Você está na página 1de 71

Projeto de Estradas

SUPERELEVAÇÃO
E
SUPERLARGURA

MATHEUS HENRIQUE
MORATO DE MORAES
PROFESSOR DO CURSO DE
ENGENHARIA CIVIL

PROJETO DE ESTRADAS 1
CONSIDERAÇÕES GERAIS

✓ Definida a velocidade diretriz para o projeto geométrico de uma


rodovia, procura-se estabelecer condições que:
o condições de conforto e de segurança.

PROJETO DE ESTRADAS 2
CONSIDERAÇÕES GERAIS

TRECHO EM TANGENTE TRECHO EM CURVA


Surgimento de esforços laterais, que
Sensação de facilidade para passam a atuar sobre o veículo, e
efetuar pequenas manobras de devido à sensação de maior
ajuste lateral no seu curso, confinamento que um trecho em
não estando sujeito, em curva impõe ao usuário que a
princípio, a esforços laterais percorre.
Afeta a disposição do usuário em
manter a mesma velocidade de
operação nos trechos em tangente e
nos trechos em curva

PROJETO DE ESTRADAS 3
SUPERELEVAÇÃO

PROJETO DE ESTRADAS 4
SUPERELEVAÇÃO

Definição de superelevação
(% ou m/m)

É a declividade transversal da pista nos


trechos em curva, introduzida com a
finalidade de reduzir ou eliminar os
efeitos das forças laterais sobre os
passageiros e sobre as cargas dos
veículos em movimento.

PROJETO DE ESTRADAS 5
SUPERELEVAÇÃO

𝑉2
𝑒= − 𝑓𝑡
127 ∙ 𝑅

e : superelevação (m/m)
V : velocidade do veículo (km/h)
R : Raio da curva circular (m)
ft : coeficiente de atrito transversal entre pneus e pavimento

0,14

Fonte: Manual de projeto geométrico de rodovia rurais (DNIT -1999, p.71)

6
PROJETO DE ESTRADAS 6
VALORES MÍNIMO E MÁXIMO DA SUPERELEVAÇÃO

➢ Para curvas com raios muito grandes em relação à velocidade


diretriz de projeto, os efeitos da força centrífuga resultariam
desprezíveis, podendo-se projetar as seções transversais da
pista nessas curvas nas mesmas condições consideradas para
trechos em tangentes, ou seja, com abaulamentos,
dispensando-se o uso de superelevações.

Valores que dispensam superelevação

7
PROJETO DE ESTRADAS 7
RAIO MÍNIMO

• Adotando-se os valores máximos admissíveis para a superelevação e


para o coeficiente de atrito transversal, pode-se calcular o valor do
raio mínimo admissível para uma dada velocidade:

• Na medida do possível, recomenda-se a utilização de raios superiores


aos mínimos.

8
PROJETO DE ESTRADAS 8
RAIO MÍNIMO

Considerando os valores máximos admissíveis de coeficientes de atrito


transversal discriminados pode-se calcular os valores dos raios mínimos de
curva que podem ser utilizados nos projetos, referenciados aos diferentes
valores de superelevação máxima a adotar

PROJETO DE ESTRADAS 9
RAIO MÍNIMO

✓ QUADRO DE CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS (Ver página 161 do Manual de


projeto geométrico de rodovias rurais – DNIT ou página 52 e 53 Lee (2013))

Classe 0 → superelevação é 10%

PROJETO DE ESTRADAS 10
RAIO MÍNIMO

Coeficiente de atrito

Superelevação Efeito da força


centrífuga

Condição de projeto que recomende a utilização de um raio de


curva maior que o mínimo → há diferentes formas e critérios de
balancear os valores de superelevação (e) e de coeficiente de atrito
(f) → soma de seus efeitos se iguale à força centrífuga atuando
sobre o veículo

PROJETO DE ESTRADAS 11
RAIO MÍNIMO

e, f , e+f
emáx+fmáx

fmáx

emáx

PROJETO DE ESTRADAS 12
RAIO MÍNIMO

SUPERELEVAÇÕES A ADOTAR NAS CONCORDÂNCIAS

• Cálculo da superelevação para raios acima dos mínimos segundo o DNIT:

Onde:
e = superelevação a adotar para a concordância com raio de curva R (%);
emáx. = superelevação máxima admitida para a classe do projeto (%);
Rmín. = raio mínimo de curva para a velocidade diretriz considerada (m);
R = Raio da curva circular utilizada na concordância (m).

• Superelevação excessivamente alta: deslizamento do veículo para o


interior da curva ou mesmo tombamento de veículos que percorram a
curva com velocidades muito baixas.
13
PROJETO DE ESTRADAS 13
VEÍCULO DE PROJETO

PROJETO DE ESTRADAS 14
VEÍCULO DE PROJETO

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Uma rodovia é projetada e construída visando a possibilitar o seu uso,


de forma segura e eficiente, por qualquer tipo de veículo automotor
(autorizado a circular em vias públicas – leis vigentes)

• Dimensões autorizadas para veículos (com ou sem carga)

✓ Largura máxima = 2,60 m


✓ Altura máxima = 4,40 m
✓ Comprimento total máximo = depende da categoria do veículo

Peso bruto total máximo admitido para combinações de veículo – até


57 t para trânsito livre.

Resolução n º 210 do CONTRAN/ 13/11/2006

PROJETO DE ESTRADAS 15
VEÍCULO DE PROJETO

É o veículo teórico de uma certa categoria, cujas


características físicas e operacionais representam uma
envoltória das características da maioria dos veículos
existente nessa categoria.

• As normas de projeto procuram agrupar as diferentes


espécies de veículos em um número limitado de tipos de
veículos (cada um dos quais abrangem veículos com
características gerais similares).

PROJETO DE ESTRADAS 16
VEÍCULO DE PROJETO

Existem quatro grupos básicos de veículos, a serem adotados conforme as


características predominantes do tráfego (no Brasil, normalmente o veículo CO):

➢ VP: veículos de passeios leves, física e operacionalmente assimiláveis ao


automóvel, incluindo utilitários, pick-ups, furgões e similares;

➢ CO: Veículos comerciais rígidos, compostos de unidade tratora simples.


Abrangem os caminhões e ônibus convencionais, normalmente de 2 eixos e 6
rodas;

➢ SR: Veículo comercial articulado, composto normalmente de unidade tratora


simples e semirreboque;

➢ O: Representa os veículos comerciais rígidos de maiores dimensões que o


veículo CO básico, como ônibus de longo percurso e de turismo, e caminhões
longos.

PROJETO DE ESTRADAS 17
VEÍCULO DE PROJETO

PROJETO DE ESTRADAS 18
VEÍCULO DE PROJETO

Ângulos de deflexão

Considerações
geométricas mínimas
nas quais o tipo VP
conseguem efetuar as
manobras de conversão.

PROJETO DE ESTRADAS 19
VEÍCULO DE PROJETO

VEÍCULO DE PROJETO

Os parâmetros de projeto geométrico


estabelecidos pelas normas do DNIT
consideram o caso geral de atendimento aos
veículos do tipo CO.
PROJETO DE ESTRADAS 20
VEÍCULO DE PROJETO

VEÍCULO DE PROJETO

As trajetórias (gabaritos de giro)


servem para fins de projeto e de
verificação de dispositivos
geométricos de rodovias, tais como:

• Retornos
• Interseções

Onde ocorre a necessidade de


canalização ou balizamentos para o
percurso dos veículos.

PROJETO DE ESTRADAS 21
VEÍCULO DE PROJETO

Essas características condicionam diversos aspectos do dimensionamento geométrico de uma


via, tais como:

1. A largura do veículo de projeto influencia na largura da pista de rolamento, dos


acostamentos e dos ramos de interseções.

2. A distância entre eixos influi no cálculo da superlargura e na determinação dos raios


mínimos internos e externos das pistas.

3. O comprimento total do veículo influencia na extensão das faixas de espera, etc.

4. A relação peso bruto total/potência influencia o valor da rampa máxima e participa na


determinação da necessidade de faixa adicional de subida.

5. A altura admissível para os veículos influi no gabarito vertical.

PROJETO DE ESTRADAS 22
VEÍCULO DE PROJETO

CONSIERAÇÃO FINAL

1. A consideração de um ou outro tipo de veículo para fins de balizamento do projeto


geométrico de uma rodovia depende fundamentalmente da finalidade da rodovia e dos
volumes (e composições) previstos para o tráfego a ser por ela atendido.

- Estudo de tráfego

2. A definição do veículo tipo para referenciamento do projeto geométrico de uma rodovia


é uma questão que deve levar em conta não somente a eficiência técnica do projeto, mas
também a eficiência econômica a ele associado.

PROJETO DE ESTRADAS 23
VEÍCULO DE PROJETO

LARGURAS DAS FAIXAS DE TRÂNSITO

PROJETO DE ESTRADAS 24
VEÍCULO DE PROJETO

LARGURAS DAS FAIXAS DE TRÂNSITO

PROJETO DE ESTRADAS 25
VEÍCULO DE PROJETO

LARGURAS DAS FAIXAS DE TRÂNSITO

PROJETO DE ESTRADAS 26
VEÍCULO DE PROJETO

LARGURAS DAS FAIXAS DE TRÂNSITO

PROJETO DE ESTRADAS 27
SUPERLARGURA

PROJETO DE ESTRADAS 28
SUPERLARGURA

✓ Larguras mínimas de faixas:


o Classe da estrada
o Largura máx. do veículo de projeto
o Velocidades diretrizes

✓ Nos trechos tangentes:


o Folgas para pequenos desvios e correções para ajuste de curso
o “Condições de fluidez”

✓ Nos trechos em curva essa condição é alterada por dois fatores principais:
o Veículos ocupam espaços laterais maiores que suas próprias larguras
o Efeitos de deformação visual provocam a sensação de confinamento

29
PROJETO DE ESTRADAS 29
SUPERLARGURA

LARGURAS DAS FAIXAS DE TRÂNSITO

Folgas suficientes em relação à largura máxima dos veículos

Acomodação estática Variações de posicionamento

Veículos trafegando nas faixas


em velocidades usuais

PROJETO DE ESTRADAS 30
SUPERLARGURA

TRECHOS EM TANGENTE

Certa liberdade de manobra no espaço


correspondente à sua faixa de trânsito

Permite efetuar pequenos desvios e


correções de trajetória para ajustes de curso

Condição de fluidez ao trafegar na rodovia

PROJETO DE ESTRADAS 31
SUPERLARGURA

TRECHOS EM CURVA

Os veículos ocupam fisicamente espaços


laterais maiores que as suas próprias larguras

Os trechos em curva horizontal provocam aparência


de estreitamentos da pista à frente dos usuários,
provocando sensação de confinamento

PROJETO DE ESTRADAS 32
SUPERLARGURA

PROJETO DE ESTRADAS 33
SUPERLARGURA

✓ Largura adicional

Condições de continuidade
SUPERLARGURA (S) Sensação de liberdade de manobra
Melhores condições de fluidez

34
PROJETO DE ESTRADAS 34
SUPERLARGURA

sR → superlargura a adotar em uma concordância


horizontal com curva circular de raio R

Acréscimo de largura necessário em uma curva de uma rodovia


para manter as condições de conforto e segurança dos trechos em
tangente

Calculadas considerando sempre veículos de maior porte

Veículo básico → tipo CO Em casos especiais, pode ser


efetuados ou verificados para
outros tipos de veículos

PROJETO DE ESTRADAS 35
SUPERLARGURA

➢ Porte do veículo empregado nos cálculos:

• Considerando veículos de maior porte

• Veículo básico: CO

• OBS.: casos especiais poderão exigir cálculos para outros tipos de veículos

36
PROJETO DE ESTRADAS 36
SUPERLARGURA

SR = LT - LN

SR: superlargura para uma pista em curva horizontal (m)


LT: largura total de uma pista em curva (m)
LN: largura normal de uma pista em tangente (m)

LN = N ×LF

LN: largura total da pista em tangente (m)


N: número de faixas de trânsito na pista
LF: largura de projeto da faixa de trânsito (m)

PROJETO DE ESTRADAS 37
SUPERLARGURA

O veículo percorre o trecho em


curva circular mantendo seu
eixo traseiro perpendicular à
trajetória, ou seja, alinhado
com o raio de curvatura

PROJETO DE ESTRADAS 38
SUPERLARGURA

A roda dianteira externa descreve


uma trajetória em curva circular,
admitindo-se que o raio dessa
trajetória seja igual ao raio da
concordância horizontal (do eixo da
rodovia)
PROJETO DE ESTRADAS 39
SUPERLARGURA

A trajetória de um veículo em
curva circular descreve um
gabarito (Gc) dado pela largura do
veículo (Lv) acrescida de uma
largura adicional (GA) que se deve
à disposição do veículo na curva

PROJETO DE ESTRADAS 40
SUPERLARGURA

GA = OP - OX

OP = R

GA = R - OX

PROJETO DE ESTRADAS 41
SUPERLARGURA

R² = OX² + XY²
XY = EE

R² = OX² + EE²

OX = √ R² - EE²

PROJETO DE ESTRADAS 42
SUPERLARGURA

GA = R – OX

GA = R - √ R² - EE²

GC = Lv + GA

GC = Lv+ R – √ R² - EE²

GC: gabarito devido à trajetória em curva (m)


LV: largura do veículo, faces externas dos pneus (m)
EE: distância entre eixos (m)
R: raio da curva circular (m)
PROJETO DE ESTRADAS 43
SUPERLARGURA

GD = OQ - OP
OP = R OQ = OZ
GD = OZ - R
Veículo ocupa geometricamente um
gabarito devido ao balanço
dianteiro (GD) → acréscimo de
largura devido à disposição do
veículo na curva, em função do seu
balanço dianteiro (BD) medido
entre o eixo dianteiro e a frente do
veículo
PROJETO DE ESTRADAS 44
SUPERLARGURA

OZ² = XZ² +OX²

XZ = EE + BD

OZ² = (EE + BD)² +OX²

OZ = √(EE + BD)² +OX²

PROJETO DE ESTRADAS 45
SUPERLARGURA

OZ = √(EE + BD)² + OX² OX = √ R² - EE²

OZ = √(EE² + 2.EE.BD + BD²) +R² - EE²

OZ = √ 2.EE.BD + BD² +R²

GD = OZ - R

GD = √ 2.EE.BD + BD² +R² - R

PROJETO DE ESTRADAS 46
SUPERLARGURA

GD = √ 2.EE.BD + BD² +R² - R

GD: gabarito devido ao balanço dianteiro (m)


BD: balanço dianteiro (m)
EE: distância entre eixos (m)
R: raio da curva circular (m)

PROJETO DE ESTRADAS 47
SUPERLARGURA

Estabelece para o veículo um


valor de gabarito lateral (GL) que
é a folga lateral livre que deve
ser mantida para o veículo de
projeto em movimento

PROJETO DE ESTRADAS 48
SUPERLARGURA

O gabarito lateral é fixado em função da largura da faixa de trânsito

PROJETO DE ESTRADAS 49
SUPERLARGURA

Compensar as dificuldades naturais de


manobra em curva e as diferenças entre
as características de operação dos
motoristas, considera-se para a pista
um acréscimo de largura adicional,
denominado folga dinâmica (FD)

PROJETO DE ESTRADAS 50
SUPERLARGURA

FD: folga dinâmica (m)


V: velocidade diretriz (km/h)
R: raio da curva circular (m)

PROJETO DE ESTRADAS 51
SUPERLARGURA

LT = N × (GC +GL ) + (N -1) × GD + FD

PROJETO DE ESTRADAS 52
SUPERLARGURA

LT = N × (GC +GL ) + (N -1) × GD + FD


Largura total → pista de uma rodovia em curva é projetada, N faixas
de trânsito, para que os efeitos de ordem estática e dinâmica sobre os
usuários, causados pela curvatura, sejam devidamente compensados

LN = N ×LF
LN: largura total da pista em tangente (m)
N: número de faixas de trânsito na pista
LF: largura de projeto da faixa de trânsito (m)

SR = LT - LN
SR: superlargura para uma pista em curva horizontal (m)
PROJETO DE ESTRADAS 53
SUPERLARGURA

➢ CONVENÇÕES:

✓ R = raio da curva circular

✓ GC = gabarito devido à trajetória em curva

✓ GD = gabarito devido ao balanço dianteiro

✓ GA = largura adicional

✓ LV = largura do veículo, medida entre as


faces externas dos pneus

✓ BD = balanço dianteiro

✓ EE = distância entre eixos.


54
PROJETO DE ESTRADAS 54
SUPERLARGURA

• SUPERLARGURA
➢ CÁLCULO:
𝑺𝑹 = 𝑳 𝑻 − 𝑳 𝑵 𝐿𝑁 = 𝑁 ∙ 𝐿𝐹

𝑉
𝐿 𝑇 = 𝑁 ∙ 𝐺𝐶 + 𝐺𝐿 + 𝑁 − 1 ∙ 𝐺𝐷 + 𝐹𝐷 𝐹𝐷 =
10 ∙ 𝑅

𝐺𝐶 = 𝐿𝑉 + 𝑅 − 𝑅2 − 𝐸𝐸 2
𝐺𝐷 = 𝑅2 + 𝐵𝐷 ∙ 2 ∙ 𝐸𝐸 + 𝐵𝐷 − 𝑅

PROJETO DE ESTRADAS 55
SUPERLARGURA

➢ Observações:

✓ Distância entre-eixos equivalente:

𝐸𝑒𝑞 = 𝐸1 2 + 𝐸2 2

EEq : distância entre-eixos equivalente para veículos articulados (m);

E1 : distância entre o eixo dianteiro do veículo trator (cavalo mecânico) e o pivô de


apoio do semi-reboque – ou 5ª roda (m);

E2 : distância da 5ª roda ao eixo traseiro ao ponto médio dos eixos traseiros do semi-
reboque (m)

PROJETO DE ESTRADAS 56
SUPERLARGURA

Observações:

✓ Os valores de superlargura a considerar nos projetos devem ser arredondados para


múltiplos de 0,20 m e limitados inferiormente a 0,40 m.

✓ A AASHTO adota um limite inferior de 0,60 m, e sugere a dispensa de superlargura


para concordâncias com raios de curva superiores a 250 m, nos projetos com
largura normal de faixa de 3,60 m.

✓ Para pistas com mais de duas faixas, o critério recomendado pelo DNIT consiste
multiplicar os valores da superlargura por 1,25 no caso de pistas com três faixas de
tráfego, e por 1,50 no caso de pistas com quatro faixas.

PROJETO DE ESTRADAS 57
SUPERLARGURA

DISTRIBUIÇÃO DA SUPERLARGURA

A superlargura adotada pode ser disposta metade para cada lado da pista
(alargamento simétrico) ou integralmente de um só lado da pista (alargamento
assimétrico).

1. Alargamento simétrico da pista

Nos casos de curvas circulares dotadas de curvas de transição (todas as curvas


que requerem superlargura possuem raios que requerem também curvas de
transição), a superlargura será distribuída linearmente ao longo da transição,
sendo mantido o valor total ao longo do trecho circular.

Neste caso será aplicada metade da superlargura para cada lado da pista.

PROJETO DE ESTRADAS 58
SUPERLARGURA

DISTRIBUIÇÃO DA SUPERLARGURA

59
PROJETO DE ESTRADAS 59
SUPERLARGURA

DISTRIBUIÇÃO DA SUPERLARGURA

2. Alargamento assimétrico da pista

✓ No caso de curvas circulares simples, a superlargura será disposta do lado interno da


curva.
✓ A distribuição da superlargura deverá ser feita parte na tangente e parte na curva, no
mesmo trecho usado para a variação da superelevação.
✓ Caso o eixo de projeto se localize no centro da pista em tangente, se situará de
forma assimétrica em relação ao centro da pista.
✓ A sinalização horizontal e a junta longitudinal de construção do pavimento
(especialmente de placas de concreto de cimento) deverão ser dispostas no centro da
pista alargada e não coincide como eixo do projeto.

60
PROJETO DE ESTRADAS 60
SUPERLARGURA

DISTRIBUIÇÃO DA SUPERLARGURA

61
PROJETO DE ESTRADAS 61
SUPERLARGURA

Exemplo: Determine a superlargura a ser adotada para um projeto de


uma rodovia nova, em região de relevo ondulado, na classe II,
concordância horizontal de raio 214,88m e considerando o veículo
tipo CO.
LT: largura total da pista em curva (m)
SR = LT – LN
LN: largura total da pista em tangente (m)

LT = N × (GC + GL ) + (N - 1) × GD + FD

LN = N × LF N: número de faixas de trânsito na pista


GC: gabarito devido à trajetória em curva (m)
GL: gabarito lateral
GD: gabarito devido ao balanço dianteiro (m)
FD: folga dinâmica (m)
LF: largura de projeto da faixa de trânsito (m)
PROJETO DE ESTRADAS 62
SUPERLARGURA

Exemplo: Determine a superlargura a ser adotada para um projeto de


uma rodovia nova, em região de relevo ondulado, na classe II,
concordância horizontal de raio 214,88m e considerando o veículo
tipo CO.

N = 2 → nº faixas

PROJETO DE ESTRADAS 63
SUPERLARGURA

Exemplo: Determine a superlargura a ser adotada para um projeto de


uma rodovia nova, em região de relevo ondulado, na classe II,
concordância horizontal de raio 214,88m e considerando o veículo
tipo CO.

PROJETO DE ESTRADAS 64
SUPERLARGURA

Exemplo: Determine a superlargura a ser adotada para um projeto de uma rodovia nova, em
região de relevo ondulado, na classe II, concordância horizontal de raio 214,88m e
considerando o veículo tipo CO.

LT = N × (GC + GL ) + (N - 1) × GD + FD

LV: largura do veículo, faces externas dos pneus (m)


GC = Lv+ R – √ R² - EE² EE: distância entre eixos (m)
R: raio da curva circular (m)

GC = 2,6 + 214,88 – √ 214,88² - 6,1²

GC = 2,69 m

PROJETO DE ESTRADAS 65
SUPERLARGURA

Exemplo: Determine a superlargura a ser adotada para um projeto de


uma rodovia nova, em região de relevo ondulado, na classe II,
concordância horizontal de raio 214,88m e considerando o veículo
tipo CO.
LT = N × (GC + GL ) + (N - 1) × GD + FD

Gabarito lateral para largura de faixa LF = 3,50 m

GL = 0,90 m

PROJETO DE ESTRADAS 66
SUPERLARGURA

Exemplo: Determine a superlargura a ser adotada para um projeto de


uma rodovia nova, em região de relevo ondulado, na classe II,
concordância horizontal de raio 214,88m e considerando o veículo
tipo CO.

LT = N × (GC + GL ) + (N - 1) × GD + FD

GD = √ 2 x EE x BD + BD² +R² - R
GD: gabarito devido ao balanço dianteiro (m)
BD: balanço dianteiro (m)
EE: distância entre eixos (m)
R: raio da curva circular (m)

GD = √ 2 x 6,1 x 1,2 + 1,2² + 214,88² - 214,88

GD = 0,04 m
PROJETO DE ESTRADAS 67
SUPERLARGURA

Exemplo: Determine a superlargura a ser adotada para um projeto de uma rodovia nova, em
região de relevo ondulado, na classe II, concordância horizontal de raio 214,88m e
considerando o veículo tipo CO.
FD: folga dinâmica (m)
V: velocidade diretriz (km/h)
LT = N × (GC + GL ) + (N - 1) × GD + FD R: raio da curva circular (m)

Folga dinâmica:

FD = 70
10 x √214,88

FD = 0,48 m

PROJETO DE ESTRADAS 68
SUPERLARGURA

Exemplo: Determine a superlargura a ser adotada para um projeto de


uma rodovia nova, em região de relevo ondulado, na classe II,
concordância horizontal de raio 214,88m e considerando o veículo
tipo CO.
LT = N × (GC + GL ) + (N - 1) × GD + FD

LT = 2 × (2,69 + 0,9 ) + (2 - 1) × 0,04 + 0,48

LT = 7,70 m

LN = N × LF
LN: largura total da pista em tangente (m)
LN = 2 × 3,5 N: número de faixas de trânsito na pista
LF: largura de projeto da faixa de trânsito (m)
LN = 7 m

PROJETO DE ESTRADAS 69
SUPERLARGURA

Exemplo: Determine a superlargura a ser adotada para um projeto de


uma rodovia nova, em região de relevo ondulado, na classe II,
concordância horizontal de raio 214,88m e considerando o veículo
tipo CO.
LT = 7,70 m LN = 7 m

SR = LT – LN
SR = 7,7 – 7,0
SR = 0,70 m

Arredondando para múltiplo de 0,20 m (DNIT) → SR = 0,80 m

PROJETO DE ESTRADAS 70
Obrigado!
Perguntas?

CURSO DE
ENGENHARIA
CIVIL
PROJETO DE ESTRADAS 71

Você também pode gostar