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O Positivismo e o Utilitarismo são duas das principais correntes filosóficas que surgiram no século

XIX. Ambas tiveram grande impacto na forma como pensamos e compreendemos o mundo moderno.
O Positivismo, desenvolvido por Auguste Comte, propõe que o conhecimento científico é a única
forma de conhecimento válido e que a ciência deve ser usada para solucionar todos os problemas
sociais.
Segundo Comte, a humanidade evoluiu através de três estágios: o teológico, o metafísico e o
científico. Nesse último estágio, a ciência seria capaz de explicar todos os fenômenos naturais e
sociais. Para Comte, o papel do Estado seria o de promover o bem-estar geral da sociedade, aplicando
a ciência para resolver seus problemas.
Já o Utilitarismo, desenvolvido por Jeremy Bentham e posteriormente aperfeiçoado por John Stuart
Mill, é uma teoria ética que defende a maximização do prazer e minimização da dor como objetivo
supremo da vida.
Segundo Bentham, todas as ações humanas são motivadas pelo desejo de prazer ou pela busca da
ausência de dor. Ele propôs que todas as ações devem ser avaliadas pelo seu grau de utilidade, ou seja,
pelo grau de felicidade ou prazer que produzem.
Já Mill acreditava que o prazer e a dor não podem ser avaliados quantitativamente e que a qualidade
dos prazeres é mais importante do que a quantidade. Ele defendia que as ações devem ser avaliadas
pelo grau de felicidade que produzem para o maior número de pessoas. Ambas as correntes tiveram
grande impacto na história da filosofia e influenciaram várias áreas, incluindo a política, a economia e
o direito.
O Positivismo, por exemplo, teve grande influência no desenvolvimento das ciências sociais e da
teoria política moderna. A ideia de que a ciência poderia ser usada para resolver problemas sociais
também influenciou a política e a educação.
Já o Utilitarismo teve grande influência na economia e na teoria da justiça, além de ter influenciado o
desenvolvimento do liberalismo e do individualismo.
Em relação ao direito, tanto o Positivismo quanto o Utilitarismo tiveram grande impacto. O
Positivismo influenciou o desenvolvimento do direito positivo, ou seja, do direito escrito e
institucionalizado. A ideia de que o Estado deve ser o promotor do bem-estar geral da sociedade
também influenciou o desenvolvimento do Estado de Bem-Estar Social.
Já o Utilitarismo influenciou a teoria da justiça e a ideia de que as leis devem ser avaliadas pelo seu
grau de utilidade e pelo grau de felicidade que produzem para a sociedade como um todo. Em suma,
tanto o Positivismo quanto o Utilitarismo são correntes filosóficas importantes que tiveram grande
impacto na história da filosofia, da política e do direito.
Embora tenham diferenças significativas em relação à sua concepção de conhecimento, ética e
política, ambas as correntes partem do pressuposto de que o conhecimento deve ser baseado em fatos
e experiências empíricas, e que a sociedade deve ser organizada de forma a maximizar o bem-estar
geral.
O Positivismo, fundado por Auguste Comte, enfatiza a importância do conhecimento científico e
empírico para a compreensão da sociedade. Comte propôs a lei dos três estados, que descreve a
evolução do pensamento humano a partir de um estágio teológico, passando pelo metafísico, até
chegar ao estágio positivo, em que o conhecimento é baseado em fatos e evidências empíricas. Para
Comte, o conhecimento positivo deve ser aplicado à sociedade para torná-la mais eficiente e melhorar
as condições de vida das pessoas.
Por outro lado, o Utilitarismo, desenvolvido por Jeremy Bentham e John Stuart Mill, argumenta que a
moralidade deve ser baseada na maximização da felicidade ou bem-estar geral. O princípio da
utilidade, segundo o qual as ações devem ser avaliadas em termos de sua capacidade de produzir
felicidade, é o cerne do utilitarismo.
Bentham defendia uma visão quantitativa da felicidade, enquanto Mill considerava que a qualidade da
felicidade é mais importante que a quantidade.
Tanto o Positivismo quanto o Utilitarismo tiveram importantes implicações na política e no direito. O
Positivismo ajudou a criar as bases para o desenvolvimento da sociologia como disciplina científica e
influenciou a reforma jurídica em vários países. O Utilitarismo, por sua vez, teve influência na teoria
do Estado de bem-estar social e na formulação de políticas públicas que visam maximizar a felicidade
e o bem-estar da população.
Em síntese, o Positivismo e o Utilitarismo são correntes filosóficas importantes que têm diferentes
concepções de conhecimento, ética e política. Ambas enfatizam a importância do conhecimento
empírico e da busca pela felicidade ou bem-estar geral. As suas influências são observáveis em
diversos aspectos da sociedade, incluindo na política e no direito.
Comte, Bentham e Stuart Mill são considerados os principais expoentes das correntes filosóficas de
Positivismo e Utilitarismo.
Auguste Comte foi o fundador do Positivismo e enfatizou a importância da observação empírica, do
método científico e da objetividade na busca pelo conhecimento. Ele argumentou que o conhecimento
humano evolui em três estágios: o teológico, o metafísico e o positivo. O estágio positivo é
caracterizado pela observação empírica e pela rejeição de explicações sobrenaturais ou metafísicas
para eventos naturais.
Comte também defendeu a ideia de que a sociedade deve ser organizada de acordo com os princípios
científicos, com a ciência guiando a política e a moral.
Por sua vez, Bentham é considerado o fundador do Utilitarismo e argumentou que a ação moral deve
ser aquela que produz o maior bem para o maior número de pessoas. Ele defendeu a ideia de que a
felicidade é o objetivo principal da vida humana e que a moralidade deve ser baseada na maximização
da felicidade.
Bentham também desenvolveu o princípio da "calculabilidade" da felicidade, que envolve a
quantificação da felicidade por meio de uma medida denominada "utilidade". Ele acreditava que a
utilidade poderia ser calculada com base em critérios objetivos, como o grau de prazer ou dor
produzido por uma ação.
Stuart Mill, por sua vez, desenvolveu e refinou ainda mais as ideias de Bentham. Ele argumentou que
a felicidade não pode ser medida diretamente, mas deve ser avaliada qualitativamente. Mill também
enfatizou a importância da liberdade individual e defendeu a ideia de que a sociedade deve ser
organizada de forma a permitir o máximo de liberdade individual, desde que isso não prejudique a
liberdade dos outros.
Além disso, ele defendeu a igualdade de oportunidades para todos e argumentou que o governo deve
intervir para garantir a igualdade de oportunidades.
Embora o Positivismo e o Utilitarismo sejam diferentes em muitos aspectos, há algumas
complementaridades entre as duas correntes filosóficas. Ambas valorizam a objetividade e a
observação empírica como formas de alcançar o conhecimento e ambas enfatizam a importância do
progresso e da melhoria social.
No entanto, enquanto o Positivismo valoriza a ciência como guia para a política e a moral, o
Utilitarismo enfatiza a maximização da felicidade como objetivo moral.
No que se refere à aplicação dessas teorias ao direito, o Positivismo enfatiza a importância da lei
como forma de regular a sociedade e defende a ideia de que a lei deve ser clara, objetiva e aplicável a
todos. Já o Utilitarismo argumenta que a lei deve buscar maximizar a felicidade da sociedade como
um todo, garantindo a igualdade de oportunidades e evitando a discriminação.
Em ambos os casos, a lei é vista como um instrumento para alcançar objetivos sociais e deve ser
moldada de acordo com as necessidades da sociedade em questão.

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