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Referencial teórico para explicações da SEI

pH
O pH é uma escala desenvolvida pelo dinamarquês Soren P. L. Sorensen, no ano
de 1909. Ela serve para determinar, de forma simples e direta, os níveis de acidez
de uma solução. É uma escala logarítimica e é inversamente proporcional à
quantidade de íons H+ em solução. Numericamente, varia de 0 até 14."
O pH é extremamente importante para nosso corpo, metabolismo e meio
ambiente. Praticamente todas as reações químicas que ocorrem no universo são
dependentes do pH, e, por isso, conhecê-lo e controlá-lo é essencial. Organismos
governamentais tentam regulamentar o pH de nossa água, e agricultores buscam
um pH ideal para maximizar sua colheita."
O pH é uma escala logarítimica, nunca negativa, que varia de 0 a 14.
Com valor entre 0 e 7, diz-se que o meio é ácido. Se o valor for igual a 7, então o
meio é neutro. Já se o valor fica entre 7 e 14, então o meio é básico

Anotocianinas
Em 1835, Marquat, realizando estudos com diversas espécies vegetais,
propôs o termo antocianinas (do grego: anthos = flores; kianos = azul) para se
referir aos pigmentos azuis encontrados em flores.
Somente no início do século XX, Willstätter e Robinson relacionaram as
antocianinas como sendo os pigmentos responsáveis pela coloração de
diversas flores e que seus extratos apresentavam cores que variavam em
função da acidez ou alcalinidade do meio.
Foi notado que as antocianinas possuem coloração avermelhada em
meio ácido, violeta em meio neutro e azul em condições alcalinas. Este estudo
explicou as mudanças de cores de extratos vegetais observadas por Boyle.
Atualmente, sabe-se que as antocianinas, pigmentos da classe dos
flavonoides, são responsáveis pelas cores: azul, violeta, vermelho e rosa de
flores e frutas.

Base cianina: roxo; cátion cianina: vermelho; ânion cianina verde.


As diferentes cores exibidas pelos vegetais que contêm antocianinas
dependem da influência de diversos fatores, como presença de outros
pigmentos, a presença de quelatos com cátions metálicos e o pH do fluído da
célula vegetal.
Flores e frutos que mudam de cor com pH
As hortênsias são flores que se colorem obedecendo ao pH do solo, é
como se o pH fosse o estilista deste tipo de flor. Em solos onde a acidez é
elevada as hortênsias adquirem a coloração azul, agora nos solos alcalinos
elas ficam rosa.

Frutas como açaí, ameixa, amora, berinjela, jabuticaba, jambolão, jussara, cereja,
figo, framboesa, uva, maçã, morango e acerola, e vegetais, como repolho roxo, batata
roxa, berinjela, entre outros, são importantes fontes de antocianina
pH do sangue e saliva
O sangue humano é um sistema-tampão ligeiramente básico, ou seja, é um
líquido tamponado: seu pH permanece constante entre 7,35 e 7,45. Um dos tampões
mais interessantes e importantes no sangue é formado pelo ácido carbônico (H2CO3) e
pelo sal desse ácido, o bicarbonato de sódio (NaHCO3).

Se a essa solução for adicionada uma pequena concentração de ácido,


irá ocorrer sua ionização, gerando cátions H+, que irão reagir com os ânions
HCO3- presentes no meio, originando ácido carbônico não ionizado. Não
ocorre a variação do pH.
Já se uma base for adicionada, serão gerados ânions OH-. Esses íons
se combinam com os cátions H+, provenientes da ionização do H2CO3. Assim,
os ânions OH- são neutralizados, mantendo o pH do meio."
A manutenção do pH do sangue em níveis normais é fundamental para a
manutenção das células, que são recobertas por sangue. Quando há variação
nesse índice, as células não se comportam como o esperado, podendo morrer
mais cedo e causar diversas complicações de saúde.
O pH da saliva é de 6.8 a 7.2 A maior consequência negativa da acidez
diz respeito aos dentes, porque com o pH muito baixo, as bactérias se
multiplicam, fermentam os resíduos alimentares (especialmente de
carboidratos e açúcares) e disparam a produção de ácido lático. Esse ácido,
além de alterar o pH, reage com o esmalte dos dentes, deixando-o suscetível à
desmineralização e, aos poucos, como resultado surgem pequenas erosões
Veja mais sobre "Solução-tampão no sangue humano" em:
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/solucaotampao-no-sangue-
humano.htm
Erosão dentária
A erosão dentária é um dos tipos de desgaste dental, ou seja, quando ocorre a
perda de estrutura dentária. Nesse caso, o processo acontece devido a ações
químicas, vindas de substâncias ácidas.
As principais causas desse problema estão relacionadas justamente à presença
excessiva de ácido na boca, fator esse que pode estar ligado, por exemplo, à
hábitos alimentares e uma dieta ácida.
Dentre as diversas reações que ocorrem a todo momento no meio bucal,
destacamos a reação de equilíbrio, desmineralização e mineralização da
hidroxiapatita, mineral constituinte do esmalte dos dentes (Figura 1). A
desmineralização ocorre quando uma pequena quantidade de hidroxiapatita
[Ca5(PO4)3OH(s)] é dissolvida.

Uma das formas da mudança do pH na boca e por meio da produção de ácidos vindos de
bactérias.
Ao ser metabolizado pelas bactérias, o açúcar é transformado em ácidos orgânicos. São
exemplos de açúcares (carboidratos) a sacarose, a frutose e a lactose.
Os ácidos mais comumente produzidos por essas bactérias são o acético, o propiônico e o lático.
O valor aproximado de pH para algumas bebidas, como os refrigerantes de
limão, laranja e uva, é em torno de 3, e o vinho tinto apresenta pH 2,5. Uma
das substâncias responsáveis pela acidez é o ácido cítrico (figura abaixo),
contido nas frutas cítricas.

Ácido cítrico

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