Você está na página 1de 43

Eletrofisiologia

Cardíaca
Marcus Jakolinski
Enf.° Esp. Paciente Críticos
Clinical Account Specialist – Biosense Webster
Johnson & Johnson
INTRODUÇÃO:

O que é Eletrofisiologia Cardíaca?

• É a especialidade da cardiologia que trata


dos distúrbios do ritmo do coração.
• Nas duas últimas décadas foi a área com os
maiores avanços para o diagnóstico e
tratamento de problemas cardíacos.
Melo S. L., 2012
HISTÓRICO DA ELETROFISIOLOGIA

Há pouco tempo, o tratamento de muitos distúrbios


cardíacos era totalmente medicamentoso.

Falhas na terapia, efeitos pró-arrítmicos e a necessidade


do uso de medicamentos orais a longo prazo, impulsionou
o desenvolvimento de uma opção terapêutica
alternativa.

Os procedimentos cirúrgicos a “céu aberto” realizados


durante a década de 80 tinham resultados satisfatórios,
porém com grandes traumas cirúrgicos ao
paciente.
ABLAÇÃO POR RF:

Laboratório de
Eletrofisiologia

Poligrafo RX

EQUIPAMENTOS
NECESSÁRIOS
Gerador Carrinho
RF anestesia

Cateteres Introdutores
CONCEITOS:
ESTUDO ELETROFISIOLÓGICO:

 É uma avaliação detalhada


do sistema elétrico do
coração;

 É feita utilizando um
sistema de cateteres
diagnóstico;

 Permite o diagnóstico
preciso do mecanismo e
da origem da arritmia
Fonte imagem: http://www.clinicaritmo.com.br/tratamentos/estudo-eletrofisiologico/
ABLAÇÃO:

É o controle da
energia a favor da
vida.

 Seu objetivo é a
destruição de
tecidos críticos que
induzem e sustentam
patologias severas.
Fonte imagem: http://www.clinicaritmo.com.br/tratamentos/estudo-eletrofisiologico/
INDICAÇÃO DO EEF:

Estudo
Diagnóstico: Ablação:
• Síncopes ou pré- • Taquicardias
síncopes inexplicadas; supraventriculares
• Bloqueios (ex.:Síndrome de
atrioventriculares Wolff-Parkinson-
(BAV); White);
• Avaliação • Taquicardias
eletrofisiológica em Ventriculares (ex.:
pacientes com extrassístoles);
taquicardia com QRS • Ablação de Fibrilação
estreito (Taquicardias Atrial.
supraventriculares).
O PROCEDIMENTO DA ABLAÇÃO
POR RF:

Cateteres com eletrodos fixos são introduzidos pelas


veias femoral e ou jugular interna.

Com o auxílio do ECG, o eletrofisiologista pode


identificar a posição exata do feixe anômalo ou do foco
que provoca a arritmia, estimulando com correntes
elétricas dentro da paredes do músculo cardíaco (esse
processo é chamado mapeamento).
O PROCEDIMENTO DA ABLAÇÃO
POR RF:

Localizado o feixe ou o foco, é aplicada a


radiofreqüência, com a verificação do sucesso do
procedimento imediatamente, resultando na cura do
paciente.
Outros
acessos
venosos:
Jugular
Interna (JI)

 Subclávia

 Radial

Fonte imagem: https://pt.dreamstime.com/diagrama-vasos-sanguíneos-no-ser-humano


SISTEMA DE CONDUÇÃO
CARDÍACA:

 Automaticidade: a capacidade de iniciar um impulso;


 Excitabilidade: a capacidade de responder a um impulso;
 Condutividade: a capacidade de transmitir um impulso.
 Células auto excitatórias: nó SA, nó AV
 Fibras especializadas: fibras de Purkinje
 Regulado por nervos (luta ou fuga) e hormônios
CONDUCTION SYSTEM:
 SA NODE
HIS BUNDLE
 INTERNODAL
TRACTS AND
BACHMAN’S
BUNDLE

 AV NODE

 BUNDLE
BRANCHES

 PURKINJE
FIBERS
Fonte imagem: https://www.bing.com/images/search?q=conduction+system&FORM=HDRSC2
ECG DURAÇÕES:

0,12 0,20 s

Fonte imagem: https://www.tuasaude.com/eletrocardiograma/


PAPER SPEED:

25 mm/s 50 mm/s 100 mm/s

Fonte imagem: https://static1.squarespace.com/static/


Átrio
Direito
Alto
(HRA)

Ápice
Ventricular
His Direito
(RVa)
ONDE OS
CATETERES SÃO
POSICIONADOS?

Via de
Saída Seio
Ventricular Coronário
Direita (CS)
(RVOT)
 Posicionamento do Cateter: Átrio
Direito Alto (HRA);

 Próximo ao Nó Sinusal (porção


antero-superior do átrio direito);

 Onde o rítmo normal ou “sinusal”


inicia.
 Posicionamento do Cateter: Ápice
Ventricular Direito (RVa)

 Porção inferior do Ventrículo


Direito

 Estimulação e gravação da atividade


ventricular direita
 Antero-septal do Anulus da
Tricúspide

 Em um coração normal o Feixe de


His é a ÚNICA passagem elétrica entre
o Átrio e os Ventriculos
 Introduzido através do óstio do SC,
septo atrial posterior

 Estimulação e registro do Átrio


Esquerdo e Ventrículo
FLUOROSCOPIC CORONARY
SINUS POSITIONS:

HRA
HRA
CS CS
HIS
HIS

RVa RVa

RAO LAO

Fonte imagem: https://www.researchgate.net/figure/Fluoroscopy-in-the-RAO-view-shows-recording


Fonte imagem: https://www.researchgate.net/figure/CT-examination-of-the-thorax-VRT-reconstruction-Coronary-sinus
LAO FLUORO IMAGE:

Fonte imagem: https://musculoskeletalkey.com/wp-content/uploads/


SISTEMA
CARTO

BIOSENSE
WEBSTER

Fonte imagem: http://www.medsolutionscorp.com/wp-content/uploads/2015/01/carto-3-637x272.png


LABORATÓRIO
DE
HEMODINÂMICA

Fonte imagem: http://www.soapro.co.ao/client/files/0000000001/1308.jpg


MAPEAMENTO
TRIDIMENSIONAL

Fonte imagem: http://www.mapeamento.com.br/publico/imagem/editor/image/fa_34.jpg


28

CATETERES ESPECIAIS:
 Tipicamente
10 - 20 pólos
(Decapolar ou
Duodeca);

 Curvas fixas
ou deflectiveis,
uni ou
bidirecionais,
com diâmetros
variáveis
ISMUS® Catheter
Fonte imagem: https://www.biosensewebster.com/products/non-navigational/ismus-catheter.aspx
PUNÇÃO TRANSEPTAL:

Fonte imagem: http://www.ssaude.com.br/ablacao


LASSO NAV®:

 10 ou 20 pólos, loop
fixo e loops variáveis
com eixo direcionável;

 registra eletrogramas
da veia pulmonar.

Fonte imagem: http://www.ssaude.com.br/ablacao


Fonte imagem: http://www.ssaude.com.br/ablacao
Fonte imagem: http://www.ssaude.com.br/ablacao
Fonte imagem: http://www.ssaude.com.br/ablacao
BASIC SURFACE ECG:

QRS

P T U

Fonte imagem: https://drawittoknowit.com/pop-quizzes/physiology


ELETROGRAMA INTRACAVITÁRIO
COLOCAÇÃO DO CATETER

Fonte imagem: www.relampa.org.br/details/602/es-ES/ablacao-por-radiofrequencia


PR MEDIDA:

T
QRS T
P QRS P P QRS

PR Interval: início da onda P para o início do QRS normal


120-200 ms.

Fonte imagem: http://ecg.med.br/eletro-normal.asp


QRS MEDIDA:

T
QRS T
P QRS P P QRS

Duração QRS: largura do complexo QRS do início ao fim


até 120ms.

Fonte imagem: http://ecg.med.br/eletro-normal.asp


AH

HV
DURAÇÃO DO CICLO:

R-R

A-A

V-V

Fonte imagem: http://knoow.net/ciencmedicas/medicina/ciclo-cardiaco/


Fonte imagem: https://br.freepik.com/fotos-vetores-gratis/cor-question-marks
REFERÊNCIAS:

• Melo SL, Scanavacca MI, Pisani C, Darrieux F, Hachul D, Hardy C, et al. Ablação com RF de arritmia na infância: registro
observacional em 125 crianças. Arq Bras Cardiol. 2012;98(6):514-8.

• Cruz FESF, Fagundes M, Boghossian SH, Vanheusden L et al. O impacto da ablação com radiofrequência como terapia das
arritmias. Rev Socerj 1994; 6 (4): 184-91.

• Scanavacca MI, Brito FS, Maia I, Hachul D, Gizzi J, Lorga A, et al; Sociedade Brasileira de Cardiologia; Sociedade
Brasileira de Cirurgia Cardiovascular; Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial (DECA) da SBCCV. Diretrizes para
avaliação e tratamento de pacientes com arritmias cardíacas. Arq Bras Cardiol. 2002;79(5):1-50.

• Scanavacca MI, Brito FS, Maia I, Hachul D, Gizzi J, Lorga A, et al; Sociedade Brasileira de Cardiologia; Sociedade
Brasileira de Cirurgia Cardiovascular; Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial (DECA) da SBCCV. Diretrizes para
avaliação e tratamento de pacientes com arritmias cardíacas. Arq Bras Cardiol. 2002;79(5):1-50

• Pappone C et al. Mortality, Morbidity, and Quality of Life After Circumferential Pulmonary Vein Ablation for Atrial
Fibrillation Outcomes From a Controlled Nonrandomized Long-Term Study. JACC 2003; 42(2): 185-97.

• 1. Duru F. CARTO Three-Dimensional Non-Fluoroscopic Electroanatomic Mapping for Catheter Ablation of Arrhythmias:
A Useful Tool or an Expensive Toy for the Electrophysiologist? Anadolu Kardiyol Derg 2002;4: 330-337.
Obrigado!
mjakolin@its.jnj.com

Você também pode gostar