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O conhecimento para

Nietzsche e Popper

Profa. Gabriella
Nietzsche
• Friedrich Wilhelm Nietzsche foi filólogo, filósofo, professor e poeta.
Nasceu no Reino da Prússia, na atual Alemanha. Ele criticou a
religião, a moral e a tradição filosófica do ocidente.

• Tratou sobre diversos temas, entre eles a afirmação da vida,


questionando todas as doutrinas que diminuem nossas potências, em
favor da ampliação de nossas possibilidades de ser.
A FILOSOFIA DE NIETZSCHE
• Dentre alguns dos temas analisados por ele, podemos citar o
questionamento sobre a existência, a religião, e os problemas
relativos ao conhecimento.
• Esse filósofo deixava muito claro em suas obras uma relação entre três
ideias: a vida, a verdade e o conhecimento.
• Ele analisa essas três ideias em sua obra A gaia ciência, que foi escrita
em 1882.
• Para Nietzsche, o intelecto humano apenas produz erros, ou seja, após
o ser humano refletir muito, pode perceber que todas as suas verdades
absolutas se revelam incertas ou mesmo enganosas, pois nossa mente
nos leva a cometer erros, erros que podem se tornar graves
equívocos.
• Partamos daqui: não há FATO nem FUNDAMENTO. Toda produção
humana é interpretação,
• já que
• não há na natureza humana apta a dar conta da verdade, pois, se
assim fosse, ela já teria nos fornecido todas as explicações.
• Assim,
• Nietzsche promove uma profunda ruptura com o discurso
filosófico da tradição.
• Neste sentido, a VERDADE é uma ficção e o homem é um animal
estimador/avaliador.
Nietzsche e a pergunta “o que significa
conhecer?”
• Anunciar ao homem que o conhecimento integral do mundo lhe está
vedado: esta a base sobre a qual se ergue a filosofia de Friedrich
Nietzsche.

• A partir da constatação de que há uma impossibilidade de acesso a


qualquer espécie de objeto que exceda os limites da razão humana,
em Nietzsche é possível encontrar uma alternativa que se configura
em uma resistência a tal condição – alternativa que se poderia
chamar de “vontade de ilusão”.
• Essa alternativa se caracteriza como uma tentativa de solução que
visa, nos extremos, tanto a tolerar quanto a celebrar a vida dentro de
seus limites sensíveis e biológicos, em contraposição aos limites, ou
melhor, à ausência de limites relacionada a mundos inteligíveis e
puramente metafísicos;

• O autor trabalha então com a impossibilidade de acesso integral à


compreensão da totalidade do mundo, de ir além da vida humana.

• O conhecimento humano cobre apenas uma parcela dessa


totalidade – uma parcela que se restringe aos próprios limites
antropológicos do conhecimento
KARL POPPER
• Karl Raimund Popper (1902-1994) nasceu em Viena, na Áustria, no
dia 28 de julho de 1902. Descendente de família judaica recebeu
grande incentivo para os estudos. Ingressou na Universidade de Viena
e doutorou-se em Filosofia.

• Com a ascensão do nazismo, emigrou para a Nova Zelândia. Com o


fim da Segunda Guerra Mundial, tornou-se assistente de ensino na
London School of The Economics em método científico, e passou a
professor em 1949.
• Na filosofia da ciência contemporânea temos duas correntes
científicas: uma histórica e outra analítica.

• Popper segue a tendência analítica, isto é, prioriza os aspectos


metodológicos do desenvolvimento científico, também conhecido
como “contexto de justificação”.

• Popper afirma que a busca do conhecimento não é fruto de uma


simples observação de fatos e inferências de enunciados → É preciso
haver uma observação internacionalizada, orientada e seletiva.
• Para Karl Popper, o problema central
da filosofia da ciência reduz-se, em
grande parte, ao que designa por
problema da demarcação.

• O que permite distinguir uma teoria


científica de uma teoria não-
científica?
• O método proposto por Popper, em vez de
buscar a verificação de experiências
empíricas que confirmassem uma teoria,
buscava fatos particulares que, depois de
verificados, refutariam a hipótese.

• Assim, em vez de se preocupar em provar que


uma teoria era verdadeira, ele se preocupava
em provar que ela era falsa. Quando a teoria
resiste à refutação pela experiência, pode ser
considerada comprovada.
• Popper foi cético com relação ao poder preditivo da indução
porque:
1. É impossível verificar a universalidade de qualquer teoria
científica.
2. E, se assim, é, a única coisa que podemos fazer é refutar a
universalidade das teorias científicas.
Assim, para Popper:
“Nunca se pode provar nem afirmar que uma teoria científica é
verdadeira. Quando muito, pode-se provar que é falsa (...)”
“Uma teoria é científica se podem ser concebidos testes que
provem que a teoria é falsa”, isto é, “uma teoria é científica se e só se é
falsificável”.

Em vez de indução devemos falar em conjecturas, e, em vez de


verificação, devemos falar em falsificação.
Em síntese, Popper:
• Critica a ciência tradicional e seu método verificacionista.
• Defende o falsificacionismo como critério de demarcação.
• Evidencia o valor provisório da verdade e as limitações da indução.
• Propõe a substituição do método indutivo-experimental pelo método
hipotético-dedutivo.
• Analisa o papel fundamental do erro como motor de progresso.
• Propõe o método crítico das conjecturas.
• Se a única coisa que podemos fazer em
ciência é refutar teorias, como saberemos
em que teorias devemos acreditar para
atuar em consequência?
• A resposta de Popper é que devemos atuar
de acordo com as teorias (conjeturas) que
superam as provas mais rigorosas, os testes
mais audazes.

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