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ONHB – simulado

1) Veja os dois quadros publicados no twitter do Senado Federal no início de 2017 e escolha uma das
opções.

Aprovada a reforma do Ensino Médio – tweet

Sobre este documento

Título

Tipo de documento

Origem

https://twitter.com/SenadoFederal Acesso em: 08/02/2017

Créditos

Senado Federal
Agora é lei sancionada a reforma do Ensino Médio – tweet

Sobre este documento

Título

Tipo de documento

Origem

https://twitter.com/SenadoFederal. Acesso em: 16/02/2017

Créditos

Senado Federal

Alternativas

(A) Exemplos dentro e fora do Brasil mostram que governos tendem a interferir nos currículos escolares com
o intuito de controlar a formação do pensamento crítico.

(B) No primeiro quadro fica evidente que a disciplina de História foi retirada do currículo obrigatório do
Ensino Médio. O segundo quadro, publicado uma semana depois, devolve a possibilidade de História ser
uma das disciplinas obrigatórias a serem definidas pela Base Nacional Comum Curricular.
(C) A publicação das informações por meio de twitter oficial indica uma estratégia de fazer circular, nas
redes sociais e visando um público jovem, uma informação resumida e imediata.

(D) As mudanças são um grande avanço para o Ensino Médio, e a rapidez para sua aprovação se deu
atendendo ao clamor dos alunos que ocuparam as escolas pelo país.

2) Fragmentos de história indígena na Amazônia colonial.

“Maior tributário do rio Amazonas, o rio Madeira nasce nos Andes e é formado por dois complexos fluviais,
o Guaporé/Mamoré e o Beni/Madre de Dios. Trata-se do segundo maior rio do mundo em volume de água e
possui uma extensão de mais de 3.200 quilômetros. Conhecido como rio Cayari pelos indígenas que o
habitavam no século XVI, foi rebatizado pelos europeus com o nome de Madeira, dada a abundância de
troncos, sobretudo de acaju e de munguba, que flutuavam em suas águas. No curso do baixo rio Madeira,
129 sítios arqueológicos mapeados evidenciam não apenas o contexto multiétnico e de desenvolvimento
cultural como também o caráter contínuo de ocupação. (...) Entre a segunda metade do século X e a primeira
metade do século XIII, guerras intertribais ocuparam o cenário regional, identificadas pela construção de
sistemas defensivos com extensas valas e paliçadas. (...) Para os arqueólogos, a importância da região reside
também no fato de ter sido o provável centro de difusão dos grupos tupis e guaranis, bem como da
domesticação da pupunha e da mandioca. (....) a partir do século XVI, as sociedades indígenas da bacia do
rio Madeira possuíam características uniformes: padrão disperso de assentamento, economia baseada na
caça, coleta e horticultura de coivara, com predomínio da mandioca-doce, ceramistas, consumidores de
chicha – cerveja feita do milho ou da mandioca. Como observa Fernando de Almeida, (...) havia dois tipos de
redes pré-coloniais: a primeira relacionada a grupos ribeirinhos, especializadas em trocas de longa distância,
que comercializavam objetos desde as terras altas andinas até a Amazônia Central (...), e outra rede que
conectaria os grupos ribeirinhos e os grupos do interflúvio. Durante o período colonial, essas redes foram
interrompidas. Os europeus que navegaram pelos rios da Amazônia aludiram à existência de caminhos
fluviais que conectavam aldeias e “províncias” distantes numa vasta rede ameríndia (...) O primeiro europeu
a noticiar a foz do rio Madeira foi o frei da ordem de São Domingo de Gusmão, Gaspar de Carjaval, que
acompanhou o capitão Francisco de Orellana, que partiu de Quito com 200 espanhóis e aproximadamente
4.000 índios em expedição realizada entre 1541 e 1542. [Carjaval observou:] 'Não tínhamos navegado nem 4
léguas, quando vimos pela margem direita aparecer um grande e poderoso rio maior ainda do que aquele que
nós estávamos, e por ser tão grande denominamo-lo Rio Grande. Nele levantaram-se mais de cinco mil
índios com as suas armas, e começam a dar gritos e a desafiar-nos a bater com armas umas nas outras,
fazendo um tal ruído que parecia que o rio vinha abaixo.' (...) Em 1653, o bandeirante Raposo Tavares, ao
navegar pelo rio Madeira, observa densos povoamentos em suas margens: Quinze dias depois de iniciada a
viagem pelo rio (...) não houve um dia em que não vissem algumas [povoações], e geralmente viam muitas
todos os dias. Eles viram cidades com 300 cabanas (...) com muitas famílias vivendo em cada uma delas.
Calcularam que em uma delas residiam 150 mil almas. Assim, podemos dizer que até meados do século
XVII os relatos europeus estão em consonância com os dados arqueológicos obtidos no rio Madeira: aldeias
extensas e praticamente contínuas locadas nas margens, grande densidade populacional, diversidade de
línguas e belicosidade dos povos que viviam na região”.

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Texto acadêmico

Glossário

Munguba (ou monguba): fruto da mungubeira, árvore nativa da Amazônia usada para extração de celulose e
de fibras para fabricação de cordas.

Paliçadas: cerca feita com estacas apontadas e fincadas na terra.

Coivara: quantidade de ramagens a que se põe fogo nas roçadas para desembaraçar o terreno e adubá-lo com
as cinzas, facilitando a cultura; fogueira.

Interflúvio: área elevada entre dois cursos de água, duas bacias hidrográficas ou dois vales.

Origem

Gloria Kok. “Fragmentos de história indígena na Amazônia colonial: ocupações, conflitos e deslocamentos
no rio Madeira”. In: História e arqueologia da América indígena: tempos pré-colombianos e coloniais.
Florianópolis: Editora da UFSC, 2017, pp. 312-314.

Créditos

Gloria Kok.

A partir do texto:

Alternativas

(A) Os estudos das margens pré-colombianas do rio Madeira revelam sociedades indígenas complexas,
afetadas pela chegada de espanhóis e portugueses na região.

(B) A exploração colonial da bacia hidrográfica amazônica provocou uma maior ocupação de grupos
indígenas às margens do rio Madeira.
(C) A imposição do trabalho compulsório indígena foi parte da estratégia colonizadora para a entrada e o
mapeamento do território amazônico.

(D) A intensa circulação de pessoas pelos rios amazônicos e a consequente ocupação de suas margens são
anteriores à chegada dos europeus na região.

3) S. John del Rey Mining Company

Legenda: S. John del Rey Mining Company. Morro Velho Prov de Minas. BRAZIL

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Fotografia

Origem

Augusto Riedel. Viagem de S.S.A.A. Reaes Duque de Saxe e seu augusto irmão D. Luís Philippe ao interior
do Brazil no anno 1868. Disponível em: https://www.wdl.org/pt/item/2000
Créditos

Augusto Riedel

O documento, uma fotografia, retrata uma mina localizada em Minas Gerais. A partir dele e de sua
pesquisa, é possível afirmar que:

Alternativas

(A) Apresenta um panorama do Morro Velho, localizado em Minas Gerais, e utiliza um homem, no primeiro
plano, para marcar as escalas do empreendimento da mineração e das construções vizinhas.

(B) Ao longo do século XIX a atividade mineradora no Brasil passou por um crescimento que envolveu a
instalação de empresas privadas estrangeiras, como a identificada na fotografia.

(C) Os trabalhadores ingleses que atuavam na região do Morro Velho contavam com estatuto próprio a
despeito da lei brasileira, o que provocou uma distorção na relação entre católicos e protestantes.

(D) As estruturas registradas na fotografia evidenciam o aspecto rudimentar da atividade mineradora refletida
na baixa produtividade e pouco interesse por parte do Estado brasileiro.

4)

Todas as Vidas

Vive dentro de mim Seu cheiro gostoso

uma cabocla velha d’água e sabão.

de mau-olhado, Rodilha de pano.

acocorada ao pé do borralho, Trouxa de roupa,

olhando para o fogo. pedra de anil.

Benze quebranto. Sua coroa verde de São Caetano.

Bota feitiço... Vive dentro de mim

Ogum. Orixá. A mulher cozinheira.

Macumba, terreiro. Pimenta e cebola.

Ogã, pai-de-santo... Quitute bem feito.

Vive dentro de mim Panela de barro.

a lavadeira do Rio Vermelho. Taipa de lenha.


Cozinha antiga Trabalhadeira.

toda pretinha. Madrugadeira.

Bem cacheada de picumã . Analfabeta.

Pedra pontuda. De pé no chão.

Cumbuco de coco. Bem parideira.

Pisando alho-sal. Bem criadeira.

Vive dentro de mim Seus doze filhos,

a mulher do povo. seus vinte netos.

Bem proletária. Vive dentro de mim

Bem linguaruda, a mulher da vida.

desabusada, sem preconceitos, Minha irmãzinha...

de casca-grossa, tão desprezada,

de chinelinha, tão murmurada...

e filharada. Fingindo ser alegre seu triste fado.

Vive dentro de mim Todas as vidas dentro de mim:

a mulher roceira. Na minha vida –

Enxerto de terra, a vida mera das obscuras!

meio casmurra.

Ficha técnica

TIPO DE DOCUMENTO: Literatura

ORIGEM: Cora Coralina. Poema dos becos de Goiás e estórias mais. Rio de Janeiro: José Olympio, 1965.
CRÉDITOS: Cora Coralina

GLOSSÁRIO:

Picumã: cabelo crespo.

PALAVRAS-CHAVE: literatura, goiás, mulheres.


Sobre o poema, assinale a alternativa mais adequada:

A. Remete a um cotidiano feminino de anonimato e invisibilidade.

B. Apresenta os possíveis papéis desempenhados pelas mulheres na família e na sociedade.

C. O cotidiano nele narrado é simples porque reflete a pouca escolaridade da autora.

D. Sua autora o publicou seu primeiro livro, aos 75 anos de idade.

5) Observe o documento:

7 de outubro de 1963 ... o Massacre de Ipatinga... 7 de outubro de 1984 ... o Massacre Continua
Ficha técnica

TIPO DE DOCUMENTO: Folheto

ORIGEM: Folheto de convocação, 1984. Arquivo do Sindicato dos Empregados do Comércio de Ipatinga.
Disponível em: http://www.comissaodaverdade.mg.gov.br/bitstream/handle/123456789/682/Fotos-Imagens
%20Sobre%20Massacre%20Ipatinga.pdf?sequence=1&isAllowed=y
[http://www.comissaodaverdade.mg.gov.br/bitstream/handle/123456789/682/Fotos-Imagens%20Sobre
%20Massacre%20Ipatinga.pdf?sequence=1&isAllowed=y]
http://www.comissaodaverdade.mg.gov.br/bitstream/handle/123456789/682/Fotos-Imagens%20Sobre
%20Massacre%20Ipatinga.pdf?sequence=1&isAllowed=y

CRÉDITOS: Sindicato dos Empregados do Comércio de Ipatinga

GLOSSÁRIO:

Comemoração: ato para rememorar.

PALAVRAS-CHAVE: movimentos populares, violência, mundos do trabalho

Escolha uma das alternativas:

A. O Massacre de Ipatinga, que oficialmente acarretou a morte de oito pessoas, ocorreu em 7 de outubro de
1963, quando operários da Usiminas, em manifestação contra as condições de trabalho oferecidas pela
empresa, foram surpreendidos pela truculência da Polícia Militar.

B. O documento é um folheto que convida, em 1984, a população do Vale do Aço, interior de Minas Gerais,
a participar de um ato promovido por entidades populares em Ipatinga a ocorrer numa igreja católica daquela
cidade, ocasião em que também se lançaria um livro sobre o massacre.

C. As péssimas condições de segurança relacionadas à construção da usina, o Massacre de 1963 e o seu


silenciamento, somados ao sucateamento das condições de trabalho e de salários expressam um projeto de
modernidade que trata algumas vidas de maneira descartável enquanto enaltece o progresso.

D. A ilustração presente no documento - que compara dois contextos interligados pela constante política de
opressão aos trabalhadores - faz alusão ao Massacre de Ipatinga (1963) e à crise econômica dos anos 1980,
sendo esta representada pela caricatura do então presidente, João Figueiredo.

Conteúdo adicional –

LINK: Fotos e imagens do Massacre de Ipatinga


[http://www.comissaodaverdade.mg.gov.br/bitstream/handle/123456789/682/Fotos-]

6) Ouça a canção assistindo ao vídeo criado para ela, e leia trechos da letra.
Triste, louca ou má

Triste, louca ou má Conformada vítima

Será qualificada Prefiro queimar o mapa

Ela quem recusar Traçar de novo a estrada

Seguir receita tal Ver cores nas cinzas

A receita cultural E a vida reinventar

Do marido, da família E um homem não me define

Cuida, cuida da rotina Minha casa não me define

Só mesmo, rejeita Minha carne não me define

Bem conhecida receita Eu sou meu próprio lar

Quem não sem dores E o homem não me define

Aceita que tudo deve mudar Minha casa não me define

Que um homem não te define Minha carne não me define

Sua casa não te define Eu sou meu próprio lar

Sua carne não te define Ela desatinou, desatou nós

Você é seu próprio lar Vai viver só

Um homem não te define Ela desatinou, desatou nós

Sua casa não te define Vai viver só

Sua carne não te define (você é seu próprio lar) Ela desatinou, desatou nós (e um homem não me
define,
Ela desatinou, desatou nós
minha casa não me define)
Vai viver só
Vai viver só (minha carne não me define)
Ela desatinou, desatou nós
(Eu sou meu próprio lar)
Vai viver só
Ela desatinou, desatou nós (e um homem não me
Eu não me vejo na palavra
define)
Fêmea, alvo de caça
Vai viver só (minha carne não me define)

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Música

ORIGEM: Dirigido e Produzido por: Rafael Câmara

Compositor: Ju Strassacapa

Intérprete: Francisco, el Hombre

Albúm: soltaabruxa

Ano: 2016

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=lKmYTHgBNoE CRÉDITOS: Compositor: Ju


Strassacapa

Intérprete: Francisco, el Hombre

PALAVRAS-CHAVE: brasil contemporâneo, história das mulheres, história da música

Sobre a canção e seus possíveis significados, escolha uma alternativa.

A. Discursos médicos apoiados na perspectiva biológica da diferença entre os sexos foram utilizados na
construção de uma normativa que tratava a mulher emancipada como uma degenerada.

B. A canção pode ser interpretada como um manifesto feminista, uma vez que exalta a coragem daquelas
que, “não sem dores”, romperam com as normativas da cultura patriarcal.

C. No Brasil, a adoção do sobrenome do marido, pelo casamento civil, passou a ser facultativa à mulher
apenas em 1977, substituindo a obrigatoriedade prevista no Código Civil de 1916.

D. Os adjetivos “triste”, “louca” e “má”, utilizados no século XIX para qualificar mulheres que desafiavam
as normas vigentes, deixaram de ser utilizados com tal conotação apenas no século XXI.

TAREFAS

I: Nesta tarefa, propomos às equipes o trabalho com um instrumento que é muito importante para os
historiadores: analisar e compreender imagens, observando seus detalhes e tirando conclusões a partir deles.
Esta tarefa é composta por TRÊS partes, ou seja, 3 imagens:

22a = Pintura a óleo “Aclamação de Dom Pedro I – Imperador do Brasil” de Jean-Baptiste Debret, litografia
publicada na França em 1834.
22b = A fotografia “Manifestação durante a reunião da SBPC em Salvador, 1981” de Juca Martins.

22c = O painel “Contestado - Terra Contestada”, 1985, de Hassis.

Em cada uma destas imagens, as equipes encontrarão “números”. A tarefa consiste em associar estes
números às frases que preparamos e que aparecerão ao lado de cada parte destacada na imagem. São frases
que descrevem aspectos da imagem. Cada número deve ser associado a uma única frase (indicada por uma
letra). Entretanto, as equipes encontrarão mais frases do que números, ou seja, há frases que não serão
associadas a nenhum número. Para visualizar detalhes da imagem você pode utilizar o zoom. Escolha a mais
pertinente e clique sobre ela. Deste modo, você associou o número à frase. Faça isso para todos os números
de cada imagem.

Um pouquinho de calma e muita atenção são importantes para o sucesso desta atividade.

Bom trabalho a todos.

IMAGEM COM AS MIGALHAS – 22A:

IMAGEM COM AS MIGALHAS – 22B:


IMAGEM COM AS MIGALHAS – 22C:

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