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FRENTE: FÍSICA IV
EAD – ITA/IME
PROFESSOR(A): KEN AIKAWA
AULAS 17 A 21
Atenção:
Resumo Teórico Observe que a convenção de sinais para o trabalho realizado
é oposta à convenção adotada na mecânica, quando falávamos
sempre de um trabalho realizado pela força que atua sobre um
1º Lei da Termodinâmica corpo. Na termodinâmica é geralmente mais conveniente chamar
de W o trabalho realizado pelo sistema, de modo que quando um
A Primeira Lei da Termodinâmica é uma extensão do princípio sistema se expande, a pressão, a variação de volume e o trabalho
da conservação da energia. Ela amplia este princípio de modo a incluir realizado são grandezas sempre positivas.
trocas de energia tanto por transferência de calor quanto por realização Preste atenção e use a convenção de sinais do calor e do
de trabalho e introduz o conceito de energia interna de um sistema. trabalho consistentemente!
Para formular relações envolvendo energia com precisão é necessário
introduzir o conceito de sistema termodinâmico e definir o calor e o
trabalho como dois modos de transferir energia para o interior ou para Vizinhanças Vizinhanças
o exterior deste sistema. (ambiente) (ambiente)
Para começar nossa viagem pela primeira lei, devemos aprender
a convenção adotada pelos físicos.
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MÓDULO DE ESTUDO
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MÓDULO DE ESTUDO
O trabalho realizado pelo sistema durante este processo é a área A variação de energia interna é designada por: ∆U = U2 – U1. Sabemos
embaixo da linha 1 → 3; nenhum trabalho é realizado durante o que a troca de calor é uma transferência de energia. Quando
processo com volume constante 3 → 2. Ou o sistema poderia seguir o fornecemos um calor Q a um sistema e ele não realiza nenhum
caminho 1 → 4 → 2; nesse caso o trabalho realizado é a área embaixo trabalho durante o processo, a energia interna aumenta de um valor
da linha 4 → 2, visto que nenhum trabalho é realizado durante o igual a Q; isto é, ∆U = Q. Quando um sistema realiza um trabalho W
processo com volume constante 1 → 4. A linha contínua ligando (uma expansão contra suas vizinhanças) e nenhum calor é fornecido
o ponto 1 com o ponto 2 fornece outra possibilidade e o trabalho ao sistema neste processo, a energia deixa o sistema e sua energia
realizado neste caminho é diferente dos outros trabalhos realizados interna diminui. Ou seja, quando W é positivo, ∆U é negativo,
nos caminhos anteriores. e vice-versa. Logo, ∆U = –W. Quando ocorre uma transferência de
Concluímos que o trabalho realizado pelo sistema depende não calor juntamente com o trabalho realizado, a variação total de
somente do estado inicial e final, mas também do estado intermediário, energia interna é dada por:
ou seja, depende do caminho. Além do mais, o sistema pode sofrer
diversas transformações, seguindo um ciclo fechado, tal como no Q W U
caminho 1 → 3 → 2 → 4 → 1. Neste caso, o estado final é idêntico ao
estado inicial, porém o trabalho total realizado neste caminho fechado A equação mostra que, em geral, quando um calor Q é
não é igual a zero. (Na realidade, este trabalho realizado é dado pela fornecido a um sistema, uma parte da energia adicionada permanece
área da curva fechada; você é capaz de demonstrar isso?). Então, dentro do sistema, fazendo sua energia interna variar de ∆U; a parte
conclui-se que não faz sentido o físico falar sobre um trabalho contido restante deixa o sistema novamente quando este realiza trabalho W
em um sistema. Para um estado particular, um sistema pode possuir de expansão contra as vizinhanças. Uma vez que W e Q são grandezas
valores definidos para as coordenadas de estado P, V e T, porém não positivas, negativas ou nulas, a variação de energia interna ∆U pode
faz sentido falar que ele possui um valor definido para o trabalho W. ser positiva, negativa ou nula em processos diferentes.
P P A Primeira Lei da Termodinâmica é descrita pela equação
1 1 anterior, sendo ela uma generalização do princípio da conservação
P1 3 P1 3
de energia para incluir a transferência de energia sob forma de calor,
W = Área assim como a realização de trabalho mecânico. Em cada situação,
toda vez que se pensa que uma energia total é conservada, verifica-se
P2 P2 que a inclusão de uma nova forma de energia mostra que a energia
2 2
4 total é conservada. Existe energia associada a um campo elétrico,
V V
0 V1 V2 0 V1 V2 a um campo magnético e de acordo com a Teoria da Relatividade,
(a) (b) até mesmo com a própria massa.
P P No início desta discussão tentamos definir a energia interna
1 1
P1 P1 descrevendo-a em termos de energias cinética e potencial. Contudo,
isto introduz algumas dificuldades.
Na realidade, o cálculo da energia interna usando este método
seria complicado e impraticável. Além do mais, esta definição não é
P2 2 P2 2 operacional porque ela não descreve como obter a energia interna a
4 W = Área W = Área
V V partir de grandezas físicas que podemos medir diretamente.
0 V1 V2 0 V1 V2
(c) (d) Sendo assim, é conveniente encarar a energia interna de outra
maneira. Para começar, definimos a variação da energia interna ∆U
a) Três caminhos diferentes entre o estado 1 e o estado 2. durante qualquer mudança de um sistema como grandeza dada pela
b) – d) O trabalho realizado pelo sistema durante uma transição entre equação:
dois estados depende do caminho escolhido. ∆U = Q – W
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MÓDULO DE ESTUDO
Quando um trabalho total W for realizado pelo sistema durante • Processo isotérmico
esse processo, uma igual quantidade de energia deve ser transferida Um processo isotérmico é um processo com temperatura
para o interior do sistema sob forma de calor Q. Porém, nem Q nem constante. Para um processo ser isotérmico é necessário que a
W são necessariamente iguais a zero. transferência de calor para dentro ou para fora do sistema seja
Outro caso especial da Primeira Lei ocorre em um sistema isolado, suficientemente lenta, possibilitando que o sistema permaneça em
aquele que não troca nem calor nem trabalho com suas vizinhanças. equilíbrio térmico. Em geral, alguns casos especiais, a energia interna
Para qualquer processo termodinâmico que ocorre em um do sistema depende apenas da sua temperatura, e não do volume
sistema isolado, e da pressão. O sistema mais familiar que goza desta propriedade
W = Q = 0, especial é um gás ideal, conforme discutiremos posteriormente.
e, portanto, Para tais sistemas, quando a temperatura é constante, a energia
U2 – U1 = ∆U = 0 interna porém, é constante; ∆U = 0 e Q = W. Ou seja, qualquer
energia que entra no sistema sob forma de calor Q sai novamente
Em outras palavras, a energia interna de um sistema isolado
dele em virtude do trabalho W realizado por ele. No exemplo
permanece constante.
envolvendo um gás ideal, exemplificamos um processo isotérmico
no qual U também permanece constante. Para muitos sistemas que
Processos não podem ser considerados como gases ideais, a energia interna
• Processo isocórico depende do volume e da pressão; logo, U pode variar mesmo quando
T permanece constante.
Um processo isocórico é um processo com volume constante. Um gás ideal sofre uma expansão isotérmica (temperatura
Quando o volume de um sistema termodinâmico permanece constante, constante) para uma temperatura T, enquanto o volume varia entre
ele realiza trabalho sobre as vizinhanças. Logo, W = 0 e ∆U = Q os limites V1 e V2. Qual é o trabalho realizado pelo gás?
(Processo isocórico).
Em um processo isocórico toda energia adicionada sob forma Pela equação:
de calor permanece no interior do sistema contribuindo para o aumento V2 V2 nRT V P
da energia interna. O aquecimento de um gás em um recipiente cujo W V PdV V dV nRTIn 2 nRTIn 1
1 1 V V1 P2
volume é mantido constante é um exemplo de processo isocórico.
(Note que existem alguns tipos de trabalho que não envolvem variação P
de volume. Por exemplo, podemos realizar trabalho sobre um fluido
agitando-o. Na literatura, o termo “isocórico” é usado para designar Pa a 3 Isobárico
um processo no qual não existe nenhum tipo de trabalho realizado.) T3 > Ta
• Processo isobárico
Isotérmico
Este é o processo que acontece com a pressão constante. Isocórico
T4 = Ta
T2 < Ta
O trabalho realizado nesse processo é dado por:
W = P(V2 – V1) 2
Nada se anula neste caso e assim teremos a primeira lei com 1 4
todos os termos:
V
Q = P(V2 – V1) + nCV∆T = n(R + CV)∆T 0 Va Adiabático
T1 < Ta
Este é um processo fácil de se obter, tome como exemplo a
caldeira de uma máquina a vapor. A água é primeiro aquecida até a Quatro processos diferentes para uma quantidade constante de um gás ideal, todos
temperatura de ebulição, e depois vai sendo vaporizada à pressão iniciando no estado a. Para o processo adiabático, Q = 0; para o processo isocórico,
W = 0; e para o processo isotérmico ∆U = 0. A temperatura aumenta somente no caso
constante. Podemos agora esquematizar o processo, para cada porção da expansão isobárica.
de água convertida em vapor, da forma indicada na figura a seguir:
• Processo adiabático
P P
Um processo adiabático é aquele para o qual não ocorre
transferência de calor nem para dentro nem para fora do sistema;
P P Q=0
Vv
Podemos impedir a transferência de calor fechando o sistema
V1 com um material isolante ou realizando o processo tão rapidamente
que não haja tempo suficiente para que ocorra um fluxo de calor
apreciável. De acordo com a Primeira Lei da Termodinâmica, verificamos
que para qualquer processo adiabático,
Reservatório Reservatório
térmico Q térmico ∆U = – W
(processo adiabático)
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MÓDULO DE ESTUDO
C) 1 RT
Utilizando a definição de transformações infinitesimais, 1
podemos obter para uma adiabática que: k
PdV = –nCVdT D) (K – 1)RT
dV dT
R CV K
V T E) RT
k 1
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MÓDULO DE ESTUDO
03. (ITA) Certa quantidade de oxigênio (considerado aqui como gás ideal) Sabendo que o sistema absorve 300 J de calor durante o trecho ABC,
ocupa um volume vi a uma temperatura Ti e pressão pi. A seguir, determine:
toda essa quantidade é comprimida, por meio de um processo A) o trabalho realizado nos trechos ABC e CA.
adiabático e quase estático, tendo reduzido o seu volume para B) o trabalho total realizado pelo sistema.
v C) a variação de energia interna no ciclo.
vf = i . Indique o valor do trabalho realizado sobre esse gás. D) o calor liberado pelo sistema no trecho CA.
2
3 5
A) w = (pi vi ) 20,7 − 1
2
( )
B) w = (p1 vi ) 20,7 − 1
2
( ) 06. (IME)
5 3
C) w =
2
(
(pi vi ) 20,4 − 1 ) D) w =
2
(
(pi vi ) 21,7 − 1 )
5
E) w =
2
(
(pi vi ) 21,4 − 1 )
04. (ITA) Um moI de um gás ideal ocupa um volume inicial V0 à
temperatura T0 e pressão P0, sofrendo a seguir uma expansão
reversível para um volume V1. Indique a relação entre o trabalho
que é realizado por:
I. W(i), num processo em que a pressão é constante;
II. W(ii), num processo em que a temperatura é constante;
III. W(iii), num processo adiabático. A figura anterior mostra um sistema posicionado no vácuo
formado por um recipiente contendo um gás ideal de massa
A) W(i) > W(iii) > W(ii) B) W(i) > W(ii) > W(iii)
molecular M e calor específico c em duas situações distintas.
P P Esse recipiente é fechado por um êmbolo preso a uma mola de
(i) (i)
P0 P0 constante elástica k, ambos de massa desprezível. Inicialmente
( ii ) ( ii ) (Situação 1), o sistema encontra-se em uma temperatura T0,
o êmbolo está a uma altura em relação à base do recipiente
( iii ) e a mola comprimida de h0 em relação ao seu comprimento
( iii )
relaxado.
V0 V1 V V0 V1 V Se uma quantidade de calor Q for fornecida ao gás (Situação 2),
fazendo com que o êmbolo se desloque para uma altura h e
C) W(iii) > W(ii) > W(i) D) W(i) > W(ii) > W(iii) a mola passe a estar comprimida de x, a grandeza que varia
P P linearmente com Q é:
(i) (i)
P0 P0 A) x + h B) x – h
( ii ) ( ii ) C) (x + h)2 D) (x – h)2
E) xh
( iii ) ( iii )
07. (ITA) A figura mostra um sistema, livre de qualquer força externa,
V0 V1 V V0 V1 V com um êmbolo que pode ser deslocado sem atrito em seu interior.
Fixando o êmbolo e preenchendo o recipiente de volume V com
E) W(iii) > W(ii) > W(i) um gás ideal a pressão P, e em seguida liberando o êmbolo,
o gás expande-se adiabaticamente. Considerando as respectivas
P massas mC, do cilindro, e me, do êmbolo, muito maiores que a
(i)
P0
massa mg do gás, e sendo o expoente de Poisson, a variação da
( ii ) energia interna do gás quando a velocidade do cilindro for Vc é
dada aproximadamente por:
( iii )
mc
V0 V1 V
mg
05. Um sistema termodinâmico efetua o ciclo representado pelo V
gráfico a seguir: me
P (104 N/m2)
B 3PV y 3PV
4 A) B)
2 2 ( y − 1)
mc (me + mc ) v c2 (mc + me ) v 2c
2 C C) − D) −
A 2 me 2
me (me + mc ) v 2c
E) −
4 8 12 v (10–3 m3) 2 mc
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MÓDULO DE ESTUDO
08. Para calcular a razão c p/c v de um gás, podemos utilizar o 11. Um cilindro adiabático possui 4M
procedimento a seguir. Uma certa quantidade de gás inicialmente uma câmara onde tem um
a um estado (P0, V0, T0) é aquecido através de um resistor de duas pistão o qual pode mover livre-
maneiras (ambas partindo do estado mencionado). mente sem atrito. O conjunto M V
I. Isocoricamente de tal forma que atinge a pressão P1; está sobre uma mesa lisa e M
II. Isobaricamente de tal forma que atinge o volume V1. estão submetidos a pressão e
temperatura ambientes. A massa
Considerando que o tempo de aquecimento, em ambas as do pistão vale M e a do cilindro, 4 M. Uma partícula de massa M
situações, é o mesmo, encontre a razão cp/cv em função das e velocidade v, colide elasticamente com o pistão (veja figura ao lado).
pressões e volumes. Dessa forma, determine a máxima variação da temperatura do gás.
cp V0 (P1 − P0 )
= Nota: considere um mol de gás ideal monoatômico e sua massa,
c v P0 ( V1 − V0 ) em relação aos outros elementos, desprezível.
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MÓDULO DE ESTUDO
14. Em uma expansão muito lenta, o trabalho efetuado por um gás Observação: Considere que não existe atrito entre o cilindro e
num processo adiabático é o êmbolo.
P1V1γ 1− γ Dados: Massa do gás ideal: 0,01 kg; Calor específico a volume
W12 = ( V2 − V11− γ ), constante do gás ideal: 1.000 J/kg · K; Altura inicial do êmbolo
1− γ
em relação à base do cilindro: X1 = 1 m; Área da base do
em que P, V, T são, respectivamente, a pressão, o volume e a êmbolo: 0,01 m 2; Constante elástica da mola: 4.000 N/m;
temperatura do gás, 1 e 2 uma constante, sendo os subscritos Massa do êmbolo: 20 kg; Aceleração da gravidade: 10 m/s2;
representativos, respectivamente, do estado inicial e final do Pressão atmosférica: 100.000 Pa.
sistema. Lembrando que PVγ é constante no processo adiabático, A) na condição inicial;
esta fórmula pode ser reescrita deste modo: B) no novo estado de equilíbrio.
P1 V1 − V2 ( T2 / T1) P2 V1 − V2 ( T2 / T1)
γ / ( γ −1) γ / ( γ −1)
x L
A) T0 + (P0S + k L0 ) B) T0 + 0 (P0S + k x )
R R
x x
C) T0 + (P0S + k x ) D) T0 + k (L0 + x )
R R
x
E) T0 + (P0S + k L0 + k x )
R
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MÓDULO DE ESTUDO
20. No interior de um ambiente submetido à pressão atmosférica, 22. A fi gura mostra um cilindro com paredes adiabáticas que
encontra-se um cilindro que contém 10 mL de um determinado contém um gás ideal e no seu centro existe um êmbolo móvel de
gás ideal. Esse gás é mantido no interior do cilindro por um massa m. Sabendo que a pressão inicial do gás em cada lado é P0,
êmbolo de área igual a 30 cm2, conforme apresentado na figura A corresponde a área do êmbolo e L o comprimento indicado
acima. Inicialmente a mola não exerce força sobre o êmbolo. na figura. Calcule o período para pequenas oscilações, despreze
Em seguida, o gás recebe uma quantidade de calor igual a 50% quaisquer atritos do sistema e use, caso necessário (1 + x)n = 1 + nx.
daquele rejeitado por uma máquina térmica, operando em um Nota: os processos gasosos podem ser considerados isotérmicos.
ciclo termodinâmico, cujas características técnicas se encontram
listadas abaixo. Como consequência do processo de expansão,
observa-se que a mola foi comprimida em 2 cm. O rótulo de
identificação do gás está ilegível, mas sabe-se que existem apenas
duas opções – o gás hélio ou oxigênio. Baseando em uma análise
termodinâmica da situação descrita, identifique o gás.
Dados: 23. A figura a seguir mostra um ventilador em que determinado
momento entra em funcionamento e realiza um trabalho de 540 J.
• Temperatura da fonte quente e da fonte fria da máquina
Ao se expandir, o gás dissipa 130 J de calor e sua energia interna
térmica: 600 K e 450 K;
varia em 100 J e o êmbolo de 200 g varia sua temperatura em
• Razão entre o rendimento da máquina térmica e o ciclo de
5 ºC. Qual a deformação que a mola sofre nessa situação?
Carnot associado: 0,8;
Considere as paredes adiabáticas e o calor específico do êmbolo.
• Quantidade de calor recebido pela máquina térmica: 105 J;
• Constante da mola: 3 · 104 N/m; Dados: c = 0,05 cal/g ºC; K = 24 N/cm; 1 cal = 4,2 J.
kgf
• Pressão atmosférica: 1
cm2
• 1 kgf = 10 N;
• peso do êmbolo: desprezível.
24. Encontre o trabalho feito pelo gás do estado inicial ao estado final
ao longo da trajetória tracejada que corta a isoterma, conforme
a figura a seguir.
P Estado
Pi inicial
Estado
final
Isoterma
Pf
Vi Vf V
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MÓDULO DE ESTUDO
26. Em um recipiente cilíndrico tem um pistão abaixo do qual se 29. Um gás, constituído por 5 mols, sofre uma transformação, de
encontra 1 mol de um gás ideal monoatômico. A massa do acordo com o gráfico p = (f) (T).
pistão é M e sua superfície é S. Determine a quantidade de calor p (atm)
necessária para se fornecer ao gás na unidade de tempo para que B
5
o pistão se mova uniformemente para cima com velocidade v.
A pressão atmosférica é P0 e desprezam-se os atritos entre o pistão
e as paredes do recipiente.
A
5 2
A) (P0S + Mg) v
2 0 200 TB T (K)
3
B) (P0S + Mg) v
2 Sendo a constante universal dos gases perfeitos R = 2,0 cal/mol K e o
calor molar a volume constante do gás CV = 5 cal/mol K, determine:
1 A) o tipo de transformação sofrida pelo gás.
C) (P0S + Mg) v
2 B) o calor recebido e a variação de energia interna sofrida pelo
gás, nessa transformação.
D) (P0S + Mg) v
30. Considere um processo politrópico, isto é, PVr = constante,
E) N.D.A.
com r ≠ 1 ou r ≠ y e mostre:
A) A expressão para o trabalho:
27. Um sistema gasoso, originalmente no estado termodinâmico a, R∆T
é levado para o estado b por meio de dois processos distintos, W=−
r −1
1 e 2, mostrados na figura. No processo 1, o sistema realiza um
trabalho, τ1, de 300 J e absorve uma quantidade de calor, Q1, B) O calor específico molar:
de 800 J. R R
C= −
Pressão b γ −1 r −1
1
Gabarito
3 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
C C C D * E E * C 70J
a 2 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
* E * A * * D A E *
Volume
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
A) Se no processo 2 o trabalho τ2 realizado é de 100 J, quanto * * * A * A * * * *
calor, Q2, é absorvido pelo sistema nesse processo?
B) Quando o sistema é trazido de volta ao estado original a, pelo
processo 3 (ver figura), o trabalho, τ3, de 200 J é realizado sobre
o sistema. Que quantidade de calor, Q3, é envolvida nesse
processo?
C) O calor mencionado no item b é liberado ou absorvido pelo
sistema?
//////////////////
RESOLUÇÃO
F B O N L I N E . C O M . B R
//////////////////
RESOLUÇÃO
Como estamos tratando de um ciclo fechado, podemos mcxc = mexe ⇒ mcvc = meve
perceber que a variação da energia interna, que é uma
função de estado, não irá variar ao passar pelo ciclo, já que Como o processo é adiabático, nota-se pela equação da
começa e termina no mesmo ponto. Sendo assim: primeira lei da termodinâmica que:
ΔU = 0J
Q = 0 = ΔU + W ⇒ ΔU = −W
Veja que foi dado que o calor que entra no sistema é de 300J.
Podemos conservar a energia do sistema para perceber que, Para calcularmos o trabalho do gás, podemos utilizar o fato
como o calor que sai do sistema só irá sair no processo CA, já de que a energia cinética que o cilindro e o êmbolo recebem
que é o único processo exotérmico, o resto do calor são 100% dadas pelo trabalho do gás. Logo, temos que:
adicionado ao sistema será o calor que irá realizar trabalho.
Logo, temos: me v e2 mc v c2 m v 2 m m2 v 2
W= + ⇒ W = c c + e c 2c
300 − QCA = 80 2 2 2 2 me
QCA = 220J (
mc v c2 mc + me )
⇒W=
2me
06. Nesta questão, percebe-se que a adição de calor no sistema
A variação da energia interna será este valor, porém negativo.
irá ser transformada em energia interna do gás e em
Logo, teremos o item C.
trabalho. Como a pressão externa é inexistente além da mola,
Resposta correta: C
podemos calcular o trabalho realizado pelo gás como a
F B O N L I N E . C O M . B R
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RESOLUÇÃO
08. Como o tempo de aquecimento em ambas as situações é o ΔQBC = −40J. Já a variação de calor em CA é 0, pois é um
mesmo, temos que o calor dado ao sistema é o mesmo valor processo adiabático. Logo, temos que, como o trabalho do
Q. Veja que, na situação 1, como é uma transformação ciclo é 30J, x + (−40J) = 30J, logo x = 70J.
isocórica, por definição, o calor dado ao sistema é igual à
variação de energia interna do gás, que é dada por: 11. Essa questão tem uma ideia parecida com a questão 7, mas
tem uma mistura com ideias de colisões e referencial do
P v centro de massa. Primeiramente, considerando a colisão do
PV C V (P − P )
Q = nCv(Tf − T0) = nCv 1 0 − 0 0 ⇒ Q = v 0 1 0 êmbolo com a partícula, como ambos possuem a mesma
nR nR R
massa e a colisão é elástica, todo o momento da partícula irá
para o êmbolo. Para mostrar tal situação, consideremos V’ a
De maneira análoga, como a segunda situação se trata de velocidade do êmbolo pós colisão e V’’ a velocidade da
uma transformação isobárica, o calor dado ao sistema será partícula pós colisão. Conservando o momento linear e
igual à variação de entalpia do sistema, que é dada por: utilizando-se do coeficiente de restituição igual a 1, temos:
V´ − V´´
MV = MV’ + MV’’ e 1 =
P V −P V Cp V0 (V1 − V0 ) V
Q = nCp(Tf − T0) = nCp 0 1 0 0 ⇒ Q =
nR R
V’’ = V − V’ ⇒ V = V’ − (V − V’) ⇒ V = V’
Logo, dividindo a variação da entalpia pela variação da
A partir disso, podemos encontrar a velocidade do centro de
energia interna, teremos:
MV
massa do sistema êmbolo + cilindro: VCM = ⇒
4M + M
CpP0 (V1 − V0 ) Cp V0 (P1 − P0 )
1= ⇒ = V
C v V0 P1 − P0 Cv P0 (V1 − V0 ) VCM = . Veja que, considerando a equação TV−1 = cte, para
5
que a temperatura chegue em seu valor máximo, o volume
09. Veja que, dada uma certa quantidade de calor para a haste, deve chegar no seu valor mínimo. Esta condição ocorrerá, no
ela irá se dilatar em uma quantidade L = LT, onde Q = CT, referencial do centro de massa, quando o êmbolo e o cilindro
onde = 0, 000001 K−1 é o coeficiente de dilatação da haste e pararem, e eles devem parar ao mesmo tempo, pois no
C = 4 J/K é a capacidade térmica da mesma. Sendo assim, referencial do centro de massa, o momento linear do sistema
∆L Q é sempre 0. Observando as velocidades iniciais do cilindro e
temos = . Essa dilatação irá ocorrer de tal forma que irá
L C do êmbolo no ref do CM, temos: Ve = V − V/5 = 4V/5 e
diminuir o volume que o gás pode ocupar. Seja A a área da Vc = 0 − V/5 = −V/5, onde o sinal define que o cilindro está
base. Temos que, considerando a transformação isotérmica: se movendo em direção contrária ao movimento do êmbolo,
como esperado.
Agora, observando a primeira lei da termodinâmica para o
gás, temos: ΔQ = ΔU + W. Como o processo é adiabático, a
1
PiAL = PfA(L − L) ⇒ Pf = Pi Vf
variação de calor é nula, logo, temos nCpΔT = −W = pdv .
1 − ∆L ∫V
i
L Porém, ao invés de observarmos o trabalho do gás como sua
compressão, podemos observar como a variação de energia
∆L Q cinética do cilindro e do êmbolo, pois o gás faz com que
Note que a quantidade = é muito menor que 1, sendo
L C esses corpos desacelerem. Logo, analisando a variação de
assim, podemos usar a aproximação de Taylor, isto é: 4M(V / 5)2
energia cinética de cada corpo: ΔEcin1 = =
∆L 2
(1 + x)n ≈ (1 + nx), neste caso, n será igual a −1 e x será .
L M(4V / 5)2
2MV2/25 e ΔEcin2 = = 8MV2/25, sendo ΔEcin1 a
Pf 1 Q P −P Q 2
= ≈1+ ⇒ f i = = 0, 0001
Pi Q C Pi C variação de energia cinética do cilindro e ΔEcin2 a variação de
1−
C energia cinética do êmbolo. Veja que o trabalho realizado
pelo gás será menos essa quantidade, pois a energia sai do
Resposta correta: C cilindro e do êmbolo para dentro do gás. Logo, temos
2MV 2 8MV 2 2MV 2
W = − + =−
10. Veja que, considerando x como o calor que entra no sistema 25 25 5
no processo AB, é possível concluir que o trabalho do sistema
Substituindo este valor na equação da primeira lei, temos:
é igual a x menos o calor retirado do sistema nas etapas BC e
CA. Para tal, vamos achar a variação de calor de cada etapa. 3R∆T 2MV 2 4MV 2
= −− ⇒ ∆T =
Na etapa AB, será o valor x que queremos encontrar. Na 2 5 15R
etapa BC, veja que ΔQBC = WBC + ΔUBC, onde a variação de
energia interna é dita como negativa, enquanto o trabalho é
nulo, pois não há variação de volume, sendo assim,
F B O N L I N E . C O M . B R
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RESOLUÇÃO
12. Analisemos cada item separadamente, levando em 14. Essa questão se resume à manipulação algébrica da
consideração dois pontos de comparação: dado um mesmo expressão dada. Vamos, primeiramente, reorganizar a
processo em um gás monoatômico e diatômico, a variação equação da seguinte forma:
de calor em função da variação de temperatura será maior
para um gás diatômico, pois a capacidade calorífica de um γ
F B O N L I N E . C O M . B R
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RESOLUÇÃO
F B O N L I N E . C O M . B R
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RESOLUÇÃO
F B O N L I N E . C O M . B R
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RESOLUÇÃO
Que é a equação base de um MHS. Concluímos então que o Veja que, como parte do calor adicionado é dado para a
período é dado por: mudança de temperatura do gás, precisamos analisar a
primeira lei da termodinâmica para termos a resposta final.
mL Veja que: dQ = nCvdT + PdV. Podemos encontrar uma
T = 2π relação útil na lei geral dos gases, pois temos PV = nRT ⇒
2P0 A
PdV
PdV = nRdT ⇒ dT = . Note que o d aqui é equivalente
nR
23. Nessa questão, basta ver que a energia da mola será a
ao Δ.
energia restante das citadas. Ou seja, vemos que a variação
de energia do êmbolo devido à variação de temperatura é
Substituindo na equação o valor do Cv e do dT, temos:
dada por Q = 200 · 0,05 · 5 · 4,2 = 210J. Ou seja, temos que
kx2
= 540 − 210 − 130 − 100 = 100J. 3PdV 5
2 dQ tot = + PdV ⇒ dQ tot = PdV
2 2
Transformando k para o SI, temos k = 2400N/m, ou seja,
Daí, dividindo por dt para encontrarmos a potência pedida
teremos:
no problema:
3
x2 = 1/12 ⇒ x =
6 dQ tot 5
Pot = = (Mg + P0 A)v
dt 2
24. Veja que, pela definição do trabalho do gás, temos que
Vf
W= ∫V PdV , ou seja, o trabalho é abaixo do gráfico P(V), Resposta correta: A
i
F B O N L I N E . C O M . B R
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RESOLUÇÃO
Vf
W= ∫V PdV
i
C
Veja que P = , onde C = PfVfr = PiVir. Sendo assim,
Vr
substituindo este valor na equação, temos:
Vf
W = C∫ V −r dV
Vi
a+1
teremos:
W=
(CV 1 −r
f − CVi1 −r )
1 −r
Pf Vf − PV nR∆T
W= i i
=−
1−r r −1
F B O N L I N E . C O M . B R
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