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A década de 1980
Por pressão das organizações de pessoas com deficiência, a
Organização das Nações Unidas (ONU) determinou 1981 como
Ano Internacional das Pessoas Deficientes. E o mundo achou
difícil começar a dizer e escrever “pessoas deficientes”. O
impacto dessa terminologia foi profundo e ajudou a melhorar a
imagem desse segmento da sociedade. Foi atribuído o valor
“pessoas” àqueles que tinham deficiência, igualando-os em
direitos e dignidade a todos.
De 1988 a 1993
Líderes de organizações de pessoas com deficiência passaram
a contestar a expressão “pessoa deficiente”, alegando que ela
sinalizava que a pessoa inteira seria deficiente. Ganhou terreno
o termo “pessoas portadoras de deficiência” nos países de
língua portuguesa. Pela lei do menos esforço, logo foi reduzido
para “portadores de deficiência”.
A partir de 2000
O fim da década de 1990 e a primeira década do século XXI
foram marcadas por eventos mundiais liderados por
organizações de pessoas com deficiência. A Declaração de
Salamanca preconiza a expressão “pessoas com deficiência”,
com a qual os valores agregados às pessoas com deficiência
passou a ser o do empoderamento (uso do poder pessoal para
fazer escolhas, tomar decisões e assumir o controle da
situação de cada um) e o da responsabilidade de contribuir
com seus talentos para mudar a sociedade rumo à inclusão de
todas as pessoas, com ou sem deficiência.
• Pessoas com deficiência: passa a ser o termo preferido por
um número cada vez maior de adeptos, boa parte dos quais é
constituída por pessoas com deficiência.
Os princípios da terminologia
Os movimentos mundiais de pessoas com deficiência, incluindo
os do Brasil, já fecharam a questão: querem ser chamados de
“pessoas com deficiência”, em todos os idiomas. Esse termo
faz parte do texto da Convenção sobre os Direitos das Pessoas
com Deficiência Site externo, adotado pela ONU em 2006,
ratificado com equivalência de emenda constitucional no Brasil
através do Decreto Legislativo nº 186 Site externo e
promulgado por meio do Decreto nº 6.949 Site externo, em
2009. Os princípios básicos para os movimentos terem
chegado a essa terminologia foram:
Fonte: http://diversa.org.br/artigos/como-chamar-pessoas-que-tem-deficiencia/