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Processo Penal-Formação Advogados Estagiários 2021 FINAL
Processo Penal-Formação Advogados Estagiários 2021 FINAL
MIGUEL MUSSEQUEJUA
Mestre em Direito, Advogado e Docente Universitário
4, 5 e 11 de Agosto de 2021
NOTA PRELIMINAR.
• Artigo 83
Representação judiciária
• Artigo 85 CPP.
Formalismo da acção civil no PP
• Artigo 92
Exequibilidade provisória
• Artigos 93 e 94
Reenvio para acção civel
• Artigo 92 CPP
TÓPICO-3: sujeitos processuais
• Conceito;
• Sujeitos: Tribunal, MP, arguido, assistente e
defensor.
• Meros participantes: funcionários judiciais,
testemunhas e peritos.
Tópico-3.1
• O TRIBUNAL
Função jurisdicional
• Conceito
Impedimentos
• Conhecimento: 36 CPP;
• Efeitos: 37
Conflito de competências
• Artigo 69/1;
• 68/2
Deveres do arguido
• 69/2
Ponto-3.4
• Assistente
Assistente
• Função;
• Legitimidade, 76;
• Forma e prazo: 289/3, 77/1 e 2, 330/4 CPP;
• Posição e poderes processuais:78/1, 2, 330;
• Representação, 79
Ponto-3.5
• Defensor
Defensor no PP
• Natureza: órgão essencial na adminisção da
justiça/função de defesa, 63/1 CRM;
• Funções: artigos 71/2, 79, 85 CPP;
• Quém é o defensor? artigo 70/6 CPP, Estatuto
da OAM (Lei 28/2009, de 29 de Setembro) e o
Estatuto do IPAJ (Decreto 15/2013, de 26 de
Abril).
Constituição de defensor
• Prazo normal:
– 6 meses, havendo arguidos presos ou com
obrigação de permanência na habitação, 323/1
CPP;
– 8 meses, não havendo presos nem com obrigação
de permanencia em habitação, 323/1 CPP
Prorrogação do prazo de instrução
• Prorrogações do prazo de 6 meses (323/2
CPP):
– Para 8 meses: cf. 323/2, a), e 256/2 CPP;
– Para 10 meses: cf. 323/2, b), e 256/2 CPP;
– Para 12 meses: cf. 323/2, c), e 256/3.
Prorrogação do prazo (cont)
• Prorrogações do prazo de 8 meses, 323/3:
– Para 14 meses: cf. 323/2, a), e 256/2 CPP;
– Para 16 meses: cf. 323/3, b), 256/3 in fine CPP;
– Para 18 meses: cf. 323/3, c), e 256/3 CPP.
Contagem e suspensão de prazos
• Início de contagem: 323/4 CPP.
• Suspensão dos prazos: 323/5 CPP.
Violação dos prazos de instrução
• Não tiver sido possível obter indicios suficientes da verificação do crime ou de quem foram
os agentes.
III. Competência:
• MP, que comunica ao Assisetente, denunciante com faculdade de constituir assistente,
arguido e seu Defensor, parte civil, Juiz de Instrução em caso de dispensa da pena (Art.
327/2CPP)
INTERVENÇÃO HIERÁRQUICA (Art. 325CPP)
QUESTÕES:
• E se o MP discordar com a alteração substancial dos factos e opor-se abertura de
nova instrução?
• O Juiz que decide sobre a verificação da alteração susbstancial dos factos, que dá
lugar a abertura da instrução pelo Ministério Público ex offício, pode intervir no
processo ex novo?
ALTERAÇÃO NÃO SUBSTANCIAL DOS FACTOS DA
ACUSAÇÃO OU REQUERIMENTO PARA ABERTURA DA
AUDIENCIA PRELIMINAR (ART. 349 CPP/2019)
A alteração não substancial dos factos pode decorrer: Dos actos de audiência preliminar ou
do debate preliminar ou Da Audiência de julgamento.
• (1) Alteração não substancial dos actos de audiência preliminar ou do debate
preliminar (art.349 CPP)
• O juiz de instrução, oficiosamente ou a requerimento, comunica a alteração ao defensor,
interroga o arguido sobre ela sempre que possível e concede-lhe, a requerimento, um
prazo para preparação da defesa (alegações e apresentação de provas) não superior
a 8 dias, com o consequente adiamento do debate, se necessário.
• Os factos geradores de alteração não substancial são os que individualmente
consideradas não podem constituir objecto de um processo autónomo. Tal asserção é
válida, tanto para a fase da audiência preliminar quanto para a fase de julgamento.
• A alteração pode consistir na subtracção de factos que constem da acusação ou do
requerimento para abertura da audiência preliminar (pelo arguido ou Assistente), desde
que tais não afectem o núcleo duro do processo, o crime.
• Haverá alteração não substancial dos factos, quando sobre o objecto gravitarem
elementos que não impliquem um “crime diverso” ou “agravação dos limites máximos
das sanções aplicáveis”, 349/3 CPP.
São as circunstancias que conduzem a:
• O Iter criminis.
Alteração não substancial e alteração subtsancial os factos na audiência de
julgamento
• Alteração da qualificação jurídica dos factos (Art. 403CPP/2019) - O tribunal
pode alterar a qualificação jurídica dos factos descritos na acusação ou na
pronúncia, desde que a alteração não determine crime diferente do acusado ou
pronunciado ao qual caiba maior penalidade do que o crime pronunciado ou
acusado.
• A alteração da qualificação jurídica constitui uma verdadeira desvinculação
temática do tribunal à qualificação jurídica feita pelo MP e pelo Juiz de Instrução,
competente para a prolação do despacho de pronúncia, o que interferiria bastante
na sua independência de julgamento do caso.
• Embora a norma não se refira à comunicação ao arguido desta alteração da
qualificação jurídica, parece de aceitar, por maioria de razão, a aplicação
analógica do art. 349 ex vi art. 12 CPP/2019.
DESPACHO DE PRONÚNCIA E NÃO
PRONÚNCIA Art. 353
• É consequência do debate preliminar que, findo o Juiz de Instrução profere
despacho de pronúncia ou não pronúncia, que é logo ditado para a Acta,
considerando-se notificado os presentes.
• Pode o Juiz de instrução proferir despacho no prazo de 10dias, devido a
complexidade da causa
• O Juiz de Instrução profere despacho de pronúncia se considerar que foram
reunidos indícios suficientes da aplicação da pena ou medida de segurança, e no
caso contrário profere despacho de não pronúncia.
• É irrecorrível o despacho de pronúncia que confirmar os factos acusados pelo MP
(art. 356CPP) e este determina a remessa ao tribunal competente para julgamento.
• É recorrível o despacho que indeferir a arguição de nulidade do despacho que
pronunciar o arguido por factos que constitua alteração substancial dos factos (art.
356 e 355CPP), e neste caso a decisão do tribunal ad quem pode proferir
despacho de despronúncia.
MEIOS DE PROVA
• Os meios de prova e os meios de busca de prova não se confundem.
• Os meios de prova constituem os instrumentos que levam ao conhecimento dos sujeitos
processuais os factos (Prova como instrumento).
• Quanto aos meios de obtenção de prova, são as medidas tendentes à busca, colecta e
obtenção da mesma (prova como actividade)
• Os Meios de prova são:
– Prova testemunhal;
– Prova por declarações do arguido, do Assistente e das Partes Civis;
– Acareação;
– Reconhecimento;
– Reconstituição do facto;
– Prova pericial;
– Prova documental
MEIOS DE PROVA
PROVA TESTEMUNHAL
• A prova testemunhal é sempre admissível sempre que ela não for directa ou
indirectamente afastada
• São proibidas perguntas sugestivas, impertinentes, vexatórias ou capciosas ou
que, de qualquer forma, possam prejudicar a espontaneidade ou sinceridade
das respostas
• A testemunha presta testemunho sobre factos que constituem objecto da prova
e de que tenha obtido conhecimento directo através dos seus (5) sentidos.
1. Conceito de suspeito
2. Conceito de arguido:
2.1.Qualidade de arguido - Assume a qualidade processual de arguido todo aquele contra
quem for deduzida acusação ou requerida audiência contraditória preliminar num
processo penal. A qualidade de arguido conservar-se-á durante todo o decurso do
processo.
2.2.Obrigatoriedade da constituição de arguido
a) Correndo instrução contra pessoa determinada, esta prestar declarações perante
juiz ou magistrado do Ministério Público ou órgão de polícia criminal;
b) Tenha de ser aplicada a qualquer pessoa uma medida de coacção pessoal ou de
garantia patrimonial;
c) Um suspeito for detido, nos termos e para os efeitos previstos nos artigos .....;
d) For levantado auto de notícia que dê uma pessoa como agente de um crime e aquele lhe for
comunicado;
e) Durante qualquer inquirição feita a pessoa que não é arguido, surgir fundada
suspeita de crime por ela cometido.
DDireitos do arguido
• Estar presente em todos os actos processuais que directamente lhe disserem respeito;
• Ser ouvido pelo juiz sempre que este deva tomar qualquer decisão que pessoalmente o
afecte;
• Não responder a perguntas feitas, por qualquer entidade, sobre os factos que lhe forem
imputados e sobre o conteúdo das declarações que acerca deles prestar;
• Escolher defensor ou solicitar ao juiz que lhe nomeie um;
• Ser assistido por defensor em todos os actos processuais em que participar e, quando
detido, comunicar, mesmo em privado, com ele;
• Intervir nas fases preliminares do processo, oferecendo provas e requerendo as
diligências que se lhe afigurarem necessárias;
• Ser informado, pela autoridade perante a qual seja obrigado a comparecer, dos
direitos que lhe assistem;
• Recorrer, nos termos da lei, das decisões que lhe forem desfavoráveis.
MEIOS DE PROVA
Acareação
Definição – consiste no confronto directo entre diferentes participantes processuais que
prestarm declarações ou depoimento contraditórios. Somente realizá-se quando se
mostrar relevante à escoberta da verdade material
Tipos de reconhecimento
1. Reconhecimento de pessoas (artigo 181/CPP)
– Reconhecimento descritivo; Reconhecimento presencial, Reconhecimento presencial
com resguardo; Reconhecimento por fotografia
2. Reconhecimento de objectos (artigo 182/CPP)
– Reconhecimento descritivo; Reconhecimento presencial
MEIOS DE PROVA
Reconstituição do facto;
Definição: é um meio de prova que consiste numa encenação do facto viando a
reprodução, tão fiel quanto possível, das condições em que se afirma ou se supõe ter
ocorrido o facto e na repetição do modo de realização do mesmo, com o intuito de
determinar se poderia ter ocorrido de certa forma (rtigo 184CPP)
A prova pericial tem lugar quando determinados factos que integram o objecto
da prova apenas podem ser observados, ou que apenas podem ser
compreendidos e valorados por quem tenha especiais conhecimentos técnicos,
científicos ou artístico.
MEIOS DE PROVA
Prova documental
1. Conceito de documento
2. Admissibilidade da prova documental (art.
199/CPP)
3. Junção de prova documental (art. 200/CPP)
4. Inteligibilidade dos documentos (art. 201/CPP)
5. Valor probatório dos documentos (art. 204/CPP)
6. Reproduções mecânicas (artigo 203/CPP)
7. Documento falso (art. 205/CPP)
MEIOS DE OBTENÇÃO DA PROVA
EXAMES (Art. 206/CPP)
• Meio de obtenção de prova que visa a detecção de
vestígios da práti a do crime e pode incidir sobre
“pessoas, lugares ou coisas”
• Tem uma finalidade descritiva e não pressupões
especiais conhecimentso técnicos científicos, e é isto que
o disntingue da perícia
• Elaboração do auto de exame com indicação do
dia, hora em que começou e terminou,
autoridade que presdiu, identificação dos
participantes, lugares, etc
MEIOS DE OBTENÇÃO DA PROVA
REVISTAS (art. 209/CPP)
• Incidem sobre pessoas, quando haja indícios de que ocultam
objectos que interessam a instrução do processo
• Ordena-se quando haja incícios de objectos, arguido ou qualquer pessoa que deva ser
• A busca domiciliária realiza-se das 7-19h desde que ordenada pelo Juiz (art. 212),
except nos casos da al. a) e b) do n.4 do artigo 209CPP, caso em que pode ser
Pena
TIR
1 ano
CONDIÇÕES DE APLICAÇÃO
Medida de Coação e garantia Pressupostos materiais Requisitos formais
patrimonial Na Instrução Outras fases
T.I.R. - art. 237 CPP É cumulável com qualquer outra medida Autoridade judiciária ou SERNIC Autoridade judiciária ou SERNIC
de coação
CAUÇÃO - ART. 238 CPP Pena de prisão superior JI a requerimento do MP+audição Juiz (oficiosamente ou a
a um ano do arguido requerimento do MP)+audição do
arguido
OBRIGAÇÃO DE APRESENTAÇÃO PERÍODICA – ART. 239 CPP Pena de prisão superior JI a requerimento do MP+audição Idem
a 6 meses do arguido
SUSPENSÃO DE EXERCÍCIO DE FUNÇÕES, PROFISSÃO E Pena de prisão JI a requerimento do MP+audição Idem
DIREITOS – ART. 240 CPP superior a 2 anos, e presuma-se que a do arguido
interdição possa a ser decretada como
efeito do crime imputado
PROIBIÇÃO DE PERMANÊNCIA, DE AUSÊNCIA E DE Prisão superior a 2 anos JI a requerimento do MP+audição Idem
CONTACTOS – ART. 241 CPP do arguido
OBRIGAÇÃO DE PERMANÊNCIA NA RESIDÊNCIA –ART. 242CPP Prisão superior a 2 anos JI a requerimento do MP+audição Idem
do arguido
PRISÃO PREVENTIVA ART. 243 CPP Pena de prisão superior a 2 anos JI a requerimento do MP+audição Idem
do arguido
CAUÇÃO ECONÓMICA – art. 269CPP Pena de prisão superior Idem Idem
a um ano
ARRESTO PREVENTIVO – art. 270CPP Quando o arguido ou o civilmente JI a requerimento do MP+audição Idem
responsável não prestar caução do arguido
económica
REGIME JURÍDICO DA PRISÃO PREVENTIVA E
MECANISMOS DE IMPUGNAÇÃO
TÓPICOS:
1. Princípios informadores da prisão
preventiva;
2. Requisitos gerais da aplicação;
3. Competência de aplicação;
4. Requisitos específicos
5. Prazos de prisão preventiva;
6. Mecanismos de impugnação.
Requisitos gerais da aplicação (art.245 CPP)
• fuga ou perigo de fuga – revela uma predisposição ao incumprimento dos deveres
processuais, por isso a fuga ou seu perigo deve ser neutralizada e desencorajada;
• perigo de perturbação do decurso da instrução ou da audiência preliminar do
processo e, nomeadamente, perigo para a aquisição, conservação ou veracidade
da prova – traduz-se na possibilidade concreta de
influenciar negativamente o processo
• perigo, em razão da natureza e das circunstâncias do crime ou da personalidade
do arguido, de perturbação da ordem e da tranquilidade públicas ou de
continuação da actividade criminosa – traduz-se no receio sério do
arguido poder vingar-se na comunidade onde está
inserido ou de envolver-se em outros ilícitos, enquanto
corre o processo justificando-se a PP
4 meses
4 meses a partir do despacho de Acusação Regime de
a partir da captura (+) Despacho de acusação
(-) despacho de acusação (+) audiência preliminar Prisão
Elevação para até 6 meses nos casos de
(+) terrorismo
(-) Proferição do despacho de Pronúncia
Elevação para até 10 meses nos casos de
Preventiva
(+ )criminalidade violenta,
(+) altamente organizada,
(+) terrorismo
(+ )criminalidade violenta
da Lei
(+) pena superior a 8 anos (+) altamente organizada 18/2020
Elevação para até 12 meses nos casos de (+) pena superior a 8 anos Até metade da pena aplicada a
(+) pena superior a 8 anos Elevação para até 16 meses nos casos de partir da captura
(+) crimes com excepcional complexidade, (+) pena superior a 8 anos (+) condenação 1ª Instância
(+) qualidade dos ofendidos (+) crimes com excepcional complexidade, (+) recurso a prisão preventiva
(+) ou pelo carácter altamente organizado (+) qualidade dos ofendidos (+) pressupostos da liberdade
do crime (+) ou pelo carácter altamente organizado do condicional (capacidade e
crime vontade de se adaptar à vida
honesta)
1. RECURSO
2. HABEAS CORPUS
RECURSO
• É um meio de impugnação judicial contra qualquer decisão
desfavorável ao cidadão e permite, de forma ampla, a reapreciação
da decisão no seu todo, incluindo a possibilidade de liberdade do
cidadão.
Artigo 69, al.h) CPP: “Recorrer, nos termos da lei, das decisões que lhe
forem desfavoráveis”
Art. 262 n.1 CPP: Da decisão que aplicar ou mantiver os meios de
coação no cabe recurso, a julgar no prazo máximo
de 30 dias a partir do momento em que os autos
forem recebidos.
• A solução adoptada no artigo 262 n. 2, CPP, impede que se
cumule o recurso e o habeas corpus, pressupondo haver
litispendência quando se invoquem os mesmos fundamentos.
• O recurso é decidido no prazo de 30 dias e o habeas corpus no
de 8 dias.
• Este recurso tem um carácter urgente e sobe imediatamente ao
tribunal ad quem (art. 460 n. 1, al.c) CPP), em separado (art.
459CPP), tem efeito devolutivo, (art. 462CPP, a contrário sensu).
• O art. 262 CPP não impõe que o recurso esteja subordinado a
fundamentos específicos
• Só o arguido e o MP podem recorrer da decisão que aplique,
mantenha ou substitua uma medida de coação (art. 453 al. a) e
al.b) CPP)
HABEAS CORPUS Art. 66CRM, Art. 263 e Art.265CPP
• Tem como pressuposto a restrição ilegal da liberdade, uma forma de
reacção destinada a provocar a intervenção judicial visando fazer
cessar a ilegalidade fundada em abuso de poder ou erro grosseiro.
• Através desta providência visa-se obter a declaração da
ilegalidade da detenção ou prisão preventiva e não a reapreciação
da respectiva decisão.
• Diferentemente do recurso, a providência do habeas corpus
subordina-se a fundamentos específicos, indicados em forma de
“catálogo”, a saber:
– Prisão ou detenção ilegal,
– Impetrado perante o tribunal competente
– Subscrição feita pelo preso ou por qualquer cidadão no gozo dos seus
direitos políticos
– Decidido no prazo de 8 dias, em audiência contraditória
HC por detenção ilegal Vs HC por prisão ilegal
Categoria Requerimento de HC por Detenção ilegalArt. 263 e Petição de HC por prisão illegal Art 265 e 266
Art 264
Legitimidade Detido ou qualquer pessoa no gozo dos direito Preso ou qualquer pessoa no gozo dos direito políticos
políticos
Entidade requerida Juiz de instrução onde o detido se encontra Presidente do Tribunal Superior de Recurso
Fundamentos • Excedido o prazo para entrega ao poder A petição funda-se em ilegalidade da prisão por ter sido:
judicial; • Efectuada ou ordenada por entidade incompetente;
• Manter-se a detenção fora dos locais • Motivada por facto pelo qual a lei a não permite; ou
legalmente permitidos; • Mantida para além dos prazos fixados pela lei ou por decisão judicial.
• Ter sido a detenção efectuada ou ordenada
por entidade incompetente;
• Ser a detenção motivada por facto pelo qual a
lei a não permite.
Procedimento, considerando • Ordem, por via telefónica, se necessário, de • A petição, em duplicado, é apresentada a autoridade à ordem da qual o preso se encontra
o pedido fundado apresentação imediata do detido • Após a distribuição, uma cópia é remetida à autoridade que tem o preso à sua guarda para
• Notificação da entidade que tiver o detido à responder no prazo de 48h
sua guarda para se apresentar no mesmo acto • Estando ainda preso, convoca-se a audiência contraditória (MP, preso e defensor
munida das informações e esclarecimentos constituido ou nomeado)
necessários à decisão sobre o requerimento • O relator faz uma exposição da petição e da resposta; Concedida a palavra, por 15 minutos,
• Audiência contraditória (MP, detido e ao Ministério Público e ao defensor; seguidamente, a secção criminal reúne-se para
defensor constituido ou nomeado) no prazo deliberar, a qual é imediatamente tornada pública a deliberação de:
de 48 horas ✓ Indeferir o pedido por falta de fundamento bastante;
• Considerando-se infundado o pedido, ✓ Mandar colocar imediatamente o preso à ordem do tribunal requerente e no local
condenação do requerente em 5 salários por este indicado,
mínimos ✓ nomeando um juiz para proceder a averiguações de legalidade da prisão;
✓ Mandar apresentar o preso no tribunal competente e no prazo de 24 horas; ou
✓ Declarar ilegal a prisão e, se for caso disso, ordenar a libertação imediata.
• Considerando-se infundado o pedido, condenação do peticionário em 10 salários mínimos
Prazo para decisão 8 dias 8 dias
Miguel Mussequejua
Mestre em Direito
Advogado e Docente Universitário
• NOTA PRELIMINAR.
• 1. Julgamento:
• FASE PRELIMINAR
• AUDIÊNCIA E,
• SENTENÇA
• Temas:
1. Sentença
a) Requisitos da sentença;
b) Admissibilidade do recurso; modos de subida e
c) Tramitação
• Art.º 84/al. b)
• Os tribunais judiciais de distrito em primeira instância julgam:
83).
• A jurisdição penal também pode julgar com juiz singular,
nos termos do artigo 20 do CPP.
b) Processo sumaríssimo;
• Testemunhal 159;
• Por declarações 174;
• Por acareação – 180;
• Por reconhecimento – 181;
• Por reconstituição dos factos – 184;
• Pericial – 185;
• Documental – 199;
Art.º 403
• Da mihi factum, dabo tibi ius ... "Iura novit curia - art.º
• 1. É nula a sentença:
máximo de 8 dias.
• Processo Sumaríssimo art.º 431 e ss
• Esta forma de processo é aplicável aos crimes cuja pena de prisão
não seja superior a 1 ano, ainda que com multa, ou em caso de ser
apenas cominado com a pena de multa.
Admissibilidade do recurso;
Modos de subida e
Tramitação
• Reclamações 458.
• TRAMITAÇÃO – 465
491.
• Os recursos podem ser Ordinários e Extraordinários
• Os recursos ordinários
• Atacam decisões que ainda não transitaram em julgado
• Obedecem ao regime dos art.º 466 e 467.
• Os recursos extraordinários
• São recuross que atacam decisões já transitadas em julgado
• Art.º 506 – REVISÃO
• Art.º 530 – Suspensão da execução e anulação de sentença
manifestamente injusta e, ou, ilegal.
• Os recursos ordinários sobem nos próprios autos quando (1)
incidam sobre decisões que ponham termo à causa e (2) os que com
recurso da decisão que tiver posto termo à causa (459, 464 - agravo
CPC).