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UNIDADE REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE ROSARIO

CASA FAMILIAR RURAL ALEGRIA DE PRIMEIRA CRUZ


DISCIPLINA: QUÍMICA
PROFESSOR (A): LILDES FERREIRA SANTOS

ALUNO: _______________________________________________________________ TURMA: 1° ANO

DETERMINAÇÃO DE PH

CONCEITO DE ACIDEZ E BASICIDADE

A palavra ácido provém do latim acidus, que significa azedo ou adstringente. Foi
empregada originalmente para referir-se ao vinagre, fabricado desde as primeiras civilizações
mediante a fermentação de sucos de frutas, especialmente uva, produzindo assim o vinho, que
contém álcool etílico (CH3CH2OH). Ao deixar “azedar” o vinho, forma-se o vinagre, uma solução
aquosa diluída de ácido acético (CH 3COOH). As bases, por outro lado, têm sabor amargo e dão a
impressão de serem escorregadias, como o sabão. A palavra base vem do inglês arcaico debase,
que significa rebaixar, significando abaixar o valor de alguma coisa, por outro lado, a palavra
álcali é proveniente do árabe al-qali, que significa cinzas de plantas.
Como já vimos, usamos a palavra ácido para indicar o sabor azedo de algumas frutas,
como: laranja, abacaxi, morango. Há outras frutas, como: caju, banana e caqui verdes que
“amarram” a boca porque têm características adstringentes (básicas). Assim, nós empregamos as
pala.vras ácido e base relacionadas ao nosso paladar.

Ácidos e bases são funções inorgânicas de extrema importância para os seres vivos. O


primeiro confere o sabor azedo ao limão e as demais frutas cítricas, enquanto o uso do segundo
está relacionado a produtos de limpeza. O equilíbrio entre ácidos e bases forma substâncias
neutras como a água mineral. 

Mas, além do sabor, como identificar essas funções?

Com a escala numérica de pH (potencial de hidrogênio) é possível medir o grau de acidez


e alcalinidade das substâncias. O meio neutro (intermediário) possui pH 7, as soluções abaixo
desse são consideradas ácidas e abaixo desse valor são básicas.

Arrhenius (1884), Bronsted-Lowry (1923) e Lewis (1923) foram os principais estudiosos que


desenvolveram teorias acerca dos ácidos e bases. Eles tentaram explicar as características e os
principais comportamentos dessas funções.

De acordo com Arrhenius, ácidos são substâncias que em solução aquosa liberam íons positivos
de hidrogênio (H+) através do processo de ionização. As bases, na mesma condição, liberam
íons negativos (OH-) por meio da dissociação iônica. 

Veja abaixo as reações sofridas pelo ácido clorídrico (HCl) e o hidróxido de sódio (NaOH):

HCl(aq) --> H+ (aq) + Cl- (aq)


NaOH(aq) --> Na+ (aq) + OH- (aq)

Ele também desenvolveu o conceito de neutralização, uma reação química entre um ácido e
uma base que tem como produtos um sal e a água. Observe abaixo uma equação iônica
genérica: 

H+(aq) + OH–(aq) --> H2O(l)

A definição de Arrhenius apesar de significativa para os estudos mostrou-se restrita, pois levava
em consideração as reações apenas em solução aquosa. Em função disso, um novo conceito foi
elaborado por Bronsted e Lowry: 

• Ácidos são espécies químicas que doam prótons (H+)


• Bases são espécies químicas que recebem prótons (H+)

A teoria desenvolvida pela dupla aponta a existência de substâncias anfipróticas, uma espécie
química que se comporta como ácido e base, ou seja, capaz de doar e receber prótons. Observe
abaixo o exemplo da água:

• Ganho de prótons: HNO3(aq) + H2O(l) --> NO3- (aq) + H3O+(aq) 


• Doação de prótons: NH3(aq) + H2O(l) --> NH4+(aq) + OH-(aq) 

Lewis, o mesmo autor da Teoria do Octeto, desenvolver uma terceira teoria sobre ácidos e
bases a partir das propriedades eletrônicas do átomo e molécula de cada substância: 

• Ácidos são substâncias capazes de receberem pares de elétrons


• Bases são substâncias capazes de doarem pares de elétrons

Por exemplo, a molécula de amônia dispõe de um par de elétrons livres, os quais são
compartilhados entre o íon H+ e NH3, gerando uma ligação H3NH e em seguida o íon amônio
(NH4+).

H+ + NH3 --> NH4+

Equilíbrio ácido-base no corpo humano

O equilíbrio ácido-base é essencial para o corpo humano se manter saudável. O sangue,


por exemplo, é um substância vital que possui o pH faixa de 7,35 a 7,45 em condições normais.
Uma vez que o nível de neutralidade é em 7, o sangue é considerado levemente básico. 

O equilíbrio desses compostos é medido a partir do pH e níveis de dióxido de carbono e


bicarbonato no sangue, respectivamente um ácido e uma base. A desproporção entre as eles
causa duas anormalidades:

• Acidose: sangue com excesso de ácido ou pouca base, resultando em pH sanguíneo baixo
• Alcalose: O sangue com excesso de base ou pouco ácido, resultando em um pH sanguíneo
alto. 
Essas anormalidades causam alguns efeitos no corpo, por exemplo: náuseas, vômitos fadiga,
respiração acelerada, irritabilidade, cãibras, formigamento nas mãos e pés, entre outros.

INDICADORES ÁCIDO-BASE

Os indicadores ácido-base são substâncias que mudam de cor, informando se o meio está
ácido ou básico. Existem indicadores sintéticos, como a fenolftaleína, o azul de bromotimol, o
papel de tornassol e o alaranjado de metila. Porém, existem também algumas substâncias
presentes em vegetais que funcionam como indicadores ácido-base naturais. Geralmente, essas
substâncias estão presentes em frutas, verduras, folhas e flores bem coloridas. Alguns exemplos
são a beterraba, jabuticaba, uva, amoras, folhas vermelhas, repolho roxo, entre outras.
As substâncias presentes no extrato de repolho roxo que o fazem mudar de cor em ácidos
e bases são as antocianinas. Esse indicador está presente na seiva de muitos vegetais, tais
como uvas, jabuticabas, amoras, beterrabas, bem como em folhas vermelhas e flores de
pétalas coloridas. As antocianinas são responsáveis pela coloração rosa, laranja, vermelha,
violeta e azul da maioria das flores.

Nós veremos como um indicador ácido-base muda de cor à medida que alteramos o pH do
meio a partir de alguns produtos que usamos no dia a dia. Ao adicionarmos substâncias ácidas
ou básicas podemos perceber variações como na figura a seguir:

O PH DOS SOLOS

Os solos podem ser naturalmente ácidos em função da própria pobreza em bases do


material de origem ou devido a processos de formação que favorecem a remoção de elementos
básicos como K (POTÁSSIO), Ca (CALCIO), Mg (MAGNÉSIO), Na (SÓDIO). A alteração de
alguns minerais bem como o uso de alguns fertilizantes podem tornar o solo ácido, prejudicando o
crescimento de alguns vegetais como a soja, o feijão e o trigo, e diminuir a ação de micro-
organismos presentes nesse compartimento. Em regiões áridas e com pouca chuva, também
pode ocorrer de o solo se tornar alcalino, o que pode ser prejudicial ao crescimento dos vegetais.
A qualidade do solo cria plantas saudáveis que podem ser vendidas facilmente, sendo que
o pH do solo é um fator que influencia o tipo e a qualidade do produto cultivado. Para que o solo
se torne o local propício a cada cultivo, é necessário que se observe uma característica
específica: para alimentos como melancia, mandioca, tomate, alface, batata e café, o solo
deve possuir um pH entre 1 e 7. Já para soja, algodão, feijão, arroz, beterraba, cenoura,
milho e repolho o solo deve possuir um pH entre 7 e 14. Esse é um dos principais fatores para
que a agricultura dê certo: o pH do solo
Para corrigir a acidez do solo usa-se um processo denominado de calagem. O agricultor
aplica o calcário em solo úmido. O calcário (CaCO 3 )se incorpora ao solo e pela ação da água da
chuva produz hidróxido de cálcio , Ca(OH) 2 , que vai neutralizar a acidez do solo. Cada planta
precisa de um tipo de solo, ácido ou alcalino, para se desenvolver melhor. No jardim, também há
a necessidade de conhecermos a acidez do solo, pois várias flores como, dálias e hortênsias,
mudam de cor de acordo com acidez. As hortênsias são azuis em solo ácido, lilases em solo
levemente ácido a neutro e rosas em solo alcalino.
ATIVIDADE
1) Como podemos identificar se uma substância é ácida ou básica?

Vamos analisar algumas substâncias.


SUBSTÂNCIA COR OBSERVADA POSSÍVEL VALOR DE PH
Água sanitaria
Detergente
Vinagre
Leite
Sabão em pó
Acuçar
Sal de cozinha
Bicarbonato de sódio
Suco de limão
Suco de frutas
A identificação do pH das substâncias se deu por meio de um indicador natural ácido-base.
Primeiramente, os alunos tiveram uma aula teórica sobre os conceitos de ácidos e bases e a
função dos indicadores. Posteriormente, procedeu-se com a parte prática.

Materiais: repolho roxo, água, coador, liquidificador, copos descartáveis transparentes, luvas
descartáveis, canetas para identificação, soda cáustica, limpador com amoníaco, água sanitária,
detergente, vinagre, suco de limão, sabão em pó, antiácido, bicarbonato.

Procedimento: Preparo do extrato de repolho roxo – Bater no liquidificador cinco folhas de


repolho roxo para 1 litro de água. Coar. Logo após identificar os copos com os nomes das
substâncias que serão testadas. Calçar as luvas e adicionar cerca de 100mL de extrato de repolho-
roxo nos copos descartáveis; depois, em cada copo, adicionar cerca de 10-20mL de cada uma das
substâncias. Observar, verificar a coloração, comparar com a Figura 2 e anotar os resultados no
cade

A identificação do pH das substâncias se deu por meio de um indicador natural ácido-base.


Primeiramente, os alunos tiveram uma aula teórica sobre os conceitos de ácidos e bases e a
função dos indicadores. Posteriormente, procedeu-se com a parte prática.

Materiais: repolho roxo, água, coador, liquidificador, copos descartáveis transparentes, luvas
descartáveis, canetas para identificação, soda cáustica, limpador com amoníaco, água sanitária,
detergente, vinagre, suco de limão, sabão em pó, antiácido, bicarbonato.

Procedimento: Preparo do extrato de repolho roxo – Bater no liquidificador cinco folhas de


repolho roxo para 1 litro de água. Coar. Logo após identificar os copos com os nomes das
substâncias que serão testadas. Calçar as luvas e adicionar cerca de 100mL de extrato de repolho-
roxo nos copos descartáveis; depois, em cada copo, adicionar cerca de 10-20mL de cada uma das
substâncias. Observar, verificar a coloração, comparar com a Figura 2 e anotar os resultados no
cade

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