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LIMEIRA
2016
FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA - FIEL
LIMEIRA
2016
AQUELES A QUEM AMAMOS NUNCA
MORREM, APENAS PARTEM ANTES DE
NÓS.
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................11
1.1 Objetivos............................................................................................................................12
1.2 Objetivos Específicos........................................................................................................12
1.3 Justificativa........................................................................................................................12
1.4 Metodologia.......................................................................................................................13
1.5 Organização do Trabalho.................................................................................................13
2.1 Definições...........................................................................................................................15
2.2 Caracterizações das Falhas..............................................................................................16
2.2.1 Curto Circuito Trifásico................................................................................................17
2.2.2 Curto Circuito Monofásico à terra...............................................................................17
2.2.3 Curto Circuito Bifásico Isolado....................................................................................18
2.2.4 Curto Circuito Bifásico à terra.....................................................................................18
2.3 Correntes de Curto Circuito............................................................................................18
2.3.1 Componentes Simétricos e Assimétricos ......................................................................19
2.3.2 Teorema de Fortescue ..................................................................................................21
2.3.3 Sistema por Unidade - PU ...........................................................................................25
2.3.4 Sistema de Base ............................................................................................................26
2.3.5 Método Clássico ...........................................................................................................27
2.3.5.1 Definição das Bases .....................................................................................................28
2.3.5.2 Impedância e Níveis de Curto Circuito da Concessionária ..........................................28
2.3.5.3 Impedância dos Transformadores ................................................................................29
2.3.5.4 Impedância dos Cabos ..................................................................................................30
2.3.5.5 Correntes de Curto Circuito Trifásicas .........................................................................31
2.3.5.6 Correntes de Curto-Circuito Monofásicas (Fase-Terra) ...............................................31
4 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO.....................................................................................44
5.1 Premissas............................................................................................................................48
5.1.1 Equipamentos Envolvidos.............................................................................................48
5.2 Considerações....................................................................................................................51
5.2.1 Definição das Bases......................................................................................................51
5.2.2 Impedâncias Envolvidas em pu. ...................................................................................52
5.3 Valores de Curto-Circuito................................................................................................54
5.3.1 Via Software..................................................................................................................54
5.3.2 Via Equacionamentos...................................................................................................55
5.4 Critérios de Proteção........................................................................................................64
5.5 Tabelas de Ajustes dos Relés de Proteção.......................................................................64
5.6 Verificação Gráfica de Coordenação e Seletividade......................................................65
5.7 Diagrama Unifilar.............................................................................................................67
6 CONCLUSÕES..................................................................................................................68
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................69
11
1 INTRODUÇÃO
1.1 Objetivos
Este trabalho tem como objetivo considerar a importância das correntes de curto-
circuito, decifrar seu significado, estudar formas de calculá-la e meios de proteger as
instalações, apresentar uma boa forma de coordenação dos dispositivos de proteção,
empregando seletividade, utilizando recursos matemáticos e softwares específicos para
projetos de sistemas protegidos.
1.3 Justificativa
Trabalhar com segurança é uma das principais exigências, sempre que a eletricidade
está envolvida, bem como em diversas outras áreas de trabalho. Desde serviços simples a
operações mais complexas, a vida dos envolvidos é o bem mais precioso. Quando o assunto
sistema elétrico de potência é abordado, devem ser considerados todos os riscos que estão
agregados a esta área. Acidentes envolvendo eletricidade podem facilmente levar
profissionais a se afastarem desta área por incapacitação; porém, em muitos casos, estes
acidentes são fatais. (MTE – NR-10, 2004).
13
1.4 Metodologia
2 ESTUDO DE CURTO-CIRCUITO
Um dos problemas mais incidentes nas redes elétricas é o curto-circuito, são também
os que podem causar danos de maior gravidade. Esta parte do trabalho descreve suas
características e efeitos nas redes, bem como suas interações com os materiais.
Estudaremos o Teorema de Fortescue, que é um método de cálculo de correntes e
tensões no ato do curto-circuito que consiste na decomposição dos elementos em partes
iguais, com ângulos de fase diferentes.
2.1 Definições
corrente, o cálculo dos esforços mecânicos dos elementos estruturais dos equipamentos, a
seleção e análise de superação de disjuntores e outros equipamentos de seccionamento e o
dimensionamento do sistema de aterramento e alimentadores.
Além disso, após o projeto e construção, sempre que houver alguma mudança
significativa nos sistemas elétricos, é necessário atualizar o estudo do curto-circuito,
mudanças topológicas e comprimento ou seção de alimentadores, expansão, interligação com
outros sistemas, instalação de novos equipamentos, sobretudo geradores e motores de corrente
alternada (MAMEDE, 2003).
Os curtos-circuitos podem ter sua origem de diversas naturezas, como por exemplo,
queda de arvores, animais silvestres que venham a interagir com as redes, acidentes de
serviço, etc.
Podem ser classificados, com suas respectivas características e variações, em
trifásicos, bifásicos e monofásicos.
Os monofásicos são exclusivamente faltas entre uma fase e a terra, por isso provocam
correntes assimétricas, estudaremos mais a frente o que é a simetria das correntes, e
representam a grande maioria das estatísticas, sendo o de menor intensidade mas podendo
evoluir rapidamente para um curto-circuito bifásico à terra e, mais dificilmente, se não
extinguido rapidamente, para um trifásico.
Os bifásicos também são desequilibrados ou assimétricos, mas de menor reincidência,
porém com valores maiores de correntes e são considerados os mais prejudiciais às
instalações.
Já os trifásicos são equilibrados ou simétricos, porém ocorrem com uma frequência
muito menor em relação aos outros, são mais fáceis de calcular, mas, devido ao seu grande
poder destrutivo, é fundamental conhecermos seus valores para podermos evitar esforços
termodinâmicos demasiados aos componentes do sistema elétrico, acarretando problemas e
custos de manutenção (SCHNEIDER ELETRIC, 2008).
17
ORIGEM OCORRÊNCIA
Trifásico 8%
Bifásico 14%
Monofásico 78%
Fonte: Mamede Filho; Mamede, 2011
Corresponde a uma falta entre as três fases. Este tipo geralmente provoca as correntes
mais elevadas.
Figura 1: Curto Circuito Trifásico
Corresponde a uma falha entre duas fases em tensão fase-fase. A corrente resultante é
menor do que no caso do curto-circuito trifásico, exceto quando a falta se situar nas
proximidades de um gerador.
Fasores para representar as correntes são designados com a letra I com os mesmos
índices atribuídos as tensões, sendo cada um dos fasores do conjunto desequilibrado original
igual à soma de seus componentes, podemos descrever:
(2.1)
Por causa das diferenças de fase dos componentes simétricos de tensões e correntes
num sistema trifásico, dispõe-se de um método simplificado para indicar a rotação de um
fasor de 120°. O resultado da multiplicação de dois números complexos é o produto de seus
módulos e a soma de suas fases. Se o número complexo que exprime um fasor for
multiplicado por um complexo de modulo unitário e fase β, o complexo resultante representa
um fasor igual ao original, deslocado de um ângulo β. O número complexo de módulo
unitário e fase βé um operador que gira de um ângulo β no fasor sobre o qual atua.
Da mesma forma que o operador j provoca uma rotação de 90°, usa-se o símbolo a
para designar o operador que causa uma rotação de 120° e é definido por:
Se o operador for aplicado a um fasor duas vezes, sucessivamente, fará o fasor girar
240°. Três aplicações sucessivas dela giram o fasor 360°.
24
Figura : 9 Operador a
Como vimos mais acima, a síntese de três fasores assimétricos a partir de três
conjuntos de fasores simétricos é feita de acordo com as equações mostradas, agora com essas
mesmas equações iremos decompor três fasores assimétricos em componentes simétricas.
Inicialmente reduzimos o número de incógnitas, exprimindo cada componente de Vb e
Vc como o produto de alguma função do operador a e um componente de Va (ANTONIASSI,
2008).
(2.4)
(2.5)
25
Onde:
(2.6)
(2.7)
(2.8)
a) Corrente de base
(A) (2.9)
b) Impedância base
(Ω) (2.10)
c) Impedância em pu.
(pu) (2.11)
a) Tensão
(pu) (2.12)
b) Corrente
(pu) (2.13)
c) Impedâncias
(pu) (2.14)
(2.15)
A impedância da concessionária pode ser dada diretamente em pu, ou caso seja dada
em ampères deve-se calcular o seu valor em pu (MAMEDE, 2003).
(2.16)
Sendo:
Icc3ϕsimconcess. – Corrente de Curto-Circuito Simétrica Trifásica no ponto de entrega
Ib – Corrente de Base
Z1(pu)concess. – Impedância de Sequência Positiva no ponto de entrega
29
Como o valor da resistência é muito menor que o valor da reatância, na prática este
valor é considerado como nulo. Mas também podemos calcula-lo dividindo a impedância da
concessionária por sua constante de tempo X/R.
Z1(pu)trafo =Z% . Pb / Pt
R1(pu)trafo = Z1(pu)trafo/valor (X/R) (2.17)
X1(pu)trafo = ( Z(pu)² – R(pu)²) ½
Sendo:
Z1(pu)trafo, R1(pu)trafo, X1(pu)trafo – Impedância, Resistência e Reatância Indutiva de
Sequência Positiva do Transformador
Z% – Impedância percentual do transformador (dado de placa)
Pt - Potência do Transformador (em VA)
Pb - Potência Base
Sendo:
R1(pu)cabo, X1(pu)cabo, Z1(pu)cabo – resistência, reatância indutiva e impedância de
sequência positiva do cabo
R por metro e X por metro – resistência e reatância indutiva por metro (dados do fabricante).
Pb - Potência Base (100MVA)
V - Tensão nominal do circuito do cabo (em Volts)
Dist – distância (em metros)
ncpf – número de cabos por fase
Icc3øasim = Fa * Icc3øsim
Icc3øsim = Ib / Z(pu) (2.19)
Sendo:
Icc3øsim - Corrente de Curto-Circuito Simétrica
Ib - Corrente Base
Z(pu) - Impedância equivalente em cada ponto em pu
Icc3øassim - Corrente de Curto Circuito assimétrica
Fa – Razão entre a reatância indutiva de sequência positiva e a resistência de sequência
positiva (X/R) no ponto onde se deseja calcular o curto-circuito assimétrico retirado da tabela
2, utilizaremos sempre no valor 1.
Sendo:
Icc1ø – Corrente de Curto-Circuito Monofásica
Ea – Tensão na Fase
Z1 – Impedância Positiva Equivalente no Ponto
Z2 – Impedância Negativa Equivalente no Ponto
Z0 – Impedância Zero Equivalente no Ponto
Ib – Corrente de Base no Ponto
32
pelo menos o tempo do próprio, mais o tempo do relé e uma certa margem de tolerância.
(CAMINHA, 1977).
A configuração correta de um relé de sobrecorrente (função 50/51) requer um
conhecimento sobre os valores das correntes de curto-circuito em cada um dos pontos do
sistema. Os principais são:
Diagrama unifilar do sistema a ser estudado;
As impedâncias do sistema;
Os valores máximos e mínimos das correntes de falta sobre cada componente de
proteção;
As correntes de partida de motores e de “inrush” de transformadores;
Picos de corrente de carga.
3.1 Seletividade
Este conceito se baseia no princípio de que em uma rede, a corrente de falta é menor
em relação à distância da fonte, ou seja, é sempre menor quanto mais distante do curto-
circuito.
Portanto, seu funcionamento é de forma que a cada seção de distribuição é instalado
um relé de proteção e o nível de corrente de curto-circuito regulado é menor do que o valor de
curto-circuito calculado e superior ao valor à jusante. Com isto, cada proteção funciona
somente para as faltas ocorridas abaixo de sua posição e insensível às falhas que aparecem
acima.
O inconveniente disto é que é difícil definir as regulagens de duas proteções em
cascata que garantam uma boa seletividade, quando a corrente não decresce de modo
significativo entre dois setores próximos (SCHNEIDER ELETRIC, 2008).
Enquadram-se aqui os dispositivos instantâneos instalados no primário de
transformadores, que apresenta uma impedância muito grande entre os pontos em que se está
fazendo a seletividade.
Se tivermos uma falta no setor D, este deve estar programado para suportar uma
corrente de curto-circuito com um tempo menor do que C, e por sua vez menor do que B, e
assim com A. Como podemos observar na figura, a corrente de curto circulará por todo o
sistema, porém assim que extinguida no tempo de D, A, B e C não atuarão, pois a corrente já
desaparecera.
A vantagem deste conceito é sua simplicidade, porém em um sistema com número de
setores muito grande o tempo se torna incompatível com a suportabilidade dos equipamentos
com a corrente de curto-circuito (SCHNEIDER ELETRIC, 2008).
O tempo de disparo das proteções de forma consecutiva tem que ser igual ao tempo de
abertura do disjuntor somando um intervalo de coordenação que corresponde à atuação das
proteções. Estes valores de intervalo de coordenação variam entre 0,3 e 0,5 segundos
(MAMEDE, 2003).
Segundo MAMEDE (2003) este tipo de seletividade pode ser aplicada a um sistema
elétrico através das combinações seguintes:
Fusível em série com Fusível;
Fusível em série com Disjuntor de ação termomagnética;
Disjuntor em série entre si.
36
(3.1)
É importante ressaltar que quando é feita a seletividade entre fusíveis do mesmo tipo
os quais apresentam valores de corrente subsequentes, a seletividade entre eles é estabelecida
naturalmente.
(3.2)
No caso do disjuntor a montante, o tempo de atuação do relé de proteção do disjuntor
deverá ser igual ou superior a 100ms ao tempo do disparo do fusível:
(3.3)
37
(3.4)
(3.5)
38
Ao se unir tempo e corrente a análise fica mais simples. A análise feita com plotagem
que definirão a atuação do referido sistema de proteção. Estas curvas são plotadas em
coordenogramas, que nada mais são que gráficos de tempo versus corrente. Tais curvas
obedecem às equações definidas por normas (IEC, IEEE...). Como por exemplo, abaixo:
39
Tais relés que utilizam esta discriminação são chamados de relés de tempo inverso, onde a
corrente e tempo são correlacionados de forma inversa, ou seja, quanto maior a corrente de
falta, menor será o tempo de atuação do relé.
Estas curvas são produtos de equações que definem os tempos de atuação dos relés de
acordo com sua característica. Existem duas normas que definem tais expressões, IEC e
ANSI. Como tais expressões de ambas as normas são próximas, trabalharemos com a norma
IEC.
(3.6)
Onde:
t – tempo de operação do relé;
k – dial de tempo (ou TMS – Time Multiplier Setting);
I – corrente de falta;
Is – corrente de pick-up
40
Sendo que:
(3.7)
FSC – Fator de Sobrecarga
RTC – Relação de Transformação do Transformador de Corrente
É importante salientar também que os fatores de sobrecarga são típicos, e nem sempre
se aplicam a todos os casos.
Motores: Maiores e de maior importância utiliza-se valores baixos (<1) e menores e de
menor importância, de 1 a 1.10;
Linhas, transformadores e geradores: de 1.25 a 1.50;
Alimentadores de distribuição: Até 2.0.
A corrente de pick-up é o valor de corrente a partir da qual o relé irá atuar, ou seja, é o
valor mínimo que o relé ao observá-la, irá iniciar sua contagem de atuação. Como o tempo de
atuação é inversamente proporcional à corrente, para o valor de corrente de pick-up o tempo
de operação do relé é alto se comparando aos tempos de atuação para valores maiores de
corrente, como a de curto-circuito.
Já α e β são valores que irão determinar a excentricidade da curva, existem
basicamente quatro características:
A figura abaixo mostra uma família de curvas de característica Normal Inversa, cada
uma com seu respectivo valor de TMS, como especificado no próprio gráfico:
Figura 15: Família de Curvas Normal Inversa (IEC) com seus Respectivos TMS
4 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
4.2.1 Fusíveis
Figura 17: Características tempo x corrente dos Fusíveis tipo gG e aM, Respectivamente
(4.1)
Sendo:
K = 0,5 para Ipm < 40A
K = 0,4 para 40A < Ipm < 500A
K = 0,3 para Ipm > 500ª
Onde:
Inf = corrente nominal do fusível
Ipm = corrente de partida do motor
46
Este estudo abrangerá uma planta industrial fictícia desde a entrada em 11,9kV da
concessionária em cubículos de média tensão e sua distribuição em quatro circuitos diferentes
em outras nove subestações, conforme diagrama unifilar apresentado no “ANEXO A”.
Apresentará os valores de equipamentos envolvidos, dos condutores utilizados e de correntes
de curto-circuito, visando projetar o sistema de proteção desta planta.
A sistemática utilizada começa com a elaboração do diagrama unifilar contendo todas
as características elétricas do sistema, a partir disto poderão ser aplicados os cálculos e o
desenvolvimento no software, baseados no mesmo algoritmo.
5.1 Premissas
Transformadores
Quadro 1: Transformadores
CORRENTE PONTO
POTÊNCIA PRIMÁRIO IMPEDÂNCIA
TAG LOCAL SECUNDÁRIO(V) NOMINAL ANSI
(VA) (V) (%)
(A) (A)
TM1 B3 2500000 11900 400 7% 121 1730,3
TM2 B4 2500000 11900 400 7% 121 1730,3
TM3 B5 2500000 11900 400 7% 121 1730,3
TM4 B6 2500000 11900 400 7% 121 1730,3
TM5 B7 2500000 11900 400 7% 121 1730,3
TM6 B8 2500000 11900 400 7% 121 1730,3
TM7 B9 2500000 11900 400 7% 121 1730,3
TM8 B10 2500000 11900 400 7% 121 1730,3
TM9 B11 3000000 11900 400 7% 145 2073,5
Quadro 3:Concessionária
Correntes de Correntes de
Local Curto-Circuito X/R Curto-Circuito X/R
Trifásico (A) Fase-Terra (kA)
11.9kV 8841 31,58 9110 45,96
Fonte: Autoria Própria
Busways
Classe de
Local Comprimento Tipo de Capacidade de
Circuito Tensão
DE / PARA (metros) Condutor Condução (A)
(kV)
BW1 TM1 10 0,40/0,231 Cu 4000
BW2 TM2 10 0,40/0,231 Cu 4000
BW3 TM3 10 0,40/0,231 Cu 4000
BW4 TM4 10 0,40/0,231 Cu 4000
BW5 TM5 10 0,40/0,231 Cu 4000
BW6 TM6 10 0,40/0,231 Cu 4000
BW7 TM7 10 0,40/0,231 Cu 4000
BW8 TM8 10 0,40/0,231 Cu 4000
BW9 TM9 10 0,40/0,231 Cu 4000
Fonte: Autoria Própria
51
Cargas Equivalentes
Quadro 5: Cargas
5.2 Considerações
Para os cálculos foram definidas as bases para Potência igual a 100 MVA e Tensão
igual a 11900 V, dando uma corrente de base de aproximadamente 4850 A.
52
Quadro 11: Valores de Corrente de Curto-Circuito Via Equacionamentos Descritos Neste Trabalho
Barra Zeq
B1 0,5493
B2 0,5493
B3 0,6329
B4 0,6489
B5 0,6649
B6 0,6710
B7 0,6929
B8 0,7147
B9 0,6295
B10 0,6596
B11 0,5711
62
B12 3,4173
B13 3,4333
B14 3,4493
B15 3,4553
B16 3,4772
B17 3,4991
B18 3,4139
B19 3,4440
B20 2,8962
Barra Zeq
B1 0,5334
B2 0,5334
B3 0,7189
B4 0,7528
B5 0,7867
B6 0,7910
B7 0,8355
B8 0,8799
B9 0,6963
B10 0,7526
B11 0,5778
B12 3,5065
B13 3,5404
B14 3,5743
B15 3,5786
B16 3,6230
B17 3,6675
B18 3,4838
B19 3,5402
B20 2,8986
Fonte: Autoria Própria
63
B1 Z1 B3 Z9 B4 Z10 B5 Z5
ALPHA
Z14 Z15 Z16
TM1 TM2 TM3
B12 B13 B14
B1 Z2 B6 Z11 B7 Z12 B8 Z6
CHARLIE
B1 Z3 B9 Z13 B10 Z7 B2
DELTA
Z20 Z21
TM7 TM8
B18 B19
B1 Z4 B11 Z8 B2
ECHO
Z22
TM9
B20
Para calcularmos as correntes de curto circuito trifásicas devemos somar todas as impedâncias
de sequência positiva existentes no circuito até o ponto ou barra desejada. Como por exemplo, abaixo:
Quadro: 15: Tabela de Ajuste para Relés dos Trafos Quadro 16: Tabela de Ajustes par a Relés das Barras
Corrente
Disju Temp de
Trafo Disjuntor Tempo BARRA
Corrente de ntor o Sobrecarg
Sobrecarga a
ENTR
TM1 QF16 1s 121A B1/B2 ADA 1s 1200A
QF37 500ms 121A QF10 1s 350A
QF17 1s 121A B3/B6 QF11 1s 245A
TM2 700m
QF38 500ms 121A QF1 s 1200A
QF18 1s 121A QF12 1s 245A
TM3 B4/B7
QF39 500ms 121A QF13 1s 121A
800m
B5/B8
TM4 QF25 1s 121A QF14 s 121A
QF40 500ms 121A QF28 1s 245A
QF26 1s 121A B9 QF29 1s 121A
TM5 700m
QF41 500ms 121A QF3 s 1200A
QF27 1s 121A B10 QF30 1s 121A
TM6
QF42 500ms 121A QF34 1s 121A
B11 700m
TM7
QF32 1s 121A QF4 s 121A
65
TM 9
66
Conforme podemos verificar no “ANEXO A”, o diagrama unifilar dos dois campos de
tensões realizado para a modelagem de um sistema elétrico de potência fictício deste trabalho.
O sistema trabalha na tensão 11,9 kV no lado de média tensão e 400 V no lado de baixa
tensão, contém 10 subestações, sendo 1 principal de distribuição com 2 disjuntores de entrada
com barras redundantes com disjuntor de link de barras, fornecendo 4 circuitos e possuindo 8
disjuntores de saída, pois o sistema opera em anel.
Conforme Quadro 13, chamaremos de anéis ALPHA (QF1/QF6), CHARLIE
(QF2/QF7), DELTA (QF3/QF8) e ECHO (QF4/QF8). O anel ALPHA possui 3 subestações, o
anel CHARLIE possui 3 subestações, o anel DELTA possui 2 subestações e o anel ECHO
somente 1.
68
6 CONCLUSÕES
Com os materiais apresentados neste trabalho foram realizados os cálculos para que se
fosse obtido os valores de corrente de curto-circuito de uma planta de maneira manual e
sistemática, sendo posteriormente comparados aos valores apresentados pelo
desenvolvimento no software. Abaixo segue a tabela de variação por cento para cada valor
obtido de corrente de curto-circuito trifásica e monofásica:
Quadro 16: Variação para ICCs Trifásicas e Monofásicas Entre Calculado e Software
VARIAÇÃO VARIAÇÃO
BARRA LLL (%) LG (%)
B1 0 0
B2 0 0
B3 4,12
B4 5,36
B5 5,98
B6 5,86
B7 6,52
B8 7,16
B9 3,91
B10 5,10
B11 1,22
B12 1,08 -17,23
B13 1,24 -16,49
B14 1,42 -15,76
B15 1,55 -15,67
B16 1,73 -14,68
B17 1,93 -13,63
B18 1,19 -17,54
B19 1,62 -16,29
B20 1,47 -21,58
Fonte: Autoria Própria
Houve uma pequena variação nos resultados obtidos, se mostrando uma ferramenta
útil para a utilização no campo de trabalho, em qualquer tipo de planta.
Sempre que houver qualquer alteração significante na planta podemos cálcular
novamente os valores de curto-circuito para mantermos sempre as instalações protegidas e
assim garantindo a vida dos colaboradores e a integridade dos equipamentos.
69
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAMINHA, Amadeu C. Introdução à Proteção dos Sistemas Elétricos. 1ª ed. Edgard Blucher
Ltda., 1977.
GRAINGER J.; STEVENSON JR W. Power System Analysis. Mcgraw Hill Inc., 1994.