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ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO

DOCENTE: GLEICIANA VARGAS


GRUPO 7:
CAROLINA DAFLON
ELIZABETH SOUZA
EMILY PITA
GIOVANNA HALFELD

ATELECTASIA
Atelectasia é um quadro de colapso dos alvéolos pulmonares.
O fechamento dessas estruturas respiratórias pode fazer com que uma parte do
pulmão, ou até mesmo todo esse órgão, não realize a correta ventilação.
Prejudicando seriamente outras funções corporais, já que pode limitar a
eficiência das trocas gasosas e a vitalidade dos órgãos.
O pulmão é formado por alvéolos, pequenos sacos responsáveis por abrigar o ar
inalado, rico em oxigênio.
A grande função dos pulmões, e de todo o sistema respiratório, é proporcionar
uma oxigenação correta aos tecidos do corpo. Para que isso aconteça, precisa
haver uma troca gasosa capaz de eliminar CO2 e absorver O2.
A troca acontece entre os alvéolos pulmonares e os vasos sanguíneos que
chegam até eles, os capilares alveolares. Esses vasos chegam com sangue pobre
em oxigênio e o recebem dos alvéolos, de forma que podem distribuir o O2,
posteriormente, a todo o corpo. Para essa função, o alvéolo precisa estar cheio
de ar rico em oxigênio.
Durante um quadro de Atelectasia, os alvéolos colapsam e colabam, ou seja,
fecham-se e murcham. Dessa forma, sem ar oxigenado, os capilares alveolares
não recebem o oxigênio que precisam e não conseguem realizar uma correta
troca gasosa. Isso faz com que parte do pulmão ou o todo ele fique sem ar, e o
corpo com menos oxigênio.
Os principais sintomas da atelectasia estão relacionados com o colapso dos alvéolos
ou de parte do pulmão. Dificuldade de respirar, falta de ar – que pode causar
cianose -, respiração superficial, taquipneia, tosse constante, baixa saturação de
oxigênio e batimentos cardíacos acelerados são os principais sintomas da
atelectasia.
Qualquer obstrução das vias aéreas superiores – por tumores, que bloqueiam as
vias aéreas, infecções (bronquite, pneumonia, enfisema pulmonar, tuberculose...),
hemorragia, repouso prolongado no leito – ou a obstrução de brônquios e
bronquíolos por excesso de muco ou líquido purulentos, podem resultar em uma
Atelectasia.

• Quais os tipos?
Vários quadros e situações diferentes causam diversos tipos de atelectasia. Os
principais tipos são: Atelectasia obstrutiva e Atelectasia não-obstrutiva.
• Atelectasia Obstrutiva
Acontece quando alguma substância ou corpo estranho impede a passagem do ar para
os pulmões ou para um segmento deles. Essa obstrução faz com que um conjunto de
alvéolos tenha seu suprimento ventilatório diminuído e, consequentemente, entrem
em colapso, colabando.
Tal obstrução pode ser causada por um corpo estranho inalado. Alguns tumores
também podem crescer e acabar por obstruir o fluxo correto de ar pela traqueia e
brônquios, de forma a desencadear atelectasia obstrutiva.
O acúmulo exagerado de muco também bloqueia a ventilação. É um quadro comum
em pacientes acamados, com dificuldade de expectorar e de tossir (movimento natural
para eliminação do muco), assim como em pacientes acamados no pós-operatório e
em portadores de Fibrose Cística.
• Atelectasia não-obstrutiva
Atelectasia Compressiva: quando o pulmão perde a capacidade de se expandir, por limitação
espacial dentro do tórax. Normalmente associada a derrame pleural, mas também pode ser
causada por espessamento da pleura, pneumotórax ou por tumores. Nessa atelectasia, os
pulmões e alvéolos ficam comprimidos e não recebem uma correta quantidade de ar;
Atelectasia Cicatricial: nessa situação, os alvéolos não recebem um suprimento adequado de
oxigênio pelo excesso de tecido cicatricial nos pulmões. Esse acúmulo inadequado de tecido de
cicatrização limita uma expansão eficiente do pulmão, que normalmente seria um pouco mais
elástico;
Atelectasia Tensiolítica (alteração do líquido surfactante): é o tipo mais clássico de atelectasia
não obstrutiva. Nessa situação, o ar é impedido de entrar nos alvéolos por conta da tensão
superficial, que é muito alta quando há falta de surfactante. É um quadro frequente em bebês
prematuros, que ainda não produzem surfactante em decorrência de um déficit no
desenvolvimento pulmonar intrauterino;
Relacionada à anestesia: Atelectasia é um quadro frequente no contexto da cirurgia, tanto no
intraoperatório (de 50% a 90% dos pacientes) quanto no pós-operatório. De forma geral, é um
quadro curto e temporário, mas que carece da atenção do anestesista para monitoramento das
funções respiratórias, ventilatórias e das concentrações de oxigênio no sangue.
• Como é feito o diagnóstico?
Quando há suspeita de um colapso pulmonar, o médico pneumologista deverá
pedir exames de imagem para verificar o estado o pulmão, como a radiografia
de tórax e a tomografia computadorizada (TC) – que é um exame mais preciso,
pois proporciona detectar o volume dos pulmões, que normalmente não é
captado pelo raio-X.
A oximetria do paciente também é avaliada, já que uma saturação
descompensada pode ser mais um indicativo de atelectasia pulmonar.
Assim como uma broncoscopia, que consegue captar imagens nítidas da
garganta e da árvore brônquica, sendo capaz de detectar obstruções nessas
regiões.
• Cuidados de Enfermagem com o Paciente em Atelectasia

- Administrar oxigenioterapia, conforme prescrição médica;


- Administrar medicações prescritas pelo médico;
- Aferir sinais vitais e manter paciente sob supervisão;
- Repouso ao leito em decúbito elevado;
- Aspirar secreções brônquicas, caso houver acúmulo;
- Movimentar o paciente com cuidado devido à dor;
- Cumprir os horários de mudança de decúbito;
- Promover higiene oral e corporal;
- Trocar roupas de cama e do paciente sempre que necessário;
- Manter ambiente limpo e arejado.
-
• Referências

https://med.estrategia.com/portal/conteudosgratis/doencas/atelectasia/
https://enfermagemilustrada.com/atelectasia-pulmonar/

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