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Índice

Introdução..........................................................................................................................2

Estratégias de ensino e aprendizagem...............................................................................3

Vantagens da aprendizagem centrada no aluno.................................................................5

Desvantagens da aprendizagem centrada no aluno...........................................................6

Tipos de as estratégias de aprendizagem...........................................................................6

Estratégias de Ensino e Aprendizagem.............................................................................8

Conclusão..........................................................................................................................9

Bibliografia......................................................................................................................10
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Introdução
As estratégias de ensino e aprendizagem funcionam com um fio condutor, que conduz a
ação do ensino (professor) e a ação da aprendizagem (aluno). Definem estratégias de
ensino e aprendizagem como: um conjunto de ações do professor orientadas para
alcançar determinados objetivos de aprendizagem que se têm em vista (...) e implica um
plano de ação para conduzir o ensino em direcção objectivos ficados, traduzindo-se tal
plano num determinado modo de se servir de métodos e meios para atingir esses
resultados.

Segundo estes autores, uma estratégia “indutiva carateriza-se pelo facto de o professor
solicitar aos alunos que observem e analisem dados ou exemplos, para concluírem
enunciando o conceito ou a generalização que está em causa; depois são apresentados
novos dados ou experiências para consolidar e testar a compreensão do conceito ou
generalização.

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Estratégias de ensino e aprendizagem
O termo “estratégias” antes de se aplicar no processo educativo, surgiu no meio militar
e, mais tarde, no meio desportivo em que se usa a expressão “a estratégia de jogo
utilizada pelo treinador”, ou seja, o treinador elabora um plano exequível para os seus
jogadores porem em campo com o objetivo final de ganhar o jogo.

Pode, pois, considerar-se que estratégias de ensino e estratégias de aprendizagem são


como duas faces da mesma moeda. Por isso, com grande frequência, se usa no meio
educativo a terminologia estratégias de ensino e aprendizagem ou estratégias de ensino-
aprendizagem.

As estratégias de ensino e aprendizagem funcionam com um fio condutor, que conduz a


ação do ensino (professor) e a ação da aprendizagem (aluno). Definem estratégias de
ensino e aprendizagem como: um conjunto de ações do professor orientadas para
alcançar determinados objetivos de aprendizagem que se têm em vista (...) e implica um
plano de ação para conduzir o ensino em direção objetivos ficados, traduzindo-se tal
plano num determinado modo de se servir de métodos e meios para atingir esses
resultados.

Segundo Cruz (1989) e Heintschel (1986) (citados por Vieira & Vieira,2005) as
estratégias referem-se à “organização ou arranjo sequencial de ações ou atividades de
ensino que são utilizadas durante um intervalo de tempo e com a finalidade de levar os
alunos a realizarem determinas aprendizagens” (p. 16).

Abreu e Masetto (1987) referem que as estratégias são “um conjunto de ações do
professor ou do aluno orientadas para favorecer o desenvolvimento de determinadas
competências de aprendizagem que se tem em vista” (p. 16).

Corroboramos Vieira e Vieira (2005), Abreu e Masetto (1987) e Silva e Lopes (2015),
na designação de estratégias; em nosso entender as estratégias são o fio condutor que
impulsiona as ações em sala de aula, que tem como objetivo primordial promover a
aprendizagem significativa do aluno.

A seleção de estratégias de ensino e aprendizagem é condicionada por vários fatores e


implica a análise rigorosa e consciente de tudo o que intervém e condiciona a prática
educativa. Quando o docente seleciona as estratégias tem de ter em conta:

(i) O grupo turma;

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(ii) Os objetivos que se pretendem alcançar;
(iii) A exequibilidade face à abordagem de determinado conteúdo;
(iv) A necessidade de diversificação;
(v) A motivação dos alunos;
(vi) As condições concretas de trabalho na sala de aula e
(vii) As condições estruturais da instituição de ensino (vieira &vieira, 2005;
mazzioni, 2013; silva & lopes, 2015) .

Mas também desempenham um papel fundamental as condições específicas do


professor, designadamente,

(i) O modelo de ensino de aprendizagem em que acredita,


(ii) O papel que quer assumir e
(iii) A sua experiência didática (vieira &vieira, 2005; mazzioni, 2013; silva &
lopes, 2015).

A classificação de estratégias pode ser feita tendo em consideração vários critérios.


Segundo Pereira (citado por Vieira & Vieira (2005) considerando o envolvimento do
professor, podem referir-se dois grupos de estratégias:

I. centradas no professor, quando este está ativamente envolvido; e


II. no aluno, quando o professor tem um papel mais passivo comparativamente com
o papel atribuído ao aluno.

Na perspetiva de Libânio (citado por Viveiro, 2010) as estratégias de ensino centradas


no professor - exposição verbal, demonstração, ilustração e exemplificação, caraterizam
o método de exposição; outras, são centradas no trabalho independente dos alunos -
estudo dirigido, fichas didáticas, pesquisa escolar e instrução programada.

Para Ribeiro e Ribeiro (1990) citados por Vieira & Vieira (2005), as estratégias podem
ser:

(i) indutivas;
(ii) dedutivas.

Segundo estes autores, uma estratégia “indutiva carateriza-se pelo facto de o professor
solicitar aos alunos que observem e analisem dados ou exemplos, para concluírem
enunciando o conceito ou a generalização que está em causa; depois são apresentados

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novos dados ou experiências para consolidar e testar a compreensão do conceito ou
generalização “(p. 18).

No que diz respeito à estratégia dedutiva, o professor apresenta o conceito ou


generalização e pede aos alunos que clarifiquem os termos para o definir ou descrever a
generalização (Vieira & Vieira, 2005). Segundo Spitz (1970) citado por Vieira & Vieira
(2005) as estratégias são classificadas com base no princípio da realidade:

(i) situações de vida real;


(ii) simulações da realidade; e
(iii) abstrações da realidade.

Em cada uma destas categorias, os autores referem vários exemplos de estratégias,


desde a pesquisa e a discussão ou debate, à exposição e à leitura.

Para Borrás (2001) as estratégias como o trabalho por projetos e oficinais, adaptam-se
ao ensino e à aprendizagem de conteúdos e de procedimentos. O autor alude ainda a
estratégias de resolução de problemas e de aprendizagem por descoberta para as
atividades que permitem a aquisição dos vários tipos de conteúdos.

Trindade (2002) defende estratégias em que o aluno tem um papel ativo como: visitas
de estudo; atividades de observação; resolução de problemas; tempestade de ideias (ou
brainstorming). Refere ainda a importância de atividades de cooperação que promovam
a aprendizagem em grupo, projetos de intercambio escolar, debates, dramatização e
diário da turma.

Vantagens da aprendizagem centrada no aluno

 Permite que os alunos coloquem questões e que estas lhes sejam respondidas;
 Favorece a interacção;
 Permite ao professor seguir a evolução do aluno;
 Ajuda a orientar os debates;
 Permite que os alunos tenham tempo para formular questões e respostas;
 São um bom meio para variar a apresentação da informação.

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Desvantagens da aprendizagem centrada no aluno

 Alunos podem ficar fora da discussão se esta não for moderada correctamente;
 Alunos podem não participar;
 Alunos podem apresentar comportamentos inapropriados;
 Alunos podem ter expectativas irrealistas do professor.

Tipos de as estratégias de aprendizagem


Segundo Dembo (1994), as estratégias de aprendizagem são categorizadas em
estratégias cognitivas e estratégias metacognitivas.

As estratégias cognitivas são responsáveis pelos processos intelectuais e atuam


diretamente na organização, no armazenamento e no processamento da informação.

As estratégias metacognitivas correspondem aos processos cognitivos que o indivíduo


realiza conscientemente e de forma autorregulada e que lhe possibilitam analisar e
refletir sobre o seu próprio pensamento. Apresentam um maior nível de complexidade
estrutural que as estratégias cognitivas. Segundo Dembo (1994), as estratégias
metacognitivas convocam o estudante ao autoconhecimento, ao domínio de conteúdos e
ainda à compreensão de estratégias adequadas que o capacitem ao planejamento, ao
monitoramento e à regulação das ações mentais que serão necessárias ao entendimento e
solução de tarefas acadêmicas propostas durante o processo de ensino.

Segundo Cyr (1998), no âmbito da aprendizagem das LEs:

As estratégias metacognitivas auxiliam a refletir sobre o processo de aprendizagem, as


condições que o favorecem, a organização e o planejamento das atividades com vistas a
se autoavaliar e se autocorrigir:

1. Antecipação ou planejamento
2. Atenção
3. Autogestão (sel-management)
4. Autoregulação
5. Identificação do problema
6. Autoavaliação

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B. As estratégias cognitivas remetem à interação entre o estudante e a matéria a ser
estudada, uma manipulação mental e física dessa matéria e a aplicação de técnicas
específicas tendo em vista a resolução de um problema ou a execução de uma tarefa.
Tais estratégias são mais visíveis e mais facilmente observáveis. Estão no centro da
aprendizagem.

1. Praticar a língua
2. Memorizar
3. Tomar notas
4. Agrupar
5. Revisar
6. Inferir
7. Deduzir
8. Fazer pesquisa documental
9. Traduzir e comparar
10. Parafrasear
11. Elaborar
12. Resumir

C. As estratégias socioafetivas implicam numa interação com o “outro” (falante


nativo, professor ou seus pares) a fim de favorecer a apropriação da língua alvo assim
como o controle ou a gestão da dimensão afetiva pessoal durante o processo de
aprendizagem.

1. Perguntas de esclarecimento e verificação


2. Cooperação
3. Gestão das emoções e redução da ansiedade

Merieu propõe um modelo individualizado de aprendizagem: “há situação de


aprendizagem quando um sujeito mobiliza uma ou mais capacidades fazendo com que
entrem em interação com as competências. A atividade que ele desenvolve pode ser
chamada de “estratégia”; é uma atividade pessoal, original, através da qual constrói
novos saberes e savoirs- faire integrando, por uma série de relações sucessivas, a
dificuldade ao habitual, o estranho ao familiar, o desconhecido ao conhecido”.

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Três consequências desse modelo proposto por Meirieu já que “só se pode ensinar
apoiando-se no sujeito, em suas aquisições anteriores, nas estratégias que lhe são
familiares:

 A ação didática deve, portanto, esforçar-se para fazer com que haja emergência
da informação que possibilita essa articulação;
 A ação didática, se só pode partir do sujeito tal como ele é, deve ter como fim
enriquecer suas competências e suas capacidades e permitir que ele experimente
novas estratégias;
 A ação didática deve enriquecer o repertório metodológico dos sujeitos
apoiando-se nas competências adquiridas para explorar novas estratégias e
construir novas capacidades.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem


A estratégia representa a aprendizagem em ação. É um processo (e não um estado) que
representa a totalidade de ações efetuadas por um sujeito com o objetivo de alcançar
uma aprendizagem estabilizada.

A estratégia compreende operações de:

a) assimilação de dados: remete aos instrumentos de aprendizagem (evocações


mobilizadas, tipos de suportes);

b) tratamento dos dados: procedimentos (setorial ou global, guiado ou não guiado,


recorrendo à interação social ou não) que remetem à estruturação da situação de
aprendizagem.
 O que está ao alcance do professor é a organização didática da classe.
 Para que haja diferenciação pedagógica, o professor deve propor, observar e
regular as atividades dos alunos.

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Conclusão
Merieu propõe um modelo individualizado de aprendizagem: “há situação de
aprendizagem quando um sujeito mobiliza uma ou mais capacidades fazendo com que
entrem em interação com as competências. A atividade que ele desenvolve pode ser
chamada de “estratégia”; é uma atividade pessoal, original, através da qual constrói
novos saberes e savoirs- faire integrando, por uma série de relações sucessivas, a
dificuldade ao habitual, o estranho ao familiar, o desconhecido ao conhecido”.

Três consequências desse modelo proposto por Meirieu já que “só se pode ensinar
apoiando-se no sujeito, em suas aquisições anteriores, nas estratégias que lhe são
familiares:

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Bibliografia
PILETTI, Nelson. Psicologia Educacional. 15. ed. São Paulo: Ática, 1997.

Ivam Ricardo. (Org.) Didática do ensino da contabilidade. São Paulo: Saraiva, 2006.

PIMENTA, Selma Garrido; ANASTASIOU, Lea das Graças Camargos. Docência no


ensino superior. São Paulo: Cortez, 2002.

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