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SN356 - EPIDEMIOLOGIA II

CASO PRÁTICO
Nome e Sobrenome(s): Mário Chimo
Usuário: Mário.Chimo
Data:15/08/2023

CASO APLICADO

Você deseja conhecer as causas da baixa adesão ao tratamento de diabetes mellitus em um


estabelecimento de saúde primário. Neste centro de saúde, há 1500 pacientes diabéticos
sob controle, dos quais apenas 60% frequentam seus controles e retiram seus
medicamentos da farmácia. Desses pacientes, apenas 20% têm um bom controle glicêmico.

Elabore o esboço de um estudo com metodologia mista que você realizaria neste
estabelecimento de saúde.

A pesquisa com métodos mistos combina os métodos de pesquisa qualitativos e


quantitativos e tem por objetivo generalizar os resultados qualitativos, ou aprofundar a
compreensão dos resultados quantitativos, ou corroborar os resultados (qualitativos ou
quantitativos). Uma pesquisa que empregue métodos mistos, geralmente, é
desenvolvida por um grupo de pesquisadores que possuem diferentes habilidades e
competências em pesquisa e podem aplicar com coerência e precisão diferentes
métodos (JOHNSON; ONWUEGBUZIE; TURNER, 2007; PLUYE, 2012).

Segundo o PLUYE et al, 2009ª, quanto ao rigor metodológico, as revisões mistas podem
ser classificadas em três tipos:

 Revisões mistas sistemáticas, aquelas que explicitam todos os elementos.

 Revisões mistas reproduzíveis, aquelas que explicitam elementos suficientes para


viabilizar que outros pesquisadores refaçam o seu percurso de construção.

 Revisões mistas de conveniência, aquelas que não explicitam os elementos considerados


em sua construção e não são reproduzíveis.

e confiáveis a respeito de um grande número de observações. Segundo o autor, as técnicas


qualitativas, como entrevistas abertas, fornecem informações sobre a própria fala dos
entrevistados, oferecendo diferentes perspectivas sobre o tema e delineando os aspectos
subjetivos do fenômeno. Entendemos que tanto as técnicas quantitativas quanto as
qualitativas têm potencialidades e limitações. Em geral, elas são utilizadas com propósitos
distintos.

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1. Contextualize o problema usando referências da literatura (pelo menos 3).

O Diabetes Mellitos (DM) é uma doença que está se tornando um problema de saúde
pública de importância mundial, devido ao crescente aparecimento de novos casos
(Grillo e Gorini, 2007). Essa enfermidade é caracterizada na etiologia dos distúrbios
glicêmicos, sendo que no tipo 1 ocorre primeiro a destruição das células beta
pancreáticas que podem levar a cetoacidose e no tipo 2, ocorre graus variáveis de
resistência à insulina e de deficiência de secreção da mesma. A DM faz parte da
chamada síndrome plurimetabólica ou resistência à insulina, que se consiste na menor
captação de glicose por tecidos periféricos (Brasil, 2001).

Um problema que tem se tornado muito importante no cenário internacional e nacional


é a não adesão ao tratamento da DM, o que colabora para baixa eficiência do mesmo,
acarretando complicações em médio e longo prazo (Hill-Briggs e Gemmell,2007).

Os estudos evidenciam que os pacientes com DM apresentam menor adesão a atividade


física e ao plano alimentar do que ao tratamento medicamentoso (Moreau, Aroles,
Souweine, Flori, Erpeldinger, Figon, et al., 2009).

2. Defina a pergunta de pesquisa.

Campos, Faria, Santos (2010), por meio de análise dos dados obtidos no diagnóstico
situacional realizado, foram levantados os principais problemas apresentado no
diagnóstico situacional da área de abrangência, são eles:

 Alta incidência de Diabetes Mellitus tipo 2

 Os motivos da baixa adesão dos pacientes ao tratamento do Diabetes Mellitus?

 Alto consumo de antidepressivos e ansiolíticos

 Elevada incidência de doenças cardiovasculares (Hipertensão)

3. Descreva a metodologia que usará para realizar o estudo, incluindo a coleta e análise de
dados para cada um dos métodos (qualitativo e quantitativo separadamente).

Metodologia

Este é um estudo de caráter misto, o qual abordará as possíveis causas da baixa adesão ao
tratamento de diabetes mellitus em um estabelecimento de saúde primária. Inicialmente será
realizado um diagnóstico da área de atuação do estabelecimento de saúde primária,
onde já foi identificado como o principal problema da baixa adesão ao tratamento o elevado
número de portadores de diabetes mellitus (DM).

Metodologia qualitativa

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A investigação qualitativa é pertinente para a compreensão do contexto relacionado adesão
ao tratamento do diabetes. Desta forma, fez-se a escolha pela compreensão do problema de
pesquisa, quais as causas de não adesão ao tratamento de DM. A metodologia qualitativa
assume um caráter descritivo, comparativo e explicativo. Escritivo, estudo das
características de um grupo em relação aos seguintes fenômenos: representações
sociais do DM e intenção comportamental para o tratamento; comparativo, comparar os
aspectos sociais do DM e a intenção de realizar o tratamento para pessoas com DM que
aderem e que não aderem a medicação e, explicativo, pois examina as relações entre
as representações sociais do DM e a intenção comportamental para o tratamento e a
influência destas no processo de adesão ao tratamento.

Metodologia quantitativa

O estudo quantitativo exploratório, onde utiliza-se cinco instrumentos para a coleta de


dados: um questionário contendo variáveis sociodemográficas, clínicas e de controle
metabólico; o instrumento Medida de Adesão aos Tratamentos, quantas pessoas ainda
estão e as que deixaram (MAT), composto por sete itens que permitem avaliar o uso diário
dos medicamentos prescritos pelos pacientes, em uma escala de seis pontos, onde 1
(sempre) a 6 (nunca); o Questionário de Frequência de Consumo Alimentar (QFCA),
que permite avaliar o consumo de dez grupos de alimentos segundo número de vezes em
que o alimento foi consumido em dias, semanas e meses, e tamanho das porções
consumidas; o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) versão curta,
composto por oito questões que avaliam o nível da prática habitual de atividade física a
partir de informações sobre a frequência, duração da atividade física, bem como o tempo
despendido na posição sentada na semana anterior à entrevista e os motivos que fizeram os
pacientes deixarem o tratamento. Para análise dos dados, serão utilizadas as variáveis
sociodemográficas (idade, sexo, anos de tratamento), condições clínicas (tempo de
diagnóstico, índice de massa corporal, circunferência abdominal, pressão arterial,
antidiabéticos orais, consumo alimentar e nível de atividade física) e de controle
metabólico (hemoglobina glicada, colesterol total, triglicerídeos, colesterol lipoproteína
de alta densidade e colesterol lipoproteína de baixa densidade), e os escores
referentes aos instrumentos MAT e QFCA e a classificação IPAQ.

4. Defina o objetivo do projeto.

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O presente projeto tem como
objetivo conhecer as causas da
baixa adesão ao
tratamento de diabetes mellitus
em um estabelecimento de saúde
primária. E com isso,
O presente projeto tem como
objetivo conhecer as causas da
baixa adesão ao
tratamento de diabetes mellitus
em um estabelecimento de saúde
primária. E com isso,
O presente projeto tem como
objetivo conhecer as causas da
baixa adesão ao
tratamento de diabetes mellitus
em um estabelecimento de saúde
primária. E com isso,
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O presente projecto tem como objectivo conhecer as causas da baixa adesão ao tratamento
de diabetes millitus em estabelecimento de saúde primária. E com isso, compreender como
as limitações e dificuldades diárias impostas pelo tratamento influenciam na adesão ao
tratamento, determinar a taxa de adesão ao tratamento e investigar quais medidas os
pacientes têm usado para a melhoria da qualidade de vida (como atividade física,
medicamentos e alimentação). Identifique a amostra apropriada com os critérios de seleção
apropriados (inclusão, exclusão e eliminação).

5. Identifique a amostra apropriada com os critérios de seleção apropriados (inclusão,


exclusão e eliminação).

A amostra do presente projeto será composta de acordo com os critérios de inclusão, onde
serão selecionadas pessoas maiores de 18 anos, de ambos os sexos, que apresentem
diabete mellitus que façam e que não façam o tratamento, excluindo pessoas abaixo
dessa faixa etária e que não apresentem a doença. Pessoas que não estejam com
disposição para colaborar com o estudo e que não queiram responder ao questionário
proposto serão eliminadas da amostra.

6. Apresente as referências de literatura no formato APA ou Vancouver.

Bibliografia:

1. Arrelias, C. C. A., Faria, H.


T. G., Teixeira, C. R. D. S.,
Santos, M. A. D., e Zanetti, M.
L.
2. (2015). Adesão ao
tratamento do diabetes
mellitus e variáveis
sociodemográficas,
5
3. clinicas e de controle
metabólico. Acta Paulista de
Enfermagem, 28(4), 315-322.
1. Arrelias, C. C. A., Faria, H. T. G., Teixeira, C. R. D. S., Santos, M. A. D., e Zanetti, M.
L. (2015). Adesão ao tratamento do diabetes mellitus e variáveis
sociodemográficas, clinicas e de controle metabólico. Acta Paulista de Enfermagem,
28(4), 315-322.

2. Avelar, F. A. (2017). Baixa adesão ao tratamento e controle do diabetes


mellitus na Unidade de Saúde da Família Vila Pérola, equipe 84, Contagem-
MG: plano de intervenção.

3. Brasil Ministério da Saúde. (2001). Plano de Reorganização da Atenção à


Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus, Brasília.

4. Campos, F. C. C.; Faria, H. P.; Santos, M A. Planejamento e avaliação das ações em


saúde. NESCON/UFMG - Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da
Família. 2ed. Belo Horizonte: Nescon/UFMG, 2010. Disponível em:
<https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/registro/Planejamento_e_avaliacao
_das_acoes_de_saude_2/3> . Acesso em: 14 jan 2013.

5. Grillo, M. F. F. e Gorini, M. I. P. C. (2017). Caracterização de pessoas com Diabetes


Milicos tipo 2. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v.60, n. 1, p. 49-54,
jan/fev. 2007. Disponível em
https://www.scielo.br/j/reben/a/vrdXt5HkKvy7bN3hXQMrNwm/?lang=pt&format=pdf.
Acesso em: 10 de julho de 2022.

6. Johnson, R. B.; Onwuegbuzie, A. J.; Turner, L. A. Toward a definition of mixed


methods research. Journal of Mixed Methods Research, v. 1, n. 2, 2007, p.112-
133.

7. Hill-Briggs F. e Gemmell L. (2007). Problem solving in diabetes self-management and


control: a systematic review of the literature. Diabetes Educ.33(6):1032-50.

8. Moreau A, Aroles V, Souweine G, Flori M, Erpeldinger S, Figon S, et al. (2009).


Patient versus general practitioner perception of problems with treatment adherence
in type 2 diabetes: from adherence to concordance. Eur J Gen Pract. 15(3):147-53.

9. Pluye, P. Les méthodes mixtes. In: RIDDE, V.; DAGENAIS, C. (Ed.). Approches
et pratiques en évaluation de programme. Montréal: Presses de l’Université de
Montréal, 2012. p. 125-143.

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