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Série: 9º___ Turno:_______ Data:__/__/2023

Nome:______________________________________

1º) A imagem abaixo retrata uma prática comum na República Velha relacionada ao
período eleitoral usada constantemente pelos coronéis, marque a alternativa correta (0,5)

a) Voto obrigatório
b) Compra de favores
c) Voto de cabresto
d) Abuso da justiça eleitoral

2º) O movimento operário no Brasil foi marcado inicialmente com a luta pela melhoria
de vida em alguns aspectos que marcavam a realidade do trabalhador daquele período.
Com o advento da indústria várias necessidades foram incorporadas no que se refere a
jornada, remuneração e vida no mundo fabril. Acerca do que foi dito, o que buscavam
os grevistas em 1917? (0,5)
a) Queriam o pagamento do salário diário, jornada de trabalho de 8 horas e
abolição do trabalho vespertino.
b) Desejavam o pagamento pontual, a abolição do trabalho noturno para menores
de 18 e a jornada de trabalho de 8 horas.
c) Lutavam pela jornada de trabalho de 6 horas, aumento salarial e aumento dos
alugueis para controlar a inflação.
d) Buscavam implantar uma jornada de trabalho de 8 horas, aumento salarial e
preservação do trabalho noturno para mulheres e menores de 18 anos.

3º) Podem ser considerados antecedentes da Primeira Guerra Mundial (1914-1918),


EXCETO a alternativa. (0,5)
a) As disputas imperialistas entre as grandes potências europeias. Os países
disputavam mercados consumidores e fornecedores de matérias-primas.
b) A “paz armada”, um período de desenvolvimento da indústria bélica, apesar de a
Europa viver um período de paz aparente.
c) Imposição do Tratado de Versalhes aos alemães. O governo alemão reagiu
invadindo o Império Austro-Húngaro.
d) Uma forte tensão política na Europa, destacando-se os movimentos
nacionalistas, como o pangermanismo e o pan-eslavismo.
4º) Leia o texto a seguir e, em seguida, assinale a alternativa correta.

Outro soldado francês descreveu como infantes abatidos por metralhadoras ficaram estirados
durante um mês diante de sua trincheira, “alinhados como numa manobra. A chuva cai sobre
eles inexoravelmente, e balas despedaçam seus ossos embranquecidos. Certa noite, Jacques,
durante uma patrulha, viu enormes ratos saindo debaixo de seus casacos desbotados. Estavam
gordos da carne humana de que se alimentavam. Com o coração batendo, ele se aproximou
rastejando de um morto. O capacete tinha rolado. O morto ostentava uma careta na face
desprovida de carne; o crânio pelado, os olhos comidos. Uma dentadura caíra em sua camisa
decomposta e, da boca, escancarada, saltou um animal imundo”. (HASTINGS, Max. Catástrofe:
1914 - a Europa vai à guerra. Trad. Berilo Vargas. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2014.).

A descrição que o historiador Max Hastings trouxe é de um soldado da Primeira Guerra


Mundial que viveu nas trincheiras no Front Ocidental. A partir dela, podemos perceber que o
ambiente das trincheiras:

a) era favorável à defesa da posição.


b) era vulnerável e insalubre.
c) estava abandonado há meses.
d) não foi comum na Primeira Guerra.

5º) Leia o trecho abaixo e responda: O que levou os sertanejos de Canudos terem
resistido bravamente as excursões do exército brasileiro? (0,5)
Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até o esgotamento
completo. Vencido palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao
entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram
quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam
raivosamente cinco mil soldados.

CUNHA, E. Os sertões. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1987.

a) A imposição religiosa que levou boa parte dos habitantes de Canudos a um


estado de loucura, no qual era preferível morrer em combate para ir ao céu.

b) O imposto cobrado pelos políticos republicanos, ao lutarem, os sertanejos


buscaram não precisarem mais pagar os abusivos impostos.

c) O processo de resistir estava ligado as condições anteriores de miséria,


desigualdade social e doenças sofridos pelos habitantes do território paranaense.

d) As antigas condições de miséria eram para os sertanejos uma realidade não


aceitável e desumana, por isso preferindo morrer do que voltar aquela situação.
6º) Para os amigos pão, para os inimigos pau; aos amigos se faz justiça, aos
inimigos aplica-se a lei. LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa
Omega.
Esse discurso, típico do contexto histórico da República Velha e usado por chefes
políticos, expressa uma realidade caracterizada (0,5)
a) pela força política dos burocratas do nascente Estado republicano, que utilizavam de
suas prerrogativas para controlar e dominar o poder nos municípios.
b) pelo controle político dos proprietários no interior do país, que buscavam, por meio
dos seus currais eleitorais, enfraquecer a nascente burguesia brasileira.

c) pelo mandonismo das oligarquias no interior do Brasil, que utilizavam diferentes


mecanismos assistencialistas e de favorecimento para garantir o controle dos votos.

d) pelo domínio político de grupos ligados às velhas instituições monárquicas e que não
encontraram espaço de ascensão política na nascente república.

e) pela aliança política firmada entre as oligarquias do Norte e Nordeste do Brasil, que
garantiria uma alternância no poder federal de presidentes originários dessas regiões.

7º) A Revolta da Vacina (1904) mostrou claramente o aspecto defensivo,


desorganizado, fragmentado da ação popular. Não se negava o Estado, não se
reivindicava participação nas decisões políticas; defendiam-se valores e direitos
considerados acima da intervenção do Estado. (0,5)

CARVALHO, J. M. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi.


São Paulo: Cia. das Letras, 1987 (adaptado).
A mobilização analisada representou um alerta, na medida em que a ação popular
questionava

a) o arbítrio governamental. d) a alta de preços.

b) a política clientelista. e) as práticas eleitorais.

c) as reformas urbanas.

8º) Leia os textos e responda o que se pede: (0,5)


TEXTO 1
No interior do Pernambuco, o culto já exige monumentos. No dia 7 de julho, quando, segundo o
Registro Civil, se comemoram 100 anos do nascimento de Lampião, o município de Triunfo
lançará a pedra fundamental de uma estátua de 32 metros de altura para homenageá-lo. Com o
apoio do povo. Triunfo segue o exemplo da vizinha Serra Talhada, ex-Vila Bela, terra natal do
cangaceiro, que, em 1991, organizou um plebiscito para saber se ele merecia uma honraria
dessas. O resultado foi sim e a estátua só não existe ainda por falta de verbas. Bem antes de
morrer, Lampião já inspirava poemas, músicas e livros. Uma propaganda de remédio chegou a
comparar os males que ele causava à sociedade com os distúrbios provocados pela prisão de
ventre. Mas a referência ao cangaceiro como figura nociva era exceção. Em geral, ele era
tratado como herói, um nobre salteador, que tomava dos ricos para dar aos pobres. Em 1931, o
mais importante jornal americano, The New York Times, divulgou essa versão caridosa do
criminoso.
Disponível em: super.abril.com.br/historia/cangaceiro-idolatrado. Acesso em: 21 abr. 2016

TEXTO 2
O que existe de relato sobre Lampião não menciona nenhum ato de tirar dos ricos para dar aos
pobres, nenhuma dispensação de justiça. Registra batalhas, ferimentos, ataques a cidades [...],
sequestros, assaltos a ricos, combates com os soldados, aventuras com mulheres, episódios de
fome e de sede, mas nada que lembre Robin Hood. Pelo contrário, registra “horrores”: como
Lampião assassinou um prisioneiro, embora sua mulher o tivesse resgatado, como ele
massacrava trabalhadores, como torturou uma velha que o amaldiçoara (sem saber de quem se
tratava), fazendo-a dançar com um pé de mandacaru até morrer [...], e incidentes semelhantes.
Causar terror e ser impiedoso é um atributo mais importante para esse bandido do que ser amigo
dos pobres.
HOBSBAWM, Eric. Bandidos. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1979. p. 57-58.

Sobre a memória do cangaceiro Lampião, os textos evidenciam que:

a) Embora esteja associada a imagens de heroísmo em alguns lugares, como sua


terra natal, tal perfil não encontra correspondência nas fontes históricas, já que
estas associam o cangaceiro a crimes e violências diversos.
b) Apesar de pouco valorizada nacionalmente, é associada a atos de bravura e
heroísmo por toda a população pernambucana, que desconhece completamente
seus atos de violência.
c) O fato de sua figura inspirar poemas e músicas, na década de 1930, foi
responsável pela memória positiva em relação ao seu papel como cangaceiro.
d) A associação feita com o personagem Robin Hood é imprópria, visto que
Lampião já era valorizado como herói regional em vida.
e) As fontes históricas reveladas nas últimas décadas foram responsáveis por
eliminar o culto à figura de Lampião, provocando rejeição popular ao seu nome
nos anos 1990.

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