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1-TRABALHO DE GRUPO DE TGDC - A Incapacidade Dos Interditos - 1
1-TRABALHO DE GRUPO DE TGDC - A Incapacidade Dos Interditos - 1
De acordo com art. 150.º do CC, os negócios jurídicos que sejam celebrados pelo incapaz antes
de anunciada a propositura da acção são regulados pelo regime aplicável à incapacidade
acidental, prevista no art. 257.º do CC, no termos do qual, são anulável a declaração negocial
feita por quem, por alguma causa, se encontrava acidentalmente incapacitado de entender o
sentido dela ou não tenha o livre exercício da sua vontade, desde que o facto seja notório ou
conhecido do declaratário, e será, de acordo com o seu n.º2, quando uma pessoa de normal
diligência o poderia ter notado126. Se assim não for, os actos negociais, são em princípio
válidos127 . Carvalho Fernandes,128 relembra que o regime da incapacidade acidental já seria
aplicado, não por remissão, mas directamente, à pessoa afectada pela incapacidade, caso a
interdição não viesse a ser decretada. Caberá ao Tribunal, nos termos do art. 901.º n.º1 do
CPC, indicar sempre que possível na sentença que decrete a interdição, a provável data de
começo da capacidade,
e) Levantamento da interdição
Dispõe o art.151.º do CC, que cessando as causas que deram origem à interdição, esta pode
ser levantada a requerimento do próprio interdito ou das pessoas com legitimidade para
requerer a interdição. Portanto não basta o término da deficiência físicopsíquica que lhe deu
causa, é necessário requerer o seu levantamento, nos termos do art. 905.º do CPC 132. De
acordo com o n.º 3 deste último artigo, o levantamento da interdição pode ainda ocorrer não
porque tenha cessado completamente a causa que a determinou, mas porque houve um
aligeiramento da sua gravidade ou mesmo uma mudança da efemeridade133 que atinge o
interdito, podendo por isso, ser substituída pelo instituto da inabilitação
I – BIBLIOGRAFIA BÁ SICA
CÂ NDIDA DA SILVA ANTUNES PIRES, PAULA NUNES CORREIA, TERESA LANCRY A. S. ROBALO
e HENRIQUE CARVALHO, Teoria Geral do Direito Civil, Direito Processual Civil I, Materiais de
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MONTEIRO e PAULO MOTA PINTO, Coimbra Editora 2005 PAULA NUNES CORREIA, Teoria
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Direitos de Personalidade no Código Civil de Macau, BFD da UM, n° 8, ano III, 1999, p. 89 – 125
Bibliografia
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2012, v. 1.
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2"Ela [a capacidade de exercício] pressupõe com efeito na pessoa uma vontade consciente e a
aptidão para a determinar de modo legalmente reputado normal, e portanto para gestionar
com mediano conhecimento de causa, sagacidade e prudência os seus próprios interesses. Ora
isto nem sempre se verifica. Por isso a lei, admitindo embora a capacidade como regra geral,
claramente reconhece como possível a incapacidade" (M. A. Domingues de Andrade, Teoria
Geral cit., p. 32.)
3C. A. Mota Pinto, Teoria Geral do Direito Civil, 3.ed., Coimbra, Coimbra Editora, 1990, p. 194.
4E. Eiranova Encinas, Código Civil Alemán Comentado (BGB), Madrid, Marcial Pons, 1998, p.
70.
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https://www.migalhas.com.br/depeso/225012/a-destruicao-da-teoria-das-incapacidades-e-o-
fim-da-protecao-aos-deficientes