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DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
Licenciatura em História
Docentes:
Doutor Paulo Lopes José
Mestre José Cláudio Mandlate
ÍNDICE ................................................................................................................................... 1
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 2
2. OBJETIVOS.................................................................................................................... 4
3. PROBLEMÁTICA .......................................................................................................... 5
6. METODOLOGIA ........................................................................................................... 7
7. CRONOLOGIA .............................................................................................................. 9
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1. Introdução
Desde os primórdios da humanidade, o ser humano sempre procurou se deslocar de um
lado para o outro à procura de melhores condições de vida. A África Austral e
Moçambique, em particular viveram estes momentos com a vinda das comunidades de
origem Bantu, que viria a modificar drasticamente o modo de vida da população que se
encontravam nesta região do continente. Não é possível apontar um marco exato de
surgimento de movimentos migratórios no mundo. Segundo PERDOMO (2007) e
GONÇALVES (2015), o surgimento das migrações também se confunde com o surgimento
da humanidade, com a própria dinâmica social na medida em que não existe nenhum povo
que não tenha recebido a influência de vários movimentos migratórios ao longo da sua
formação.
Migrações- o termo migração corresponde a mobilidade epacial da população. Migrar é trocar de país, de
Estado, Região ou até mesmo de domicílio. Este processo ocorre desde o início da história da humanidade.
O ato de migrar faz do indivíduo um emigrante ou imigrante. O emigrante é a pessoa que deixa (sai) de um
lugar de origem com destino ao outro lugar. O imigrante é o indivíduo que chega (entra) em um determinado
lugar para nele viver.
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Não é possível apontar um marco exato de surgimento de movimentos migratórios
no mundo. Face a isto atualmente têm-se verificado uma entrada massiva de imigrantes no
território moçambicano, cujas causas de seu deslocamento são de ordens políticas,
económicas, social ou devido a problemas naturais, modificando a sociedade local, criando
condições para uma nova realidade social. Importa salientar que Moçambique têm
verificado um fluxo migratório considerável pela estabilidade político-económica que vive.
essas migrações tratam-se de migrações intracontinentais que KELLY (2000) define como
sendo alteração da morada habitual, incluindo atravessar uma fronteira política.
A segunda foi caraterizada pelo predomínio de Asiáticos, com destaque para Paquistaneses
e Bengalis que procuravam melhores condições socioeconómicas.
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E a terceira que é a atual, onde destacam-se os Asiáticos (chineses, paquistaneses, indianos,
Bengalis) e do meio oriente (libaneses) e da américa latina (brasileiros). Ainda nesta onda é
dominada pela imigração massiva de africanos, principalmente da África Austral, dos
grandes lagos, da África Ocidental e Oriental.
Eles escolhem Moçambique por este país gozar de uma relativa paz, aliada a uma
jovem democracia, com um desenvolvimento económico em ascensão, graças aos recursos
naturais e minerais que vão sendo descobertos e explorados e por outro lado devido à frágil
segurança nas extensas fronteiras além de uma legislação incapaz de controlar este fluxo
migratório.
A União Africana no seu artigo 12°, a Carta Africana dos Direitos do Homem e dos
Povos de 1981, estabelece a liberdade de circulação e o direito de procurar e receber asilo
em caso de perseguição no estrangeiro, em conformidade com as regras nacionais e
internacionais. Em 1969 a Organização da Unidade Africana (OUA) adotou a Convenção
que rege os aspetos próprios dos problemas dos refugiados em África, ratificada pela
maioria dos países da África subsaariana. Muitos ruandeses em Moçambique, em particular
na cidade de Maputo estão no exilo, dentre os outros fatores está as perseguições políticas
no seu país, essas migrações acentuam-se cada vez mais, desde o genocídio de 1994 em
Ruanda. Sobre a entrada de ruandeses em Moçambique, estes têm entrado legalmente (uma
minoria) e ilegalmente (uma maioria), o fato é que para as ambas partes se têm verificado
ascensões, ou seja, legalmente ou ilegalmente.
Nesta onda encontramos por sua vez o cruzamento de dois povos (Moçambicano e
ruandês), o que posteriormente acaba por alterar a estrutura da região recetora, nas áreas
culturais, sociais, económicas e políticas. Este cruzamento trás consigo implicações a curto
e a longo prazo.
2. Objetivos
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2.2. Objetivos específicos
Periodizar a evolução da imigração ruandesa na cidade de Maputo entre 1992-2008;
Identificar as causas da evolução ruandesa na cidade de Maputo entre 1992-2008;
Demostrar os impactos da evolução ruandesa na cidade de Maputo entre 1992-2008;
Demostrar as ações do estado perante a evolução da imigração ruandesa.
3. Problemática
Agora, quais são as causas e que implicações/consequências da evolução da imigração
ruandesa na cidade de Maputo entre 1992-2008 trás para Moçambique e em particular a
cidade de Maputo?
4. Pergunta de partida
Afinal de contas, de que maneira a imigração ruandesa tem evoluído na cidade de
Maputo entre 1992-2008?
5. Revisão de literatura
Para a realização do presente trabalho, foram consultados diversos materiais que versam
sobre o tema com estaque ao do PERDOMO (2007) e GONÇALVES (2015), onde falam
dos efeitos da imigração, procuram explicar o surgimento das migrações onde afirmam que
estas também se confundem com o surgimento da humanidade. Essa obra é relevante na
medida em que ela procura analisar a génese das imigrações desde os primórdios
mostrando assim as razões que sempre estiveram a adiante para imigração dos povos.
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Sobre migrações em Moçambique, será usada a obra de SARMENTO et al (2009). Onde
aborda sobre três grandes ondas migratórias em Moçambique depois de 1992-1994 onde o
número de imigrantes e a variedade de nacionalidades alargou-se através de três grandes
ondas de imigração. Esta obra é importante pois ela atenta as ondas de migrações em
Moçambique no período a ser estudado que é de 1992-2008 em Moçambique, incluindo a
entrada de ruandeses no país.
PATRÍCIO e PEIXOTO (2018) nesta obra eles procuram fazer uma análise de forma
sucinta sobre as dinâmicas migratórias de tipo forçado na África subsaariana que afetam
Moçambique, país inserido num contexto regional complexo que o remete para a condição
plural de país de emigração, imigração e trânsito.
MIAMBO, Aurélio Augusto (2017) nesta obra o autor procura analisar sobre os
mecanismos de acesso ao asilo para os refugiados em Moçambique. Nesta obra, o autor
explica de forma histórica e cronológica a génese da problemática do asilo em
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FONSECA, Danilo Ferreira da. Etnicidades de hutus e tutsis no manifesto hutu de 1957. Cadernos de
História, Belo Horizonte, v. 17, n. 26, 1º sem. 2016
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Moçambique, e explica também como é que os desenvolvimentos dos movimentos dos
refugiados começam a se evidenciar a partir dos anos 1990.
TAIBO, Sérgio. Esta obra procura abordar o assunto imigração e integração dos
refugiados ruandeses na província de Nampula, onde TAIBO, mostra que os imigrantes
ruandeses muitas vezes se sentem obrigados ou se forçam a assumir ou adquirir uma nova
cultura para que se sintam aceites nas regiões recetoras.
6. Metodologia
Para a pesquisa será usada a pesquisa qualitativa onde para além de avaliar os manuais
didáticos que versam sobre o tema, serão feitas entrevistas. A pesquisa qualitativa examina
evidencias em dados verbais e visuais para entender um fenómeno em profundidade,
portanto os resultados surgem de dados empíricos, coletados de forma sistemática
doravante, a coleta de dados será feita em diversas instituições:
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Desenvolvimento). A OIM é a maior organização internacional que rege as migrações no
mundo inclusive Moçambique, daí a relevância da instituição e doravante CDD é uma
organização sem fins lucrativos que tem peleado pelos direitos humanos tanto dos cidadãos
nacionais assim como estrangeiros.
Para além das instituições que serão recolhidos os dados, serão feitas entrevistas
conduzidas nos diversos bairros: Magoanine B, Zimpeto, T3, e na Cidade da Matola onde
os ruandeses residem e desempenham suas atividades económicas com enfase no bairro de
liberdade onde residem muitos ruandeses.
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7. Cronologia
Ano Acontecimentos
1969 A OUA, adotou a convenção que rege os aspetos próprios dos problemas dos
refugiados em África (OUA, 1969).
2000-2010 Entre os anos 2000 e 2010, as estatísticas dos estrangeiros no país subiram de
366 para 450 mil, respectivamente (Banco Mundial, 2010), enquanto o cômputo
de refugiados atingiu um pouco mais de 30.000 (INAR, 2018).
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8. Referências bibliográficas
1. ARNALDO, Carlos; MUANAMOHA, Ramos. Tendências e Desafos do Crescimento
da População em Moçambique. In: ARNALDO, Carlos; CAU, Boaventura(Org.).
Dinâmicas da População e Saúde em Moçambique. Maputo: Cepsa, 2013.
2. COMISSÃO DA UNIÃO AFRICANA. Migração para o desenvolvimento em áfrica:
Quadro de Políticas de Migração para África e Plano de Acão (2018 - 2030).
Departamento dos Assuntos Sociais, Adis Abeba, maio de 2018.
3. FARIA, Maria Rita Fontes. Migrações Internacionais no plano multilateral:
reflexões para a politica externa laboral, 2005.
4. FONSECA, Danilo Ferreira da. Etnicidades de hutus e tutsis no manifesto hutu de
1957. Cadernos de História, Belo Horizonte, v. 17, n. 26, 1º sem. 2016
5. KEELY, C. Demography and International Migration, in: C. Brettel e J.V Hollifeld
(ed.), Migration Teory – Talking across Disciplines. London: Rou-tledge. 2000.
6. MAHAVENE, Guebuza Guilichane. Mudanças Legislativas e Concepções da
Imigração: Controlo e Gestão de Fluxos Migratórios em Moçambique.
Universidade de Lisboa Instituto de Geografia e Ordenamento do Território. Lisboa,
2020.
7. MIAMBO, Aurelio Augusto. A problemática dos refugiados e as modalidades
deacesso ao direito de asilo em Moçambique (1975- 2017). Sociology. Université
Sorbonne Paris Cité, 2017
8. NOLASCO, Carlos. Migrações internacionais: Conceitos, tipologia e teorias. Centro
de Estudos Sociais, Coimbra, março de 2016.
9. PORDOMO, Rosa Pére. Os efeitos da Migração, Brásia: 2007.
10. RAIMUNDO, Inês. Mobilidade da população, pobreza e feitiçaria no meio rural de
Moçambique. In: Revista Científca Inter-Universitária Economia, Política e
Desenvolvimento, v. 1, 2009.
11. TAIBO, Sérgio de Melo Doce. A imigração e a questão “étnica”, ganhos ou perda
de identidade? Uma reflexão em torno dos hutus e tutsis residentes na província
moçambicana de Nampula. Revista online do Departamento de Arquitetura e
Urbanismo da Pontfcia Universidade Católica – Puc-Rio Rio de Janeiro – Brasil |
Volume 4 – N° 6 - ISSN 2446-7340.
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12. TOLENTINO, Nancy Curado. Migrações, remessas e desenvolvimento: o caso
africano. Universidade Técnica de Lisboa. Instituto Superior de Economia e Gestão.
Lisboa, 2009.
13. UNION AFRICAINE, Compte-rendu du groupe d'experts sur les migrations et le
développement, 35, Abril 2006.
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