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Didática Geral do Desporto

DA APRENDIZAGEM REPRODUTORA À
APRENDIZAGEM CRIATIVA

Isabel Mesquita
DA APRENDIZAGEM
REPRODUTORA À
APRENDIZAGEM
CRIATIVA
• Modelo de • Teaching games • Modelo de
Instrução Direta for understanding Educação
(MID) (TGFU) Desportiva (MED)

• Modelo de • Aprendizagem
competência para cooperativa
os jogos de
invasão • Ensino de pares
• Centrados no controlo do
Comportamento (behavioral
control model) - aplicação de
conceitos da psicologia
condutivista.

• Não considera o papel ativo do aluno no processo


ensino-aprendizagem.
Modelo de instrução direta
(MID)

Todas as fases do processo ensino-aprendizagem são


controladas pelo professor. Este lidera a atividade controlando o
ritmo e direção da aula. Os alunos assumem um papel passivo
caraterizado pela pouca autonomia que assumem na
realização da atividade. Eficaz em idades baixas e em
atividades de elevada decomposição e mais lineares (ex:
Ginástica Desportiva)
(Fosnot, 1996; Ewald, 2003)

AUTONOMIA
Um aumento do interesse nos modelos instrucionais situados
ecologicamente em contextos particulares de prática levou ao
estudo de novas abordagens influenciadas pelas ideias
construtivistas e cognitivistas onde o aluno assume um papel mais
ativo e preponderante no processo de ensino-aprendizagem.

Sócio Construtivismo

Comportamentalismo
Construtivismo

Como surge a
necessidade de
implementação das
abordagens
Construtivistas?
AUTONOMIA; RESPONSABILIDADE; COMPROMISSO

Necessidade dos
jovens estarem por
dentro das iniciativas
em que participam e
estão envolvidos
AUTONOMIA/ COMPROMISSO/ RESPONSABILIDADE

•Avaliar as suas próprias capacidades


•Tomar as suas próprias decisões
•Trabalhar de forma independente
•Cuidar das necessidades pessoais
• Participar activamente nos grupos
A ideia de levar os jovens a
realizarem tarefas sem que eles
entendam a sua razão de ser,
se nunca fez grande sentido,
atualmente é de todo
desajustado.
“TOMAR CONTA DE SI”

•Conhecimento meta-cognitivo

•Prospecção de planos de
acção
•Interpretação dos progressos

Auto-regulador e avaliador dos


progressos
Treinador “construtivista”
Compreender o caminho da aprendizagem de cada
praticante

Diagnóstico das capacidades,


estilos de participação e
interesses pessoais dos
praticantes

A partir desse filtro são


configurados os envolvimentos
de aprendizagem e estimulada a
descoberta autónoma.

TREINO MODELADO ÀS NECESSIDADES DO PRATICANTE


Treinador “construtivista”
Diagnóstico dos estilos pessoais e orientações dos
praticantes

• Configuração didáctica das


tarefas promotora da descoberta
autónoma

• Educação da atenção para os


estímulos relevantes do meio/tarefa

• Orientação dos praticantes para


a percepção intencional e
deliberada
Atributos pessoais e profissionais do treinador
“construtivista”

Reflexivo – Introspectivo – Crítico - Observador

. Conhecedor profundo das


característivas cognitivas,
motivacionais e situacionais da
aprendizagem

. Hábito de reflectir sobre as próprias


esperiências

. Hábito de questionar as suas


crenças e convicções
Na estabilização dos objectivos da tarefa não devem ser
restringidos os processos mediadores para os alcançar

“Em vez de dar o peixe ensinar a pescar”

Tornar o jogador
autónomo significa dar-lhe
as ferramentas para ele
saber ler e interpretar as
situações-problemas

Prescrever os critérios de êxito MAS NÂO APONTAR A SOLUÇÂO


• Todas estas abordagens construtivistas colocam o aluno como
o principal construtor da sua aprendizagem.

• No entanto, segundo Vygotsky (1986), a resolução de


problemas levados a cabo individualmente são inadequadas.

• Os alunos deverão trabalhar em cooperação para obterem


aprendizagens significativas. O professor deve fazer o papel de
facilitador: “manda pistas”;; “Scaffolding”; “Guia sem dar
soluções”.
Aprendizagem:
Construção de redes de significados

Jean Lave & Wenger (1991); Lev Vygotsky (1978); Schön(1983; 1987)
Jean Lave and Wenger (1991)

Communities of Pratice
Engagement in social practice is the fundamental process by which we
learn and become who we are”
Wenger (1998, pp.4)
Lev Vygotsky (1978)

SOCIAL CONSTRUTIVISMO
Aprendizagem
Cooperativa
Modelo de
Educação
Desportiva Ensino por
pares
Sócio-Construtivismo

ENSINO POR PARES

É comummente utilizado na escola. Esta é uma estratégia que


utiliza os pares como um componente direto no ensino e que
influencia os seus resultados no processo ensino-aprendizagem.

• Ensino em regime tutorial;


• Ensino por modelagem;
• Estratégias de colaboração;
• Aprendizagem cooperativa em prol de um
objetivo em comum.
O que é e como desenvolver o
PENSAMENTO CRÍTICO

• Ênfase no “pensamento” retransformação da matéria que foi


aprendida.

• Está associado a uma análise profunda da aprendizagem ao


contrário de uma abordagem mais superficial da mesma.

• A ideia de um pensamento crítico sobre algum assunto implica


uma análise racional de todo o processo de aprendizagem sobre
o mesmo.
Pensamento crítico e a progressão na
aprendizagem do estudante

• A capacidade de pensar criticamente tem que ter em


consideração a sua relação com a progressão da aprendizagem
e pensamento dos estudantes.

• A capacidade dos estudantes em pensar criticamente vai evoluir


conforme o seu desenvolvimento epistemológico.

• Não podemos esperar que estudantes do 1º ano compreendam


quando lhes é pedido para pensarem de modo crítico.
Princípios gerais que suportam o desenvolvimento
das crenças epistemológicas e o
desenvolvimento do pensamento crítico

• Um indivíduo não consegue fazer o outro pensar criticamente, a


natureza do pensamento está sobre o controlo do próprio
indivíduo.
• O pensamento crítico pode ser introduzido nos programas
curriculares.

• O suporte para o desenvolvimento do pensamento crítico tem de


ser da responsabilidade de todos aqueles que interagem com os
estudantes pois todos tem de ter as mesmas expectativas em
relação a eles.

• O pensamento crítico é fomentado pelo reconhecimento de um


bom ambiente de aprendizagem por parte dos estudantes.
“Students must be led
gently into the active roles
of discussing, dialoguing
and problem solving. They
will watch carefully to see
how respectfully teachers
field comments and will
quickly pick up non-verbal
cues that show how open
teachers really are to
students questions and
contributions”

Meyers (1986, p. 67)


Estudantes devem ser orientados com delizadeza nos
papéis ativos de discussão, diálogo e resolução de
problemas.

Os alunos vão observar cuidadosamente como os


professores tecem os comentários na prática.

Os estudantes captam as dicas não verbais dos


professores que demonstram como estes estão
disponíveis para as questões e contribuições dos
alunos.

Meyers (1986, p. 67)


O professor deverá lecionar consoante o seu modelo de
pensamento crítico para gerar um ambiente positivo na
sala de aula.

O professor deverá encorajar a interação entre os


estudantes. O pensamento Crítico é uma atividade social
porque a valorização do conhecimento é um processo
social.

Os professores devem encorajar os seus estudantes a


iniciarem um maior investimento no ato de pensar. Uma
maior atitude reflexiva em relação às suas aprendizagens.

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