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A Ditadura Militar no Brasil foi um período autoritário que se estendeu de 1964 a 1985. Esse regime foi
instaurado no poder do nosso país por meio de um golpe organizado tanto pelos meios militares quanto
pelos civis. O golpe militar de 31 de março de 1964 teve como objetivo evitar o avanço das organizações
populares do governo de João Goulart, acusado de comunista. Durante mais de 20 anos, o Brasil foi
governado por militares que impuseram um regime autoritário, marcado por censura, repressão política,
violações aos direitos humanos e perseguições a opositores do regime.
by Fernando Costa
O Golpe de 1964
O ponto de partida foi a renúncia do presidente Jânio Quadros em 25 de agosto de 1961. O Congresso
Nacional empossou temporariamente o presidente da Câmara, o deputado Ranieri Mazzilli, pois o vice-
presidente encontrava-se em viagem à China. Enquanto João Goulart iniciava sua viagem de volta, os
ministros militares expediram um veto à posse de Jango, pois sustentavam que ele defendia ideias de
esquerda. O impedimento violava a Constituição e não foi aceito por vários segmentos da nação, que
passaram a se mobilizar. Manifestações e greves se espalharam pelo país.
O Parlamentarismo e o Retorno ao
Presidencialismo
Diante da ameaça de guerra civil, foi feita no Congresso, composto por maioria oposicionista a Jango, a
proposta de Emenda Constitucional nº 4, estabelecendo o regime parlamentarista no Brasil. Dessa forma,
Goulart seria presidente, mas com poderes limitados. Jango aceitou a redução de seus poderes, esperando
recuperá-los em momento oportuno. O acordo com Jango previa ainda que em 1965, no fim de seu
mandato, haveria um plebiscito para consultar a população sobre o retorno ou não ao presidencialismo.
Em 1963, João Goulart conseguiu adiantar o plebiscito. A população brasileira decidiu assim pelo fim do
parlamentarismo e o retorno ao presidencialismo.
As Reformas de Base
Resistência 3
Apesar do clima de medo e repressão
que se instalou no país durante a
ditadura militar, a resistência não foi
totalmente sufocada. Movimentos
estudantis, sindicais, religiosos e
políticos mantiveram viva a chama da
luta pela democracia e pelos direitos
humanos, mesmo diante das
adversidades e do risco constante de
perseguição.
O Fim da Ditadura
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