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CEAD – Coordenadoria de Educação a Distância

Conteúdo elaborado por:


Profa. Dra. Guadalupe Marcondes de Moura
SUMÁRIO

Comunicação Humana .................................................................................................................. 2


Linguagem, língua e fala: distinção conceitual ......................................................................... 2
Expansão vocabular................................................................................................................... 6
Conhecendo e registrando palavras novas e seus significados ............................................ 6
Comunicação Humana

Linguagem, língua e fala: distinção conceitual

Como vimos na nossa videoaula, os termos linguagem, língua e fala,


apesar de estarem relacionados, não são sinônimos. Cada um deles tem um
significado específico que você já deve ter assimilado. Mas, para garantir vamos
recordar?

Linguagem : capacidade ou faculdade mental que nos possibilita a comunicação por


diferentes meios (fala, escrita, sinais, pintura, dança etc.).

Língua: sistema específico de signos linguísticos, estruturado em regras próprias de um


determinado idioma e utilizado por um povo.

Fala: organização dos signos linguísticos em frases, a combinação de cada palavra para
a construção do sentido global do que se quer dizer. Para Saussure (1969),
diferentemente da língua que, pelas regras, se impõe ao falante, a fala é um ato
individual.

Desenvolvendo um pouco a questão, especificamente da fala, no


contexto trazido por Saussure, ela poderia representar o ato de se expressar
oralmente ou por escrito. Assim, “fala” ganharia um contexto maior, representaria
aquilo que se deseja expressar e não, simplesmente, o ato motor de dizer
palavras por meio da língua de modalidade oral-auditiva, ou seja, pela
oralização.

Aqui nos deparamos com um termo novo! Língua de modalidade oral-


auditiva é aquela que nós, falantes, utilizamos para nos comunicarmos
verbalmente. Como o próprio nome indica, ela depende da oralidade e da
audição. Assim, quando ouvintes se comunicam por meio da fala estamos diante
de uma língua de modalidade oral-auditiva.

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Como informação complementar saiba que há outra modalidade de
língua: a língua visuoespacial! A língua de sinais brasileira (Libras), utilizada no
Brasil pelos surdos e ouvintes que são sinalizadores, tem essa característica e
depende não da audição e da oralidade para se manifestar, mas da visão e da
espacialidade (movimentos).

Veja como nossa capacidade de linguagem se revela de formas


incríveis! Você se lembra do que disse Rocha (1999) sobre isso?

“Para alguns autores o surgimento da linguagem se deu no momento em que o homem


apresentou uma capacidade motora facial, manual e orofaríngea que pudesse ser utilizada
para comunicação e representação”. (Rocha, 1999)

Ou seja, a linguagem nos permite a comunicação tanto por meio da fala


(capacidade orofaríngea), como também pela sinalização (capacidade manual),
entre outras tantas maneiras de nos expressarmos. Apesar das duas
modalidades de língua (oral-auditiva e visuoespacial) serem diferentes, as duas
compartilham a mesma origem para se manifestarem: a nossa capacidade
mental, nosso centro de linguagem.

E por falar em “centro de linguagem” você sabia que o hemisfério


esquerdo do cérebro tem participação fundamental no processamento da
linguagem? A imagem a seguir ilustra essa região:

Imagem - http://cienciasecognicao.org/neuroemdebate/arquivos/1706

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Assista ao vídeo sugerido no “Reforçar” para ficar por dentro de como
esse fenômeno acontece a partir de bases neurobiológicas. Em um texto muito
interessante, indicado no “Saiba Mais”, você poderá complementar sua visão
sobre a comunicação humana sabendo, não apenas, sobre como funciona o
processamento normal da linguagem, mas poderá ter um vislumbre do que
ocorre quando as áreas envolvidas na emissão e recepção da linguagem sofrem
algum tipo de lesão.

A importância da linguagem para os seres humanos está definida


empírica e cientificamente. Se eu perguntar a você que outras formas de
comunicação, além das línguas, teríamos para nos comunicar, o que você diria?

Imagem - https://pixabay.com

Para você esta imagem é uma forma de comunicação? Se você


respondeu sim, então, nossa aula está sendo efetiva! Vamos um pouco adiante?
E que forma de comunicação é essa? A fotografia, assim como a pintura, a
música e o teatro podem ser formas incríveis para expressarmos ideias e
sentimentos. O que você pensa quando observa esta imagem? O que ela te faz
sentir? Se você conseguiu responder a estas perguntas, o fenômeno da
comunicação aconteceu! A fotografia, uma imagem sem palavras (linguagem

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não verbal), “conversou” com você e te passou uma mensagem. Essa é a incrível
habilidade que nós, seres humanos, temos e que nos faz tão únicos na natureza.

Únicos pela variedade de formas com que nosso cérebro nos possibilita
expressarmos o que pensamos ou sentimos, em especial, por meio da língua.
Mas, é importante saber que em toda a natureza essa força comunicativa se
manifesta. Leia o trecho abaixo para entender melhor:

A atividade de comunicação é uma constante em qualquer escala da


vida animal: todos os animais se comunicam de alguma forma e em
algum período de sua vida, seja por necessidade de sobrevivência seja
por imperativos biológicos [...] através de um mínimo de interação. (Borba, 1998).

Abelhas, macacos, baleias, entre outros animais, desenvolveram formas


bastante sofisticadas de comunicação. Você sabia, por exemplo, que a abelha é
capaz de se comunicar pelo som e a forma como se movimenta? Elas
compartilham informações sobre acontecimentos na colônia (ameaças, por
exemplo) e sobre alimentos, inclusive, dando orientações às demais sobre a
localização dos mesmos.

Recentemente a ciência descobriu que, até mesmo, as árvores (e outras


plantas) se comunicam com suas vizinhas, por meio de uma rede subterrânea
de fungos, uma espécie de “internet vegetal” (Micorrizas), capaz de enviar alertas
e doar nutrientes umas para as outras. Isso não é incrível?

A relação dos seres vivos com e por meio da linguagem e, em especial,


a relação do homem com a língua e a fala nos dão a medida da importância
desses conceitos para entendermos, também, a importância de nos
apropriarmos do nosso idioma, de dominarmos esse código e ampliarmos a
nossa capacidade de interpretação e compreensão do mundo a nossa volta.

Bom, a essa altura da nossa conversa, espero que a maioria das suas
dúvidas sobre linguagem, língua e fala tenham sido solucionadas e que a língua
portuguesa esteja ganhando um espaço no seu coração de estudante! Mas, se
precisar reveja a nossa videoaula outras vezes, pois o bom entendimento do
assunto a ser tratado na Unidade 2 – variação linguística – dependerá do que
você assimilou aqui. E se a leitura desse e-book aguçou sua curiosidade, lembre-

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se também de acessar os materiais sugeridos ao final desta unidade, pois eles
acrescentarão ainda mais conhecimentos pra você nesse assunto.

Expansão vocabular

Conhecendo e registrando palavras novas e seus


significados

De acordo com a definição do Dicionário Michaelis, a palavra Expansão


(substantivo feminino) se refere ao ato ou efeito de expandir(-se), de tornar(-se)
maior, mais amplo, mais extenso. Já a palavra Vocabular tem relação com
Vocabulário (substantivo masculino), que é o conjunto dos vocábulos, o
repertório de palavras de uma língua.

Um dos objetivos do Português Instrumental é contribuir para que o


vocabulário dos alunos seja ampliado. O conhecimento das palavras da nossa
língua é importante para a compreensão do que ouvimos ou lemos e também
para nos ajudar a falar e a escrever melhor.

Assim, ao longo das nossas aulas, proponho que você exercite a busca
pelo significado de palavras que você, eventualmente, não conheça. Digamos,
por exemplo, que eu utilize a seguinte frase:

“Os brasileiros podem ser considerados poliglotas em sua própria língua, tendo em vista os
regionalismos observados em todo o país.”

Vamos imaginar que você não saiba o significado da palavra “Poliglota”


e “Regionalismo”. A falta desse conhecimento surtirá um efeito negativo
imediato: a compreensão do que a frase quer dizer estará prejudicada! Assim,
de modo a entender adequadamente a mensagem, é fundamental que tenhamos
o domínio do significado de todas as partes que a compõem.

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Para ajudá-lo(a) a expandir esse domínio criaremos um glossário. Aliás,
você sabe o que significa essa palavra? Glossário (substantivo masculino) se
refere à lista de palavras que aparecem em ordem alfabética ao final de uma
obra ou texto. É o vocabulário organizado no formato de um dicionário (contendo
palavras e seus significados).

Glossário Pessoal

Para ajudá-lo(a) na expansão vocabular, a ideia é que você possa construir a sua
própria lista de palavras novas (Glossário Pessoal). Para isso, faça o seguinte passo:

Passo 1 - Você deverá acessar um bom dicionário da língua portuguesa (em papel ou
on-line), encontrar a palavra e seu significado e acrescentar ambos em seu Glossário
Pessoal. Lembre-se de utilizar a nova palavra em seu cotidiano de modo a torná-la,
efetivamente, parte do seu próprio vocabulário.

Adicionalmente, indicarei a você outras estratégias rápidas que podem


ajudá-lo(a) no processo de conhecer palavras novas:

• Tirar uma palavra aleatória do dicionário e usá-la imediatamente. Se você abrir em


uma página e apontar para uma palavra conhecida, verifique a palavra logo acima ou
abaixo até achar uma que não conheça. Para essa estratégia você necessitará de um
dicionário de papel. Sugestões: Houaiss, Aurélio ou Michaelis (utilize versões
atualizadas, de acordo com o Novo Acordo Ortográfico). Assim que identificar a
palavra desconhecida leia seu significado e procure utilizá-la em uma frase
imediatamente;

• Consultar um dicionário on-line. A versão do Michaelis para a internet é bem


completa. No Dicionário Aberto (http://dicionario-aberto.net/), por exemplo, você
deverá selecionar a opção “palavra aleatória” que se encontra logo abaixo do campo
de busca. Outra forma é utilizar o Dicio (https://www.dicio.com.br/) e verificar a
palavra do dia ou clicar em “sortear palavra”. Se você não a conhecer, use-a. Se
conhecer continue a busca.

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Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho - FAVC

Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo - FCMSCSP

Coordenadoria de Educação a Distância - CEAD

Coordenação Geral
Prof. Dr. Luiz Henrique Amaral

Coordenação Técnica
Profa. Dra. Ana Paula G. D. Carrare
Profa. Dra. Cristiane Camilo Hernandez

Audiovisual
Rafael Costa da Silva

Design Instrucional
Lívia Moreiras Sena
Lucio Seisho Inafuku

Secretária
Sara Cristina dos Santos Muniz

Tecnologia Educacional
Amanda Cristina Oliveira
Caroline Raquel Xavier
Rodrigo Calado

Assistente de EAD
Ana Paula Prado Horta de Barros Fonseca

2022
CEAD – Coordenadoria de Educação a Distância

Pense no meio ambiente antes de imprimir. A natureza agradece!

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