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INDICAÇÕES

¨ Indivíduos que se encontrem em condição de


instabilidade hemodinâmica- A taxa de infusão deve
ser controlada de modo que o acesso a vasos de alto
fluxo é condição indispensável.

¨ Drogas como noradrenalina e adrenalina devem ser


administradas, quando em infusão contínua, somente
por acessos centrais, sendo a dopamina e dobutamina
aceitáveis em acessos periféricos (porém, idealmente,
deveriam ser administradas em veias de alto fluxo).
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¨ Naqueles pacientes em que o uso do trato


gastrintestinal é impossível ou insuficiente pode-se
lançar mão do uso de soluções de nutrição
parenteral que devem ser administradas em vasos
de alto fluxo, pelas características de concentração
dessas soluções.
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¨ Determinadas medicações e substâncias devem ser


administradas em vasos de altos fluxos pelo
potencial de lesão e indução de flebite nas veias
periféricas: soluções concentradas de cloreto de
potássio, fenitoína, amiodarona, claritromicina e
quimiotcrápicos, entre outras.

¨ A passagem de marca-passo transvenoso é outra


indicação de punção venosa central.
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¨ A incapacidade de aquisição de acesso venoso


periférico, sendo este indispensável, é indicação de
acesso venoso profundo, sendo as condições que
podem interferir com esta acessibilidade as mais
diversas, desde extensas lesões sobre a superfície
corpórea do paciente até ausência de veias
puncionáveis por edema ou intensa desidratação.
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¨ Já há algum tempo é utilizada a medida da


pressão venosa central (PVC) para estimar a
volemia de pacientes. Esta é a pressão de
enchimento do átrio direito que é considerada,
isoladamente, com base em estudos recentes, um
mau preditor de volemia ou resposta volêmica.
CONTRA
INDICAÇÕES
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¨ Utilizar a via de maior experiência por parte do


profissional.

¨ Caso houver risco de lesão e sangramento, preferir os


sítios compressíveis (acesso femoral ou técnicas de
passagem periférica: jugular externa ou antecubital ).

¨ Se possível, desconectar o paciente do ventilador


mecânico ou reduzir as pressões do sistema, em
especial nas punções de risco para pneumotórax como
são os acessos à veia subclávia.
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¨ Nas indicações não urgentes administrar plasma,


plaquetas ou simplesmente desligar a infusão da
heparina, por exemplo, por intervalo de tempo
adequado para proceder a punção com o menor risco
de complicação.

¨ Não há determinação específica dos níveis seguros dos


tempos de coagulação ou contagem de plaquetas,
sendo o bom senso que vai guiar essas intervenções.

¨ De qualquer maneira contagens de plaquetas abaixo


de 30.000/mm3 podem estar associadas a
sangramento que tragam risco de morte
TIPOS DE CATETERES
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¨ Os cateteres mais comumente utilizados são:


• Calibre 5 French para recém-nascidos.
• Calibre 7 French para lactentes.
• Calibre 8 a 11 French para crianças maiores e adultos.

q O comprimento do cateter deve ser determinado pela


profundidade de inserção em relação aos pontos de
referência anatômicos do paciente.

q Como o risco de infecção aumenta proporcionalmente


ao número de lúmens, o cateter deve conter o menor
número de lúmens necessário.
VIAS DE ACESSO
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¨ As principais vias de acesso do território da veia


cava superior são:
Ø Veia Jugular Interna
• Acesso anterior
• Acesso intermédio
• Acesso posterior
Ø Veia subclávia
• Infraclavicular
• Supraclavicular
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¨ A via de acesso ao território da veia cava inferior


é a punção da veia femoral, acesso cujas grandes
vantagens são sua relativa facilidade de aquisição,
fato de ser sítio compressível e não necessitar de
mobilização cervical ou decúbito horizontal.
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TÉCNICA
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¨ Posição do Paciente
• Decúbito dorsal horizontal, ideal posição em
Trendelemburg nos acessos a veia cava superior,
para evitar embolia aérea e facilitar a punção
pelo ingurgitamento dos vasos do pescoço.
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• Uso de Coxim facilita a


apresentação da área a
ser puncionada. Deve ser
colocado na região
interescapular em posição
vertical de modo a
promover a extensão do
pescoço e afastamento dos
ombros.
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¨ Degermação da superfície ao redor do sitio de


punção por meio do uso de solução própria (à base
de clorexidine ou iodo-povidona).
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¨ Antissepsia Pessoal
Lavagem das mãos e adoção das precauções de
barreira completa (máscara, gorro, avental cirúrgico,
luvas estéreis e campos estéreis)
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¨ Além dos equipamentos de proteção individual, o


material necessário para a inserção de cateteres
venosos centrais inclui:
• Bolsa e equipo de soro;
• Anestésico local;
• Campo estéril;
• Gaze estéril;
• Bisturi;
• Kit de cateter central (contendo agulha, fio guia, dilatador e
cateter intravenoso);
• Agulha e fio para fixação do cateter à pele
• Curativo transparente estéril.
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¨ Faz nova antissepsia tópica e a colocação dos


campos estéreis.
¨ Anestesia local, agulha fina, com solução de
lidocaína. Anestesiando-se apenas o trajeto virtual
da agulha de punção.
¨ Procede-se então a punção efetuando uma pressão
de sucção no êmbolo da seringa, a qual está
acoplada a agulha de punção, até observar o
preenchimento desta com sangue
Cateter dentro da agulha – “intracath”
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Cateter sobre fio-guia (técnica de
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Seldinger)
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REPAROS
MECÂNICOS
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¨ Paciente com a cabeça levemente estendida e


rodada para lado oposto ao da punção.
¨ Dá-se preferência ao lado direito, pois as
complicações como pneumotórax, hemotórax e
quilotórax são mais frequentes após tentativas de
punção do lado esquerdo.
¨ Além disso, o caminho entre a veia jugular interna
direita e o átrio direito é mais direto.
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¨ O local de referência é o triângulo de Sedillot,


formado em sua base pela clavícula e lateralmente
pelas porções esternal e clavicular do músculo
esternocleidomastoideo.

¨ O procedimento se inicia pela introdução da


agulha pouco acima do ápice do triângulo em
ângulo de 30 a 45 graus em relação ao plano
coronal, em direção ao mamilo ipsilateral,
aplicando sucção leve.
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¨ A punção da veia pela via anterior é feita na


borda anterior do músculo esternocleidomastoideo,
na porção média entre a mastoide e a clavícula,
em direção à base do triângulo, com angulação de
30 graus.
¨ A punção da veia pela via posterior é feita na
borda posterior do esternocleidomastoideo, ao
nível da união de seu terço médio com o inferior,
em direção à fúrcula esternal, com angulação de
30 graus em relação à pele.
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• Acesso Infraclavicular
• Acesso Supraclavicular
Acesso Infraclavicular
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¨ Abaixo da clávicula (junção com o seu terço médio e


seu terço distal);
¨ Agulha orientada horizontalmente e profundamente;

¨ Bem rente a clávicula (evitar pneumotórax);

¨ A posição do paciente: Ombros afastados por um


coxim na vertical entre as escápulas e o paciente
desconectado momentaneamente do ventilador
mecânico(se possível).
Acesso Supraclavicular
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¨ Punção na fossa supraclavicular junto à inserção da


cabeça da clavícula do músculo esternocleidomastóideo
e a clavícula bem junta desta;

¨ Agulha voltada para a junção manúbrio-esternal

¨ A distância percorrida é pequena;

¨ Potencial de pneumotórax relativamente alto.


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¨ Localiza-se o pulso da artéria femoral abaixo do ligamento


inguinal (meia distancia entre a espinha ilíaca
anterossuperior e a sínfise púbica);

¨ As veias femorais são mediais as artérias;

¨ Punção alguns centímetros abaixo do ligamento inguinal


(evitar seu trajeto intra-abdominal);

¨ Angulação cerca de 45º em relação ao plano horizontal


até encostar no vaso;

¨ A orientação horizontal deve ser paralela ao trajeto da


artéria femoral.
COMPLICAÇÕES
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1. Punção acidental de carótida, formação de hematomas.


2. Punção acidental de traquéia, lesão de nervo recorrente laríngeo.
3. Embolia aérea, pneumotórax.
4. Trombose, flebite, sépse.
5. Má-posição, perda e embolia do cateter.
6. Lesão cardíaca pelo cateter
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¨ As complicações relacionadas à cateterização


venosa central podem ser mecânicas, infecciosas e
tromboembólicas.
¨ MECÂNICAS:
¤ Punção arterial
¤ Hematoma
¤ Pneumotórax
¤ Hemotórax (associados à cateterização de veia jugular
interna e subclávia)
¤ Arritmia e colocação imprópria do cateter

Medicina (Ribeirão Preto) 2012;45(2): 208-14


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PRONTO-SOCORRO: MEDICINA DE EMERGÊNCIA - 3ª EDIÇÃO, 2012


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¨ Apenas 3,5% (7/197) das punções apresentaram complicações com


repercussão clínica e necessidade de intervenção, sendo quatro casos
de pneumotórax (2%), dois de hemotórax (1%) e um de hidrotórax
(0,5%).
¨ Pneumotórax: três foram submetidos a drenagem pleural fechada.
Destes, dois, que estavam graves no momento das punções, evoluíram
com óbito. Apenas um caso de pneumotórax não foi drenado, pois
somente foi identificado após o óbito do paciente ao revisar as
radiografias de tórax.
¨ Os dois pacientes com hemotórax foram submetidos a drenagem
pleural, e o caso de hidrotórax foi conduzido com toracocentese.

J Pediatr (Rio J). 2007;83(1):64-70: Veia subclávia, criança, cateterismo venoso central, complicações.
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¨ O pneumotórax é o acúmulo de ar entre as pleuras


parietal e visceral, levando ao aumento da pressão
intratorácica, com colapso do tecido pulmonar
ipsilateral, resultando em grave anormalidade da
relação ventilação-perfusão, redução da
capacidade vital, do volume-minuto e do retorno
venoso, levando à hipóxia por aumento do shunt
pulmonar
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¨ Redução dos volumes pulmonares


¨ Diminuição da Complacência Pulmonar
¨ Reduz a capacidade de difusão
¨ Hipoxemia se 50% do pulmão for afetado
¤ Efeito “shunt”
¨ Dependente da condição respiratória subjacente
do paciente
¨ Distanciamento entre
pleura visceral e parietal

¨ Área hiperlúcida

¨ Ausência de trama vaso-


brônquica

¨ Inspiração x expiração

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