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Contabilidade Internacional

CONTABILIDADE INTERNACIONAL
Autoria:
Benvinda Maria de Souza Vieira
EXPEDIENTE
REITOR: FICHA TÉCNICA
PROF. CLÁUDIO FERREIRA BASTOS AUTORIA:
BENVINDA MARIA DE SOUZA VIEIRA
PRÓ-REITOR ADMINISTRATIVO FINANCEIRO:
PROF. RAFAEL RABELO BASTOS SUPERVISÃO DE PRODUÇÃO NEAD:
FRANCISCO CLEUSON DO NASCIMETNO ALVES
PRÓ-REITOR DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS:
DESIGN INSTRUCIONAL:
PROF. CLÁUDIO RABELO BASTOS EMANOELA DE ARAÚJO
PRÓ-REITOR ACADÊMICO: PROJETO GRÁFICO E CAPA:
PROF. VALDIR ALVES DE GODOY FRANCISCO ERBÍNIO ALVES RODRIGUES
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA: DIAGRAMAÇÃO E TRATAMENTO DE IMAGENS:
PROFA. MARIA ALICE DUARTE G. SOARES JOCIVAN DE CASTRO COSTA
COORDENAÇÃO NEAD: REVISÃO TEXTUAL:
PROFA. LUCIANA R. RAMOS DUARTE EMANOELA DE ARAÚJO

FICHA CATALOGRÁFICA
CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO
BIBLIOTECA CENTRO UNIVERSITÁRIO ATENEU

VIEIRA, Benvinda Maria de Souza. Contabilidade Internacional. / Benvinda


Maria de Souza Vieira – Fortaleza: Centro Universitário Ateneu, 2017.

88 p.

ISBN:

1. Contabilidade Internacional. 2. MERCOSUL. 3. Normas Internacionais. I.


Centro Universitário Ateneu. II. Título.

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, total ou
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fotostática ou outros, sem a autorização escrita do possuidor da propriedade literária. Os pedidos
para tal autorização, especificando a extensão do que se deseja reproduzir e o seu objetivo,
deverão ser dirigidos à Reitoria.
Benvinda Maria de Souza Vieira

Seja bem-vindo!
Caro estudante, queremos dar a você as boas-vindas e cum-
primentá-lo pela oportunidade de participar dessa modalidade de
ensino-aprendizagem presente no currículo do curso que você es-
colheu estudar.

Você está participando de um momento importante na institui-


ção e no nosso país, pois a Educação a Distância – EAD está se ex-
pandindo cada vez mais por ser uma modalidade que busca atender
às novas demandas educacionais decorrentes das mudanças na nova
ordem econômica mundial.

As características fundamentais da sociedade contemporânea


que têm impactado sobre a educação são, pois, a maior complexida-
de das relações sócio-produtivas, o uso mais intenso de tecnologia, o
redimensionamento da compreensão das relações de espaço e tempo,
o trabalho mais responsabilizado, com maior mobilidade, exigindo um
trabalhador multicompetente, multiqualificado, capaz de gerir situações
de grupo, de se adaptar a situações novas e sempre pronto a aprender.

Em suma, queremos que, a partir do conhecimento das novas


tecnologias de interação e do estudo independente, você, caro estu-
dante, torne-se um profissional autônomo em termos de aprendizado
e capaz de construir e reconstruir conhecimentos, afinal esse é o tra-
balhador que o mercado exige atualmente.

Dessa forma, participe de todas as atividades e aproveite ao


máximo essa nossa interação e também com os seus colegas, tutores
e professores. Juntos construiremos uma sociedade cada vez melhor.
CONTABILIDADE INTERNACIONAL
1. Contabilidade Internacional ............................................ 7
Referências................................................................................ 30

SUMÁRIO
CONTABILIDADE INTERNACIONAL
1. Contabilidade Internacional ...........................................31
Referências.................................................................................47

CONTABILIDADE INTERNACIONAL
1. Diferenças internacionais na elaboração de
Demonstrações Contábeis ....................................... 50
2. Contabilidade nos Estados Unidos .......................54
3. Contabilidade na Grã-Bretanha ..............................62
4. Contabilidade no Japão ............................................. 64
Referências.............................................................................67

CONTABILIDADE INTERNACIONAL
1. MERCOSUL ........................................................................... 70
2. Pequenas e médias empresas – Normas
Internacionais (IFRS) e do CPC ...................................74
Referências.................................................................................87
CAPÍTULO 04
CONTABILIDADE INTERNACIONAL

Apresentação
Caro estudante, queremos dar a você as boas-vindas e cum-
primentá-lo pela oportunidade de participar dessa modalidade de
ensino-aprendizagem presente no currículo do curso que você es-
colheu estudar.

Você está participando de um momento importante na ins-


tituição e no nosso país, pois a Educação a Distância – EAD está
se expandindo cada vez mais por ser uma modalidade que busca
atender às novas demandas educacionais decorrentes das mudan-
ças na nova ordem econômica mundial.

As características fundamentais da sociedade contemporâ-


nea que têm impactado sobre a educação são, pois, a maior com-
plexidade das relações sócio-produtivas, o uso mais intenso de
tecnologia, o redimensionamento da compreensão das relações de
espaço e tempo, o trabalho mais responsabilizado, com maior mo-
bilidade, exigindo um trabalhador multicompetente, multiqualifica-
do, capaz de gerir situações de grupo, de se adaptar a situações
novas e sempre pronto a aprender.

Em suma, queremos que, a partir do conhecimento das novas


tecnologias de interação e do estudo independente, você, caro es-
tudante, torne-se um profissional autônomo em termos de aprendi-
zado e capaz de construir e reconstruir conhecimentos, afinal esse
é o trabalhador que o mercado exige atualmente.

Dessa forma, participe de todas as atividades e aproveite ao


máximo essa nossa interação e também com os seus colegas, tutores
e professores. Juntos construiremos uma sociedade cada vez melhor.
ELABORAÇÃO
CONTABILIDADE
DE PROJETOS
INTERNACIONAL
SOCIAIS 69
• Conhecer normas internacionais e o processo de
convergências no MERCOSUL;

• Conceituar a importância econômica formado


Objetivo de pelos os países do MERCOSUL;
Aprendizagem
• Conhecer o conceito de pequenas e médias em-
presas de acordo com as normas internacionais
de Contabilidade;

• Identificar quais são os principais relatórios con-


tábeis para pequenas e médias empresas confor-
me padrões contábeis internacionais.

1. MERCOSUL
O Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) é um bloco econômi-
co formado pela Argentina, pelo Brasil, pelo Paraguai, pelo Uruguai e
a partir de 2006, a Venezuela passou a integrar como país membro,
proporcionando a livre circulação de bens, serviços e produtos entre
os estados membros através da redução e/ou da eliminação das taxas
de exportação e importação. Para auxiliar sua estrutura organizacio-
nal, de acordo com o site do MERCOSUL, foram criados órgãos como
o Conselho do Mercado Comum (CMC – cuida da política e da tomada
de decisão); Grupo Mercado Comum (GMC – tem a função de assistir
o Conselho nas decisões de cunho executivo); Comissão de Comér-
cio do MERCOSUL (CCM – compete conduzir a política comercial);
Parlamento do MERCOSUL (PM – órgão representativo dualidade
ideológica e política dos povos dos países membros); Comissão de
Representantes Permanentes do MERCOSUL (CRPM – sua função é
apresentar iniciativas ao CMC sobre temas relativos ao processo de
integração). O MERCOSUL não possui legislação própria que trate as
relações trabalhistas de maneira uniforme, cada país integrante regu-
lamenta de maneira diferenciada. As relações trabalhistas são tratadas
pelo Subgrupo de Trabalho (SGT) que trata de normas pertinentes às
relações e às custas trabalhistas (ALVES, 2011, p. 2).
70 ELABORAÇÃO DE INTERNACIONAL
CONTABILIDADE PROJETOS SOCIAIS
1.1. Normas internacionais e o processo
de convergência no MERCOSUL
A Contabilidade, em uma economia globalizada, cumpre o pa-
pel de fornecer uma informação financeira adequada para a toma-
da de decisão e acessível a mercados internacionais (SOSA, 1999).
Diante desse contexto, a globalização da economia é considerada
o principal propulsor do processo de harmonização contábil, que
tem por finalidade atingir um alto grau de comparabilidade da in-
formação financeira no âmbito internacional, facilitando a comuni-
cação e contribuindo para a redução de diferenças internacionais
no financial reporting (NIYAMA, 2010). Adicionalmente, é importan-
te ressaltar a função dos órgãos reguladores dos mercados de ca-
pitais de determinados países, especialmente dos Estados Unidos,
que formularam exigências que fizeram com que o processo de
convergência contábil se tornasse realidade (SÁNCHEZ, 2010). A
esse respeito, surgiu, em 1973, o Comitê de Normas Internacionais
de Contabilidade (IASC), mediante um acordo entre os organismos
representativos da profissão contábil da Austrália, do Canadá, da
França, da Alemanha, do Japão, do México, da Holanda, do Reino
Unido, da Irlanda e dos Estados Unidos, representando mais de 143
entidades profissionais, envolvendo mais de 104 países. Esse or-
ganismo, reformulado no ano de 2001, passou a ser denominado
International Accounting Standards Board (IASB), e tem por res-
ponsabilidade a emissão de normas contábeis de aplicação inter-
nacional (MACIEL, 2009).

Por ser um organismo privado, os pronunciamentos do IASB


consideram-se como não compulsórios e carecem de regulamen-
tos legais para se fazerem obrigatórios. Por outro lado, são uma
referência técnica que facilita a interpretação das informações con-
tábeis por parte de investidores, autoridades ou agentes econômi-
cos em geral (NIYAMA, 2010). A convergência aos padrões con-
tábeis internacionais no MERCOSUL é diferenciada em cada país
que compõe esses blocos econômicos. Na Argentina, a Comissão
Nacional de Valores (CNV) e a Federação Argentina de Conselhos
Profissionais de Ciências Econômicas da Cidade Autônoma de Bue-
nos Aires elaboram, conjuntamente, um plano de implementação
das Normas Contábeis emitidas pelo IASB.
ELABORAÇÃO
CONTABILIDADE
DE PROJETOS
INTERNACIONAL
SOCIAIS 71
Na Bolívia, o Colégio de Auditores e Contadores Públicos da
Bolívia assinou um convênio de cooperação técnica com o Ban-
co Interamericano de Desenvolvimento, denominado projeto ATN/
MT-100078-BO, o qual estabeleceu um plano de convergência das
normas bolivianas com as normas internacionais. Em 2011, foram
aprovadas e regulamentadas as primeiras dezesseis normas inter-
nacionais de Contabilidade.

No Brasil, por meio da Resolução CFC nº 1.055/05, criou-se


o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) que teve por fina-
lidade viabilizar a convergência das normas contábeis brasileiras
aos padrões internacionais. Em 2006, o Banco Central do Brasil
publicou o Comunicado nº 14.259, determinando a obrigatorieda-
de da elaboração das demonstrações contábeis consolidadas com
base nas IFRS (Internacional Financial Reporting Standars) a partir
de 2010. A Deliberação nº 457, a Comissão de Valores Mobiliários
(CVM) obrigou as companhias abertas a publicarem suas demons-
trações contábeis consolidadas, integralmente em IFRS, a partir de
2010. Em 2008, com a vigência da Lei nº 11.638/2007, modifica-
da pela Lei nº 11.941/2009, oficializou-se a convergência aos pa-
drões contábeis internacionalmente aceitos. A partir do exercício
de 2008, todas as empresas poderiam optar pela elaboração das
demonstrações contábeis de acordo com o padrão internacional, e,
em 2010, deveriam adotar obrigatoriamente essas instruções.

No Chile, o Conselho Nacional do Colégio de Contadores


aprovou, em 1997, a harmonização dos princípios e das normas
contábeis chilenas às normas internacionais de Contabilidade, com
adoção de forma optativa entre 2009 e 2010. Em 2008, a Superin-
tendência de Valores e Seguros do Chile estabeleceu a adoção das
IFRS para todas as entidades inscritas no registro de valores, com
um programa de transição entre 2009 e 2011.

Na Colômbia, em 2009, a Superintendência de Serviços Pú-


blicos estabeleceu um período progressivo para a aplicação do mo-
delo geral às normas internacionais de Contabilidade, sendo que
2010 foi o ano de transição e 2011 o ano de convergência às IFRS.
Para as demais empresas, estabeleceu-se um plano de adoção que
iniciou em 2010 e que deveria estar concluso em junho de 2012, mas
não havia uma data definida para a aplicação das IFRS.
72 ELABORAÇÃO DE INTERNACIONAL
CONTABILIDADE PROJETOS SOCIAIS
No Equador, a Superintendência de Companhias adotou as
normas internacionais de informação financeira e determinou sua
aplicação por parte das companhias e das entidades sujeitas ao seu
controle e à sua vigilância a partir de 2009, sendo que o exercício
de 2010 foi de transição obrigatória. Em 2011, essa adoção tornou-
-se obrigatória para as companhias controladoras, controladas, de
economia mista, estrangeiras, estatais e do setor público que tives-
sem ativos totais iguais ou superiores a US$ 4.000.000 (em 31 de
dezembro de 2007). A partir 2012, as normas internacionais passa-
ram a ser obrigatórias para as demais entidades.

No Paraguai, em 1989, o Conselho Diretivo do Colégio de


Contadores emitiu uma resolução que estabeleceu a adoção das
normas nº 1 a 5 emitidas pelo IASB, sendo que essas normas seriam
aplicadas até que fossem elaboradas e aprovadas novas normas
próprias. Já o Conselho Nacional de Valores estabeleceu que as
IFRS teriam vigência a partir de 2008, com aplicação obrigatória
para todas as sociedades emissoras de títulos e valores mobiliários
de oferta pública.

No Peru, desde 1997, por meio da Lei das Sociedades, estabe-


leceu-se a obrigatoriedade das demonstrações financeiras a serem
preparadas e apresentadas em conformidade com as normas le-
gais e os princípios de Contabilidade geralmente aceitos, de acordo
com as normas internacionais de Contabilidade. O Conselho Nor-
mativo de Contabilidade, mediante a resolução específica, estabe-
leceu como obrigatória a aplicação das normas internacionais de
Contabilidade a partir de 2011.

No Uruguai, a convergência aos padrões internacionais de


Contabilidade iniciou na década de 1990. Já em 2004, o governo
uruguaio aprovou a aplicação de todas as normas emitidas pelo
IASB, e, em 2007, orientou pela adoção integral das normas inter-
nacionais de informação financeira do IASB.

Na Venezuela, a emissão de normas contábeis está a cargo


da Federação de Contadores Públicos da República Boliviana da
Venezuela, a qual definiu que as normas internacionais de Contabi-
lidade deveriam ser adotadas, a partir de 2008, pelas grandes enti-
dades. A partir do exercício econômico de 2011, a obrigatoriedade
também passa a ser exigida para as demais entidades.
ELABORAÇÃO
CONTABILIDADE
DE PROJETOS
INTERNACIONAL
SOCIAIS 73
Em cada um dos países que compõe o MERCOSUL, há um or-
ganismo responsável pela emissão e pela interpretação das normas
contábeis. Contudo, isso não significa que esses organismos emi-
tam normas específicas de abrangência interna. Em vários casos,
por exemplo Paraguai, Uruguai, Venezuela e Equador, são adota-
das as normas internacionais de Contabilidade do IASB, sem adap-
tação ou emissão de uma norma correspondente no país.

2. PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS


– NORMAS INTERNACIONAIS
(IFRS) E DO CPC
São consideradas pequenas e médias empresas aquelas que:

• Não têm obrigação pública de prestação de contas; e,

• Elaboram demonstrações contábeis para fins gerenciais


para usuários externos.

Algumas considerações são importantes sobre a questão


conceitual. Primeiramente, é importante deixar claro quais empre-
sas possuem obrigação pública de prestação de contas. Pois bem,
são aquelas que negociam seus instrumentos de dívida ou patri-
monial em mercado de ações. Aqui, é importante destacar que é
preciso avaliar a intenção da empresa, uma vez que ela tenha a pre-
tensão em colocar seus ativos no mercado de ações em um futuro
próximo, é necessário que se utilize do tratamento completo de es-
crituração contábil e, assim, não aplicar o PME. Independentemente
de negociar ações, no mercado aberto nacional ou estrangeiro, tais
empresas não poderão fazer uso do PME.

Outro requisito para uma empresa ser considerada pequena


ou média e, assim, estar facultada a fazer uso do PME é que ela
não poderá possuir ativos em condição fiduciária perante grupo
amplo de terceiros como um de seus principais negócios. Logo, se
percebe que o PME não se aplica a bancos, cooperativas de crédito,
companhias de seguros, fundos mútuos e bancos de investimentos,
independentemente do porte de tal entidade.
74 ELABORAÇÃO DE INTERNACIONAL
CONTABILIDADE PROJETOS SOCIAIS
Vale ressaltar que o Comitê de Pronunciamentos Contábeis não
faz referência ao tipo societário. Então, qualquer tipo societário, seja
Sociedade Limita, Sociedade Anônima ou qualquer outro tipo não po-
derá negociar suas ações em bolsa de valores e também é necessário
atentar para o critério previsto na Lei nº. 11.638/2007 que define em-
presas de grande porte. Assim, por exclusão, é possível afirmar que
com exceção das companhias abertas, dos segmentos ligados à área
bancária, securitária, previdenciária e as companhias de grande porte,
as demais estariam facultadas à aplicação do previsto no PME, uma
vez que seriam tidas como pequenas ou médias empresas.

Ainda, vale destacar que é sempre importante avaliar a ob-


jetividade do negócio para definir se uma empresa possui ou não
ativos em condição fiduciária perante um grupo amplo de partes
externas. Para exemplificar, mesmo que uma empresa em função
de sua atividade necessite gerenciar recursos financeiros de tercei-
ros, mas que esta não seja uma atividade da mesma, ela poderá ser
considerada apta a escolher pela aplicação do PME. Uma situação
típica de gestão de recursos de terceiros se percebe nas corretoras
de imóveis que, por questões práticas, acabam recebendo valores
que efetivamente não lhe pertencem, mas, como esta não é a ati-
vidade da corretora, não existe qualquer tipo de impeditivo para
fazer a opção pelo PME.

Partindo do pressuposto que a entidade produza informações


para serem utilizadas pelos seus usuários, tanto internos quanto
externos, é preciso deixar claro quais são os principais relatórios
contábeis e que serão exigidos das empresas que realizarem sua
escrituração contábil dentro do determinado no pronunciamento
específico aplicado às pequenas e às médias empresas: balanço pa-
trimonial, demonstração do resultado do exercício, demonstração
do resultado abrangente, demonstração das mutações do patrimô-
nio líquido e fluxo de caixa.

2.1. Ativo
“É um recurso controlado pela entidade como resultado de
eventos passados e do qual se espera que benefícios econômicos
futuros fluam para a entidade”
ELABORAÇÃO
CONTABILIDADE
DE PROJETOS
INTERNACIONAL
SOCIAIS 75
O ativo é um recurso do qual a entidade possui controle e
que se originou de resultados e eventos passados e somente faz
razão de existir porque dele a entidade espera receber benefícios
econômicos futuros.

Dos ativos se esperam benefícios econômicos futuros, assim,


quanto mais um ativo tiver potencial de gerar tais benefícios, maior
será o seu valor. É possível associar os ativos à geração de fluxos
de caixas, os quais serão gerados pelo uso dos ativos ou pela sua
liquidação.

Também é importante deixar claro que ativos podem ser tan-


gíveis e intangíveis.

Uma peculiaridade dos ativos é que mesmo que eles estejam


sob a condição de arrendamento mercantil, podem ser considerados
ativos da entidade arrendatária desde que esta mantenha o controle
sobre os benefícios que espera receber sobre o bem arrendado.

2.2. Passivo
O passivo é uma obrigação que a entidade possui em relação
a terceiros e origina-se em eventos passados e já ocorridos, sendo
que sua liquidação irá resultar em saída de recurso.

2.3. Patrimônio líquido


O patrimônio líquido é a diferença ou o valor residual entre
ativo e passivo.

2.4. Balanço patrimonial


O balanço patrimonial é a relação dos ativos, dos passivos e
do patrimônio líquido em um determinado momento.

2.5. Resultado
A relação entre receitas e despesas em um determinado pe-
ríodo de tempo é conhecido como resultado. Por esse motivo que,
costumeiramente, se afirma: resultado do período ou resultado do
exercício.
76 ELABORAÇÃO DE INTERNACIONAL
CONTABILIDADE PROJETOS SOCIAIS
2.6. Receitas
As receitas são os aumentos de benefícios econômicos regis-
trados durante um determinado período, também denominadas de
entradas de recursos, aumentos de ativos ou diminuição de passivos.

O conceito de receitas é bastante abrangente, alcançando,


dessa forma, as receitas das atividades como também os ganhos.

As despesas são os decréscimos nos benefícios econômicos re-


gistrados durante um determinado período, também denominadas de
saídas de recursos, redução de ativos ou aumentos de passivos.

2.7. Mensuração
Trata-se de quantificar as unidades monetárias de um ativo,
um passivo, uma receita ou uma despesa. Comumente, dois são os
principais critérios aplicáveis no processo de mensuração:

• Custo histórico: para os ativos, significa a quantidade de


caixa ou equivalente de caixa paga. Para os passivos, re-
presenta a quantidade de recursos que se espera que se-
jam pagos para liquidar um passivo no curso normal.

• Valor justo: para os ativos, é o valor pelo qual um ativo


ou um passivo poderia ser trocado entre partes indepen-
dentes com conhecimento do negócio e interessados em
realizá-lo em uma transação em que não há favorecidos.

Os ativos e os passivos básicos são mensurados pelo custo


histórico amortizado deduzido de perda por redução ao valor recu-
perável, com exceção dos investimentos em ações preferenciais e
ordinárias não resgatáveis por decisão do portador que são nego-
ciados em bolsa de valores que são avaliados a valor justo.

Os ativos não financeiros como imobilizado pelo menor valor


entre o custo depreciado e o seu valor recuperável. Os estoques
são mensurados pelo menor valor entre o custo e o preço de venda
estimado menos as despesas de produção e venda.
ELABORAÇÃO
CONTABILIDADE
DE PROJETOS
INTERNACIONAL
SOCIAIS 77
Os investimentos em coligadas e em empreendimentos con-
trolados em conjunto (joint ventures), quando não relevantes, são
mensurados a valor justo.

Os passivos não financeiros são mensurados pela melhor es-


timativa da quantia que seria necessária para liquidar a obrigação.

2.8. Reconhecimento
O reconhecimento de ativos, passivos, receitas ou despesas deve
ser realizado, exceto para o fluxo de caixa, pelo regime de competência.

Os ativos são reconhecidos quando for provável que benefí-


cios econômicos futuros fluirão para entidade e que seu custo ou
valor puder ser determinado em bases confiáveis. Assim, ativos
contingentes não devem ser reconhecidos.

Os passivos devem ser reconhecidos quando a entidade pos-


suir uma obrigação que seja decorrente de evento passado, seja
provável que recursos que representam benefícios econômicos
para liquidação dessa obrigação e que tal valor de liquidação tenha
condições de ser mensurado de maneira confiável.

As receitas devem ser reconhecidas quando houver aumentos


nos benefícios econômicos futuros relacionados a um aumento no ati-
vo ou a redução do passivo possa ser avaliada de maneira confiável.

As despesas devem ser reconhecidas quando houver redu-


ção nos benefícios econômicos futuros relacionados à diminuição
de ativo ou aumento de passivo desde que possa ser avaliado de
maneira confiável.

O custo histórico deve ser utilizado como critério de reconheci-


mento tanto de passivos como de ativos no reconhecimento inicial, ex-
ceto quando por força de situação específica seja exigido outro critério.

2.9. Adequação inicial


Quando a entidade tiver realizado todo processo de adequa-
ção ao Pronunciamento Técnico PME – Contabilidade para Peque-
nas e Médias Empresas, deverá fazer nota explicativa afirmando tal
condição. Sempre que por qualquer motivo não for aplicado algum
requisito, tal situação deve ser divulgada em nota explicativa.
78 ELABORAÇÃO DE INTERNACIONAL
CONTABILIDADE PROJETOS SOCIAIS
2.10. Continuidade
A entidade é constituída para continuidade, exceto quando
expressamente for demonstrado algo em contrário. Assim, nas de-
monstrações contábeis, a administração deve fazer uma avaliação
da capacidade da entidade em continuar operando em um futuro
previsível de, pelo menos, doze meses da data da divulgação. Sem-
pre que houver dúvidas sobre a continuidade, tal situação deve ser
divulgada em notas explicativas.

2.11. Uniformidade
Para efeito de comparação e entendimento a entidade deve
manter a uniformidade na apresentação e na classificação de itens
nas demonstrações contábeis de um período para outro. Sempre que
houver alguma quebra na uniformidade será necessária a realização
de reclassificação de valores para torná-los comparativos e ainda será
preciso explicar claramente em nota explicativa tal ocorrência.

2.12. Comparabilidade das informações


(PME, Itens, 3.14 e 3.20)
A entidade deve divulgar as informações sempre compara-
das ao do período anterior para, assim, propiciar aos usuários con-
dições de avaliar a evolução de um período para o outro.

Excepcionalmente, para o exercício 2010, o Conselho Federal


de Contabilidade facultou a realização de ajustes retrospectivos,
porém, manteve a obrigatoriedade da divulgação de maneira com-
parativa. Quando não forem feitos ajustes retrospectivos será ne-
cessária a divulgação de tal fato em notas explicativas.

Art. 1º Facultar, para o exercício de 2010, a elaboração e a


divulgação de ajustes retrospectivos, com base na NBC T 19.41,
das demonstrações contábeis de exercícios anteriores para fins
de comparação com as demonstrações contábeis do exercício de
2010, na forma prevista no item 3.14 da NBC T 19.41, mantendo-se
a obrigatoriedade da divulgação comparada com os valores das
demonstrações contábeis do exercício de 2009.
ELABORAÇÃO
CONTABILIDADE
DE PROJETOS
INTERNACIONAL
SOCIAIS 79
2.13. Agregação das informações e materialidade
A entidade deve apresentar as demonstrações contábeis de
forma separada, em cada classe material, ou seja: aqueles itens que
puderem, individual ou coletivamente, influenciar as decisões eco-
nômicas dos usuários, de itens semelhantes.

2.14.Demonstrações contábeis
O conjunto completo de demonstrações contábeis é: balanço
patrimonial, demonstração do resultado, demonstração do resultado
abrangente, demonstração das mutações do patrimônio líquido, de-
monstração dos fluxos de caixa e notas explicativas. A demonstração
do resultado abrangente pode ser apresentada alternativamente den-
tro da demonstração das mutações do patrimônio líquido. A entidade
pode substituir a demonstração das mutações do patrimônio líquido
e do resultado abrangente pela demonstração dos lucros e prejuízos
acumulados desde que as alterações do patrimônio líquido derivam
do resultado, de distribuição de lucros, de correção de erros de perío-
dos anteriores e de mudanças de políticas contábeis.

2.15. Conceitos e princípios contábeis


Compreensibilidade: está preocupado em tornar a informa-
ção clara para que o usuário tenha condições de compreendê-la.
Uma das questões que é preciso deixar claro é que a informação
não pode perder o seu verdadeiro sentido, até porque é necessá-
rio que se tenha consciência que o usuário da informação contábil
pressupõe que tenha conhecimento razoável de negócios, de ativi-
dade econômica e ainda de Contabilidade.

Relevância: como estabelecer se a informação é relevante?


O critério mais coerente é avaliar se ela é capaz de influenciar nas
decisões econômicas dos usuários.

Materialidade: o principal critério para avaliar a materialidade


é quando a omissão ou o erro puder influenciar as decisões eco-
nômicas dos usuários nas tomadas de decisões com base nas de-
monstrações contábeis.
80 ELABORAÇÃO DE INTERNACIONAL
CONTABILIDADE PROJETOS SOCIAIS
Confiabilidade: o principal critério das demonstrações contá-
beis e que precisa estar presente a todo instante por parte de quem
as elabora ou produz é que elas precisam ser confiáveis. Elas são con-
fiáveis quando estão livres de desvio substancial e viés, e assim repre-
sentam adequadamente aquilo que se pretende demonstrar. É possí-
vel afirmar que as demonstrações contábeis não estão livres de desvio
quando, por meio da seleção ou da apresentação da informação, elas
são destinadas a influenciar uma decisão ou um julgamento visando
um resultado previamente definido ou pré-determinado.

Primazia da essência sobre a forma: este conceito busca es-


tabelecer que a Contabilidade precisa valorizar a essência de cada
operação ou de cada fato contábil. Assim, nem sempre, o que está
descrito em algum documento, nota fiscal ou contrato representa
a essência. Dessa maneira, é preciso que o registro contábil seja re-
alizado pela essência, ou seja: aquilo que realmente é. Um exemplo
bem claro dessa realidade é quando existe um contrato de leasing,
mas que a realidade presente é que se trata de um compra e venda,
logo, o registro precisa ser realizado como compra e venda.

Prudência: a aplicação do princípio da prudência busca es-


tabelecer um fator de ponderação quando outros princípios não
conseguem atingir o fato por completo. Isso significa que é neces-
sário um grau de precaução no exercício ou no julgamento nas es-
timativas, fato este que se torna necessário em função de alguma
incerteza. A principal cautela ou prudência é para que os ativos ou
as receitas não sejam superestimados e que os passivos e as des-
pesas não sejam subestimados.

Integralidade: trata-se de garantir que as demonstrações con-


tábeis sejam completas, claro que dentro dos limites da materialidade
e do custo. Lembrando que uma omissão pode tornar a informação
falsa, enganosa ou deficitária e logo não merecendo confiança.

Comparabilidade: as demonstrações contábeis precisam ser


realizadas de tal forma que possam ser comparadas ao longo do
tempo. Outro aspecto a ser considerado quanto à comparabilida-
de é que os usuários precisam ter condições de comparar as de-
monstrações contábeis de diferentes entidades. É importante para
tornar possível a comparabilidade que as políticas contábeis sejam
claras e informadas aos usuários.
ELABORAÇÃO
CONTABILIDADE
DE PROJETOS
INTERNACIONAL
SOCIAIS 81
Tempestividade: a informação contábil precisa ser oferecida
dentro do tempo de execução da decisão. Se a informação chegar
após o tempo de execução da decisão ela pode perder a relevância.

Equilíbrio entre custo e benefício: via de regra, os benefícios


sempre precisam ser maiores que o custo para produzir a informa-
ção. Aqui, se percebe que se está diante de uma situação de julga-
mento. Vale ponderar que os custos não recaem necessariamente
sobre os usuários que usufruem da informação.

Demonstração Contábil

Balanço patrimonial: representa a posição estática da enti-


dade em um determinado momento. Trata-se de uma fotografia da
posição patrimonial.

No balanço patrimonial, devem figurar, no mínimo, as seguin-


tes contas:

Ativo: caixa, contas a receber, ativos financeiros, estoques,


imobilizado, propriedades para investimentos, intangíveis, ativos
biológicos, investimentos em coligadas, investimentos em empre-
endimentos controlados em conjunto.

Passivo: fornecedores, contas a pagar, passivos financeiros,


passivos de tributos correntes e diferidos, provisões, participações
de não controladores e patrimônio líquido.

No balanço patrimonial, tanto o ativo quando o passivo pos-


sui a segregação das contas em circulantes e não circulantes.

Os ativos são circulantes quando:

• a entidade espera realizar, vender ou consumir tal ativo du-


rante o ciclo operacional normal;

• o ativo for mantido essencialmente com a finalidade de ne-


gociação;

• espera realizar o ativo no período de até doze meses após


a data das demonstrações contábeis.
82 ELABORAÇÃO DE INTERNACIONAL
CONTABILIDADE PROJETOS SOCIAIS
Os passivos são circulantes quando:

• a entidade espera liquidar o passivo durante o ciclo opera-


cional normal;

• quando o passivo for mantido essencialmente com a finali-


dade de negociação;

• quando for exigível no período de até doze meses após a


data das demonstrações contábeis; ou,

• quando a entidade não tiver direito incondicional de diferir


a liquidação do passivo durante, pelo menos, doze meses
após a data de divulgação.

Quadro 01: Comparativo

ATIVO PASSIVO
Até doze meses após Até doze meses após
Circulante a data das demonstra- a data das demonstra-
ções contábeis. ções contábeis.
Após doze meses da Após doze meses da
Não Circulante data das demonstra- data das demonstra-
ções contábeis. ções contábeis.

Preocupado com a correta interpretação das demonstrações


contábeis, estas precisam ser apresentadas de forma a garantir ao
usuário informações completas. Dessa forma, quando o demons-
trativo não for esclarecedor, é necessário realizar as subclassifica-
ções de contas dos principais grupos como: imobilizado, contas a
receber, estoques, fornecedores, provisões, grupos do patrimônio.

Quadro 02: Estrutura básica do balanço patrimonial.

ATIVO PASSIVO
Circulante Não circulante
• Realizável a longo prazo;
Circulante Não circulante
• Investimentos;
• Exigível a longo prazo Patrimônio líquido
• Imobilizado;
• Intangível.

ELABORAÇÃO
CONTABILIDADE
DE PROJETOS
INTERNACIONAL
SOCIAIS 83
Demonstração do resultado do exercício (DRE)

O exercício social terá duração de um ano e, a cada exercí-


cio, será apurado o resultado do período, isto é, se houve lucro ou
prejuízo. Portanto, em cada fim de período, todas as despesas e
as receitas são transferidas para a demonstração do resultado do
exercício, e, no próximo período, apura–se a despesa e a receita
começando do zero, ou seja, não se acumulam despesa e receita de
um ano para outro (independência absoluta de períodos). A forma
de apresentação da DRE é vertical, isto é, subtrai-se e soma.

Quadro 03: DRE

Receita
(–) Custo
Lucro bruto
(–)Despesas
Lucro líquido

Demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL)

De acordo com o site Portal da Contabilidade, a elaboração


da DMPL é facultativa e, de acordo com o artigo 186, § 2º, da Lei das
S/A, a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA)
poderá ser incluída nesta demonstração.

A DMPL é uma demonstração mais completa e abrangente, já


que evidencia a movimentação de todas as contas do patrimônio lí-
quido durante o exercício social, inclusive a formação e a utilização
das reservas não derivadas do lucro.

Demonstração de lucro ou prejuízo acumulados (DLPA)

De acordo com o site Portal da Contabilidade, a DLPA evi-


dencia as alterações ocorridas no saldo da conta de lucros ou pre-
juízos acumulados no patrimônio líquido.

De acordo com o artigo 186, § 2º da Lei nº 6.404/76, adiante


transcrito, a companhia poderá, à sua opção, incluir a demonstra-
ção de lucros ou prejuízos acumulados nas demonstrações das mu-
tações do patrimônio líquido.
84 ELABORAÇÃO DE INTERNACIONAL
CONTABILIDADE PROJETOS SOCIAIS
A demonstração de lucros ou prejuízos acumula-
dos deverá indicar o montante do dividendo por
ação do capital social e poderá ser incluída na de-
monstração das mutações do patrimônio líquido
se elaborada e publicada pela companhia.

OUTRAS SOCIEDADES

A DLPA é obrigatória para as sociedades limitadas e outros


tipos de empresas, conforme a legislação do Imposto de Renda
(art. 274 do RIR/99).

COMPOSIÇÃO

A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá


discriminar:

• O saldo do início do período e os ajustes de exercícios


anteriores;

• As reversões de reservas e o lucro líquido do exercício; e

• As transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos


lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do período.

Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)

Quadro 04: Exemplo do fluxo de caixa da empresa X.

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4


Venda de R$ 50.000,00 R$ 45.000,00 R$ 48.000,00 R$ 43.000,00
Leite
Venda de R$ 35.000,00
Receitas
Animais
Total de R$ 50.000,00 R$ 80.000,00 R$ 48.000,00 R$ 43.000,00
Entradas

ELABORAÇÃO
CONTABILIDADE
DE PROJETOS
INTERNACIONAL
SOCIAIS 85
Despesas R$ 820,00 R$ 800,00 R$ 810,00 R$ 900,00
Administr.
Despesas R$ 2.000,00 R$ 63,000,00 R$ 2,000,00 R$ 2,000,00
com
Agricultura
Despesas
Despesas R$ 36,000,00 R$ 34,000,00 R$ 33,000,00 R$ 31,000,00
com
Rebanho
Total de R$ 36,820,00 R$ 97,800,00 R$ 35,810,00 R$ 33,900,00
saídas

Saldo Inicial R$ 30,000,00 R$ 41,180,00 R$ 23,380,00 R$ 35,570,00


Saldo Final R$ 41.180,00 R$ 23,380,00 R$ 35,570,00 R$ 44,670,00

De acordo com o site Portal da Contabilidade, a DFC indica


quais foram as saídas e as entradas de dinheiro no caixa durante o
período e o resultado desse fluxo.

Assim, como a Demonstração de Resultados de Exercícios, a DFC


é uma demonstração dinâmica e deve ser incluída no balanço patrimonial.

A DFC passou a ser de apresentação obrigatória para todas


as sociedades de capital aberto ou com patrimônio líquido superior
a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais).

Esta obrigatoriedade vigora desde 1 de janeiro de 2008, por


força da Lei nº 11.638/2007, e, dessa forma, torna-se mais um im-
portante relatório para a tomada de decisões gerenciais.

A Deliberação CVM 547/2008 aprovou o Pronunciamento


Técnico CPC 03 que trata da demonstração do fluxo de caixa.

Para as pequenas e médias empresas (PMEs), a DFC tam-


bém é de elaboração obrigatória, conforme item 3.17 (e) da NBC TG
1000. Portanto, independentemente do tipo societário adotado, as
entidades devem apresentar o referido demonstrativo, pelo menos
anualmente, por ocasião da elaboração das demonstrações finan-
ceiras (balanço).
86 ELABORAÇÃO DE INTERNACIONAL
CONTABILIDADE PROJETOS SOCIAIS
REFERÊNCIAS
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE – CFC.

MARION, José Carlos 15. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

NIYAMA, Jorge Katsumi. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

RIBEIRO, Osni Moura. Auditoria Fácil. São Paulo, 2010.

REVISTA DE ECONOMIA & RELAÇÕES INTERNACIONAIS: janeiro 2012.

Anotações

ELABORAÇÃO
CONTABILIDADE
DE PROJETOS
INTERNACIONAL
SOCIAIS 87
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