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ÍNDICE

I Introdução.......................................................................................................................2

1.1 Objectivos....................................................................................................................2

1.1.1 Geral.........................................................................................................................2

1.1.2 Específicos................................................................................................................2

1.2.2 Metodologia..............................................................................................................2

2 A temperatura do solo....................................................................................................3

2.1 Temperatura do solo para germinação........................................................................3

2.1.1 Efeitos da temperatura do solo no crescimento da planta........................................5

2.2.2 Água no solo.............................................................................................................6

2.2.3 Estrutura e propriedades da água..............................................................................7

2.3.3 Tensão superficial.....................................................................................................8

3.1 Potencial gravitacional................................................................................................8

3.1.1 Potencial de pressão e mátrico.................................................................................9

3.1.2 Medida dos potenciais da água no solo....................................................................9

3.2.2 Descrição qualitativa da umidade do solo..............................................................10

3.2.3 Capacidade máxima de retenção de água...............................................................10

3.3.3 Factores que afectam a quantidade de água disponível às plantas.........................11

4 Potencial mátrico..........................................................................................................11

4.1 Capacidade máxima de retenção...............................................................................11

4.1.1 Coeficiente de murchamento..................................................................................12

V Conclusão....................................................................................................................13

VI Referências bibliográficas..........................................................................................14
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I Introdução

A redução da quantidade de matéria orgânica e as modificações nos atributos


físicos do solo, ocasionadas pelos sistemas de preparo, resultam em fluxo de calor do
solo diferenciado, visto que o mesmo é altamente influenciado pela cobertura do solo.
A atracção às superfícies sólidas restringe o movimento livre das moléculas de
água, proporcionando um comportamento menos líquido e mais sólido. No solo, a água
pode movimentar-se tanto ascendentemente como descendentemente. As plantas podem
murchar e morrer em um solo cujo perfil contenha um milhão de quilos de água por
hectare. Uma camada de areia e cascalho no perfil do solo pode inibir a drenagem,
tornando os horizontes superficiais saturados durante grande parte do ano. Estes e
outros fenómenos da água no solo parecem contradizer nossos conhecimentos sobre o
comportamento da água.

1.1 Objectivos

1.1.1 Geral

 Compreender temperatura e águas no solo.


1.1.2 Específicos

 Analisar temperatura do solo para germinação;


 Conhecer efeitos da temperatura do solo no crescimento da planta;
 Saber da medida dos potenciais da água no solo.
1.2.2 Metodologia

Este trabalho foi realizado com recurso a análise documental onde fez-se
consulta de alguns livros e brochuras, e posteriormente, fez-se a sua selecção e
sistematização por forma a permitir que se produzisse uma redacção clara e objectiva
sobre o tema em abordagem.
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2 A temperatura do solo

Segundo Costa (2011, P. 1), a temperatura do solo é uma propriedade que afecta
directamente o crescimento das plantas e é influenciada pelo balanço de energia na
superfície do solo. Dessa maneira, os sistemas de manejo do solo têm efeito na
temperatura, visto que alteram as condições da superfície do solo.
Os sistemas de manejo influenciam, também, a temperatura do solo. A superfície
do solo, com ou sem cobertura vegetal, exerce importante função sobre sua temperatura,
uma vez que a cobertura vegetal é responsável pela troca e armazenamento de energia
térmica nos ecossistemas terrestres. A temperatura é a variável que melhor explica,
estatisticamente, a duração fenológica das plantas.
A redução da quantidade de matéria orgânica e as modificações nos atributos
físicos do solo, ocasionadas pelos sistemas de preparo, resultam em fluxo de calor do
solo diferenciado, visto que o mesmo é altamente influenciado pela cobertura do solo.
Para Costa (2011, P. 4), devido à variação na temperatura ser resultante do fluxo
de calor no solo, torna-se um componente necessário ao balanço de energia oriundo da
superfície; sendo este, portanto, capaz de justificar o armazenamento e a transferência
de calor dentro do solo e, ainda, as trocas entre o solo e a atmosfera. Já existem relatos
da influência do ambiente de cultivo, da cobertura do solo e dos níveis de irrigação
sobre a temperatura do solo, sendo que esta diminui na medida em que aumenta o
potencial de água no solo.
Ao determinar a temperatura do solo, com cobertura vegetal ou não, verificou
que a umidade é de suma importância, pois a presença de água afecta o fluxo de calor
no solo, ou seja, a presença de umidade no solo modifica a amplitude de temperatura ao
nível de superfície por ocasião da evaporação.
De acordo com Costa (2011, P. 6), a umidade do solo possui elevado grau de
variabilidade no espaço e no tempo, controlada por factores como: tempo, textura do
solo, vegetação e topografia. Os sistemas de manejo do solo com adopção da cobertura
morta e do cultivo em nível mais barramentos de pedra apresentam umidade do solo
mais elevada em relação à prática do cultivo morro abaixo, quando avaliados sob chuva
simulada.
2.1 Temperatura do solo para germinação

De acordo com Cunha (201, p. 589), torna-se claro que quando o terreno não é
suficientemente quente, as plantas não podem se desenvolver adequadamente, já que os
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processos biológicos e químicos na terra não são suficientemente intensos. Além disso,
elas são impossíveis quando as temperaturas atingem pontos de congelamento.

Levando isto em consideração, torna-se vital conhecer os valores ideais para o


cultivo de determinadas culturas agrícolas e garantir condições benéficas para sua
germinação e desenvolvimento. A análise dos dados históricos da temperatura do
terreno para uma região específica, o monitoramento do estado actual das coisas e a
previsão da temperatura do solo e do clima são os aspectos-chave que contribuem para o
sucesso.

De acordo com Cunha (201, p. 589), para a emergência de plântulas de milho, a


temperatura ideal na zona radicular situa-se na faixa de 25 a 35 °C. Em temperaturas
superiores a 35 °C, ocorre drástica redução do desenvolvimento das plântulas de milho.
Temperaturas mais elevadas são entre Dezembro e Fevereiro, no qual pode haver
prejuízo à germinação e à emergência das plântulas, principalmente em solos
descobertos.

O feijão é sensível à falta de água durante o período de desenvolvimento,


principalmente nos estádios reprodutivos, e a altas temperaturas no período de floração.
A temperatura média do ar para o adequado desenvolvimento do feijoeiro situa-se entre
15 e 29 °C. Temperaturas superiores a 29 °C podem provocar o abortamento de flores,
queda de vagens jovens e reduzir o número de grãos, enquanto temperaturas inferiores a
12 °C podem dificultar a formação e o enchimento de grãos.

Propriedades Biológicas

De acordo com Cunha (201, p. 602), a temperatura média da terra para a


actividade biológica varia de 50 a 75F. Estes valores são favoráveis para as actividades
normais da biota terrestre, que garantem a decomposição adequada da matéria orgânica,
o aumento da mineralização do nitrogénio, a absorção de substâncias solúveis e o
metabolismo. Pelo contrário, as condições próximas ao congelamento retardam as
actividades dos microorganismos que vivem na terra, e o macro organismos não
conseguem sobreviver a temperaturas abaixo dos pontos de congelamento. A redução da
actividade dos microorganismos é a razão para a redução da decomposição da matéria
orgânica e seu acúmulo excessivo.
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A temperatura do solo é um dos principais factores que afectam o crescimento


dos microorganismos, estimulando seu crescimento, suprimindo-os ou mesmo matando-
os. Em terrenos muito frios ou quentes, os microorganismos se desenvolvem mais
lentamente ou morrem, dificultando seus efeitos benéficos no crescimento da cultura. A
temperatura do solo pode afectar no desenvolvimento das culturas e dos
microorganismos de forma mais positiva, ajudando-os a se desenvolverem mais
rapidamente e promovendo o desenvolvimento saudável da cultura.

Propriedades Químicas

De acordo com Cunha (201, p. 602), os regimes de alta temperatura da terra


mostram uma maior capacidade de troca catiónica devido à decomposição da matéria
orgânica. Quanto mais quente a terra, mais fósforo solúvel em água, ele contém para as
plantas. Ao contrário, o terreno pouco aquecido é pobre em fósforo disponível para as
plantas. Assim, a influência da temperatura do solo nas plantas sempre é importante.
Quanto aos níveis de pH, a acidez também aumenta com o aumento do grau devido à
desnaturação dos ácidos orgânicos.

Propriedades Físicas

De acordo com Moura (2010, p. 296), as altas temperaturas do terreno provocam


a desidratação da argila e a rachadura das partículas de areia, eventualmente reduzindo
seu conteúdo e aumentando a concentração de lodo. Quanto mais quente o solo, mais
dióxido de carbono ele emite. O calor faz com que o terreno se rache devido à
evaporação e, portanto, a penetração de água no perfil do solo é insuficiente.

2.1.1 Efeitos da temperatura do solo no crescimento da planta

Para Moura (2010, p. 302), a temperatura do solo e o crescimento das plantas


estão fortemente relacionados. O calor induz o desenvolvimento da vegetação em
termos de absorção de água e nutrientes e crescimento geral das plantas. As
temperaturas baixas inibem a captação de água devido à menor viscosidade da água e
retardam o processo de fotossíntese.

Além disso, a falta de calor é uma condição desfavorável para as actividades dos
microorganismos terrestres, uma vez que seu metabolismo baixo significa liberação
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baixa de nutrientes e também sua dissolução baixa. Portanto, quanto mais fria é a terra,
menos nutrientes e plantas aquáticas podem obter.

Segundo Moura (2010, p. 302), quanto ao crescimento de raízes e brotos, as


condições frias dificultam a redução das células e assim retardam o crescimento geral.
Isto se refere tanto ao ar frio quanto à terra.

2.2.2 Água no solo

De acordo com Silva (2006), a água é um componente essencial para todos os


seres vivos. Embora seja uma das mais simples substâncias químicas da natureza, possui
propriedades únicas que promovem uma ampla variedade de processos físicos, químicos
e biológicos. Estes processos influenciam consideravelmente quase todos os aspectos do
desenvolvimento e comportamento do solo, desde o intemperismo dos minerais à
decomposição da matéria orgânica e, do crescimento das plantas à contaminação do
lençol freático.
No solo, a água está intimamente associada com partículas sólidas,
particularmente àquelas de tamanho coloidal. A interacção entre água e sólidos do solo
altera o comportamento de ambos.
A água promove a expansão e contracção das partículas do solo, a aderência e a
formação estrutural dos agregados. A água participa de inúmeras reacções químicas que
liberam ou retêm nutrientes, criam acidez ou intemperizam minerais de modo que seus
elementos constituintes eventualmente contribuem para a salinidade dos oceanos.
Silva (2006), a atracção às superfícies sólidas restringe o movimento livre das
moléculas de água, proporcionando um comportamento menos líquido e mais sólido.
No solo, a água pode movimentar-se tanto ascendentemente como descendentemente.
As plantas podem murchar e morrer em um solo cujo perfil contenha um milhão de
quilos de água por hectare. Uma camada de areia e cascalho no perfil do solo pode
inibir a drenagem, tornando os horizontes superficiais saturados durante grande parte do
ano. Estes e outros fenómenos da água no solo parecem contradizer nossos
conhecimentos sobre o comportamento da água.
As interacções do solo: águas influenciam muitas funções ecológicas e práticas
de manejo do solo. Estas interacções determinam quanto da água da chuva infiltra
através do solo ou escorre sobre sua superfície. O controlo desses processos determina o
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movimento de substâncias químicas para os lençóis subterrâneos e de substâncias


químicas e partículas erodidas para rios e lagos.
As interacções afectam a taxa de água perdida através da lixiviação e
evapotranspiração, o balanço entre ar e água nos poros do solo, a taxa de variação na
temperatura do solo, a taxa e o tipo de metabolismo dos organismos do solo e a
capacidade do solo em armazenar e disponibilizar água para as plantas.
2.2.3 Estrutura e propriedades da água

Segundo Carneiro (2014), a habilidade da água em influenciar diversos


processos do solo é determinada principalmente pela sua estrutura molecular. Esta
estrutura também é responsável pelo fato de que a água é um líquido, e não um gás em
temperaturas encontradas na Terra. A água é, com exceção do mercúrio, a única
substância inorgânica (sem carbono) líquida encontrada na Terra. A água é um
composto simples, suas moléculas individuais contêm um átomo de oxigénio e dois
átomos de hidrogénio muito menores. Os elementos são ligados covalentemente, cada
átomo de hidrogénio compartilhando seu único eléctron com o oxigénio.
Polaridade
O arranjo dos três átomos na molécula de água não é simétrico. Ao invés dos
átomos estarem arranjados linearmente (H-O-H), os átomos de hidrogénio são ligados
ao oxigénio em um arranjamento em forma de V com um ângulo de apenas 105º. Isto
resulta em uma molécula assimétrica com os pares de eléctron compartilhados passando
mais tempo próximos ao oxigénio do que ao hidrogénio. Consequentemente, a molécula
da água exibe polaridade, isto é, as cargas não são igualmente distribuídas.
Pelo contrário, o lado no qual os átomos de hidrogénio estão localizados tende a
ser electropositivo e o lado oposto electronegativo. O fato de que a água é constituída de
moléculas polares é responsável por muitas propriedades que fazem com que ela
desempenhe funções únicas no ambiente do solo.
Para Carneiro (2014), a polaridade ajuda a explicar como moléculas de água
interagem entre si. Cada molécula de água não atua independentemente, mas está ligada
a outras duas moléculas vizinhas. O hidrogénio (positivo) na extremidade de uma
molécula atrai o oxigénio (negativo) de outra, resultando em um agrupamento em
cadeia (polímero). Devido a união de suas moléculas, a água tem um ponto de ebulição
alto, quando comparado a outros líquidos de baixo peso molecular (por exemplo, álcool
metílico).
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2.3.3 Tensão superficial

Segundo Carneiro (2014), outra importante propriedade da água, que influencia


seu comportamento nos solos é a tensão superficial. Esta propriedade é normalmente
evidenciada nas interfaces líquido ar e resulta da maior atracção das moléculas de água
umas pelas outras (coesão) do que pelo ar. A tensão superficial é uma força que atua na
superfície, em direcção ao líquido, que faz com que a água se comporte como se sua
superfície fosse coberta com uma membrana elástica, o que pode ser facilmente
constatado observando-se insectos caminhando sobre a água em um lago.

3 Potencial da água no solo

De acordo com Cunha (2011), a diferença entre os níveis de energia de um local


ou condição (por exemplo, solo úmido) para outro (por exemplo, solo seco) determina a
direcção e a taxa de movimento da água no solo e nas plantas. Em solo úmido, a maior
parte da água é retida nos poros maiores ou como filmes espessos de água envolvendo
as partículas.
Assim, a maioria das moléculas de água em um solo úmido não estão muito
próximas da superfície das partículas e, desse modo, não são fortemente retidas pelos
sólidos do solo (matriz). Nessa condição, as moléculas de água possuem uma
considerável liberdade de movimento, então seu nível de energia é próximo ao da água
pura. Por outro lado, em um solo seco, a água remanescente é localizada nos poros
menores e em finos filmes de água, sendo fortemente retida pelos sólidos do solo.
O conhecimento dos valores relativos de energia da água no solo é suficiente.
Normalmente, o estado de energia da água num determinado local do perfil é
comparado ao da água pura a pressão e temperatura constantes, sem a influência do solo
e localizada em uma altura de referência. A diferença entre os níveis de energia da água
pura no estado de referência e a água no solo é chamada potencial da água no solo, o
termo potencial, do mesmo modo que o termo pressão, implica em uma diferença no
estado de energia (Cunha 2011).

3.1 Potencial gravitacional

A força gravitacional atua na água do solo do mesmo modo que em qualquer


outro corpo, sendo a atracção gravitacional em direcção ao centro da Terra. O potencial
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gravitacional ψg da água do solo pode ser expresso matematicamente como: ψg¿gh


(Moura, 2010).
Onde g é a aceleração da gravidade e h é a altura da ascensão da água no solo
acima do nível de referência. O nível de referência é normalmente escolhido dentro do
perfil ou no seu limite inferior, para assegurar que o potencial gravitacional da água no
solo, acima do ponto de referência, seja sempre positivo.
Após chuvas pesadas ou irrigação, a gravidade desempenha um papel importante
na remoção do excesso de água dos horizontes superficiais e no reabastecimento do
lençol freático abaixo do perfil de solo.

3.1.1 Potencial de pressão e mátrico

Este componente considera os efeitos de todos os factores com exceção da


gravidade e concentração da solução. Incluindo (1) a pressão hidrostática positiva,
ocasionada pelo peso da água em solos saturados e aquíferos e (2) a pressão negativa
causada pelas forças de atracção entre a água e os sólidos do solo ou matriz do solo.
A pressão hidrostática é responsável pelo que é chamado de potencial de pressão
(ψp), um componente que só é considerado em áreas saturadas. Qualquer pessoa que
tenha mergulhado até o fundo de uma piscina pode sentir a acção da pressão hidrostática
nos ouvidos (Moura, 2010).
A atracção da água pelas superfícies sólidas é responsável pelo que é chamado
de potencial mátrico (ψm), o qual é sempre negativo, pois a água atraída à matriz do
solo tem estado de energia menor que o da água pura. Estas pressões negativas são
algumas vezes chamadas de sucção ou tensão. O potencial mátrico em condições não
saturadas, acima do lençol freático, enquanto o potencial de pressão se aplica a
condições saturadas ou abaixo do lençol freático.

3.1.2 Medida dos potenciais da água no solo

Tensiômetros: A tensão com que a água é retida é uma expressão do potencial


da água do solo (ψ). Tensiômetros de campo medem esta tensão. Tensiômetros de
campo, medem sua atracção ou tensão. O tensiômetro é basicamente um tubo
preenchido com água fechado na sua extremidade inferior com uma placa porosa de
cerâmica e com sua extremidade superior fechada hermeticamente (Moura, 2010).
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Uma vez instalado o tensiômetro no solo, a água contida em seu interior move-
se através da placa porosa, em direcção ao solo, até que o potencial no tensiômetro se
iguale ao potencial mátrico da água no solo. À medida que a água sai do tensiômetro,
desenvolve-se um vácuo na extremidade superior, o qual pode ser medido em um
manômetro ou através de um dispositivo electrónico.
Psicrômetro: Como as plantas devem superar forças mátricas e osmóticas ao
absorver água do solo, muitas vezes é necessário um instrumento que meça ambas as
forças. A umidade relativa do ar do solo é afectada pelas forças mátricas e osmóticas, as
quais restringem a saída de moléculas da água no estado líquido.
Blocos de Resistência Eléctrica: Este método utiliza pequenos blocos de gesso
poroso, nylon ou fibra de vidro devidamente incrustado com eléctrodos. Quando os
blocos são colocados em solos úmidos eles absorvem água numa quantidade
proporcional ao conteúdo de umidade do solo (Costa, 2011).

3.2.2 Descrição qualitativa da umidade do solo

O valor do potencial e o comportamento da água no solo são dependentes das


moléculas mais distantes das superfícies das partículas e, portanto com maior potencial.
À medida que a umidade é retirada, o solo e a água passam por uma série de mudanças
graduais no comportamento físico e em suas relações com as plantas.
Estas mudanças são devidas, principalmente, ao fato de que a água remanescente
no solo seco está presente nos microporos, e em finos filmes onde o seu potencial é
reduzido, principalmente pela acção das forças mátricas. Portanto, o potencial mátrico é
responsável por uma proporção crescente do potencial total da água no solo, enquanto a
proporção atribuída ao potencial gravitacional decresce.

3.2.3 Capacidade máxima de retenção de água

Quando todos os poros do solo estão preenchidos com água da chuva ou


irrigação, o solo encontra-se e, portanto na sua capacidade máxima de retenção de água.
O potencial mátrico é próximo a zero, sendo basicamente o mesmo que da água pura. O
conteúdo volumétrico de água é basicamente igual a porosidade total. O solo
permanecerá na sua capacidade máxima de retenção enquanto ocorrer o processo de
infiltração, a água nos macroporos (muitas vezes, chamada água gravitacional)
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percolará sob influência principalmente de forças gravitacionais (potenciais hidrostático


e gravitacional).

3.3.3 Factores que afectam a quantidade de água disponível às plantas

A quantidade de água disponível no solo para as plantas é determinada por um


grande número de factores, incluindo as relações entre conteúdo de água e potencial
para cada horizonte do solo, resistência à e efeitos da densidade sobre o crescimento
radicular, profundidade do solo, profundidade do sistema radicular, e estratificação do
perfil (Costa, 2011).

4 Potencial mátrico

Segundo Costa (2011), o potencial mátrico (ψm) influencia a quantidade de


água que as plantas podem absorver, através de seu efeito nas quantidades de água
retidas na capacidade de campo e ponto de murcha permanente. Estas duas
características, que determinam a quantidade de água que um solo pode fornecer as
plantas em crescimento, são influenciadas pela textura, estrutura e conteúdo de matéria
orgânica no solo.
A influência da matéria orgânica merece atenção especial. O conteúdo de água
disponível de um solo mineral bem drenado, contendo 5% de matéria orgânica, é
geralmente maior do que quando comparado a um solo semelhante, contendo 3% de
matéria orgânica.
Os efeitos directos são devido à alta capacidade de retenção de água da matéria
orgânica, a qual é muito maior do que a de um igual volume de material mineral. Apesar
do conteúdo de água retido pela matéria orgânica no ponto de murcha permanente ser
consideravelmente maior que aquele retido pelo material mineral, a quantidade de água
disponível para a absorção das plantas ainda é maior na fracção orgânica.

4.1 Capacidade máxima de retenção

A água é aplicada à superfície dum solo, relativamente uniforme em textura e


estrutura. À medida que ela penetra no solo, o ar é deslocado e a superfície do solo se
molha isto é, os poros do solo, tanto grandes quanto pequenos se enchem de água. A
aplicação continuada resultará num movimento descendente mais amplo e em maior
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substituição de ar. Neste estágio, todos os poros da fracção superior do solo estarão
cheios da água. Diz-se então que o solo se encontra saturado com água e na sua
capacidade máxima de retenção.

4.1.1 Coeficiente de murchamento

As plantas que medram nos solos absorvem água e reduzem a quantidade de


umidade neles existentes. Uma fracção da água é transportada das raízes para as folhas,
onde grande parte dela se per de por evaporação-transpiração nas suas superfícies. Outra
via de perdas é a evaporação directa da superfície do solo, o que auxilia a remoção
física de sua umidade Segundo (Costa, 2011).
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V Conclusão

Concluímos que os sistemas de manejo influenciam, também, a temperatura do


solo. A superfície do solo, com ou sem cobertura vegetal, exerce importante função
sobre sua temperatura, uma vez que a cobertura vegetal é responsável pela troca e
armazenamento de energia térmica nos ecossistemas terrestres. A temperatura é a
variável que melhor explica, estatisticamente, a duração fenológica das plantas.
No solo, a água está intimamente associada com partículas sólidas,
particularmente àquelas de tamanho coloidal. A interacção entre água e sólidos do solo
altera o comportamento de ambos.
A água promove a expansão e contracção das partículas do solo, a aderência e a
formação estrutural dos agregados. A água participa de inúmeras reacções químicas que
liberam ou retêm nutrientes, criam acidez ou intemperizam minerais de modo que seus
elementos constituintes eventualmente contribuem para a salinidade dos oceanos.
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VI Referências bibliográficas

Costa, E. C. (2011). Cobertura, temperatura e umidade do solo sob leguminosas


anuais no Médio Vale do Jequitinhonha. Fortaleza. Porto Alegre: UFRGS. P. 1-6.
Cunha, E. Q. (2011). Sistemas de preparo do solo e culturas de cobertura na
produção orgânica de feijão e milho. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa,
MG, v. 35, P. 589-602.
Carneiro, R. G. (2014). Perfil da temperatura do solo nos biomas florestais da
Amazônia e Mata Atlântica com aplicação da transformada em ondoletas. Dissertação
(Mestrado em Meteorologia) Universidade Federal de Campina Grande, Campina
Grande.
Moura, M. A. L. (2010). Variação sazonal do fluxo de calor no solo dentro de
um manguezal tropical. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental,
Campina Grande, v. 14, P. 296-302.
Silva, E. F. (2006). Caracterização pedológica e estudos de infiltração da água
no solo em perímetros irrigados no Vale do São Francisco. Rio de Janeiro: Embrapa
Solos.

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