condição é muito dolorosa, com comprometimento
do estado geral;
e) Outras medidas de suporte: repouso da mãe (de preferência no leito); analgésicos ou anti-
inflamatórios não-esteroides, como ibuprofeno;
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Prevenção e manejo dos principais
problemas relacionados à amamentação-
Abscesso mamário
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Prevenção e manejo dos principais
problemas relacionados à amamentação-
Abscesso mamário - MANEJO
O abscesso mamário exige intervenção rápida e compreende as seguintes
medidas:
A) Drenagem cirúrgica, de preferência sob anestesia local, com coleta de secreção
purulenta para cultura e teste de sensibilidade a antibióticos;
B) Demais condutas indicadas no tratamento da mastite infecciosa, sobretudo a
antibioticoterapia e o esvaziamento regular da mama afetada;
C) Manutenção da amamentação. A mãe pode continuar a amamentar a criança na
mama comprometida. Porém, se a sucção for muito dolorosa, a mãe pode interromper
temporariamente a amamentação na mama afetada até a dor melhorar. A
amamentação deve ser mantida na mama sadia (WORLD HEALTH ORGANIZATION,
2009).
D) Os abscessos mamários não adequadamente tratados podem evoluir para drenagem
espontânea, necrose e perda do tecido mamário. Abscessos muito grandes podem
necessitar de ressecções extensas, podendo resultar em deformidades da mama, bem
como comprometimento funcional. O uso de drogas para supressão da lactação não
está indicado nos casos em que as mães desejem continuar a amamentação.
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Amamentação durante a gravidez:
pode!?
• o hormônio ocitocina, sobre a sua secreção pela estimulação das
mamas e o seu potencial para desencadear o trabalho de parto.
• Pouca ocitocina é liberada pela amamentação e durante a
gravidez o útero fica como que “surdo” para a ocitocina
• Um estudo descobriu que mesmo uma dose elevada de ocitocina
sintética não é capaz de desencadear o trabalho de parto até que
a mulher esteja de termo (Kimura et al 1996)
• Da mesma forma, o mito de que o sexo e o orgasmo podem induzir
o trabalho de parto foi refutado, mesmo para gravidezes de termo
(Tan et al 2006).
• três estudos clínicos separados e a amamentação foi afastada como
causa de perda gestacional, baixo peso ao nascer ou partos pré-
termo
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Investigação recente
Um dos estudos (Madarshahian e Hassanabadi 2012), do Irã,
observou 80 mulheres que engravidaram enquanto
amamentavam e 240 que não amamentavam. Os investigadores
focaram-se nas gravidezes normais (excluindo as que tinham
início como de risco), e não encontraram diferenças na taxa de
incidência de problemas na gravidez, incluindo infeção,
hipertensão e hemorragia. Mais, as mães que amamentaram
durante a gravidez tinham a mesma probabilidade das que não
amamentavam de ter partos de termo, evitando partos pré-
termo.
Os investigadores concluíram:
“Este estudo apoia a posição de que a amamentação
durante uma gravidez normal não está associada a
riscos mais elevados para mães e bebês
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As células encontradas no leite materno são chamadas de
"células linfoides inatas" do tipo 1. Esse tipo de célula
de defesa é considerada de primeira linha contra agentes
infecciosos e tem uma descoberta mais recente em
relação a outras do sistema imune.
O que os cientistas sabem até agora é que elas atuam na
linha de frente da defesa, não possuem receptores
específicos como as demais e sua desregulação está
ligada a algumas doenças autoimunes (quando o sistema
imunológico passa a atacar estruturas saudáveis do
corpo).
"Estávamos procurando a fonte que pode fornecer
proteção imunológica para o bebê, enquanto ele
desenvolve seu próprio sistema imunológico
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Nessa procura, os cientistas encontraram também que
essas células do sistema ajudam a formar a microbiota
intestinal do bebê (conjunto de bactérias intestinais que
também atuam na defesa do organismo contra doenças).
Essas células também podem sobreviver vários anos no
intestino das crianças.
Os pesquisadores também acham que essas células
ajudam a proteger a mãe de contrair uma infecção do
próprio bebê que está sendo amamentado. Segundo o
estudo, essas estruturas podem inclusive mudar para que
o bebê a supere a infecção que está ocorrendo.
"Há um ciclo de feedback que muda a estrutura do
leite materno quando há uma infecção no bebê",
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Secretaria Estadual de Saúde – Rio de Janeiro
,2018
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USP – SP, nov/2019
• https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento
_materno_cab23.pdf
• Tratado de pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria. – 2.ed. – Barueri,
SP: Manole, 2010.
• UNICEF, Fundo das Nações Unidas para a Infância. OMS, Organização
Mundial da Saúde. Dez passos para o sucesso do aleitamento materno.
Disponível em: https://www.unicef. pt/media/2300/iab_10-
medidas_sucesso-aleitamento-materno-2018-09.pdf.
• SENADO FEDERAL. Proposta de Emenda à Constituição, no 1 de 2018.
Disponível em: https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-
/materia/132207.
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