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Universidade Uniderp

Profª Karol Reis

1
IMPORTÂNCIA
A administração segura e precisa de
medicamentos é uma das mais
importantes responsabilidades do
profissional de enfermagem.
O profissional é responsável pela
compreensão dos efeitos de uma droga,
pela administração correta, pela
monitorização da resposta do paciente
e pelo auxílio ao paciente na auto-
administração correta.

2
Atenção!

A administração de medicamentos é
uma responsabilidade do enfermeiro,
mesmo que esteja sendo executada por
outro membro da equipe de
enfermagem, conforme o Decreto lei
94.406/87 que regulamenta a lei do
exercício da Enfermagem.
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9 CERTOS (ANVISA, 2013)
— Paciente certo
— Medicamento certo
— Dose certa
— Via certa
— Hora certa
— Compatibilidade medicamentosa
— Orientação ao paciente certa
— Direito a recusar o medicamento
— Anotação certa.

4
PACIENTE CERTO: Perguntar o nome do paciente.

MEDICAÇÃO CERTA: 3X (ao retirar da gaveta;


antes de colocar no copo ou diluir e antes de
colocar o frasco de volta ou jogar ampolas no lixo).
FURESIN® ( furosemida)

Reação do paciente: “Eu tomo sempre um


comprimido rosa, hoje você está me dando dois
amarelos”.

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DOSE CERTA:
- Cálculo mental;
- Cálculo por escrito;
* Quando se deseja 100 mg de um medicamente que esta
rotulado como 50mg/ml, estimar mentalmente a dosagem
como sendo 2 ml e depois calcule:
50mg_____________1ml
100mg____________ X
50 X= 100
X= 100/50
X= 2 ml

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HORÁRIO CERTO: Manutenção dos níveis correto no
sangue, considerado atraso 30 minutos antes ou depois
do horário estabelecido.

ROTINAS: 6/6h 14 20 02 08
8/8h 16 24 08
12/12h 20 08

Ceftriaxona 1g EV 12/12h - 19 07

IMPORTANTE:
• Nunca esperar o próximo horário porque já passou do
horário padrão;
• Evitar os horários de troca de plantão;
• Procurar respeitar o horário do sono do paciente;
• Seguir rigorosamente prescrições de medicamentos que
dependam de outro para a sua completa ação;

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VIA CERTA: Heparina SC X Heparina EV

REGISTRO CERTO:
• Nunca registrar antes de administrar;
• O registro incluem: nome do
medicamento, a dose, a via , a hora exata e
assinatura do profissional.

TEMPO CERTO
respeitar o tempo previsto na prescrição, por
exemplo, se for em 30 minutos, ou em quatro
horas, controlar adequadamente o gotejamento
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IMPORTANTE
Ø Toda prescrição de medicamento deve conter:
data; nome do paciente; registro; enfermaria; leito;
idade; nome do medicamento; dosagem; via de
administração; freqüência; assinatura do médico.
Ø Fazer a desinfecção concorrente da bandeja antes
do preparo e após administração do medicamento.
Ø Manter o local de preparo de medicamento limpo e
em ordem.
Ø Anotar qualquer anormalidade após administração
do medicamento (vômitos; diarréia; erupções;
urticária etc.)
Ø Não conversar durante o preparo do medicamento
para não desviar a atenção.

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• Registre que já administrou o
medicamento imediatamente após a
administração. O registro tardio,
especialmente medicação S.O.S, pode
resultar em doses repetidas.

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TIPOS DE PRESCRIÇÕES

1. Prescrições escritas padrões – diárias;

Ex: Dipirona 2ml EV de 6/6h.

2. Prescrições únicas
Ex: Toxóide Tetânico 1 amp IM.

3. Prescrições imediatas
Ex: Diazepan 10 mg IM agora.

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4. Prescrições S.O.S ou S/N
Ex: Dipirona 2ml EV se T> 38,5ºC até de 6/6h.
Captopril 50 mg SL se PAD > 100 mmHg
Plasil 2ml EV S/N

5. Prescrições ACM
Ex: Adalat 5gts SL ACM

6. Prescrições permanentes (protocolos)


Ex: Dor Torácica – Morfina
Taquicardia Ventricular – Lidocaína

7. Prescrições verbais
Ex: Telemedicina e Urgências e emergências.

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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
1- Parenterais: Endovenosa ou Intravenosa;
Intramuscular, Subcutânea, Intradérmica.

2- Enterais: Oral e gástricas;

3- Tópicas: Pele e mucosas (bucal, sublingual,


ocular, nasal, otológica, vaginal, retal e
respiratória).

4- Intra-óssea

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VIA APRESENTAÇÃO

Oral (sólida) Cápsula


Pó e Comprimido

Oral (liquida) Emulsão


Solução; Suspensão
Xarope

Parenteral Solução

Retal Solução
Supositório
Vaginal Espuma, gel, solução
Supositório, Comprimido

Tópica (ouvido, nariz, olho, Aerossol; Creme;Loção


pele) Pomada Pasta
Placa(patch) e Pó.

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Vias de Administração
• Via Parenteral:
Intradérmica (ID), Subcutânea (SC),
Intramuscular (IM), Intravenosa (IV) ou
Endovenosa (EV).
• Embora mais raramente e reservadas aos
médicos, utilizam-se também as vias Intra-
arterial, Intra-óssea (Enfermeiros),
Intraperitonial, Intrapleural e Intracardíaca.

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MATERIAIS
— Seringa: cilindro ou corpo, êmbolo, bico, cabeça ou
haste do êmbolo.
— Durante o procedimento do preparo, as partes a serem
mantidas estéreis na seringa são: bico e êmbolo, uma
vez que a manipulação do êmbolo somente deverá ser
feita pela cabeça ou haste.

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•Uma agulha pode ter o bisel curto, médio ou longo e possuir
variados comprimentos e diâmetros.
•Ex: 25 mm X 7mm, o primeiro número indica o
comprimento da haste e o segundo, o calibre da agulha.

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REQUISITOS BÁSICOS
— Drogas em forma líquida;
— Soluções estéreis, isentas de substâncias
pirogênicas;
— Material utilizado na aplicação estéril e
descartável;
— Introdução do líquido de forma lenta, a fim
de evitar ruptura de capilares, originando
microembolias locais ou generalizadas.

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VANTAGENS
• ABSORÇÃO MAIS RÁPIDA E COMPLETA.

• MAIOR PRECISÃO EM DETERMINAR A DOSE


DESEJADA.

• OBTENÇÃO DE RESULTADOS MAIS SEGUROS.

• POSSIBILIDADE DE ADMINISTRAR
DETERMINADAS DROGAS QUE SÃO DESTRUÍDAS
PELOS SUCOS DIGESTIVOS.

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DESVANTAGENS

DOR, GERALMENTE CAUSADA PELO ROMPIMENTO


DA PELE OU PELA IRRITAÇÃO DA DROGA.

RISCO DE INFECÇÃO PELA PRESENÇA DE


SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE.

IMPOSSIBILIDADE DE RETIRADA DA DROGA APÓS


ADMINISTRAÇÃO.

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PREPARO DE SOLUÇÕES INJETÁVEIS

— Lavar as mãos e organizar o material


em uma bancada limpa e seca.
— Separar a bandeja a ser utilizada.
— Realizar desinfecção da bandeja com
álcool a 70%, em sentido único.
— Abrir a embalagem contendo seringa
descartável, certificar-se do
funcionamento da seringa e mantê-la
protegida (êmbolo).

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— Abrir uma agulha e conectar no bico da seringa.
• Certificar-se do medicamento a ser aplicado,
dose, via e cliente a que se destina.

23
• Antes de abrir a ampola, certificar-se que toda a
medicação está no corpo da ampola e não no gargalo. Se
não estiver, fazer a medicação descer fazendo
movimentos rotatórios com a ampola.

24
• Fazer desinfecção do gargalo com algodão
embebido em álcool a 70%.

— OBSERVAÇÃO: A gaze deve estar somente umedecida


a fim de, no momento da quebra da ampola, não
“soltar ou liberar” o excesso de álcool para dentro da
ampola, modificando o conteúdo da mesma. 25
• Proteger os dedos com gaze, ao quebrar o
gargalo.

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— Segurar a ampola na mão esquerda — entre os
dedos indicador e médio — e, com os outros dedos,
apoiar a seringa, que será manipulada com a mão
direita pelo êmbolo.
— Introduzir a agulha na ampola com a mão
dominante.
— Com a mão direita (se esta for a mão dominante),
aspirar o conteúdo necessário da ampola
observando para que o bisel da agulha se mantenha
voltado para baixo.

27
— Retire a agulha da ampola.
— Com a seringa em posição vertical e a agulha
encapada, retirar o ar que possa ter ficado na seringa,
evitando manter a agulha exposta ao ar ambiente.
— Trocar a agulha sempre antes da aplicação,
principalmente quando a solução for irritante para o
tecido subcutâneo, como vacina antitetânica e
triplice.

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MEDICAMENTO EM FRASCO AMPOLA

— Se for necessário fazer diluição, introduza o


líquido aspirado da ampola (diluente) no frasco
ampola sem o lacre de alumínio (após a
desinfecção da tampa de borracha com álcool a
70%).

29
• Colocar ar na seringa, em volume igual
ao medicamento a ser aspirado.

• A agulha deve apenas atravessar a


tampa da rolha.

• Mantendo a agulha inserida no frasco,


realize movimentos circulares para a
perfeita homogeneização da solução.
Desta forma, mantém-se o sistema
fechado e com menor risco de
contaminação.

30
— Aspire a solução homogeneizada, na dose exata,
retire o excesso de ar da seringa e troque de
agulha antes de proceder com a aplicação(IM) ou
redilua em caso de medicações EV.

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VIA INTRAMUSCULAR – IM
REGIÕES
— Deltoideana
— Dorso-Glútea
— Ventro-Glútea
— Face Anterolateral da Coxa- FALC

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ANGULAÇÃO DA AGULHA

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VANTAGENS

— Rápida absorção, só perdendo para a endovenosa;


— Mais adequada para aplicação de substâncias
irritantes, tais como: suspensões aquosas, soluções
oleosas e tóxicas, mas sempre isotônicas;
— Suporta volume de até 5ml.

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REGIÃO DELTÓIDE
— Grande sensibilidade - pequena massa muscular -
não comporta grande volume de solução.
— máximo 2m1 de volume
— Atletas - máximo é de 3 ml.
—

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INDICAÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES

1. INDICAÇÃO:
— adultos, como última alternativa;
— em inoculações em massa (campanhas de
vacinação),
— pessoas em que as demais regiões são contra-
indicadas devido a lesões, presença de gesso,
queimaduras etc.
1. CONTRA-INDICAÇÃO
— crianças até dez anos de idade ou acima dessa
faixa etária desde que apresentem pequeno
desenvolvimento muscular local.
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LOCALIZAÇÃO
— Sentado ou em pé com o cotovelo flexionado, traçar um
retângulo na região lateral do braço, começando pela
extremidade mais inferior do acrômio. Escolher o terço
médio do músculo, que fica a 3 a 4cm da margem inferior
do deltóide.

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REGIÃO DORSOGLÚTEA

— Intensa vascularização e inervação no local


exigem cuidados na localização da punção, no
sentido de evitar lesões em vários nervos que
atravessam a região, em particular, a lesão do
nervo ciático, podendo provocar lesões.

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INDICAÇÃO
— Adolescentes e adultos
— Excepcionalmente, crianças com mais de um ano
de deambulação, pois sugere um bom
desenvolvimento do glúteo máximo.

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LOCALIZAÇÃO

— Delimitar pontos anatômicos: espinha ilíaca póstero-


superior e grande trocânter.
— Selecionar o quadrante superior externo do músculo
máximo e, desta forma, estará distanciando-se do
curso do nervo ciático e artéria superior glútea.
— Dividir da região em quatro quadrantes.

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— Traçar uma linha horizontal imaginária do
final do sulco interglúteo até a cabeça do
grande trocânter e outra vertical dividindo a
região em dois lados.

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REGIÃO VENTROGLÚTEA
— Essa região foi introduzida em 1954
— Possui espessura muscular de 4cm.
— Constituída pelos músculos glúteo médio e mínimo;
— Está livre de grandes vasos e nervos;
— volume máximo de medicamento é de 5m1.

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INDICAÇÃO

— Todas as faixas etárias e, em especial, para


clientes magros;
— Acessada em qualquer decúbito: ventral, dorsal,
lateral, sentado e em pé.
— A desvantagem dessa região é a ansiedade que
causa no cliente pelo desconhecimento de sua
utilização para IM e o inconveniente de ter que
despir a pessoa, o que exige um ambiente
privativo.
— Segurança que essa região oferece supera os
inconvenientes
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LOCALIZAÇÃO
— Posicionar a mão esquerda no quadril direito do
cliente, localizando com o dedo indicador a
espinha ilíaca antero-superior direita e o dedo
médio à crista ilíaca, espalmando a mão sobre a
base do grande trocânter do fêmur, formando
um triângulo invertido.
— Puncionar no triângulo formado entre os dedos
da mão.

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REGIÃO FACE-ÂNTERO LATERAL DA
COXA

— Localizado na região da coxa;


— Um dos componentes do músculo quadríceps femoral,
na face anterolateral.
— Região de fácil acesso até mesmo para aqueles que se
auto-aplicam injeções;
— Têm boa aceitação da população brasileira.

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INDICAÇÃO e CONTRA-INDICAÇÃO

— Crianças de até 10 anos de idade e lactentes.


— Não recomendado para lactentes com idade inferior a
28 dias de vida devido ao registro de casos de
contratura de quadríceps femoral após seu uso.

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LOCALIZAÇÃO
— Porção lateral da coxa anterior,
— Traçar um retângulo na face lateral da coxa,
adotando-se o terço médio do mesmo, que fica
numa distância de 12 a 15cm abaixo do grande
trocânter e 9 a 12cm do joelho (em adultos),
resultando em uma faixa de 10cm de largura.
— Estudos recentes, justificam a utilização do terço
inferior do vasto lateral.

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— Angulação de 90º, com agulha tamanho 25 ou
em angulação obliqua 45º ao eixo longitudinal
da perna e em direção podálica, com agulha
tamanhos 15 e 20
— sentado: flexão do joelho

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MATERIAL

• Seringa de 3 ou 5 ml.
• Agulha 25 x 7 ou 30x 8.
• Algodão embebido em álcool a 70%.
• Luva de procedimento.
• Saco plástico para lixo

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TÉCNICA
— Lavar as mãos.
— Preparar a medicação conforme a técnica.
— Discutir com o cliente o local de aplicação,
expondo-lhes as vantagens do rodízio.
— Escolher o local da aplicação de comum acordo
com o cliente.
— Fazer a anti-sepsia da pele com a mão dominante,
realizando sempre movimentos no mesmo
sentido, utilizando-se para tanto uma bola de
algodão embebida em álcool a 70%, que não deve
estar encharcada para evitar que escorra pela pele.

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— Descansar o algodão entre os dedos anular e
mínimo da mão não-dominante.
— Segurar com firmeza o músculo, esticando a
pele.
— Não fazer prega no tecido, pois, desta forma,
exterioriza-se o tecido subcutâneo
dificultando que a agulha atinja o músculo.
— Introduzir a agulha toda, num só movimento,
em ângulo de 90º bem no centro do músculo,
com o bisel voltado para o lado, no sentido das
fibras musculares.

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— Com a mão não dominante, puxar o êmbolo,
aspirando, verificando se não atingiu um vaso
sangüineo.

— Empurrar o êmbolo vagarosamente, introduzindo o


medicamento.

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— Terminada a aplicação, retirar rapidamente
a agulha e fazer uma leve pressão com o
algodão.

— Fazer massagem local enquanto observa o


paciente.

— Desprezar material, manter paciente em


uma posição confortável e lavar as mãos.

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VIA SUBCUTÂNEA - SC

— No tecido subcutâneo, a solução é absorvida


mais lentamente que a intramuscular pois se
dá através dos capilares.
— Muito utilizada em situações onde a rapidez
não é desejada, privilegiando um processo
contínuo e seguro da absorção.
— Indicada para a aplicação de vacinas,
adrenalina, insulina e alguns hormônios.
CARACTERÍSTICAS DO MATERIAL

— Quantidade de solução a ser introduzida:0,5 a lml;


— O comprimento da agulha varia na dependência
do ângulo de acesso.
— Ângulo de 90º : agulha 13 X 4,5 ou 13 X 3,8;
— Ângulo de 45º: agulha 20 X 6/7 ou 25x7

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LOCAIS DE APLICAÇÃO

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MATERIAL
— Seringa de 1 ml (seringa para insulina).
— Agulhas pequenas 13 x 3,8 ou 4,5.
— Álcool a 70%.
— Algodão.
— Identificação.
— Saco plástico para lixo.

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TÉCNICA
— Lavar as mãos.
— Preparar a medicação seguindo a técnica.
— Escolher o local de aplicação e colocar o cliente em
posição adequada. Sentado se for na coxa; em pé para
região glútea e lombar; com os cotovelos flexionados
para a região dos braços.
— Proceder a antissepsia no local.
— Fazer uma prega na pele com o polegar e indicador da
mão esquerda e introduzir a agulha no ângulo escolhido
previamente.

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— Aspirar para certificar-se de que não atingiu
algum vaso sangüíneo.
— Injetar lentamente a solução.
— Retirar a agulha fazendo leve compressão com
o algodão sobre o local.
— Providenciar a limpeza e a ordem do material.
— Lavar as mãos.
— Anotar o cuidado.

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VIA INTRADÉRMICA - ID
— Mais lenta;
— Solução introduzida na derme, onde o
suprimento sangüíneo está reduzido e a
absorção do medicamento ocorre lentamente.
— Quantidade aconselhável, no máximo de 0,5
ml e o ideal de 0,1 ml, do tipo cristalina e
isotônica.
— Seringa indicada: lml, de preferência para
aquelas com divisão detalhada como as seringas
de insulina.
— Agulha pequena e fina: 13 X 4,5 ou 13 X 3,8 com
bísel curto
— 63
LOCAIS DE APLICAÇÃO
— Características do local de aplicação: pouca
pigmentação e pêlos, pouca vascularização
superficial e de fácil acesso.
— Região que concentra as características é a face
ventral do antebraço;
— Região escapular das costas pode ser utilizada
se preenchidos os requisitos acima citados.
— Região do deltóide direito foi
internacionalmente padronizada como área de
aplicação do BCG — ID.

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TÉCNICA
— Lavar as mãos.
— Preparar o medicamento seguindo a
técnica.
— Firmar a pele com os dedos indicador e
polegar da mão esquerda.
— Introduzir a agulha com o bisel voltado
para cima em ângulo de 15º com relação à
pele do paciente.
— Introduzir somente o bisel,
aproximadamente 2mm de extensão.
— Injetar a solução vagarosamente até que
tenha completado a dose — formará uma
pápula. 65
— Retirar a agulha, sem friccionar o local.
— Colocar algodão seco somente se houver
sangramento ou extravasamento da droga.
— Deixar o paciente confortável e o ambiente em
ordem.
— Providenciar a limpeza e a ordem do material.
— Lavar as mãos.
— Anotar o cuidado.

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OBSERVAÇÃO

— A via intradérmica é a única, dentre as quatro


aqui trabalhadas em que não se indica realizar
anti-sepsia com álcool a 70%.
— Pode-se fazer uma higienização com água e
sabonete neutro da região, se necessário.
— Este procedimento é abolido para evitar
possíveis reações alérgicas entre os anti-
sépticos utilizados e o produto injetado, assim
como o mascaramento da reação esperada nos
testes de sensibilidade.

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• Não se faz também a aspiração, pois, na derme, não há riscos
de se atingir algum vaso.
• Observar o paciente por alguns minutos após a aplicação
quando o teste for de sensibilidade.

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VIA ENDOVENOSA - EV
— Introdução da droga diretamente na corrente
sangüínea.
— Permite a administração de grande volume de
líquidos e ação imediata do medicamento.
— São usadas soluções aquosas que podem ser
isotônicas, hipertônicas ou hipotônicas,
livres de precipitação ou flocos, devendo
sempre ser estéreis.

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As soluções de água pura nunca devem
ser administradas endovenosamente, pois
penetram rapidamente nas hemácias,
causando sua ruptura, por esse motivo as
soluções endovenosas contêm sempre
dextrose ou eletrólitos misturados em
várias proporções de água.

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CARACTERÍSTICAS DO MATERIAL
— UTILIZAM-SE:
1. escalpes (agulhas curtas de aço com asas tipo
borboleta feitas de material plástico que têm a
finalidade de facilitar o manuseio), indicadas
para infusões de curta duração. CATETER
INTRAVENOSO PERIFÉRICO DE CURTA
DURAÇAO
2. cateteres plásticos curtos são indicados para
punções periféricas (jelco/abocath). CATETER
INTRAVENOSO PERIFÉRICO DE MÉDIA
DURAÇÃO

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CATETER INTRAVENOSO PERIFÉRICO DE CURTA
PERMANÊNCIA
— Esses dispositivos são numerados em números ímpares do 19
(agulha maior e mais calibrosa) ao 25 (agulha menor e menos
calibrosa).
CATETER INTRAVENOSO PERIFÉRICO DE LONGA
PERMANÊNCIA

16: Adolescentes e Adultos, sempre que se deve infundir grandes quantidades de


líquidos. Inserção mais dolorosa, exige veia calibrosa.
18: Administrar sangue, hemoderivados e outras infusões viscosas.
20: Adequado para a maioria das infusões venosas de sangue e outras infusões
22: Bebês, crianças, adolescentes e adultos (em especial, idosos).
24 e 26: RN's, bebês, crianças, adolescentes e adultos (em especial, idosos).
APLICAÇÃO ENDOVENOSA

— Qualquer veia superficial e acessível pode


servir para a aplicação endovenosa, no entanto
alguns locais são convencionalmente mais
utilizados como:
1. veias cefálicas e basílicas medianas, na altura
do antebraço, são as mais indicadas;
2. veias do dorso da mão e antebraço;

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LAVAR AS MÃOS COM ÁGUA E SABONETE
LÍQUIDO
Lavar as mãos antes e após o procedimento;
Explicar o cliente o que será realizado;
Calçar as luvas de procedimento
Deixar o cliente em posição confortável com a área de punção apoiada
Escolher o local para punção ( sempre iniciar a punção pelas veias das
extremidades);
Garrotear o local para melhor visualizar a veia;
Fazer a antissepsia do local com algodão embebido em
álcool a 70% no sentido do proximal para distal;
Ângulo de aplicação 15º;
Bizel voltado para cima;
Introduzir a agulha, aspirar e depois proceder à aplicação de medicamento
lentamente;
Fazer uma leve compressão na pele com o algodão;
Observar reações do paciente;
FIQUE ATENTO !!!

Obs: Para administrar medicamentos depois de


introduzir a agulha deve-se retirar o garrote.
PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA

• O local de inserção do cateter não deverá ser


tocado após a aplicação do antisséptico, salvo
quando a técnica asséptica for mantida;

• Sempre utilizar luvas de procedimento e técnica


asséptica nas punções venosas periféricas.
• Selecionar o cateter adequado para atender à
necessidade da terapia intravenosa. Cateteres com
menor calibre causam menos flebite mecânica e menos
obstrução no fluxo da veia.
• Caso apresente hiperemia ou supuração no local de
inserção, o cateter deve ser retirado. Se o paciente
estiver apresentando clínica ou sinais de infecção,
solicitar hemocultura;
• Dispositivos venosos periféricos mantidos por mais de 72
horas, redobrar a vigilância para complicações infecciosas.

• Inspecionar o local de inserção no mínimo uma vez por


dia, após o banho, e registrar as condições do sítio de
inserção.
• Proteger o sítio de inserção com plástico durante o banho,
quando não utilizada cobertura não impermeável.

• Recomenda-se preferencialmente puncionar o local mais


distal do membro para preservar o vaso.
Conceitos básicos envolvidos no
cálculo de medicamentos
Solução : mistura homogênea composta de soluto e
solvente.
- Solvente: é a porção líquida da solução.
- Soluto: é a porção sólida da solução.

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Adição e Subtração

28,31+6,1 12+78,9 9 – 3,3 7,8 – 2,5


28,31 12,0 9,0 7,8
06,10 78,9 3,3 2,5
34,41 90,9 5,7 5,3

Multiplicação

51,25 x 3,3 33x25,6 246x123 500x24


51,25 25,6 246 500
3,3 33 123 24
15375 768 738 2000
15375 768 492 1000
169,125 844,8 246 12000
30258
Divisão
30÷4 0,36÷0,24 1296÷ 64 4÷160 4 160
30 4 0,36 0,24 1296 64 0 0,025
28 7,5 24 1,5 128 20,25 40
020 120 160 0
20 120 128 400
00 000 320 320
320 800 88
000 800
Concentração: a relação entre a quantidade de soluto e
solvente.
g/ml a quantidade em gramas de soluto pela quantidade
em mililitros de solvente.

Proporção: forma de expressar uma concentração e


consiste na relação entre soluto e solvente expressa em
“partes”.
1:500, significa que há 1g de soluto para 500ml de
solvente.

89
Porcentagem : é uma outra forma de expressar uma
concentração. O termo por cento (%) significa que a
quantidade de solvente é sempre 100ml.
7%, significa que há 7g de soluto em 100ml de solvente.

Regra de três: relação entre grandezas proporcionais. A


regra de três permite de forma simples, estruturar o
problema obtendo sua solução, que neste caso, é a
prescrição determinada.
1º) Verificar se a regra é direta ou inversa
2º) Colocar na mesma fila as grandezas iguais.

90
Proporções e Equivalências
— 1ml contém 20 gotas
— 1 gota equivale a 3 microgotas
— 1ml contém 60 microgotas
— 1g = 1000 mg
— 1L = 1000 ml

91
Sistema Métrico
— Sistema decimal logicamente organizado.
— Cada unidade básica de mensuração está
organizada em unidade de 10. Multiplicando-
se ou dividindo-se por 10, formam-se as
unidade secundárias.
1. Multiplicação: vírgula decimal vai para direita
2. Divisão: vírgula decimal vai para esquerda

20,0 mg x 10 = 200 mg
20,0 mg ÷ 10 = 2,00 mg
92
VAMOS PRATICAR !!
Temos 500 ml de soro glicosado 5 % e a prescrição foi de 500 ml
a 10%. Temos ampola de glicose de 20 ml a 50%

Primeiro passo – Verifica-se quanto de glicose há no frasco a 5 %.


100 ml – 5 g
X= 2500 X=25 g
500 ml – x 10
0
100x = 2500

500 ml de soro glicosado a 5% contém 25g de glicose


Segundo passo – Verifica-se quanto foi prescrito, isto é,
quanto contém um frasco a10%

100ml – 10g X= 5000 X=50 g


500 ml – x 10
0
100X = 5000.
500 ml de soro glicosado a 10% contem 50g de glicose.

Temos 25g e a prescrição foi de 50g; portanto, faltam 25g


Terceiro passo – Encontra-se a diferença procurando supri-la
usando ampolas de glicose hipertônica. Temos ampola de
glicose de 20 ml a 50%
100 ml – 50g
20 ml – x
100X = 1000 X= 1000 X=10 g
10
0
Cada ampola de 20 ml a 50 % contem 10g de glicose
20 ml – 10g
X – 25g
X = 20 x 25 / 10 = 50 ml
Será colocado então, 50 ml de glicose a 50%, ou seja,
2 + ½ ampolas de 20 ml no frasco de 500 ml a 5%.

Ficaremos com 550 ml de soro glicosado.


Exercícios
Aplicada: 2013 Banca: FUNDEP Órgão: IPSEMG Prova: Técnico -
Enfermagem
4. Durante a internação de um paciente adulto, foram-lhe prescritos 125 mg (EV)
do medicamento Ampicilina a ser administrado de 6 em 6 horas. A farmácia
disponibilizou frasco ampola de 1 g, em 10 ml. Considerando a informação
anterior, calcule quantos ml deverão ser administrados para que a dose em cada
horário seja de 125 mg?
1g=1000mg

1000mg _______ 10ml


125 mg ________ x
1000x=10.125
X= 1250
1000
x= 1,25 ml

R: Serão necessários 1,25 ml do medicamento prescrito

100
Exercícios
Aplicada: 2013 Banca: FUNDEP Órgão: IPSEMG Prova: Técnico -
Enfermagem
5.Foram prescritas para um paciente adulto 20 UI de insulina regular (100 UI/ml).
No momento da aplicação, no posto de enfermagem, só havia seringa de 3,0
ml. Qual a quantidade de ml deverá ser administrada para que a dose seja a
prescrita?

100 UI _______ 1ml


20 UI ________ x
100x=1.20
X= 20
100
x= 0,2 ml

R: Serão necessários 0,2 ml da Insulina

101
GOTEJAMENTO DE SORO
— VOLUME= V (ml)
— TEMPO= (minutos)
— 1ML = 20 MACROGOTAS ( equipo padrão)
— 1ML = 60 MICROGOTAS( equipo padrão)
— 1 GOTA = 3 MICROGOTAS
Nº gotas/min= V(ml) x nº gotas/ml = V ( ml)
Nº horas x nº min/h T(h) x 3

Nº microgotas/min= V(ml) x nº mcgts/ml = V ( ml)


Nº horas x nº min/h T(h)

102
3- O cálculo e a precisão de volume infundido, são de
fundamental importância tanto para o controle do
balanço hídrico do paciente como da administração
correta de medicamentos. Assim, quantas gotas por
minuto deverão correr na prescrição a seguir para que
seja infundida em 6 horas.
— SG 5% - 400 ml
Vit C – 1º% - 5 ml
NaCl a 20% - 15 ml
Complex o B – 2 ml
KCl a 19% - 10 ml

103
4- A prescrição e de 300 ml de SG 5% para correr em
20 gotas/min , Quantas horas serão necessário
para administrar esse soro?

104
5- Quantas gotas existem em 150 ml de soro
fisiológico a 0,9% ?

105
6- A prescrição é de 1 mg de dexametasona , tenho
frasco-ampola de 4mg/ml. Quanto devo
administrar?

106
107

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