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Aula 011668136242
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nascemos, pois não temos o mínimo controle sobre a nossa conduta, sobre o
pequena criatura parecida com um rato que viveu no período dos dinossauros, e
macacos. Estudos revelam que eles teriam surgido na África subsaariana, e, por
humana. O pesquisador Anta Diop, em sua obra The African Origin of Civilization:
sapiens, sapiens.
aparência humana).
europeia e partes do Oriente Médio há aproximadamente uns 125 a 150 mil anos.
claros de guerra, praga ou qualquer outro fenômeno que possa ser determinante
desse fato.
Oriente Médio por volta de 90 a 40 mil anos atrás. Os homens de Cro-Magnon foram
trocar, registrar e difundir informações tem-se mostrado uma forma bastante eficaz
os outros mamíferos. Suas respostas eram muito mais influenciadas pelas respostas
efetivamente convencionados.
A Era dos Símbolos e Sinais foi sucedida pela etapa da Idade da Fala e da
Linguagem. Estudiosos acreditam que esta fase está diretamente ligada ao súbito
começaram a falar algures entre 90 a 40 mil anos atrás". É fato que há cerca de 55
Acredita-se que foi apenas há uns 5 mil anos que ocorreu transição para a
Era da Escrita e um fato curioso é que comprovadamente pode-se afirmar que esta
Mainz) com a produção do primeiro livro por meio do uso de uma prensa. Essa
surgimento do cinema, rádio e TV. Outros estudiosos defendem que o ser humano já
vivência hoje uma nova etapa que denominam Era dos Computadores.
conteúdo na transição de uma etapa para outra, o que permite concluir que as
veículo de massa, pode ser considerado como um dos precursores dos veículos de
febre nos lares americanos, principalmente por meio de sua utilização nos
Processo parecido ocorreu com a televisão no final dos anos 50 e início dos
humanidade;
Esses dois fatos são importantes porque nos permitem duas conclusões:
evoluções na comunicação, sempre num ritmo mais dinâmico que dificulta a análise
supor que o indivíduo em geral não percebe a importância que esse processo tem
conceitual.
Numa sociedade em que o acesso à informação é cada vez mais acelerado,
o mundo. É isso que justifica a pergunta: “para que então consciência, quando no
consistência a esta primeira seção: “bem [...], parece-me que a sutileza e a força da
comunicação” (2012, p. 221, grifo do autor). Ou seja, apesar de ser supérflua para o
contrário do que se propaga, sobretudo, no senso comum, não tem nada de especial
e/ou superior: assim como o porco-espinho não sobreviveria sem o espinho, uma
vez que este lhe garante proteção, o humano não sobreviveria sem a consciência,
uma vez que esta lhe permite se comunicar, tendo garantido, a exemplo do
hábito histórico de dar nome às coisas a partir dos seus diferenciais mais salientes
Está-se, nesse sentido, chamando-o pela sua peculiaridade mais saliente, assim
desenvolveu consciência, não foi devido a uma luz celestial ou a uma graça divina,
Não apenas a vida, em geral, não necessita da consciência, como a vida dos
querer, recordar [...]: e, não obstante, nada disso precisaria ‘entrar na consciência’”
sentido de que, se tal habilidade não tivesse sido desenvolvida, a espécie não teria
apenas porque o homem careceu que as suas necessidades fossem recorridas aos
– apenas como tal ela teve que se desenvolver: um ser solitário e predatório não
necessitaria dela [...]: ele precisava, sendo o animal mais ameaçado, de ajuda,
proteção, precisava de seus iguais, tinha de saber exprimir seu apuro e fazer-se
‘saber’ o que lhe faltava, ‘saber’ como se sentia, ‘saber’ o que pensava
autor).
propriamente dito, “mas antes daquilo que nele é natureza comunitária e gregária”
parecem não ser mais a partir do momento em que são traduzidas “para a
convencionados. É por isso que, numa passagem de A filosofia na época trágica dos
(1978a, p. 33).
nos tornar conscientes seja só um mundo generalizado, vulgarizado – que tudo que
se torna consciente por isso mesmo torna-se raso, ralo, relativamente tolo, geral,
signo, marca de rebanho, que a todo tornar-se consciente está relacionada uma
(2010, p. 20), está expressando a ideia de que enquanto o animal está ao bem
querer de seus instintos, e que o Super-homem está com os seus instintos livres
para fazer deles o que desejar, o homem se encontra como escravo de sua própria
Ora, mas esta seção não vem procurando mostrar que, na visão nietzschiana,
a comunicação é necessária aos humanos? Então, por que criticá-la? É que, apesar
especial, a não ser para o seu próprio detentor (assim como o espinho é especial
não significa que nisso não possa haver criação e singularidade. Diz Nietzsche, em
147). Sua intenção é defender que mesmo o artista não é pura criação; pelo
ordinários, são constitutivos das obras artísticas. Nietzsche, então, diz que todo
usados por eles para serem ouvidos, principalmente por outros artistas (o interesse
principal do autor é pelos poetas e músicos gregos, que queriam vencer seus rivais).
esta que possibilita a transcendência daquela, sendo nesse extrapolar que o artista
convenção, porém, precisa dela para ter o que transgredir; para ter do que se
condicionalidade da comunicação.
ausência dos objetos referidos. Diz Nietzsche, em Além do bem e do mal: “toda
comunidade torna, de algum modo, alguma vez, em algum tempo – comum, vulgar”
plantas e as matérias relacionarem-se, não são capazes de unirem (mesmo que tal
sem a qual não sobreviveria, assim como ao jacaré exigiu-se dupla respiração, ao
camelo corcovas para armazenar água e ao tamanduá bico fino para sugar formigas.
para quem não pode viver no caos. “Chega, vamos parar de nos comunicar!”: o
pequena-razão não tem essa opção, assim como não pode arrancar a cabeça
ia à conclusão de que já estaria extinto, ou não seria do jeito que se conhece: esse
jeito é social, de modo que imaginar o homem numa situação assim é como
cuidados fisiológicos, como também para o seu desenvolvimento mental, o qual diz
comunica-se.