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SECRETARIA MUNICIPAL PREFEITURA DE

DE POLÍTICA URBANA BELO HORIZONTE

PARCELAMENTO do SOLO
Novo Plano Diretor Minicurso SMPU
Julho, 2020
Apresentação do MiniCurso
Novo Plano Diretor de Belo Horizonte

O novo Plano Diretor de Belo Horizonte, instituído pela Lei nº 11.181, de 8 de agosto de 2019, constitui o instrumento básico da
política urbana do Município. Além de conter as diretrizes gerais para o desenvolvimento urbano de nossa capital, o Plano é um
instrumento voltado para a prática da elaboração de projetos de parcelamento do solo e de edificações em BH, na medida em que
incorpora as regras relativas a tais temas que, anteriormente, estavam incluídas na Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo.

Ainda que a maior parte dos parâmetros para parcelamento e ocupação esteja contida no Anexo XII da Lei, de forma clara e
objetiva, a aplicação dos mesmos no desenvolvimento de projetos pode suscitar dúvidas e questionamentos - como, de fato, já
vem ocorrendo desde a publicação da lei até hoje.

Ciente desse contexto, a Secretaria Municipal de Política Urbana desenvolveu o MiniCurso do Plano Diretor, cujo objetivo é clarear
a aplicação do texto legal e de seu regulamento no desenvolvimento de projetos. Por meio de gráficos, detalhamentos e
ilustrações, o material conduz os profissionais e os cidadãos interessados na questão urbana pelos conceitos e regras na nova
legislação, apresentando a motivação técnica das medidas e orientando-os sobre sua aplicação na prática. Cabe ressaltar, contudo,
que o MiniCurso não tem como objetivo esgotar as discussões sobre a aplicação do Plano, especialmente aquelas de caráter
específico, levantadas no contexto do exame de projetos.

Certos de que o material será de grande valia, é com satisfação que o disponibilizamos para a livre consulta por qualquer cidadão.

Secretaria Municipal de Política Urbana


Julho de 2020
MÓDULO 2
Regras Gerais para o Parcelamento do Solo
Conteúdos LEGISLAÇÃO
Módulo 2 - Regras Gerais para Parcelamento do Solo

Neste módulo, é feita uma breve introdução às modalidades de


Parcelamento do Solo, a saber: loteamento, desmembramento,
modificação de parcelamento e reparcelamento.

Em seguida, são apresentadas as Disposições Gerais aplicadas ao


Parcelamento do Solo, que perpassam regras sobre diversos
aspectos, tais como:
LEI Nº 11.181/19
- áreas não edificáveis;
Plano Diretor
- frente dos lotes;
- extensão das testadas;
- transferência de áreas ao Município;
- Elups - Espaços Livres de Uso Público;
- EUCs - Equipamentos Urbanos Comunitários;
- APPs - Áreas de Preservação Permanente e UPs - Unidades
de Proteção;
- hipóteses de parcelamento condicionado à emissão de laudo
DECRETO Nº 17.273/20
por Responsável Técnico;
Decreto regulamentador
- implantação de sistema viário.
Modalidades Nos parcelamentos
e alterações de
Parcelamento do Solo parcelamento do
solo, apenas
poderão restar
áreas indivisas que
possam constituir
lotes.

Loteamento Desmembramento Modificação Reparcelamento


Subdivisão de gleba em Subdivisão de gleba Divisão ou alteração das Alteração de parte ou de
lotes, com abertura de em lotes, com dimensões de lotes todo o parcelamento que
novas vias ou aproveitamento do aprovados, que não implique modificação do
prolongamento, sistema viário implique modificação do sistema de circulação, dos
modificação ou existente sistema de circulação, Elups ou das áreas
ampliação das dos Elups ou das áreas destinadas à instalação de
existentes destinadas à EUC EUC.
Áreas
Não PRAZOS:
O projeto de
Edificáveis
parcelamento e/ou
alteração devem
Condicionamento ser protocolado em
de Laudo cartório até 180
EUC dias após sua
aprovação
Sistema
Viário

Extensão máxima da
Lotes com frente exclusiva somatória das testadas
para faixas de domínio de 200m
rodovias, cabendo ao
proprietário regularizar o acesso,
para fins de ocupação, junto aos
órgãos responsáveis pela gestão ELUP
da rodovia.

Lotes devem
confrontar-se com
via pública,
vedada a frente
exclusiva para via de
pedestres; exceto em
ZEIS e AEIS
É admitida a conversão da transferência de
área em pagamento em dinheiro, a ser
É obrigatória a destinado ao Fundo de Centralidade, nas
transferência seguintes hipóteses:
ao Município
de, no mínimo,
I - glebas de até 10.000m²
15% da área
EUC II- Os 15% exigidos resultarem área menor
que o lote mínimo do zoneamento
A transferência de
áreas ao Município
NÃO SE APLICA às
glebas com área
inferior a 800m² ELUP Não são As áreas devem
contabilizadas ser entregues
nessa % as cercadas e com
UPs - Unidades passeios
A transferência de Preservação implantados
poderá ser feita
em área externa
ao parcelamento

A nova área
Tal transferência
deverá apresentar
fica condicionada
valor ≥ ao da área Sistema
ao atendimento
original,aplicando da demanda por Viário
para a conversão, equipamentos NÃO
o ITBI. públicos é contabilizado
nos 15%
As áreas públicas em PA-1
poderão ser parceladas, Nas glebas com
devendo ser
preferencialmente

área 30.000m²
destinadas a Elups, sendo será destinado a
vedada sua ocupação Elups no mínimo
1/3 de
15% da área

Não são computados


como Elups os canteiros
ELUPS podem ter
centrais ao longo das
área maior que a
ELUP vias e as praças de
máxima, caso haja
rotatória.
interesse público Espaços Livres
de Uso Público
Áreas
Verdes,
Parques, No desmembramento, a
Praças implantação dos Elups
e Similares deve ser garantida pelo
depósito, confiado ao
Devem ter acesso a partir de via Executivo
pública, inclusive de pedestre
Esse acesso pode ser
compartilhado
com EUC ou outro ELUP desde
que tenham frente para logradouro
público
Comunitários
Educação
São imóveis
Saúde
passíveis de gerar
Cultura
TDC aqueles
Lazer
considerados
Segurança
necessários para
Similares
implantação de EUC
EUC; Equipamentos
Urbanos e
Comunitários
Urbanos
Abastecimento de água,
Serviço de Esgoto,
Energia Elétrica, Coleta
de águas Pluviais, Rede
É admitida a Telefônica, Gás
implantação Canalizado, Coleta e
de HIS, Tratamento de Lixo e
desde que Reciclagem
associada aos
equipamentos.

Se for de interesse
público, pode ter
área maior que a
máxima
ÁGUAS CANALIZADAS
Áreas Até 15m de largura a partir
Não de suas margens, a ser UPs
Edificáveis determinado pelo Executivo Áreas não
APP parceláveis.
Não se aplicam
Áreas de
parâmetros urbanísticos e
interesse poderão ser agregadas,
ambiental, ÁREAS DE SERVIDÃO devendo ser identificadas
entendidas Áreas relativas aos diversos e descritas nas certidões e
como as áreas serviços públicos existentes, nas plantas
de preservação conforme descrição do
permanente órgão responsável pelo
definidas pela respectivo serviço.
legislação
federal;
APPs
Caso haja As áreas não edificáveis
interesse público FAIXAS definidas como APPs deverão
ambiental, DE DOMÍNIO ser incorporadas a um lote ou
comprovado por Faixas não edificáveis de conjunto de lotes aprovados,
laudo, UPs e APPs 15m de largura a partir tendo sua natureza identificada e
poderão ser de cada lado das faixas descrita na certidão de origem e
transferidas ao na planta de parcelamento do
de domínio público das
Município, sendo solo, Apenas poderá ser
rodovias e ferrovias, salvo constituído lote inteiro em APP
computadas,
apenas metade maiores exigências da se o mesmo for destinado a
de sua área, até o legislação específica ou implantação de Elup.
máximo de 5% da do órgão responsável pelo
gleba parcelada. domínio;
Condicionamento Alagadiças / Sujeitas
de Laudo Inundação
Parcelamentos Laudo que
condicionado à ateste a viabilidade de ocupação
emissão de laudo
por responsável
técnico

Aterradas com material


nocivo à saúde pública /
Declividade
poluição que impeça
acima de 45º
condições sanitárias
(equivalente a
suportáveis
100%)
Laudo que ateste o prévio
Parcelamento do
saneamento da condição
solo como Área de
Proteção Risco geológico /
Permanente - APP. declividade acima
de 30%
Laudo que ateste a
viabilidade de
edificar
Sistema Deve ser elaborado considerando as
Viário condições topográficas e
É obrigatória a geológicas locais, as diretrizes do
transferência sistema de circulação e a condição
da área mais favorável à insolação dos
correspondente à lotes;
implantação do
sistema de circulação Quando as condições de
topografia, ambientais e de
acessibilidade não propiciarem a
continuidade e interligação dos
logradouros, as vias coletoras
As vias previstas no loteamento secundárias e locais devem ser
devem ser articuladas com as vias finalizadas com praças de retorno
adjacentes oficiais, existentes ou
projetadas.
Quando o acesso ao sistema de
circulação somente puder Para ser admitida
ocorrer passando por como delimitadora
propriedade pública pode haver de quarteirão, a via
o parcelamento caso haja de pedestre ou
anuência do Executivo. Nestes mista deve,
casos, o ônus de implantar o promover a
acesso é do proprietário da ligação entre duas
gleba. vias de hierarquia
superior.
Obrigada
smpu@pbh.gov.br

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