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Inteligencia Artificial e Seus Desafios Filosoficos
Inteligencia Artificial e Seus Desafios Filosoficos
FILOSÓFICOS
Alunos: Alexsandro, Gabriel e Victor.
Com isso, pode-se dizer que as máquinas pensam? Muitos filósofos ainda
dizem que não e que na verdade o que poderia se dizer é que elas simulam um
pensamento. Para responder a essa questão, Turing cita uma conferência do
professor Geoffrey Jefferson (1949): “Somente quando uma máquina conseguir
escrever um soneto ou compor um concerto em consequência de ter pensado e
sentido emoções, e não pela disposição aleatória de símbolos, poderemos
concordar que a máquina vai se equiparar ao cérebro, isto é, se ela não apenas
escrever, mas souber que escreveu” (“Inteligência artificial” de Stuart Russel e
Peter Norving, p.1180). Para ele, este argumento é mal definido e na verdade o
melhor seria não debater se a máquina é consciente, mas tratá-la da mesma
forma com que se tratam as pessoas: não julgando quais são seus atos mentais
internos. Ou seja, se com as pessoas que pretensamente entendem como
superiores às máquinas não se pergunta no que pensam ou se estão pensando
naquele momento que as vemos, por que não agir assim com as máquinas?
Afirma Turing: “em vez de discutir continuamente sobre esse ponto, é habitual
assumir a convenção cortês de que todos [homens e máquinas] pensam”
(“Inteligência artificial” de Stuart Russel e Peter Norving, p. 1181).
Um pouco do que foi falado acima pode ser visto no filme Blade Runner:
o caçador de androides. Nele, o personagem principal Rick Deckard, é chamado
a destruir alguns androides, humanos artificiais ou também chamado replicantes
que por algum motivo que não se sabe começaram a ter emoções, consciência
e as características próprias do ser humano. A missão da eliminação é bem-
sucedida, porém algo no meio dela acontece que ninguém esperava: um
romance do Rick Deckard com destes androides “defeituosos”, a Rachel. Muito
interessante, portanto, são os questionamentos levantados aqui: de fato é
possível algum dia existir máquinas com sentimentos, pode haver amor entre um
homem e máquina, em algum momento o ser humano terá sua vida em risco
devido à rebelião de alguma espécie de computador, máquinas podem sofrer?
Todas essas são perguntas que ainda estão sendo levantadas e que há
opiniões para todos os gostos. Mas, pelo avanço que estamos a viver nos últimos
anos, em breve se parece surgir o vislumbre de alguma resposta a essas
perguntas.