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EXTENSÃO DE NIASSA
TRABALHO DE CULMINAÇÃO DO CURSO
Supervisor: Proponente:
Msc. Alfredo Coelho Laurinda Simao Mauda Malinga
ESTRUTURA DO TRABALHO
• Aspectos Introdutórios
• Fundamentação Teórica
• Analise, discussão e interpretação de Dados
• Conclusões e Recomendações
ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
• O presente trabalho tem como tema A não Cessação do Vínculo de Afinidade na linha Recta e Colateral Apos:
Dissolução do Casamento no Ordenamento Jurídico Moçambicano. Referir que, cada cônjuge ou companheiro
é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade que é determinada segundo o modelo do parentesco
consanguíneo, subdividindo-se em linhas recta e colateral.
• Tal como no parentesco consanguíneo, a afinidade em linha reta gera impedimento ad infinitum. Porem, a
afinidade (impedi- mentum affinitatis) deve limitar-se ao 1º grau, já que afinidade não gera afinidade, citando o
Direito Romano: affinitas affinitatem non parit. Na linha colateral, ao contrário da afinidade em linha reta, que é
perpétua, não há impedimento por afinidade, porque esta se extingue com a dissolução do casamento, citando-se
como exemplo a hipótese do cunhado, que deixa, com a separação judicial ou o divórcio, de ter esta qualidade.
CONT.
• Afinidade não podem casar os afins em linha recta” . Parentesco por afinidade é o que liga um
cônjuge ou companheiro aos parentes do outro. Resulta, pois, do casamento ou da união
estável. A proibição refere-se apenas à linha recta. Dissolvido o casamento ou a união estável
que deu origem ao aludido parentesco, o viúvo não pode casar-se com a enteada, nem com a
sogra, porque a afinidade em linha recta não se extingue com a dissolução do casamento que
a originou. A afinidade na linha colateral não constitui empecilho ao casamento.
• Assim, o cônjuge viúvo ou divorciado pode casar-se com a cunhada. Tendo em vista que o
Código Civil incluiu o companheiro no rol dos parentes por afinidade, não pode ele, dissolvida
a união estável, casar-se com a filha de sua ex companheira.
•
PROBLEMATIZAÇÃO
• Nos termos do artigo 15 da actual lei da família lei da Família estabelece que a relação de
afinidade na linha assim como colateral não cessa mesmo a pois a dissolução do matrimónio
entre os cônjuges, isto significa que uma vez contraído o matrimónio, o cônjuge passa a ter
uma relação de afinidade eterna com os parentes do outro cônjuge, facto que poderá criar
certos constrangimentos face a família do novo cônjuge, o que não faz sentido algum no nosso
entendimento, este facto acaba prendendo o cônjuge a relação anterior. Isto é, uma vez afim,
afim para sempre. Ademais, este facto poderá dar origem a vários problemas a nível social
visto que para a sociedade na fará sentido algum tal entendimento.
• Qual é a rácio do legislador em não fazer cessar o vinculo da Afinidade Apos a Dissolução do
Casamento?
CONT.
• Objectivos
• 1.2.1.Objectivo Geral
• 1.3.1.Objectivos específicos
• Método de Abordagem-Indutivo
• Que consistiu na investigação dos factos partindo do particular para o geral, ou seja, a partir
dos acórdãos do conselho constitucional que são considerados irrecorríveis, tipificado no
artigo 4 n° 1 da lei n.º 6/2006 de 2 de Agosto, lei orgânica do conselho constitucional,
generalizando para os demais actos irrecorríveis previstos nas demais leis;
• Método de Procedimento-Comparativo
• Que se baseou na comparação entre as redações dos artigos 70, 69 todos da CRM e os artigos
4 n.º 1 da lei n.º 6/2006 de 2 de Agosto, lei orgânica do conselho constitucional.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
• Conceitos, Família
• Conceito Sociológico
• Na sociologia, a família representa uma agregação de indivíduos unidos por laços afetivos ou
de parentesco em que os adultos são responsáveis pelo cuidado com as crianças.
• Conceito jurídico/legal
• 2. É ainda reconhecida como entidade familiar, para efeitos patrimoniais, a união singular,
estável, livre e notória entre um homem e uma mulher.
• Nos termos do artigo 7 da lei da família, são tidas como fontes das relações jurídicas familiares a
procriação, o parentesco, o casamento, a união de facto, a afinidade e a adopção
• Nos termos do artigo 9 da lei da família, Parentesco é o vínculo que une duas pessoas, em
consequência de uma delas descender de outra ou de ambas procederem de um progenitor
comum.
• A lei da família de 2004 assim como a de 2019, introduzem uma figura designada união de facto
que é uma das formas de constituição da maioria das nossas famílias. Tradicionalmente, a família
constituía-se através do casamento, do parentesco, da adopção e da afinidade.
• Com tantas formas de constituição da família, porque houve a necessidade de introduzir a união
da facto? - Como dissemos anteriormente, a união de facto é uma figura nova na nossa legislação.
Antes a lei apenas reconhecia as famílias unidas por casamento, pelo que ao terminar a relação, as
mulheres tinham garantia da partilha dos bens do casal.
ANALISE, DISCUSSÃO E INTERPRETAÇÃO DE
DADOS
• Vínculos de Afinidade Entre os Cônjuges e os Parentes e Impedimentos
• Diante o exposto, o parentesco consanguíneo não era importante para o Direito Romano mais
antigo, tendo em vista que a união familiar era baseada no liame civil e religioso. O vínculo de
sangue começa a ter importância com a queda da Igreja, em que a família passa a
desempenhar função mais restrita e derivada do casamento e da mútua assistência.
• A linha é a sequência de pessoas que se relacionam pelo vínculo, e dentro delas estão os graus
entre as pessoas. O grau é o medidor da distância que vai de uma geração a outra. Por fim, a
geração é a relação que existe entre o ascendente e descendente.
• Entretanto, a afinidade é o vínculo criado pelo casamento, é estabelecido pela lei entre um
cônjuge ou companheiro e os parentes do outro. Sabe-se que o casamento não torna o marido e
mulher parentes, a relação entre eles é apenas conjugal, que dissolve pela morte de um deles,
pelo divórcio ou pela anulação do matrimônio.
CONT.
• Impedimentos Matrimoniais Absolutos
• Diante da lei da família, os impedimentos de maior importância são aqueles por motivos de moralidade social, que
abrangem causas que interferem drasticamente na instituição da família e na estabilidade social. Por obviedade, são
os impedimentos de caráter absoluto, que determinam a nulidade do ato, podem ser acusados por qualquer pessoa e
pelo órgão do Ministério Público na sua posição de representante da sociedade.
• O artigo 32 da Lei da família elenca um rol taxativo, os 4 impedimentos matrimoniais absolutos que nos quais são:
• A demência notória, mesmo nos intervalos lúcidos, e a interdição ou inabilitação por anomalia psíquica;
• O casamento civil, religioso ou tradicional anterior não dissolvido, contraído nos termos da lei, desde que esteja
devidamente transcrito no registo civil.
• A situação fática é delicada, uma vez que, há inúmeras famílias se desfazendo e dessas
muitas estão se formando. Nesse cenário, novos vínculos familiares são formados, fazendo
com que o Estado nos mostre os graus de parentesco e seus impedimentos quanto ao
matrimônio.
CONT.
• Recomendações