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Parte B- 2020
Leia o poema.
1. Apesar da referência a «Meu coração» (v. 4), que remete para o campo das emoções,
Ricardo Reis assume uma atitude racional. Tendo em conta os seis primeiros versos do
poema, explicite em que consiste essa atitude racional, bem como o motivo que leva o
sujeito poético a assumi-la.
Correção
3. a) 2; b) 2; c) 1.
Parte A- 2018
Leia o poema.
1. Compare a atitude do sujeito poético com a dos outros «humanos» (verso 13),
tendo em conta a oposição simbólica entre «rosas» e «magnólias», por um lado,
e «pátria», «glória» e «virtude», por outro lado (versos 1 a 3).
3. Explicite, com base no conteúdo dos versos 7 a 18, dois aspetos que evidenciem
o modo como o sujeito poético perceciona a passagem do tempo.
Correção
1. Para comparar a atitude do sujeito poético com a dos outros «humanos», devem ser
abordados os tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes:
2. Para interpretar o sentido da segunda estrofe, à luz da filosofia de vida de Ricardo Reis,
devem ser abordados dois dos tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes:
3. Para explicitar o modo como o sujeito poético perceciona a passagem do tempo, com
base no conteúdo dos versos 7 a 18, devem ser abordados dois dos tópicos seguintes, ou
outros igualmente relevantes:
Penso nisto, não como quem pensa, mas como quem não pensa,
E olho para as flores e sorrio...
Não sei se elas me compreendem
Nem se eu as compreendo a elas,
Mas sei que a verdade está nelas e em mim
E na nossa comum divindade
De nos deixarmos ir e viver pela Terra
E levar ao colo pelas Estações contentes
E deixar que o vento cante para adormecermos,
E não termos sonhos no nosso sono.
Fernando Pessoa, Poesia de Alberto Caeiro, edição de Fernando Cabral Martins e Richard Zenith, 3.ª ed.,
Lisboa, Assírio & Alvim, 2009, p. 72
1. Nas três primeiras estrofes, são abordados dois processos de criação poética. Explicite esses
dois processos, tendo em conta, por um lado, as comparações presentes nos versos 3 e 5 e, por
outro lado, o sentido do verso 4 e o conteúdo da terceira estrofe.
2. Interprete o verso «Penso nisto, não como quem pensa, mas como quem não pensa» (v. 9),
atendendo à especificidade da poesia de Alberto Caeiro.
3. Explique o modo como as sensações e a comunhão com a natureza são valorizadas na quarta
estrofe do poema. Fundamente a sua resposta com elementos textuais pertinentes.
Correção
– Processo de criação poética dos «poetas que são artistas» (v. 1):
• Trabalho minucioso/rigoroso/artesanal, à semelhança do trabalho do carpinteiro e do
pedreiro;
• Poesia pensada/consciente.
– Processo de criação poética dos poetas que sabem «florir» (v. 4):
• Ato involuntário/espontâneo;
• Em harmonia com a própria natureza, «única casa artística»; logo, o único modelo de
arte.
• Existência de uma contradição entre aquilo que o sujeito poético afirma («não como
quem pensa, mas como quem não pensa») e o que ele faz («Penso nisto»).
Parte A- 2016
1. Explicite três traços da filosofia de vida exposta nas quatro primeiras estrofes.
Fundamente a resposta com transcrições pertinentes.
3. De acordo com o conteúdo das três últimas estrofes, explique o modo como o sujeito
poético perspetiva a morte.
Correção
1. Nas quatro primeiras estrofes, é exposta uma filosofia de vida que se caracteriza
por:
– Um gosto pela fruição estética da natureza – «Só o ter flores pela vista fora / Nas
áleas largas dos jardins exatos / Basta para podermos / Achar a vida leve.» (vv. 1-
4);
– Uma escolha da serenidade, o que conduz a uma atitude contemplativa – «De
todo o esforço seguremos quedas / As mãos, brincando, pra que nos não tome / Do
pulso, e nos arraste.» (vv. 5-7);
– Uma atitude epicurista, que valoriza o prazer moderado – «Buscando o mínimo
de dor ou gozo, / Bebendo a goles os instantes frescos,» (vv. 9-10);
– Uma consciência da brevidade da vida, que conduz ao desejo de fruição do
momento presente (carpe diem) – «As rosas breves, os sorrisos vagos, / E as rápidas
carícias» (vv. 14-15).
2. O sujeito poético expõe um conjunto de normas que devem ser seguidas por todas
as pessoas de modo a facilitar a vida humana e a aligeirar a dor provocada pelo
facto de a vida ser efémera. Neste sentido, o uso da primeira pessoa do plural – que
surge nas formas verbais «podermos» (v. 3), «seguremos» (v. 5), «vivamos» (v. 8),
«escolhermos» (v. 19), «fomos» (v. 19), «formos» (v. 21) e no pronome pessoal
«nos» (vv. 6 e 7) – decorre de uma atitude normativa (ou exortativa) assumida pelo
sujeito poético, incluído nessa primeira pessoa do plural.
3. O sujeito poético perspetiva a morte de acordo com a conceção própria da
antiguidade clássica, evidente:
Parte A – 2014
Leia o poema.
Acima de um segredo,
O outrora compúnhamos
E há só noite lá fora.
Correção
No primeiro verso, o sujeito poético expõe a ideia de que tudo ocorre num contexto preciso,
determinado pelo curso natural das coisas. As referências à Natureza presentes nos versos 2
a 4 sustentam esta ideia, fornecendo exemplos concretos. Estes mostram que a cada estação
do ano corresponde um ambiente específico: no inverno, há frio e neve e é na primavera que
as árvores florescem.
Leia o poema.
1. As sensações do sujeito poético são determinantes para a construção de uma certa ideia
do quotidiano feliz. Identifique duas sensações representadas nas quatro primeiras
estrofes, citando elementos do texto para fundamentar a sua resposta.
4. Relacione o conteúdo da última estrofe com as reflexões apresentadas nas duas estrofes
anteriores.
Correção