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Assistência de enfermagem em

intoxicações exógenas
Ityara Cristina Busetti
Intoxicação Exógena
Intoxicação exógena é o conjunto de efeitos nocivos representados por
manifestações clínicas ou laboratoriais que revelam o desequilíbrio orgânico
produzido pela interação de um ou mais agentes tóxicos com o sistema
biológico.

É importante destacar que o tratamento das intoxicações é de difícil manejo,


visto que as substâncias químicas, suas características e toxicidade muitas
vezes são desconhecidas pelos profissionais de saúde e a fisiopatologia das
intoxicações também difere, dependendo do agente tóxico.
A Intoxicação Exógena Aguda (IEA) é definida como a exposição a substâncias
químicas (agrotóxicos, medicamentos, produtos de uso doméstico, cosméticos
e higiene pessoal, produtos químicos de uso industrial, drogas, plantas,
alimentos e bebidas) que desencadeiam sinais e sintomas clínicos de
intoxicação.

Na emergência para Intoxicação Exógena Aguda (IEA) tem como fundamentais


exigências:
✓ Remover ou inativar o tóxico antes que seja absorvido;
✓ Fornecer cuidados de suporte na manutenção de sistemas orgânicos e
vitais;
✓ Administrar um antídoto específico para neutralizar um tóxico específico;
✓ Programar o tratamento que acelere a eliminação do tóxico absorvido.
Abordagem Inicial
Anamnese dirigida Exames complementares
Sinais vitais MAIORIA NÃO NECESSITA!
Niveis de consciência Hemograma
Glicemia
Tamanho da pupila
Eletrolitos
Oximetria de pulso Gasometria arterial
Monitorização cardíaca continua Urina

Eletrocardiograma
Acesso periférico calibroso
Glicemia capilar
Suporte de O2
Vias de exposição

Cutânea
Ocular Oral
Substância química, quase sempre de origem
antropogênica, capaz de causar dano a um
Agente tóxico sistema biológico, alterando uma ou mais
funções, podendo provocar a morte*.
Fases da
intoxicação

Exposição Toxicocinética Toxicodinâmica Clinica


Corresponde ao contato do agente
Fase de exposição tóxico com o organismo.

Nessa fase é importante considerar, entre outros fatores, a via de


incorporação do agente tóxico, a dose ou concentração do mesmo, suas
propriedades físico-químicas, bem como o tempo durante o qual se deu a
exposição.
Corresponde ao período de
Fase toxicocinética “movimentação” do agente tóxico no
organismo

Nesta fase destacam-se os processos de absorção, distribuição,


armazenamento, biotransformação e eliminação do agente
tóxico ou de seus metabólitos pelo organismo.
Fase toxicodinâmica

• Compreende a interação entre as moléculas das substâncias químicas e os sítios de


ação, específicos ou não, dos órgãos, podendo provocar desde leves distúrbios até
mesmo a morte.

Fase clínica

• Nesta fase há evidências de sinais e sintomas, ou ainda alterações patológicas


detectáveis mediante provas diagnósticas, caracterizando os efeitos nocivos
provocados pela interação da substância química com o organismo.
Períodos da intoxicação

➢ Subclínico – quando ainda não existem as manifestações clínicas, mas


existe história de contato direto ou indireto com as substâncias químicas.

➢ Clínico – neste momento os sinais e sintomas, quadros clínicos e síndromes


são evidentes e determinarão as ações de saúde a serem adotadas. Pelo
grande número de substâncias químicas existentes e considerando-se que
muitas vezes a exposição é múltipla, a sintomatologia é inespecífica,
principalmente na exposição de longo prazo.
As intoxicações com substâncias químicas podem ser:
❑ agudas
❑ crônicas
Podem se manifestar de forma:
❖ Leve
❖ Moderada
❖ Grave
Dependendo da quantidade da substância química absorvida, do tempo de
absorção, da toxicidade do produto, da suscetibilidade do organismo e do tempo
decorrido entre a exposição e o atendimento médico.
Intoxicação aguda

• São decorrentes de uma única exposição ao agente tóxico ou mesmo de sucessivas


exposições, desde que ocorram num prazo médio de 24 horas, podendo causar efeitos
imediatos sobre a saúde.

Intoxicação crônica

• Manifesta-se por meio de inúmeras doenças, que atingem vários órgãos e sistemas, com
destaque para os problemas neurológicos, imunológicos, endocrinológicos,
hematológicos, dermatológicos, hepáticos, renais, malformações congênitas, tumores,
entre outros.
Infundir e retirar sucessivamente o volume de SF 0,9% recomendado de acordo
com a faixa etária, até completar o volume total recomendado ou até que se
obtenha retorno límpido, da seguinte forma:
➢ Crianças: 10 mL/Kg por infusão até volume total de:
a) Escolares: 4 a 5 L.
b) Lactentes: 2 a 3 L.
c) RN: 0,5 L.

➢ Adultos: 250 ml por vez até um volume total de 6 a 8 L ou até que retorne
límpido.

É contraindicada na ingestão de cáusticos, solventes e quando há risco de


perfuração e sangramentos.
Intoxicações agudas
Carvão ativado

1. É um pó obtido da pirólise de material orgânico, com alto


poder adsorvente do agente tóxico.
2. Geralmente é utilizado após a LG,
3. O carvão ativado absorve a maioria dos venenos
comumente
ingeridos, com exceção de corrosivos, metais pesados,
hidrocarbonetos, ferro e lítio.
ENVENENAMENTO

Um veneno é qualquer substância que, quando ingerida, inalada, absorvida ou


aplicada na pele ou produzida no corpo em quantidades relativamente
pequenas, lesiona o corpo por meio de sua ação química.

Os venenos corrosivos incluem agentes alcalinos e ácidos,


que podem causar destruição tecidual após a entrada em
contato com as membranas mucosas.

Produtos alcalinos: cal, limpadores a seco, água


Venenos sanitária e limpadores de fogão.
ingeridos
(deglutidos)
Produtos ácidos: material de limpeza de piscina,
material de limpeza de metal, removedores de
ferrugem e ácido de baterias.
Medidas para remover o agente tóxico ou diminuir sua absorção

• Dialise ou hemoperfusão
• A lavagem gástrica
• Carvão ativado
Intoxicação por praguicidas
São definidos como produtos e agentes físicos, químicos ou biológicos, destinados
ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos
agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas.
Manifestações clínicas (agudas e tardias)

Agudas
Muscarínicas: Salivação, sudorese, lacrimejamento, hipersecreção brônquica,
bradicardia, miose, vômitos e diarreia.
• Nicotínicas: Taquicardia, hipertensão, midríase, fasciculações, fraqueza muscular
e hiporreflexia, podendo evoluir para paralisia dos músculos respiratórios
• Centrais: Agitação, labilidade emocional, cefaleia, tontura, confusão mental,
ataxia, convulsões e coma.
Tardias:
• Síndrome intermediária: Aparece 24 a 96 horas após a exposição, e é
caracterizada pela paralisia das musculaturas proximal e respiratória
• Polineuropatia tardia: pode ocorrer após 7 a 21 dias da exposição a alguns
organofosforados.
• Desordens neuropsiquiátricas: Em exposições agudas à altos níveis de OF
ou nas exposições à baixas doses por períodos prolongados.
A notificação das intoxicações exógenas (por
Notificação
substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases
Compulsória
tóxicos e metais pesados) é de notificação
compulsória semanal (NCS).
Um veneno é qualquer substância que, quando ingerida, inalada, absorvida ou
aplicada na pele ou produzida no corpo em quantidades relativamente
pequenas, lesiona o corpo por meio de sua ação química.

Os venenos corrosivos incluem agentes alcalinos e ácidos,


que podem causar destruição tecidual após a entrada em
contato com as membranas mucosas.

Produtos alcalinos: cal, limpadores a seco, água


Venenos sanitária e limpadores de fogão.
ingeridos
(deglutidos)
Produtos ácidos: material de limpeza de piscina,
material de limpeza de metal, removedores de
ferrugem e ácido de baterias.
Intoxicação por medicamentos

Benzodiazepínicos

Medicamentos utilizados em transtornos ansiosos, como


anticonvulsivantes, na síndrome de abstinência alcoólica, nos estados
hiperadrenérgicos como intoxicações por drogas de abuso, como
relaxantes musculares e como agentes sedativos em procedimentos.

Nome genérico: Alprazolam, Clonazepam, Diazepam,


Lorazepam, Midazolam, entre outros.
PRIMEIROS SOCORROS
• Identificar a causa Identificar a causa

Embalagens, roupas, ocupação


• Manter via aérea aberta Manter via aérea aberta
• Ligar para CCI Ligar para CCI
• Dar líquido ou quelante somente se a vítima Dar líquido ou quelante somente
se a vítima estiver consciente
• Cuidados com aspiração

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