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CONTRIBUIÇÕES DO PIBID NA FORMAÇÃO DOCENTE: RELATO

DE BOLSISTAS DO CURSO DE PEDAGOGIA

Naara Ellen Ramos da Silva1


Gabriel do Nascimento Bessa Bevenuto2
Ivania Monyze de Oliveira Silva3
Orientadora: KeutreGláudia da Conceição Soares Bezerra4

INTRODUÇÃO
A formação docente é permeada de experiências exitosas com construção de saberes
que contribuem para fortalecer as habilidades e competências do graduando. É nesse sentido
que as experiências na graduação colaboram para a reflexão da teoria/prática diante dos
contextos escolares.
É nessa perspectiva que as vivências em sala de aula tornam-se um elemento de
inestimável importância para o fortalecimento do processo formativo. No tocante a isto, surge
nas universidades programas que oportunizam aos graduandos vivenciar situações educativas
significativas para a formação inicial. Destas políticas nas universidades, se destaca o
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência –PIBID, que promove oportunidades
para os graduados transpor para a prática em sala de aula os saberes aprendidos nas
universidades.
O presente trabalho tem como objetivo analisar qual o impacto do PIBID na
formação dos bolsistas e voluntários do Subprojeto PIBID Pedagogia doCampus de Pau dos
Ferros, na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. A inquietação para abordar essa
temática foi a partir da experiência dos graduandos de Pedagogia no referido Programa.
Diante das reflexões, surgiu questionamentos sobre quais seus contributos para o processo
formativo.

1 Graduanda do curso de Pedagogia do Departamento de Educação da Universidade do Estado do Rio Grande


do Norte, Campus Pau dos Ferros. E-mail: naaraellen@gmail.com
2Graduando do curso de Pedagogia do Departamento de Educação da Universidade do Estado do Rio Grande do
Norte, Campus Pau dos Ferros. E-mail: gabrielbessa122@gmail.com
3 Graduanda do curso de Pedagogia do Departamento de Educação da Universidade do Estado do Rio Grande
do Norte, Campus Pau dos Ferros. E-mail: monyzesilva@alu.uern.br
4 Professora Doutora do Departamento de educação, coordenadora de área do PIBID do Curso e Pedagogia,
núcleo do CAPF/UERN. E-mail: keutresoares@uern.br
Sendo assim, a problemática respalda-se nos seguintes questionamentos: O PIBID é
um contributo na formação inicial dos graduandos de Pedagogia? Quais experiências são
relevantes para a futura prática docente em sala de aula?
Desse modo, para contemplar o propósito mencionado, foi realizado uma entrevista
com os bolsistas do PIBID do curso de Pedagogia.Ao longo dessa discussão será apresentado
através das vozes dos sujeitos o impacto do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à
Docência na formação destes.
As bases teóricas utilizadas nessa abordagem são: Tardiff (2010) ao abordar a saberes
docentes, Felício (2014) tratando-se da formação inicial de professores, Canário (1998)
contextualizando aprendizagem profissional e a construção identitária

DISCUSSÕES TEÓRICO-METODOLÓGICAS

É inegável a relevância de uma formação acadêmica e profissional que transcenda os


confins da sala de aula universitária para os estudantes de licenciatura em todas as suas
vertentes. Torna-se imprescindível uma preparação que permita ao aluno mergulhar na
realidade prática do seu futuro campo de atuação, compreendendo os desafios e as
oportunidades inerentes à profissão que escolheu. Tal imersão contribui de maneira
significativa para a edificação da identidade profissional do educador em formação. Conforme
destacado por Garcia, Hypolito e Vieira (2005, p. 45-56); “Quando se fala de uma identidade
de categoria docente, dos traços e dos aspectos que caracterizam esse grupo tão heterogêneo,
poderíamos pensar imediatamente neste: todos se dedicam ao ensino.
Quando se fala de uma identidade da categoria docente,
dos traços e dos aspectos que caracterizam esse grupo tão
heterogêneo, poderíamos pensar imediatamente neste: todos se
dedicam ao ensino. (GARCIA;, HYPOLITO;VIEIRA; 2005 p.45-
56)

A formação docente é um campo de estudo complexo e em constante evolução,


abrangendo uma miríade de teorias e metodologias ao longo do tempoas eras. Ao longo do
tempo, uma gama diversificada de teóricos contribuiu para moldar essa área, cada um
trazendo perspectivas únicas e percepções insights valiosos.
Em umcontexto mais amplo, os estudos sobre formação de professores têm ressaltado
a importância de uma preparação integrada, que ultrapasse meramente o domínio dos
conteúdos disciplinares. Essa abordagem reconhece a necessidade urgente de desenvolver
competências pedagógicas sólidas, didáticas eficazes e habilidades socioemocionais
essenciais.

Estabelecer relações interpessoais professor aluno implica afetividade, respeito e


admiração. Essa dimensão relacional produz disciplina, ordem e boa convivência, o
que contribui para o sucesso na gestão da classe. Compete ao professor gerir a
classe, o que significa ser competente para gerir conflitos e administrar interações.
(MUNSBERG; ,FELICETTI,;2014, pP.2).

Essa perspectiva sublinha a importância de os futuros professores não apenas


compreenderem profundamente os processos de ensino-aprendizagem, mas também serem
capazes de conceber e implementar uma variedade de estratégias de ensino adaptáveis e
eficazes. Além disso, destaca-se a relevância de criar ambientes de aprendizagem inclusivos,
onde todos os alunos se sintam valorizados e estimulados.
Neste contexto, a capacitação docente não se limita apenas ao aprimoramento de
competências técnicas,; ela adota uma perspectiva mais abrangente que integra princípios
humanos, éticos e sociais. Os aspirantes a educadores são instigados a se converterem em
catalisadores de mudança, aptos a motivar e habilitar os estudantes a encararem os dilemas do
mundo moderno com determinação.
Conforme enfatizado por Tardiff (2010), a formação docente transcende a mera
assimilação de conteúdos disciplinares. O autor destaca a necessidade premente de uma
preparação que vá além, incitando os futuros educadores a uma reflexão crítica sobre suas
práticas e o entorno onde estas se inscrevem. Este chamado à reflexão impulsiona os
aspirantes a professores a examinarem suas intervenções, a detectarem os desafios que se
apresentam e a se lançarem na busca por soluções inovadoras e eficazes para os variados
contextos educativos que enfrentarão.
Adicionalmente, Tardiff (2010) salienta a importância intrínseca da experiência prática
no processo formativo. Ele defende ardorosamente que a formação de professores deve ligar
teoria e prática de maneira indissociável. Neste sentido, torna-se imprescindível uma
formação integrada que não se limite ao domínio dos conteúdos disciplinares, mas que
abarque também o desenvolvimento das habilidades pedagógicas e didáticas. Esta abordagem
compreende a compreensão dos mecanismos de ensino-aprendizagem, a habilidade para
conceber e implementar atividades educacionais pertinentes e impactantes, e o estímulo à
reflexão crítica sobre a prática docente.
Dessa forma, a capacitação docente se apresenta como um procedimento polifacetado
e em constante evolução, no qual a integração entre conhecimento teórico e experiência
prática, associada a uma atitude reflexiva e criativa, revela-se indispensável para a eficácia da
prática profissional do educador.
Em seu estudo,de 2014, Felício (2014) expõe com perspicácia a essencialidade da
contextualização no processo de formação docente. Ele enfatiza a necessidade premente de os
educadores compreenderem as particularidades do ambiente educacional, social e cultural no
qual irão atuar. Isso implica não apenas uma compreensão profunda das necessidades e
realidades dos alunos, mas também a promoção ativa de práticas inclusivas e a adaptação
contínua das estratégias pedagógicas para acomodar as diversas formas de diversidade que
permeiam a sala de aula.
Nesse cenário, o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID)
assume um papel de destaque, proporcionando aos futuros educadores o primeiro contato
prático com a dinâmica da sala de aula regular ainda durante sua formação universitária. Esta
imersão prática se mostra de suma importância, uma vez que permite aos estudantes
experimentar, em tempo real, as complexidades do processo de ensino e aprendizagem,
contribuindo de forma significativa para seu desenvolvimento profissional e acadêmico.
Assim como cita:( Munsberge Felicetti; (2014)
Formação implica criação, construção, constituição. Integração, por sua
vez, tem a ver com incorporação, inclusão, assimilação. Formação integradora dos
sujeitos significa a construção mútua das pessoas que interagem de maneira
cooperativa e reflexiva. Na sala de aula interagem professores e alunos, construindo
se mutuamente no processo de ensino-aprendizagem. Ambos aprendem, todos se
formam, se constituem. (MUNSBERG;FELICETTI, ;2014,Pp.7).

A elaboração de procedimentos teórico-metodológicos para um trabalho acadêmico é


sempre um desafio estimulante. No entanto, seguindo uma abordagem qualitativa, conforme
preconizado por Minayo e Gomes (2007, p. 21), “a pesquisa em questão se concentra no
universo dos significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes dos participantes.”
O estudo foi conduzido com discentes do PIBID CAPF/UERN, pertencentes ao curso
de Pedagogia. O universo de investigação compreendeu 27 alunos, dos quais 12 foram
selecionados para responder a um questionário elaborado especificamente para este propósito.
O questionário, composto por dez questões, duas objetivas e oito discursivas, foi distribuído
por meio do formulário do Google Forms, permanecendo disponível para resposta no período
de 17 a 25 de agosto de 2022. Com o intuito de preservar a identidade dos participantes,
foram atribuídos pseudônimos a cada um deles.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Sabe-se da necessidade de uma formação para além da sala da universidade, para os


alunos de licenciatura. É preciso uma formação que permita que o aluno tenha a oportunidade
de estar frente a realidade de atuação, conhecendo e identificando os desafios e possibilidades
da sua futura área profissional e na construção de sua identidade docente. Sabendo que o
programa PIBID oportuniza ao aluno ser colocado frente a realidade da escola pública, foi
realizado alguns questionamentos para compreender a contribuição deste para os voluntários e
bolsista do PIBID do curso de pedagogia do campus de Pau dos Ferros. A partir da relevância
do programa para formação dos discentes, questionou-se se os bolsistas consideram o PIBID
importante para a formação docente e todos responderam que sim. Trazemos algumas
respostas abaixo:
Quadro 01 - Relevância do programa para formação dos discentes
Nome Respostas
fictício
Biscoito Sim, pois existe muito discentes que só começam a ter vivências em sala de aula
no estágio obrigatório, o que é direcionado pouco tempo para a ação. O pibid é um
programa de iniciação que realmente nos permite viver as realidades educacionais das
escolas públicas, assim como a prática dos planejamentos e ministração das aulas.
Martin Sim, o PIBID, além das milhares de portas que abre acaba servindo de
Luther confirmação de identidade do profissional ajudando o aluno antes do estágio, e servindo
King Jr. como um auxílio para o aluno conseguir se manter na faculdade diante sua realidade
econômica
Gio Sim. O pibid possibilita que o aluno tenha um contato maior com a sala de aula
durante o curso, podendo iniciar esse contato antes mesmo estágio. Possibilita uma série de
experiências com relação ao planejamento de aulas, as execuções dos planos, as
adversidades das salas de aulas. O pibid também permite que o aluno vá descobrindo o tipo
de professor que se identifica através da prática.
O Sim! Ter a formação dentro do PIBID tem um peso para quem quer a sala de
menino aula, pois você já sai com uma grande experiência de sala de aula.
da
pedagog
ia
pibidian Sim, é como um estágio. É onde podemos nos aperfeiçoarmos em nossas práticas para

ay quando nos formarmos agirmos da melhor forma com base em nossas experiências

Fonte: pesquisa realizada pelos autores (2023)

Ao analisar as respostas foi possível compreender que o programa auxilia de maneira


significativa e ativa para a formação inicial dos alunos do curso de Pedagogia. Segundo
Felício (2014, p. 418) “tratando-se da formação inicial de professores, torna-se necessário
combinar a formação acadêmica e a formação pedagógica, a fim de capacitá-los para o
exercício de uma atividade que não se restringe, exclusivamente, ‘ministra aulas’.” Assim é
possível refletir sobre a importância da teoria e prática, possibilitando o estudante tanto na
parte acadêmica, como na construção da área profissional.
As práticas em sala de aula é uma parte fundamental para a formação do aluno,
quando Biscoito (2023) aponta que muitas vezes os discentes, teriam esse contato só no
estágio, mostra a importância que o programa se tem, pois ao questionarmos se já atuaram
como professor, 75% responderam que não.Dessa forma, o discente que fez/faz parte do
PIBID e por meio dele tem sua primeira experiência e contato com a sala de aula, traz uma
‘bagagem” de experiência no seu primeiro contato com o estágio ofertado pelas
universidades, pois, o programa consegue ofertar uma vivência ampla.
Tendo consciência dos vários desafios que o professor enfrenta dentro da escola
pública, foi perguntado se consideram que o PIBID coloca os bolsistas e voluntários frente a
realidade da sala de aula. Novamente, todos os participantes da pesquisa responderam que
sim. Ao justificarem suas respostas, alguns mencionaram que adquiriram experiência em
organizar o plano de aula, aperfeiçoamento das práticas, e que o programa se torna uma
oportunidade de identificar se os voluntários/bolsistas querem atuar na sala de aula,
oportunizando conhecer as os desafios do sistema educacional e as possibilidades de
melhoria. Trazemos algumas respostas sobre essa questão.
Quadro 02 – O PIBID coloca os bolsistas e voluntários frente a realidade da sala de aula.
Nome Respostas
fictício
Eletron, Sim. O PIBID me fez conhecer a realidade das salas de aula das escolas públicas,
pois lá entendi as fragilidades do sistema educacional brasileiro e de como a falta de
investimento afeta diretamente a aprendizagem dos alunos.
Luxos Sim, a vivência do PIBID possibilita que um voluntário e bolsista presencie
diferentes construções sociais e comportamentais no chão da escola.

Gio Sim. Pois o pibid permite que o graduando participe de quase todo o processo
que envolve a sala de aula, que faça um planejamento e tenha a oportunidade de executa-
lo. Por mais que o pibidiano faça tudo sob o auxílio e orientação da professora supervisora,
ele tem a liberdade e oportunidade de elaborar e tomar a frente da aula.
Estrela Sim, quando estávamos em sala de aula, devemos ter consciência da diversidade
social de cada aluno. E estando no programa, estou inserida na realidade da sala de aula

pibidian Sim. O PIBID me fez conhecer a realidade das salas de aula das escolas públicas,
ay pois lá entendi as fragilidades do sistema educacional brasileiro e de como a falta de
investimentos afeta diretamente a aprendizagem dos alunos.

Fonte: pesquisa realizada pelos autores, 2023

O professor enfrenta uma diversidade de situações que vai desde as fragilidades


educacionais, pouco investimento, até a vulnerabilidade social que implica diretamente no
ensino e aprendizagem do aluno. Assim os bolsistas/voluntários têm a oportunidade de estar
frente a esta realidade, fazendo reflexões e contribuições acerca destas e outras
problemáticas.Como aponta Tardif (2010, p. 38,39) “[...] os próprios professores, no exercício
de suas funções e na prática de sua profissão, desenvolvem saberes específicos, baseados em
seu trabalho cotidiano e no conhecimento de seu meio.”
A formação docente é uma construção contínua, em que o professor e o aluno
(enquanto universitário) estão sempre trabalhando para aperfeiçoar suas práticas, que estão
diretamente entrelaçadas com sua identidade docente, sendo constantemente moldada. Na
tentativa de compreender como o PIBID atua nesta construção identitária, questionou-se em
que o programa de iniciação à docência contribuiu na construção da sua identidade enquanto
professor. Vejamos algumas respostas.

Quadro 03 – Contribuição do PIBID para construção da identidade docente.


Nome Respostas
fictício
Biscoito Me fez reconhecer que realmente me identificava com a área de atuação,
independentemente dos vários desafios que a iniciação também nos proporcionou
experienciar. (Biscoito, 2023).
Girassol Analisar a prática da professora regente em sala é muito importante, porque
conseguimos perceber como acontece a rotina, assim absorver o que for mais adequado
para nossa subjetividade enquanto futuros professores. (Girassol, 2023).

Luxos Em muitos aspectos da minha vida profissional, uma vez que hoje consigo me
ver à frente de uma sala de aula, mediando saberes.
Eletron O Pibid me ajudou a explorar a ludicidade como prática de ensino, a melhorar a
desenvoltura em sala, a me expressar de forma mais clara para a compreensão dos alunos.

Kattye O pibid contribui de forma significativa na minha construção, pois permite


vivenciar de forma real o cotidiano da sala aula, construindo os nossos saberes docentes.

Fonte: pesquisa realizada pelos autores, 2023.

O PIBID ajuda para a construção de identidade docente aconteça de maneira


significativa, pois para Canario (1998, p. 13), “[...] a aprendizagem profissional e a construção
identitária se sobrepõe a um processo inacabado de permanente elaboração e reelaboração de
uma ‘visão’ do mundo (neste caso do mundo profissional)”. Dessa forma o sujeito está em
constante mudança e o contato que os bolsistas/voluntários têm com os alunos no, com o
regente da sala e com a escola no PIBID, contribui para que novos elementos se anexem a sua
identidade docente.
Tanto a prática quanto às metodologias utilizadas pelos professores dentro da escola,
tem o poder de transformar a vida do aluno seja de modo positivo ou negativo, tornando-se
ferramentas importante na docência. Seguindo este pensamento, foi solicitado que os
entrevistados descrevessem se o PIBID tem contribuído ou não para o aprendizado e
aperfeiçoamento de suas metodologias e prática enquanto docente em formação.

Quadro 04 – O PIBID tem contribuído ou não para o aprendizado e aperfeiçoamento de suas metodologias e
prática enquanto docente em formação.
Nome Respostas
fictício
Jujuba Bom, o programa tem me ajudado na questão da oratória, na escrita, no molejo
com os alunos, na construção de planos de aula, principalmente, tem me ajudado a
entender que as vezes uma aula tradicional bem feita traz mais resultados que uma aula
dinâmica e, que as duas formas de dar aula podem se completar.
E O programa contribuiu muito, pois possibilitou dentro da sala de aula ter contato
letron com as crianças e saber as suas necessidades, fazendo com, que as metodologias de ensino
sejam pautadas no ambiente em que esses alunos estão inseridos e de acordo com o meio
social de onde eles vêm.
Ele contribui na forma como devemos se comportar enquanto professor, planejar,
Girassol elaborar recursos didáticos, e perceber que precisamos estar sempre se atualizando, para
poder lecionar com qualidade. O PIBID também mostrar que convivemos com diferentes
pessoas, personalidades, diversidades, esses são aspectos extremamente necessário para
construção da prática e das metodologias enquanto futura professora

Fonte: pesquisa realizada pelos autores, 2023.

Ao analisar as respostas é possível perceber como o programa permite que os


bolsistas/voluntários aperfeiçoem tanto suas práticas como a metodologia dentro da sala de
aula.Sendo assim, foi possível identificar nas respostas que o programa também contribui para
que os bolsistas/voluntários tenham uma melhoria na desenvoltura em sala de aula, na
oratória, escrita, como trabalhar com os alunos de diversos contextos sociais, planejar aulas,
elabora recursos didático. Assim o programa contribui nas práticas e na parte metodológica,
sendo um fazer importante para a superação das fragilidades da futuros professores,
influenciando em uma formação completa, em que o aluno vivencietanto a parte prática como
a teórica.
O PIBID temosajudado os participantesnão só na área acadêmica, os colocando a
frente de novas experiêeencias onde puderam crescer, mas também a se tornar seres afetivos,
humanistas, pois para ser professor não basta apenas ensinar, entender o aluno é uma parte
crucial, os mesmos são seres que estão se desenvolvendo, visto que são ricos em
peculiaridade, individualidades e subjetividades, queessas precisam ser vistas e abraçadas.
A sala de aula está repleta de características, e nenhuma sala tem as mesmas
identidades,.Vvisando isso, perguntamos aos discentes se já atuaram em escola pública e/ou
particular, se sim, viam diferença entre elas? Dos 12 apenas 1 atuou como professor nas duas
instituições e 1 estudou em ambas as escolas, pedimos para citar as diferenças.

Quadro 5: Já atuou em escola pública e particular, considera as realidades diferentes, se sim justifique
Nome Respostas
fictício

Luz Sim, muito! Na escola particular a divisão do conteúdo, aplicações de avaliações são
diferentes da escola pública. Veja que na escola particular à direção/gestão também cobra
mais dos professores principalmente por resultados de aprendizagem.
Estrela Nunca atuei, mas já estudei em ambas e acredito que há uma diferença significativa, desde
o comportamento das crianças até as metodologias e cobranças dos professores.
Fonte: pesquisa realizada pelos autores, 2023.Quadro 5: Já atuou em escola pública e particular, considera as realidades
diferentes, se sim justifique.Fonte: pesquisa realizada pelos autores, 2023.

Por meio das respostas acima vê-se essa realidade em duas perspectivas, a de uma
experiêencia com ensino e a de um aluno(a), e em ambos os casos se percebe as
peculiaridades. Nas escolas públicas, podemos perceber a realidade bem marcada por parte
dos alunos, que muitas vezes se mostra como crianças carentes, realidade diferente das
crianças que estudam em escolas particulares. O PIBID que traz a experiêencia em escolas do
setor público, nos faz ver a realidade que uma sala de aula em uma escola públicanão
particulartem, sem a romantizar.
Os discentes trazem a pauta da metodologia de ambas as escolas, e as diversas
características que nelas se encontram, bem como os profissionais de ensino das escolas
particulares., que são colocados sobre eles mais cobranças. A realidade que o programa traz
aos discentes, difere das escolas particulares, pois ele permite que se veja metodologias,
gestões e salas de aulas, em uma visão real onde infelizmente há indivíduos que subentende
que por ser pública não é proveitosa.
A sala de aula é um passo vital para a formação do discente de licenciatura, e o PIBID
irá proporcionalexperiêeencias e oportunidades com as quais o preparará para o futuro. O
conhecimento nunca se extingue, sempre estaremos em contato com o novo, assim o PIBID
vem colocando os discentes frente a situações que estarão os evoluindo, academicamente e
pessoalmente, posto isso questionamos os alunos se a perspectiva que eles tinham de sala de
aula havia mudado depois da atuação no PIBID.

Quadro 6: Sua perspectiva em relação a sala de aula mudou depois da atuação no PIBID?
Nome Respostas
fictício
Sim, vemos muitas teorias nas salas de aulas da graduação, logo, esse contato com a
Biscoito educação básica favorece a nossa visão enquanto docente em formação e
futuro docente efetivo.
E Sim, pois me fez perceber as grandes dificuldades existentes no contexto da sala de aula.
letron
Não, acredito por já ter experiência em outra escola, mesmo sendo particular não fez eu
Girassol mudar a perspectiva só perceber que existe realidades diferentes
pibidian Muito, eu tinha uma visão muito romantizada da sala de aula antes de entrar no PIBID,
ay com as medicações consegui ter uma noção melhor da realidade das salas de aula.
Fonte:pesquisa realizada pelos autores, 2023.
Quadro 6: Sua perspectiva em relação a sala de aula mudou depois da atuação no PIBID?
Fonte:pesquisa realizada pelos autores, 2023.

As respostas apresentadas acima trazem o que os autores Munsberg e Felicetti (p.7,


2014) citam em relação a sala, quando eles abordam que “Na sala de aula interagem
professore alunos, construindo se mutuamente no processo de ensino-aprendizagem. Ambos
aprendem, todos seformam, se constituem.”,isso nos isso nos faz se perceber a relevante
importância que o ingresso em sala tem, pois não estariam apenas ensinando, também
apreenderiam com os alunos, assim ambos crescemriam.
A romantização do ensino é uma realidade que alguns discente se deparam quando se
fala de sala de aula, a maioria dos filmes que retratam o ensino vem com essa característica de
um professor que procuraprocurafaz de vários meios parar ajudar os alunos, e no fim sempre
dá tudo certo, mas quando o discente se deparam com a sala de aula real, percebem que há
problemas com os quais infelizmente não poderá resolver, essa realidade irá acompanhaá-lo
em qualquer instituição, pois pode se ter problemas iguais, mas os indivíduos sempre serão
diferentes.
Trazemos a fala do(a) discente do PIBID Girassol (2023) que por apresentar experiêeencia em
sala de aula, não tem sua perspectiva mudada, mas ele(a) apresentou que eram realidades
diferentes, consequentemente o PIBID foi e é um programa que acarreta diversas descobertas
e conhecimentos, seja quebrando tabus como o da romantização do ensino, transformando
discentes em professores humanistas e afetivos, e mostrando que apesar das instituições de
ensino, podemos ter realidades diversas, enriquecendo assim a jornada de formação do
discente de licenciatura.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir desta análise foi possível identificar pontos significativos, demonstrando que
o PIBID possibilita situações educativas que fortalecem o processo de formação dos
graduandos, através do contato ativo entre aluno universitário e sala de aula, sendo também
um atuante na construção da identidade docente fazendo que esses alunos através de vastas
vivências em sala de aula consiga moldar e aperfeiçoar suas práticas, e metodologias
utilizadas em sala de aula.
Sendo assim, através do programa os bolsistas/voluntários consegue nas práticas
diárias da sala de aula, superar as fragilidades de sua formação, ampliando significativamente
suas práticas no chão da escola, contemplando a área acadêmica, profissional e pessoal dos
participantes.
Assim o programa se faz necessário, pois através do mesmo é possível experienciar
possibilidades e desafios frente a realidade da sala de aula. Assim, consideramos que a
vivência na realidade da sala de aula, proporcionada pelo PIBID se torna algo de relevância
significativa para a formação inicial de futuros/as professores/as.

REFERÊNCIAS

CANÁRIO, Rui. A escola: o lugar onde os professores aprendem. Psicológica da Educação,


São Paulo, v. 6, p. 9-27, 1998.

FELÍCIO, Helena Maria dos Santos. O PIBID como “terceiro espaço” de formação inicial de
professores. Revista Diálogo Educacional, [S.L.], v. 14, n. 42, p. 395, 12 jul. 2014.
Pontificia Universidade Catolica do Parana - PUCPR.
http://dx.doi.org/10.7213/dialogo.educ.14.042.ds05.

MINAYO, Maria Cecília de Souza; GOMES, Suely Ferreira Deslandes Romeu. pesquisa
SOCIAL: teoria, método e criatividade. 26. ed. Petrópolis, Rj: Editora Vozes, 2007. 108 p.

TARDIF, Maurice. Saberes docentes: formação profissional. 11. ed. Petrópolis, Rj: Editora
Vozes, 2007.

MUNSBERG, João; FELICETTI, Lucia; 6º Encontro Internacional da Sociedade


Brasileira de Educação Comparada A SALA DE AULA COMO ESPAÇO DE
FORMAÇÃO MÚTUA DOS SUJEITOS.Universidade Estadual de Campinas, São Paulo.
2014. Disponível em https://www.sbec.fe.unicamp.br/pf-sbec/eventos/eventos-realizados/6o-
encontro-internacional-da-sociedade-brasileira-de-educacao-comparada/
joao_alberto_steffen_munsberg.pdf

GARCIA, Maria Manuela Alves, Álvaro Moreira Hypolito, Jarbas Santos Vieira. As
Identidades Docentes Como Fabricação Da Docência. Educação e Pesquisa. 31.1 p.45-
56.2005.
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