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Guião

Cena l: Introdução

(A cena passa-se numa sala de aula. Quatro personagens, Ana, Bruno, Clara e Daniel, estão
discutindo um trabalho para filosofia. Eles estão concentrados e folheiam páginas de livros.)

Ana: (levantando a cabeça dos livros) Pessoal, acho que encontramos um ponto em que
podemos nos aprofundar: o empirismo centrado em David Hume.

Bruno: Ah, o empirismo! Lembro-me de ter lido algo sobre isso na última aula.

Clara: (folheando as suas anotações) É uma corrente filosófica interessante. Faz todo sentido
discuti-la no nosso trabalho.

Daniel: Estou curioso para saber mais sobre as ideias de Hume. Afinal, ele é um dos grandes
filósofos empiristas.

Cena 2: Contexto histórico

(As personagens reúnem-se num café para discutir as suas descobertas.)

Ana: (animada) Pesquisei sobre o contexto histórico em que Hume viveu. Ele foi um filósofo
escocês do século XVIII.

Bruno: (pega um pedaço de papel) Anotei algumas informações sobre isso. Hume nasceu em
Edimburgo, na Escócia, e viveu durante o Iluminismo.

Clara: (levanta-se para pegar café) O empirismo estava em alta durante esse período. Hume
contribuiu para desenvolver essa corrente filosófica de uma maneira única.

Daniel: (bebendo o seu café) E quais foram os principais princípios de David Hume?
Cena 3: Princípios Empiristas

(Novamente na sala de aula, as personagens debatem os princípios de Hume.)

Ana: Bem, Hume enfatizava que todo conhecimento vem da experiência sensorial. Não há
nada inato na mente humana.

Bruno: Exatamente, ele discordava da existência de ideias inatas de Descartes. Para Hume, a
mente é uma "tábula rasa" que se preenche com impressões do mundo.

Clara: (olha as suas notas) Ele também argumentava que causa e efeito eram apenas
associações de eventos que ocorrem juntos repetidamente.

Daniel: Ou seja, ele rejeitava a ideia de que podemos conhecer a essência das coisas. É uma
visão que se enquadra na perspetiva relativista.

Cena 4: Críticas ao Racionalismo

(As personagens encontram-se na biblioteca para pesquisar sobre as críticas de Hume ao


racionalismo.)

Ana: Hume criticou o racionalismo de Descartes e Leibniz, argumentando que a razão não
pode justificar as nossas crenças.

Bruno: Ele também questionava o princípio da causalidade. Como podemos justificar que,
porque um evento ocorreu repetidamente no passado, isso também ocorrerá no futuro?

Clara: E isso não só afeta a nossa compreensão de causa e efeito, mas também a noção de
identidade pessoal. Hume argumentava que não há um "eu" constante e imutável.

Daniel: (lê um excerto do livro) Ele concluiu que a nossa mente é apenas uma cadeia de
perceções em constante mudança.
Cena 5: Impacto e Críticas

(As personagens debatem o impacto e as críticas às ideias de Hume.)

Ana: Hume influenciou muitos filósofos posteriores, especialmente nas áreas da psicologia e
filosofia da mente.

Bruno: Porém, as suas ideias também foram alvos de críticas. Alguns acreditam que as suas
teorias relativizam demais o conhecimento humano.

Clara: (pensativa) Realmente, é um desafio conciliar o seu ceticismo com a necessidade de


confiar na nossa experiência sensorial no dia a dia.

Daniel: (levanta-se) Podemos incluir essas críticas no nosso trabalho e abrir espaço para o
debate.

Cena 6: Conclusão

(As personagens revêm e escrevem a conclusão do seu trabalho.)

Ana: Em conclusão Hume desafiou as noções tradicionais de conhecimento e questionou a


validade do racionalismo.

Bruno: A sua abordagem empirista enfatizou a importância da experiência sensorial como base
para o conhecimento humano.

Clara: No entanto, as suas ideias céticas trouxeram críticas sobre a confiabilidade das nossas
perceções.

Daniel: Por fim, mesmo que as suas teorias possam ser debatidas, David Hume deixou um
legado importante no campo da filosofia e influenciou gerações futuras de estudiosos.

Cena 7: Apresentação

(Os personagens apresentam o seu trabalho à turma.)

Ana: Concluímos que Hume, com a sua abordagem empírica e cética, revolucionou a maneira
como pensamos sobre o conhecimento humano.

Bruno: As suas críticas ao racionalismo e as suas noções sobre causa e efeito trouxeram novas
perspectivas para a filosofia.

Clara: No entanto, há espaço para debate e críticas sobre as suas ideias, o que enriquece ainda
mais o campo do pensamento filosófico.

Daniel: Em suma, David Hume desafiou-nos a questionar e aprofundar o nosso entendimento


sobre a natureza do conhecimento.

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