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Love in The Dark Ellie Morgan
Love in The Dark Ellie Morgan
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REVISÃO:
Fruto Proibido
CAPA:
Bruna Silva
capistabrunasilva
DIAGRAMAÇÃO:
Larissa Chagas
lchagasdesign
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Avisos e Gatilhos
Importante lembrar
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Dedico este livro a 99% das minhas leitoras, que sempre apoiam
todas as obscenidades que eu escrevo. Mas, também, àquele 1%
que me manda mensagens em horários suspeitos, dizendo que
gozaram lendo.
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16 de Março | Sábado
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Minha irmã sempre foi atenciosa e protetora. Acho que ela tinha
medo de que eu não soubesse ficar sozinha, mesmo que isso nunca
tenha sido um problema para mim.
No mundo dela, querer ficar sozinha era quase o mesmo que
gritar: "Eu tenho depressão e quero cortar os meus pulsos", quando,
na verdade, tudo o que eu queria era ser uma antissocial em paz. Só
que não dava para explicar isso para uma festeira de primeira igual a
ela. Então eu ia às festas, pelo bem do seu lado materno para
comigo e, também, para garantir que a minha adolescência não se
resumisse a brigar na internet, mandar memes e ler livros de
romance com protagonistas perfeitos.
Os olhos da minha irmã brilhavam toda vez que ela conseguia
me arrastar para fora do meu quarto com destino a outra de suas
"reuniões" de amigos. Porém, hoje em particular, me arrependi de
ter vindo antes mesmo de ter posto os pés aqui; tentar se adaptar à
moda não funcionava muito bem quando se estava presenciando
uma temperatura impiedosa vestida em uma minissaia jeans e uma
regata branca tão fina que mal cobria o meu sutiã.
O céu estava tomado pela cor rubro e a brisa gelada debandava
todas as partes do ambiente, indicando uma grande tempestade. Por
esta razão, tentei manter-me o mais aquecida possível e me sentei
no tronco em volta da fogueira.
Arrepios percorreram a minha pele à medida que a rajada de
vento atingia as minhas costas não cobertas pelo calor do fogo.
Havia, pelo menos, umas vinte pessoas nessa festa, e nenhuma
delas parecia estar com tanto frio quanto eu. De fato, a maioria
estava mais vestida se comparados a mim, porém, ainda assim.
Não tendo muitas opções de agasalho, joguei o meu cabelo para
trás, deixando que as longas madeixas castanhas me cobrissem e
encolhi os ombros. Ouvi passos bem próximos de mim e notei um
amigo de Loren se aproximando. Tentei não deixar óbvio o meu
olhar de desagrado e cravei os olhos na fogueira.
Não que eu o odiasse, apenas era difícil suportar a sua
inconveniência em ser sempre insistente.
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— Foi mal, Dytto. Realmente não há outro lugar aqui por perto
— ele confirmou pesaroso e precisei contrair as pernas novamente
quando minha bexiga implorou para ser esvaziada.
Queria poder rebocar Claire dali para me fazer companhia
enquanto procurava por algum lugar, mas não queria ser
inconveniente e nem a obrigar a cambalear pelo mato comigo. E,
muito provavelmente, seria eu a carregá-la por todo o caminho de
ida e volta. Um trabalho duplo do qual eu não estava muito afim.
— Pega, use a lanterna do meu celular. — Claire o estendeu para
mim.
— Obrigada!
Não sabia o que havia acontecido com o meu, mas desconfiava
que Loren o tivesse escondido em seu carro para que eu não tivesse
que atender as milhares de ligações de nossos pais a cada cinco
minutos para confirmar que ainda estávamos vivas. Mais tarde com
certeza estaríamos de castigo e seria, em grande parte, culpa da
minha irmã. A outra parcela de culpa eu assumiria por ter
concordado em vir.
— Eu espero não me perder. — Suspirei nervosa.
Os dois riram.
— Só não vá para muito longe — Joshua alertou, esfregando os
dedos em seu cabelo desgrenhado.
Concordei num aceno e saí com passos largos. Os pelos dos
meus braços e pernas se eriçaram e meus dedos já estavam
dormentes de tanto frio. De vez em quando eu parava em algum
canto, prendia o xixi e voltava a andar.
Eu não devia ter bebido tanto líquido sem antes não ter usado o
banheiro quando ainda podia. Odiava sentir vontade de fazer
necessidades em lugares que claramente não eram adaptados para
isso.
Afastei-me um pouco de cada vez da multidão eufórica e
barulhenta, tomando o cuidado de não esbarrar em ninguém até
finalmente estar de encontro com o mato aberto, longe de todos.
A floresta era extensa e larga. Cheia de lindas árvores robustas.
No entanto, algumas estavam mortas e com enormes galhos
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20 de Março | Quarta-feira
4 dias depois…
— Chegamos — aviso a minha irmã e ergo os olhos do GPS para
o nosso destino final; a antiga mansão de madeira, onde ocorre a
maior festança da vez.
Minha irmã já havia desacelerado a sua SUV antes mesmo que
eu tivesse terminado de falar e procurou estacionar em uma das
poucas vagas livres na entrada da casa.
A mansão está localizada em um dos lugares mais solitários da
floresta de Vespeau. Sem nenhum dono para vistoriar, o imóvel se
torna a oportunidade perfeita para festas clandestinas. Eu nunca
havia vindo aqui antes, no entanto, depois de tanto Loren insistir,
acabei me rendendo.
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Loren não queria vir tão cedo à festa, mas a convenci de que o
quanto antes voltássemos para casa, menor seria a punição imposta
pelos nossos pais desta vez. Na última, fomos obrigadas a confessar
nossos pecados ao padre e rezarmos umas dez ave-marias.
Que Deus me perdoe, mas meus pecados estão acabando com
os meus joelhos.
Assim que entramos, minha irmã cumprimentou a todos por
onde passávamos, eu apenas repeti o gesto para não parecer uma
total estranha.
Uma das razões pelas quais eu sempre fico acobertada por
Loren, é que eu sempre me sinto mais confortável quando me
escondo. Ao contrário de mim, Lô parece totalmente à vontade com
a atenção que recebe.
Ao passarmos pela maior parte dos festeiros, chegamos no
centro da casa, que outrora deveria ter sido uma sala elegante e
rústica, no entanto, agora é só mais um amontoado de poeira e
móveis quebrados.
Vistoriando tudo em volta encontramos: Marcos, Claire e Joshua
sentados no velho sofá amarelo cheio de rasgos com outros
adolescentes. Estão todos obviamente bêbados, animados e postos
em um círculo no cômodo.
Há uma garrafa no meio da roda de pessoas, em cima de uma
desgastada mesa de centro de madeira. Alguém fica encarregado de
rodá-la enquanto os outros ficam na expectativa de onde ela vai
parar. Um tipo de jogo que mais recorda "verdade ou desafio",
porém não parece ser essa a brincadeira.
Me sento no braço quebrado de um dos sofás, ainda insegura de
tocar em qualquer coisa, já Loren se acomoda na parte estofada, ao
meu lado.
— Qual é a dessa brincadeira? — pergunto baixinho, para que
apenas ela me escute.
Loren se inclina um pouco em minha direção.
— É beijo ou consequência. Ou você beija alguém, ou tem que
cumprir um desafio.
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— Ai, merda!
— O que é? — sondo preocupada ao vê-la entrar em pânico.
— O Yori está aqui. A Loren vai surtar — sussurra.
— Onde? — Estico o pescoço.
— Ali. — Aponta com o queixo e sigo com o olhar.
O garoto completamente tatuado e absurdo de tão alto se
aproxima do amontoado de gente que parece o esperar para
cumprimentá-lo. Ele está totalmente à vontade, como se soubesse
que será bem recepcionado por onde quer que passe. Os olhos
verdes olham para os seus amigos com perversidade, sua boca está
curvada para o canto e a sua expressão está cheia de superioridade
de tanta arrogância que exala.
Eu teria realmente ficado encantada com a sua beleza e enojada
com o seu comportamento se o garoto já não me fosse familiar.
Merda! Merda! Merda!
— Espera aí! Ele é o Yori? — me apavoro.
— O próprio — a ruiva responde tranquilamente, não notando a
urgência em minha voz.
— Christopher é o Yori — balbucio sozinha.
O garoto que viu a minha bunda no meio da floresta é o Yori?
"Yori, o babaca"?
Mas é claro! Christopher Yori! O filho da mãe tem nome
composto.
— Oh, merda!
Tapo o meu rosto com as duas mãos, ardendo de vergonha, e
me jogo onde Loren estava sentada há poucos minutos,
escorregando a bunda no estofado até estar quase deitada.
— Já o conhece? — Ben pergunta, confuso.
— Meio que sim, e não foi em uma situação muito boa —
resmungo baixo.
Eu sinceramente esperava não o ver nunca mais em toda a
minha vida. Mas cá estamos nós. Os dois na mesma festa.
Me contorço de ansiedade e solto um suspiro irritado. Não é
muito agradável ver o maluco que me viu seminua e mijando na
floresta há quatro dias no mesmo lugar que eu. Ainda mais depois
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Cruzei os dedos uns nos outros e olhei para Marcos que, por sua
vez, ainda esperava uma resposta.
— Definitivamente, não. Para todos os efeitos, me vejam apenas
como um abajur de decoração e esqueçam que eu estou aqui —
disparo trêmula e todos riem, menos eu.
Marcos cruza os braços e me lança um olhar com descrença.
— Não vai mesmo brincar? — insiste.
Balanço a cabeça.
— Fora de cogitação.
— Dytto não curte essas brincadeiras — Loren reforça, com o
seu modo irmã protetora ativado, em seguida toma mais um gole de
sua cerveja.
Marcos parece contrariado, mas acaba assentindo. Sabe que
rebater a minha irmã é o mesmo que pedir por uma guerra.
— Ok. E você, Ben? — Marcos aponta, tirando o foco de mim, e
mentalmente o agradeço por isso.
Os olhares se vão para o garoto ao meu lado ou, pelo menos,
quase todos. Sinto minha pele sendo fuzilada pelo olhar maciço de
Christopher.
Meu coração está disparado no peito e minhas mãos soam frias.
Por alguma razão ele continua me encarando. E, por soslaio, percebo
seu olhar vagando por cada mísero pedaço do meu rosto, como se
não pudesse se conter.
— Vou, eu não tenho nada melhor para fazer mesmo — Ben
suspira.
— Ok, então... beijo ou consequência? — Marcos incita sorrindo.
— Espera! Você não vai girar a garrafa? — intervém, confuso.
Os dois trocam olhares. Marcos mantém um sorriso perverso no
rosto, como se planejasse algo, até que o responde:
— Que se dane a garrafa.
Ben revira os olhos.
— Beleza! Beijo, então. — Dá de ombros.
— Te desafio a beijar o Christopher — ele o provoca, aos risos.
— Ah, vá se foder! Se era o seu plano desde o início me fazer
escolher consequência, era só ter dito — Ben zomba.
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21 de Março | Quinta-feira
— Hoje está tão quente! — Luc comenta todo sedutor.
Ele abana a sua camiseta de forma exagerada enquanto
arrastamos preguiçosamente nossos pés sobre a ponte de arco que
dá acesso do refeitório às salas de aula.
Luc é extremamente bonito; do tipo que te hipnotiza com o
sorriso perfeito dele, o corpo atlético, a pele escura e os lábios
carnudos, mas não é muito esperto quando o assunto é flerte. Se ele
queria que eu visse o abdômen definido dele, era só ter dito, não
precisava de todo esse drama.
Prendo um sorriso quando percebo seus olhos castanhos
mirados nos meus com a mais pura malícia.
Aos doze anos, eu caia de amores por Luc, mas, para a minha
completa falta de sorte, ele era apaixonado por Loren. Então, por
dois anos seguidos, eu tive que enfrentar uma paixão platônica, até
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lago, para, então, darem a volta por um lado mais raso e subirem
novamente.
— As coitadas devem mesmo é estarem enlouquecendo depois
de serem obrigadas a conviver todo santo dia com tanto adolescente
— comento.
— Pelo menos elas ficam bonitas como decoração.
— Elas não fazem parte da decoração, Luc. Elas são uma
herança cultural — implico
— Tanto faz, você entendeu o que eu quis dizer. — Ele balança
os ombros.
Pequenas partes dos nossos costumes, como: alguns festivais de
danças, arte e ornamentação, vieram de vestígios japoneses, já que,
quem de fato descobriu a nossa ilha, foi uma velha família da
nobreza japonesa; os grandes e famosos Tanakas. A família mais vil
e rica de Nabrya.
Há tantos boatos esquisitos dessas pessoas que é até difícil ter
um pouco sequer de gratidão por essas pequenas heranças que eles
nos deixaram, visto que, há um longo histórico de torturas, rituais,
intimidação e ganância em seu nome.
Hoje em dia sabemos apenas que eles existem, pois, ao passar
dos anos, pouco a pouco ganharam uma identidade mais anônima,
até que se tornaram apenas fantasmas ocultos convivendo em nossa
cidade. O que só torna a história toda mais bizarra.
— Saco! — Luc resmunga.
— Que foi?
— Tenho um jantar importante hoje com os meus pais. Odeio ter
que pensar em faculdade agora.
— Já não está no quarto ano? Deveria começar a pensar nisso.
Ele torce o nariz.
— Nem sei ainda o que eu quero fazer.
— Bom, então procure algo. Nossa escola criou um ano a mais
no ensino médio justamente para isso. Só não invente de tirar um
ano sabático.
— Dytto, ainda bem que você é muito linda, porque às vezes,
você consegue ser irritante pra caralho — reclama, fazendo-me rir.
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Seu olhar passeava pela sala de aula com atenção, ainda não
havia me avistado ou, ao menos, até o exato instante. Um arrepio
percorreu minha coluna assim que seus olhos esmeraldas recaíram
sobre os meus, ainda mais sombrios.
Ele não os moveu, me encarou com tanta rigidez que quase
implorei para que parasse com aquilo. Eu realmente quis enfiar
minha cabeça dentro da minha mochila, mas, ainda assim, ele não
iria magicamente desaparecer.
Nosso professor terminou de apresentá-lo e fomos
bombardeados por burburinhos que prontamente começaram a
aumentar. Logo em seguida, deu-se início aos estudos do dia. No
decorrer da aula, Christopher tomou um tempo para lecionar. Mesmo
que estivesse explicando um assunto para mais de 35 alunos, era
sempre em mim que seu olhar cravava violentamente.
Minha pele parecia queimar e meu estômago embrulhava toda
vez que Christopher olhava para mim. E ele olhava muito para mim.
Me sentia impaciente e agitada. Conferia meu relógio a cada dois
minutos, mas o tempo dava a impressão de nunca passar. Já não
conseguia mais parar de balançar a perna e de suspirar, frustrada.
Estava distraída em meio ao turbilhão de pensamentos ansiosos
da minha mente, quando vi sua mão pousar na superfície da minha
mesa. Meu olhar naturalmente subiu pelo seu braço e encontrou o
seu pesando sobre mim.
— Tem alguma dúvida quanto ao assunto do seu dever,
senhorita Bell? — perguntou, seco.
Por um breve instante eu não reagi, apenas fiquei o encarando
como um completo idiota. Até que, enfim, balancei a cabeça,
negando, sem nem mesmo ter prestado atenção no que ele dizia.
Christopher franziu a testa.
— Ainda não respondeu nada.
Ele aponta com o queixo para a folha em branco em cima da
carteira e arregalo os olhos.
— Droga! Quando foi que isso veio parar aqui? — sussurrei,
espantada.
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— Por que está tão distraída, então? — sua voz soa mais baixo
desta vez.
Seu olhar parecia querer impulsionar uma resposta da minha
parte, no entanto, tudo o que fiz foi balançar a cabeça e dar
continuidade ao que estava escrevendo. Estava tão estressada com a
situação que a minha letra virou um completo garrancho cheio de
tremidas em toda a atividade.
— Não me convenceu — insiste.
Fingi não tê-lo escutado e, por sorte, o som estridente e
contínuo do alarme assomou o lugar no mesmo momento.
Finalmente!
Meus ombros, antes tensos, relaxam e meu corpo se inunda de
alívio ao saber que, enfim, sairia daquela aula após 35 minutos com
Christopher ao meu lado, olhando-me impiedoso.
Durante todo o tempo em que a Torre Tatuada permaneceu
comigo, temi que fosse aprontar algo macabro. Eu não conseguia
dizer nem mesmo uma frase inteira sem gaguejar.
Ele não se levantou para ajudar os outros com o dever. E, na
única vez em que o chamaram — mesmo que as intenções da aluna
parecessem outras. — Chris a incentivou, de maneira nada sutil, que
ela se dirigisse ao professor, pois, pelo visto, ficar ao meu lado era
tão necessário que ele não estava nem aí para o restante da sala.
Desde então, os alunos ficaram receosos de pedirem o seu o auxílio
novamente.
Vicente, nosso professor, nos olhou desconfiado por diversas
vezes, mas não se atreveu a nos confrontar. Acho que até o próprio
tem um pouco de medo de Christopher, mas, quem não teria?
Assim que os alunos começaram a guardar os seus materiais,
Chris se aproximou do meu ouvido e automaticamente congelei no
lugar quando senti sua respiração quente no meu pescoço.
— Nos vemos em breve, Dingo Bells. Eu estou de olho em você
— alerta sério e, só então, ele se põe de pé, afastando-se
rapidamente.
Sentindo meu rosto queimar de vergonha pela ideia de que
alguém possa ter nos escutado, olho em volta para dar uma
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— Sei lá, só devo estar cansada. Não gosto de ter que ficar o dia
inteiro na escola quando Loren não vem.
Luc parece mais aliviado e passa os braços ao redor dos meus
ombros.
— Você tem a mim.
— É, mas você não é a minha irmã. Você é um descarado. — O
afasto e ele ri.
— Você me ama que eu sei.
— Você que pensa — gracejo.
— Quando é que você vai deixar de ser tão fria e vai me
convidar para sair, Dy? — Ele cruza os braços.
— Não sou fria, eu sempre te chamo para sair.
— Você me chama para festas, e eu mereço um encontro —
rebate, frustrado.
— Não.
Ele bufa, mas finjo não ouvi-lo. Ignorando a sua insistência por
um encontro, seguimos para o estacionamento, onde os amigos de
Luc nos olham com sorrisinhos bobos ao passarmos por eles, pois
juram que existe algo rolando entre nós, no entanto, a realidade é
bem diferente.
Ao alcançarmos o meu sedan, paramos frente a frente, o que
acaba me proporcionando a visão do seu rosto de cachorro chutado.
— Você merece um pouco de juízo, Luc.
Ele encosta o seu corpo em meu carro e curva um sorrisinho.
— Oh, Dytto. Só me dê uma chancezinha e eu vou te mostrar
que eu sou o homem da sua vida.
Rio alto disso e balanço a cabeça.
— Não mesmo.
Passo por ele e jogo as minhas coisas dentro do carro, quando
volto para onde estava, o encontrando olhando fixamente para um
ponto específico.
— Tá olhando o que? — pergunto, sorrindo.
— Por que o Christopher está nos encarando?
A expressão bem-humorada evapora de meu rosto e arregalo os
olhos.
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— Agora vai me dizer que nunca bebeu na sua vida? Não venha
agir como um santo, pai — ela rebate, a voz instável e os lábios
trêmulos.
— Você é a irmã mais velha, e ainda assim é Dytto que se
contém no seu lugar. Você deveria ser um exemplo para sua irmã.
Não o contrário. — As veias saltam em seu pescoço conforme ele
berra a sua irritação sobre ela.
Enquanto isso, minha irmã o encara com amargura e a mais
pura mágoa.
— Papai, isso não é algo que deveria ser tarefa para Loren —
intervenho.
— FIQUE QUIETA! — esbraveja eu arregalo os olhos.
— Amor, por favor, pare! — Ever pede, testemunhando para
onde estamos indo nessa discussão fútil.
Mamãe sempre conseguiu manter um certo equilíbrio em nossos
jantares de família. Ela não gosta das conversas duras que papai
geralmente direciona à Loren, porém, é submissa demais para
conseguir se impor completamente.
Theo contrai a mandíbula, ainda furioso. Ele tenta se controlar,
enquanto minha irmã finge não estar segurando o choro.
— Eu vou subir — Loren avisa, já se levantando.
Ever apertou o braço de Theo, que já estava prestes a se opor
quando minha irmã saiu a passos largos. Eu, no entanto, corri para
acompanhá-la, pois sabia como ela ficava extremamente vulnerável
em momentos como esse.
Assim que já estávamos em seu quarto, ela rapidamente o
trancou para evitar que algum dos dois entrasse.
Deitei-me ao seu lado na cama e a envolvi em meus braços. Não
demorou muito e ela desabou em lágrimas, não apenas de tristeza,
mas também, raiva. Disso ela está cheia.
Ela odeia quase tudo em nossos pais, mas principalmente o fato
deles já terem planejado toda uma vida para ela. Desde o cara certo,
a profissão, faculdade, onde vai morar e até mesmo quando é a hora
certa de ter filhos.
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22 de Março | Sexta-feira
Durante a aula de inglês, Christopher se manteve sentado à
frente da classe. Seu semblante era sempre cheio de seriedade,
porém, hoje ele estava mais receptivo aos pedidos de ajuda dos
alunos.
Desta vez, ele não ousou se aproximar de mim, tampouco me
olhar. Parecia que, mesmo indiretamente e sem discussões,
estávamos nos evitando, ou melhor, ele o estava fazendo.
No decorrer da aula, foi eu quem inevitavelmente o olhou por
diversas vezes. Estava em uma corda bamba, sem saber o que havia
acontecido, ou o porquê de ele estar tão contrário a forma que agiu
na aula passada.
Eu não estava interessada em ser o alvo de sua arrogância
novamente, mas queria ao menos uma explicação do que de fato
estava acontecendo; mesmo que eu nunca fosse questioná-lo sobre,
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— É porque não posso permitir que seja tão pura. Não sabe
como isso me enlouquece.
— Por favor... Eu preciso ir — peço num sopro.
Ele lentamente joga a cabeça para o lado.
— Você vai. Mas não vai se livrar de mim — garante.
Como ele podia ser tão mau assim? Não havia compaixão em
sua fala ou em sua face. Apenas a expressão mais sombria e
maléfica que poderia existir. Christopher claramente pretende me
destruir.
— Não magoou a minha irmã o suficiente e agora vai garantir
que eu seja a próxima também? — questionei, magoada.
— A sua irmã? Não fiz nada a ela — se defende.
— Fique longe de nós — disse séria.
— Eu já estou longe dela há um bom tempo, Dingo. Mas, já de
você...
— Vai o quê? Me usar para os seus rituais na floresta? — Sorri
amarga.
Tudo o que eu queria era correr dali.
— Não, meu anjo. Eu vou te usar, mas de um jeito gostoso.
Minhas bochechas se acenderam e meu coração disparou mais
forte.
— E eu prometo que você vai gostar de sentir o gosto do
pecado. Vou te fazer implorar por mais, minha Dingo Bells. Não há
almas que se mantenham puras depois de entrarem no meu
caminho.
Repentinamente, ele se afastou de mim, deixando um espaço
brusco entre nós. Precisei segurar a bancada da pia ao meu lado
para conseguir me equilibrar.
— Nos vemos por aí — avisou, partindo rapidamente para fora
do banheiro.
Não demorou nem mesmo um segundo, assim que a porta
bateu, Loren entrou.
— Será que poderia me explicar o que está havendo? —
questionou furiosa.
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23 de Março | Sábado
Durante o café da manhã, Dytto estava completamente imersa
em seus pensamentos. Os seus olhos se mantinham fixos à tigela de
frutas diante de si, mas ela não parecia realmente vê-la. Sua mente
estava divagando num mundo só seu.
Ela permanecera completamente imóvel e apática em sua
cadeira durante todo o tempo em que esteve ali. Talvez ainda
estivesse com sono, no entanto, parecia ser algo a mais que lhe
prendia a atenção.
De onde eu estava, a observava em silêncio, não fazia ideia do
que se passava em sua cabeça, mas me preocupava vê-la assim. Vez
ou outra, ela expirava baixo e cansado.
Deveríamos ter saído há quinze minutos, entretanto, Dytto ainda
estava em seu pijama, alheia ao nosso compromisso obrigatório.
Normalmente, era ela quem sempre pegava no meu pé para que eu
me aprontasse, mas hoje, parecia uma completa sonâmbula.
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24 de Março | Domingo
Eu estava morrendo.
O meu corpo havia entrado em total colapso de um dia para o
outro. Como fumaça, todas as minhas energias evaporaram. Sentia-
me desorientada e alucinando acordada. Havia duas noites seguidas
em que eu não conseguia dormir e já estava entrando em uma crise
nervosa. Não fazia ideia de como tinha chegado a este ponto tão
rápido. Apenas havia caído em um completo estado de insônia.
Uma pequena e sombria voz dentro da minha cabeça estava a
me perturbar o tempo todo. Provocando-me a cair em delírios.
Eu sempre me cuidei, mantinha uma dieta saudável e uma rotina
estável, não havia motivos para que eu adoecesse assim. Porém, não
sentia como se isso afetasse somente o meu estado físico, contudo,
o meu psicológico e, de alguma forma, espiritual. Estava agonizando
dentro do meu próprio corpo e temia estar à beira da loucura.
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25 de Março | Segunda
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meu cabelo. — Ele é tão esquisito, e me diz coisas que não fazem o
menor sentido.
Benjamin olha para baixo e cruza suas mãos uma na outra. O
clima parece denso agora, muito diferente de minutos atrás.
— Tome cuidado, Dy — sua voz soa tensa, enfatizando seu
alerta. — Ele provavelmente vai atrás de você para conseguir o que
quer, e depois que conseguir, vai sumir da sua vida. Se for esperta,
vai ficar bem longe dele.
— E o que ele quer? Sexo? — questiono com ceticismo.
— Talvez não seja só sexo — sussurrou, tão baixo que precisei
me esforçar para ouvi-lo.
— E o que mais poderia ser? — minha voz falhou ao dizer.
Eu não queria ter que pensar nas possibilidades e acabar
descobrindo que poderia ser a pior delas, mas estava nervosa e
desesperada por uma luz.
Benjamin forçou um sorriso nos lábios, fingindo um bom ânimo
que não parecia existir ali.
— Vai ver ele só quer tirar a sua paciência, Dy — desconversou,
levando a sua xícara aos lábios e se demorando mais nela desta vez,
como se quisesse fugir do assunto.
— Na melhor das hipóteses, certo? — sondo, apreensiva.
Benjamin deixa que o ar escape de seus pulmões, incerto.
— Apenas seja desinteressante para ele.
— Pensei que eu já fosse desinteressante o suficiente, mas acho
que foi isso que o fez se interessar — murmuro. — Aparentemente a
minha alma é muito “pura”.
Por um instante, Benjamin parecia concentrado em seus
pensamentos. A testa franzida e os olhos estagnados. Até que suas
sobrancelhas saltaram e seu olhar se iluminou.
— Faça o oposto até ele perceber que você mudou.
— O quê?
— O desafie, Dytto. Faça ele ver que não há mais nada que
precise ser feito. Mostre-se impura e obscena. É no que ele quer te
transformar, não é?
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25 de Março | Segunda
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Quem sabe assim, ele note que eu não sou nenhuma “Santa
puritana das virgens” que me julgar ser e finalmente me deixe em
paz.
— Eu vou morrer de hipotermia e a culpa é toda sua — reclamei
uma última vez antes de sairmos.
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26 de Março | Terça-feira
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— Estou, mãe.
— Você parecia aterrorizada quando entramos no seu quarto.
Com o que estava sonhando? — papai questionou.
Balanço a cabeça.
— Eu sei lá, eu só... não me senti bem, ok?
— Vou checar as câmeras de segurança, quero ter certeza de
que ninguém entrou aqui dentro.
— Pai, eu já estou bem — reafirmo, mas ele não parece
convicto.
Solto um suspiro cansado.
— Vem, eu te levo para a escola — Loren avisou.
Acenei para os nossos pais em despedida e saímos as duas em
direção à garagem, mas antes mesmo que pudéssemos entrar em
seu carro, Loren me interrompeu.
— Você disse que queria saber quem é ele, não é? — pontuou,
séria.
Friso as sobrancelhas.
— Do que está falando?
Seu rosto estava sem expressão quando me olhou diretamente
nos olhos.
— Me pediu para contar sobre Christopher. Quer mesmo ouvir?
Engoli em seco, sem entender como ela havia chegado aquela
contestação.
— Por que agora? — minha voz parecia querer prender-se a
garganta.
— Me diga que não foi com ele que sonhou.
Minhas bochechas esquentaram e minha respiração tornou-se
sôfrega.
— Vamos. Vou te contar uma coisa ou outra sobre ele — decidiu,
vendo que não haveria respostas da minha parte.
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Mordo a ponta do dedão e respiro fundo. Não quero ter que lhe
dar lição de moral, Loren já contrariou todos os seus princípios
antes, imagino que deva ter aprendido algo com isso.
— O que aconteceu depois? — sussurro.
— Ele arrancou a cabeça de um coelho, acendeu algumas velas
e disse algumas palavras que eu não entendi muito bem, talvez
fosse latim ou hebraico.
Loren estalou a língua e deixou que os ombros caíssem.
— Eu me senti vigiada o dia inteiro depois daquilo e fiquei
ouvindo umas coisas estranhas. — Ela tinha os olhos distantes
agora, estava imersa em seus pensamentos enquanto me contava.
— Era uma sensação bizarra e desoladora. Eu não sei, Dy, mas
parecia que tinha alguma coisa ruim me seguindo, entende?
Arregalo os olhos.
Sinto raiva, decepção e angústia, tudo de uma só vez. E o pior,
odeio saber que Loren esteve tão envolvida no que sentia que
sequer conseguiu ver o que estava bem à sua frente.
— Quando ele terminou, eu corri para um canto e comecei a
vomitar. Tudo o que ele fez, foi dizer: "Se não dá conta, era melhor
não ter vindo", e então foi embora.
Solto o ar pela boca, frustrada demais.
— Como você se apaixonou por isso? — esbravejo.
— Eu… — as palavras somem de sua boca e ela simplesmente se
cala.
Enfio os dedos entre os cabelos.
— Termina — peço, nauseada.
— Eu queria parecer descolada, então continuei seguindo-o até a
floresta para vê-lo fazendo rituais. Toda vez que eu sentia vontade
de vomitar, prendia a respiração e começava a pensar em você —
admite decepcionada. — Era a única coisa que não me fazia sentir
enjoada.
Pouso a minha mão sobre a sua, em apoio.
Loren pouco se importar consigo mesma me deixa angustiada e
em um tipo de posição que eu não queria estar. Era para ser ela a
me aconselhar, não o contrário.
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— São 8 da manhã.
— E daí, você que disse que queria matar aula.
— Oh, céus! — reclamo.
26 de Março | Terça-feira
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escola estudando.
Meu corpo estremeceu e olhei nervosa para Loren. Só devíamos
chegar às três da tarde.
— Nos liberaram mais cedo — a voz dela soou tão baixa que
nem mesmo parecia acreditar no que dizia.
— Liberaram cedo — papai repetiu desacreditado. — Onde as
duas estavam? — reverberou sério.
— Eu vou vomitar — sussurrei sozinha, sentindo a queimação no
meu estômago aumentar.
— Estudando. O que mais poderíamos estar fazendo? — Loren
se pronunciou, desta vez, mais cheia de atitude.
Papai retirou o celular do seu bolso e o ergueu.
— Recebi uma ligação hoje mais cedo de um professor
reclamando das constantes faltas da Dytto — disse, olhando-me
irritado e ligeiramente se voltou para a Loren. — Ao que parece, ela
faltou acompanhada da irmã desta vez.
Merda!
Loren deixou que os ombros caíssem em sinal de derrota e então
suspirou.
— Dytto não se sentia bem, estava com cólica, por isso eu insisti
que não fôssemos para a escola.
— Mas fui eu que pedi para que Loren ficasse comigo. Implorei,
na verdade — intervi. Ela não pode assumir o erro se ele foi todo
meu.
— A ideia foi toda minha — ela contrariou.
— Mas Loren só fez isso para cuidar de mim — rapidamente
emendei.
Theo nos olhava como se estivesse acompanhando uma partida
de ping-pong conforme tentávamos amenizar o peso das
consequências das costas uma da outra.
— Não deveria estar trabalhando? — Loren desconversou.
— Como pode ver, eu não estou — respondeu num tom ríspido e
balançou a cabeça. — As duas estão de castigo, e isso quer dizer:
nada de festas, nada de saideiras, nada de bebidas e nada de faltas.
E você… — apontou para mim —, nem pense em faltar mais uma
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única aula ou vai ficar sem o seu carro até que complete a
maioridade.
— Sim, senhor — murmurei, sentindo-me enjoada.
— Quero as duas dentro da escola amanhã bem cedo, e eu vou
me certificar de que estejam indo — mandou, sério. As sobrancelhas
grisalhas se franzindo em irritação e os olhos verdes lançando-nos
um olhar duro.
Loren soltou um baixo suspiro e assentiu. Papai apenas apontou
para o andar de cima e se inclinou para o lado, dando-nos
passagem.
— Tomem banho e tirem esse cheiro nojento de cerveja —
ordenou.
Como duas crianças acanhadas, nós duas marchamos
diretamente para o andar de cima.
— Qualquer dia desses ele vai nos transformar em freiras — ela
reclamou baixo.
— Ah, para. Poderia ter sido pior — contesto. — Ficar sem ir a
festas nem é um castigo de verdade.
— Para você — protestou.
Sorri e, ao mesmo tempo, bocejei. Sinto como se não tivesse
dormido nada durante a noite toda.
— Vá descansar. Mais tarde teremos muito o que pedir perdão a
Deus. E com certeza eu vou ter pelo que pedir desculpas, porque eu
quero muito quebrar o pescoço do professor que nos dedurou.
Eu ri de seu desabafo, mas travei no segundo seguinte, como se
a minha mente tivesse sofrido um derrame.
O PROFESSOR QUE NOS DEDUROU!
— Christopher — sussurrei, encarando-a embasbacada.
— O que disse? — Loren parecia confusa.
— Christopher nos dedurou. — Sentenciei entre os dentes.
Ela fechou os punhos com força ao se dar conta disso.
— Mas que filho da p…
— Puta — terminei a sua frase, tão mais irritada que até Loren
se assustou.
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27 de Março | Quarta-feira
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28 de Março | Quinta-feira
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28 de Março | Quinta-feira
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01 de Abril | Segunda-feira
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02 de Abril | terça-feira
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dizendo que vão dormir fora — avisou, tateando roupa por roupa.
— Quê? — Esfreguei os olhos, sentindo-me zonza.
Não deveria ter me levantado de uma só vez.
Loren soltou o ar com força.
— Anda logo, Dy. Pare de fazer perguntas.
— Vá dormir, Loren. Virou sonâmbula agora? — resmunguei
baixo, levantando-me do colchão.
— Pare de reclamar e se arrume. Temos compromisso. Anda,
anda... e nada de roupas curtas. — Ela se virou em minha direção
com as mãos na cintura — Nós vamos à floresta. Preciso te mostrar
uma coisa. — Havia urgência em sua voz, mas nada daquilo parecia
fazer sentido.
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— Mesmo?
— Mesmo.
Solto um longo suspiro.
— Eu tenho escolha? — cochichei, esfregando as folhas avulsas
no chão com o meu tênis.
— Nenhuma.
— Então acho que é isso, não?
— Não se preocupe. Não será tão ruim assim.
Vai ser horrível.
— Está bem! — cedi, desesperançosa.
— Agora fica quieta que eu tenho que vendar você.
Quase mordi a língua.
— Ah, não! Sério?
— Sério.
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— Hum...
Certo! Então ele admite. Cretino.
Virei-me para ele, zangada.
— Está me atrapalhando — esbravejei.
Ele não conteve o riso e se aproximou. Christopher retirou do
seu bolso uma dezena de fitas amarelas e a jogou dentro da minha
cesta.
— Roubei algumas para você. Precisava de um tempo a sós.
Uni as sobrancelhas.
— Por quê?
Ele deu de ombros.
— Matar a saudades.
Saudades?! Foram 5 dias sem ir me visitar, seu idiota.
Mordi a língua, para não acabar chamando-o de nomes que,
Deus me livre meus pais descobrirem que eu sei
— Acho que já deu tempo de matar a saudades, vá logo. A
Tamara deve estar lhe procurando.
Sim, eu sei. Não devia ter feito isso, não devia mesmo.
— A Amara deve estar fazendo tudo, menos me procurando,
Dingo Bells — zombou. — A minha querida irmã é egocêntrica
demais para pensar tanto assim em mim — enfatizou.
— Irmã? — repeti baixo.
— A pior de todas.
O aliviou que me inundou no exato momento, e foi tão bom que
quase sorri, mas segurei o impulso assim que percebi seu rosto
convencido me encarando.
— Está bem, volte para sua irmã então.
Christopher deu dois passos em minha direção e bastou para
que tudo em mim colapsasse.
— Não dá — seu tom de voz gradualmente diminuiu.
— E por que não? — Eu estava tremendo.
Ele me alcançou e segurou o meu rosto com as suas duas mãos.
— Porque agora eu quero ficar com você — confessou num
sussurro, com aquelas lindas esmeraldas quentes presas aos meus
olhos, levando-me a mergulhar nelas como um maldito transe.
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02 de Abril | Terça-feira
Eu havia ganhado.
Loren e os nossos amigos me espremeram em um abraço de
comemoração tão apertado que precisei berrar para que me
soltassem. Eles estavam tão felizes, que mais parecia que eu havia
acabado de ganhar o prêmio Nobel.
Por outro lado, em volta de nós, os outros participantes me
encaravam irritados, talvez, por terem se esforçado a beça, e nem
assim terem chegado perto de conseguir tantas fitas quanto eu.
Ao longe, deslumbrei o sorriso sarcástico de Christopher. Ele
havia adorado trapacear, mas não saberia dizer se a razão era por
termos dado alguns belos e quentes amassos, ou se ele apenas
gostava de andar errado na linha. Desconfiava que a segunda opção
fosse a mais provável.
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02 de Abril | Terça-feira
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uma vez por todas. Isso estava destruindo a minha amizade com a
minha irmã e me afundando em culpa.
Quando desci para o café da manhã, o casaco do papai e a bolsa
da mamãe, já estavam avulsos pela casa. Provavelmente haviam
chegado há pouco tempo.
Loren não tinha descido, de todo modo, eu não contava com a
sua presença na escola hoje. Ela ainda deveria estar dormindo.
Quando chequei o meu celular, havia algumas mensagens de
Luc:
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rápido quanto se formou. Logo, sua mão estava entrelaçada aos fios
do meu cabelo, puxando-me a ele, seus lábios quentes e molhados
deslizando em todo o meu pescoço, sua outra mão deslizando para
debaixo da minha saia.
Seus dedos longos e curiosos tatearam a parte interna de
minhas coxas, subindo e deliciando-se de cada centímetro de mim.
— Temos um pacto, amor — Chris sussurrou em meu ouvido, a
voz impiedosamente sexy.
— Não...
— Não devia ter cruzado o meu caminho, anjo. Deveria ter se
mantido longe.
— Foi você quem cruzou o meu.
Ele riu.
— Não, amor. O diabo nunca cruza o caminho de ninguém.
Seus dentes mordiscaram a minha pele. Ele incitou que eu
continuasse a andar até que estivesse com o corpo colado na
parede, e quando o fiz, Christopher colocou suas mãos em minha
cintura e enfiou seu joelho entre as minhas pernas, pondo-me
apoiada sobre ele.
— Se você, em momento algum, aparecesse na minha vida —
sussurrou, tão próximo da minha pele que podia sentir o sopro de ar
quente vindo de seus lábios. — Eu nunca iria saber como é estar
obcecada por uma alma. Por uma garota. Pelo desejo de te fazer
pecar. De querer te fazer cometer as piores danações. Eu quero que
você queime comigo.
— Me deixe em paz — murmurei.
Ele encostou a sua testa na minha e suspirou baixo.
— Sabe qual é a pior parte? — pronunciou rígido.
— Qual?
— Eu sinto tudo o que você sente. E não há uma única mínima
parte de você que quer que eu a deixe ir. Não há nada em você que
queira me afastar, e isso... Inferno! É muito bom, Dingo. Eu quero te
foder aqui e no inferno sem parar.
Engoli em seco. Seus olhos finalmente avançaram até os meus.
Ardentes e furiosos.
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03 de Abril | Quarta-feira
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04 de Abril | Quinta-feira
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— Foi, tipo, sei lá, o seu primeiro beijo de língua. Deveria pelo
menos exigir um pedido de desculpas por ele ter sido tão ruim nisso.
Imediatamente corei. Marcos não foi o meu primeiro. Chris foi.
E, novamente, ele estava em minha cabeça. Pulsando como uma
alerta vermelho.
Maldito. Maldito. Maldito.
— Eu não quero mais tocar no assunto. — Fiz careta e abracei o
meu próprio corpo. — Já tenho uma cota de experiências de beijos
roubados bem extensa, na minha opinião. Eu só quero distância de
qualquer garoto que tente me beijar.
Ele riu.
— Eu estou nesta lista? — perguntou risonho.
— Se tentar me beijar novamente, com certeza vai estar.
Ele abriu um sorriso encantador.
— Bom, diferente de Marcos, eu sou gentil, e diferente de
Christopher, eu não fico paquerando as minhas alunas. Pode confiar
que eu poderia ser a sua melhor experiência.
— Quê? Chris dava em cima das alunas? — me alertei,
ignorando todo o resto do que ele disse.
— Ahn... Bem, eu vi algumas garotas falando sobre ele.
Estreitei os olhos.
— Mesmo?
— Qual é, Dytto? Acha mesmo que ele não ficou com ninguém?
Basicamente toda garota dessa escola se jogou no pé dele quando
ele chegou aqui. — Bufou, já revirando os olhos. — Mesmo ele
sendo um completo arrogante — indignou-se.
Mas é claro que ele poderia ficar com todas as garotas que
quisesse, mas eu não poderia nem mesmo ter um amigo homem
que ele já estava me enlouquecendo. Babaca!
— É. Eu vou falar com a Loren, podemos nos falar depois? —
desconversei, me afastando lentamente.
— Tá. Nos vemos depois.
— Certo. — Dei meia volta e sai com passos apressados.
Eu não estava procurando Loren.
Saquei o celular do bolso assim que entrei na primeira sala vazia.
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Mentiroso!
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Ah, merda!
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05 de Abril | Sexta-feira
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— Não pense que ficar bêbada vai te fazer se livrar de mim mais
rápido. Apenas será mais difícil de correr.
Ergui o rosto para o seu corpo alto parado diante de mim e
suspirei.
— Quero que saia da minha vida.
Ele sorriu de um jeito que seus olhos se iluminaram.
— E eu quero te foder, agora mesmo — revelou, desinibido. —
Mas não podemos ter tudo, não é?
Engasguei novamente.
Christopher deixou a garrafa de lado em cima da sua mesa, mas
fui capaz de ouvi-lo rir baixinho de mim. Ele se agachou no chão,
apoiando seus braços nos joelhos e umedeceu os lábios.
— Eu poderia te contar como funciona essa coisa toda —
começou, a voz densa e séria.
Seu olhar vagueava meu rosto por inteiro.
— Poderia desenhar um mapa gigante e te explicar passo a
passo tudo o que eu sou, de onde eu vim e como eu fui moldado.
Mas prefiro ser simples, meu amor. — Ele mirou seus olhos nos
meus, como se as próximas palavras a saírem da sua boca fossem as
mais absolutas. — Eu nunca vou te deixar ir.
Balancei a cabeça.
— Vá se foder! — exclamei, furiosa.
Ele deixou que sua cabeça tombasse para a direita. As mexas
negras do seu cabelo escorregaram em sua testa, pendendo para o
mesmo lugar.
— Eu não sei como lidar com esse seu jeito sem não te matar —
arquejou pesaroso. — Grande merda, não acha?
— O que você fez com Marcos? Eu liguei para ele o dia inteiro.
Ninguém teve notícias dele — esbravejei.
— Não sei do que está falando. — Christopher curvou um meio
sorriso.
— Você fez algo com ele. Me conta agora.
— Por que acha que eu fiz algo? — fingiu inocência.
— Porque foi você que disse que ele estava no hospital —
acusei, ríspida.
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confiar, então lamento dizer que esse dia nunca vai chegar. Eu não
tenho a menor intenção de ser um cavalheiro com você.
Christopher reergueu a sua cabeça e aproximou-se um pouco
mais do meu rosto.
— Eu sou horrível, querida. Repugnante, asqueroso, egoísta e
trapaceiro. Tudo o que eu quero, eu consigo, e não estou nem aí
para quem se ferir no caminho. — Seus dedos tatuados agora
seguravam o meu queixo. — Não vou te prometer juras de amor, não
vou te prometer o paraíso, flores ou chocolates.
Sua face tornou-se mais sombria e séria.
— Mas eu te prometo que, se você finalmente se deixar ser
minha, ninguém nunca mais vai te desrespeitar ou ir contra você.
Tudo o que quiser estará logo aos seus pés, amor. Eu tenho um
inferno inteiro para nós dois.
Meu peito parecia prestes a explodir com as batidas
desenfreadas do meu coração. Minha boca estava seca e os meus
olhos arregalados.
Era certo dizer que não havia maneiras de ir contra ele.
Christopher era uma força da natureza implacável. O que existia em
mim que seria capaz de rebater e lutar? Nada.
Não existia nada que me fizesse escapar das garras dele.
— Se for para queimarmos juntos, eu espero estar fazendo do
jeito certo, Chris. — Então eu fiz o que ele esperava de mim.
Pulei sobre o seu corpo, agarrando os seus lábios com os meus,
chupando-os desesperada. Meus dedos entrelaçaram-se aos seus
fios de cabelo.
Eu ofegava em sua boca enquanto ele colocava-se de pé comigo
em seu colo. Envolvi sua cintura com as minhas pernas e suas mãos
pousaram sobre a minha bunda.
Christopher carregou-me com pressa até ao seu quarto. Quando
me dei conta, já estava sendo colocada sobre o seu colchão.
Eu não queria parar, mesmo que soubesse o quão errado
éramos.
Seus lábios se deliciaram dos meus na mesma proporção em que
se demonstrava interessado em me tocar.
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meu busto e parte dos meus seios. Mas naquele momento eu não
ligava para mais nada.
— Eu tenho que foder você, garota — sua voz estava carregada
de desejo.
De maneira repentina, ele recuou.
Christopher se levantou do colchão, mas seus olhos se
mantiveram nos meus, como duas rochas inabaláveis. Reparei por
soslaio quando seus dedos alcançaram o botão de sua calça, mas
continuei a encarar o seu lindo rosto.
Notei quando ele começou a se despir, porém, eu estava tímida
demais para conseguir observar cada detalhe do que ele fazia com a
sua roupa, no entanto, foi impossível ignorar quando ele abaixou a
sua cueca.
Eu queria o olhar em sua estrutura mais completa.
Meus olhos quase saltaram da face ali mesmo quando viram a
dimensão do que Christopher carregava em seu corpo.
Meu coração batia tão forte que já não achava mais idiotice
pensar que ele também poderia o estar ouvindo.
Christopher não possuía apenas um membro como os outros
caras que eu havia visto na internet.
Era imenso. Gigante, para falar a verdade, e... tatuado.
Ele tinha uma tatuagem na droga do pênis dele.
— Respira, Dingo — ele falou, meio preocupado, meio risonho.
Não conseguia desviar os olhos dali. E, para piorar, estava ereto
e apontando em minha direção, como se ameaçasse me rasgar ao
meio.
Minhas bochechas esquentaram e meus globos oculares
lacrimejaram em razão de eu nem mesmo ser capaz de piscar
naquele momento.
— I-isso não! — proferi, incrédula.
O que eu realmente queria ter dito era que não queria me
relacionar com aquele negócio, nunca conseguiria aguentar tudo
dentro de mim. Ou talvez, nem mesmo parte daquela coisa.
Era bizarro ver um membro masculino tão grande. Como aquilo
era capaz de existir? Será que todos os demônios como o
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Mordi o canto dos lábios e desviei o olhar. Não sabia que eu iria
ficar tão sem jeito depois que terminássemos.
— Espere um pouco, vou limpar você.
Christopher andou até o um canto do seu quarto e buscou por
uma camiseta velha. Quando voltou, ergueu sua mão para mim,
ajudando-me a ficar de pé.
Fiquei parada enquanto ele limpava o que havia feito comigo, e
quando terminou, nos olhamos por um minuto que mais parecia ter
durado uma eternidade.
— Está tão quieta — notou, intrigado. — Me conte o que está
pensando.
— Eu acho que, é só... uma experiência diferente para mim,
apenas isso.
Ele sorriu e me puxou para si, me envolvendo em um abraço.
— Muito em breve você vai se acostumar em fazermos coisas do
tipo, e vai se deixar estar livre dessa timidez, eu prometo.
Ele depositou um longo beijo no topo da minha cabeça.
— Às vezes... — comecei, baixinho — você consegue ser gentil.
Chris uniu as sobrancelhas.
— Vou levá-la para casa, está tarde — desconversou.
— Não pode aparecer na minha casa a esse horário, já deve
passar das 3 da madrugada.
— E é por isso que eu vou levá-la — insistiu.
— Não. Eu vou sozinha.
— Eu juro que faço você se arrepender se fizer isso — disse
sério.
É, seus momentos de gentileza duram pouquíssimos e raros
segundos.
— Eu vim sem você — argumentei.
Ele riu baixo.
— É o que pensa.
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04 de Abril | Quinta-feira
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Deixei que a dor engolisse cada parte de mim e que minha alma
sangrasse até a última gota.
Essa era a última vez que eu me permitia sentir aquilo de novo.
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05 de Abril | Sexta-feira
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Engoli em seco.
Sentei-me na cama sentindo o meu cérebro latejar forte e
pisquei. Passei os dedos entre meus cabelos emaranhados e
resmunguei de dor quando os fios se entrançaram.
Eu ainda não estava 100% acordada. Ainda sentia como se noite
passada tivesse sido apenas um sonho.
Enquanto Loren estava com Christopher, decidi tomar um banho
e tentar um cochilo ou acabaria entrando em colapso, mas acabei
pegando no sono e sequer vi quando ela chegou.
Christopher não apareceu em meu quarto, acho que o que
tivemos deva ter satisfeito uma parte dele.
Contudo, um frio na espinha me incomodou ao ponderar o que
ele queria com a minha irmã. Christopher não me parecia ser do tipo
que sairia com alguém para se resolver ou pedir desculpas, e tenho
receio do que ele possa ter falado para ela.
— Agora, Dytto! — papai berrou impaciente e rapidamente voltei
a minha realidade.
— Já estou indo.
O que diabos aconteceu?
Levantei-me da cama e corri para fora do quarto. Não medi
meus passos ao descer às escadas. Sai pulando de dois em dois
degraus.
Se papai estava nesse estado, era melhor não lhe dar mais
motivos para incrementar a sua fúria.
Ao chegar no andar de baixo, encontrei Loren, com o rosto
sonolento, apenas de baby-doll, sentada no sofá, tão atordoada
quanto eu.
Mamãe estava sentada em uma poltrona, as pernas cruzadas e o
olhar sério. Papai estava no outro sofá, as mãos cruzadas entre as
suas longas pernas arreganhadas, os cotovelos apoiados nas coxas e
o semblante tenebroso.
Papai e mamãe eram o tipo de casal de revistas. Sempre bem-
vestidos, arrumados e elegantes. Até mesmo quando apresentavam
o aspecto de quem estavam prestes a assassinar as suas duas filhas.
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05 de Abril | Sexta-feira
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gracinha!
— Olá, Christopher. Sou Ever, mãe dessas duas lindas
garotinhas.
Ela estendeu a mão para mim, e assim que a cumprimentei,
senti seu corpo ser afetado da cabeça aos pés.
Dytto, você está em uma péssima família.
— É um prazer, sou o namorado de Dytto.
— Na-namorado? — Ela engasgou, ao mesmo tempo em que
arregalou os olhos
— Me disse que ele era apenas um amigo — Theo retrucou do
outro lado do cômodo.
Olhei para Dytto ao meu lado, tomada pelo desespero. Sua
expressão era a de mais puro pavor.
— Acho que ela preferiu guardar para o momento certo —
interferi, olhando-a preocupado.
Me senti um pouco mal agora, ela aparentava estar prestes a
chorar.
Que ela não faça isso. Dytto era a única que conseguia me fazer
sentir culpado por fazer uma brincadeira.
— Oh! Eu não sabia que eram assim tão sérios — Ever arfou,
ainda surpresa.
— Ela e eu somos muito sérios — afirmei.
A puxei para mais perto e envolvi meu braço em volta de seus
ombros. Acentuando o nosso envolvimento, que até poucos minutos
atrás, não passava de uma suposta "amizade".
Que se foda. Eu quem não deixaria a oportunidade escapar.
Mudei minha atenção para Loren, encostada em um canto, e a
encontrei indiferente. Não era um grande choque para ela. A avisei
desde o início que sua irmã seria minha.
— Dytto, me explica isso! — seu pai exigiu, dando passos largos
até nós.
Ever tocou o braço do marido, na tentativa de conter um
escândalo.
— E-eu... — Dingo gaguejou, sem saber esclarecer algo que
também era novidade para ela.
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— Conhecem o Satanismo?
Ambos arregalaram os olhos e furtivamente vi Loren sufocar o
riso.
Dytto pôs a sua mão sobre a minha, quase que implorando para
que eu parasse de falar.
— Estou brincando — emendei, sorrindo.
— Não está apto a namorar a nossa filha — Theo reclamou.
— Não? — pressionei em tom sério.
Theo sentiu-se intimidado, o que acabou o deixando frustrado.
Não era esse recado que ele queria passar.
— Dytto é uma garota séria, não tem que ficar mexendo com
essas coisas e nem andando com esse... com esse, tipo.
É trágico ver que ele pense assim. Como ele sequer poderia
cogitar que Dytto mexeria com algo assim?
— Garanto a você que ela não mexe com essas coisas e nem
mesmo anda com meu tipo de gente.
Ele uniu as sobrancelhas.
— É bom mesmo! — intimidou, diretamente olhando-a.
Imbecil.
Apertei a coxa de Dytto e subi a mão devagarinho até a borda
da sua calcinha. Seus pelos se arrepiaram e ela fez esforço para não
reagir.
Enfiei o mindinho dentro do tecido e ela tentou discretamente
afastar a minha mão, mas não permiti.
Sua respiração acelerou e ela se ocupou com o copo à sua
frente, dando um grande gole na água.
— Você não acha que esse tipo de religião seja perigoso, digo, o
satanismo? — Ever quis saber.
— Só para quem não saber mexer.
Olhei propositalmente para Loren, o que a fez revirar os olhos.
Enfiei um pouco mais do meu dedo na calcinha de Dytto e ela
tentou apertar as pernas.
Enrosquei meu pé em seu tornozelo e puxei sua perna,
obrigando-a a separar as suas coxas.
— Certo! — ela concordou, constrangida.
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Uma alma tão limpa assim, merecia ser infectada pelos meus
mais sórdidos desejos.
No entanto, uma parte humana minha, queria apenas tê-la.
Passar um tempo a sós e assistir o seu corpo se envolver no meu.
De um jeito melodramático e romântico, queria apenas passar mais
tempo em sua presença. Abraçá-la e aproveitar o momento. Era
estranho sentir que uma parte de mim estava verdadeiramente vivo.
Deslizei a língua em seu pescoço, Dytto ofegou e lentamente
tocou os seus lábios nos meus. Ela os chupou com força e
mordiscou.
Passei a movimentar meu dedo com mais força dentro dela.
Dytto gemia baixinho e os seus olhos se reviraram de prazer. Ela
jogou os quadris para frente, impulsionando-me a levar meu dedo
mais a fundo.
Vê-la daquele jeito estava me matando.
Surpreendendo-me, ela enfiou suas mãos por debaixo da minha
camiseta, deslizando seus dedos curiosos por todo o meu abdômen.
Fez isso repetidamente, tateando a minha pele enquanto eu a
masturbava.
Ela ofegou baixinho, o peito subindo e descendo ligeiro, e
quando gozou, seu corpo se entregou a mim.
Enrolei-a em meus braços, afagando as suas costas. Dytto
fechou seus olhos e permitiu desfrutar do meu carinho.
Pela primeira vez havia algo além do prazer. Eu queria que ela
permanecesse nos meus braços, apenas porque me queria tanto
quanto eu a desejava.
A ergui e a coloquei em meu colo. Sabia que logo, logo sua mãe
apareceria atrás de nós dois, todavia, pouco me importei.
Em meus braços, ela mais se parecia um pequeno anjo
adormecido e satisfeito. Eu gostava de fazê-la se sentir assim.
Rocei a ponta do meu nariz no dela, sua pele estava gelada. A
beijei mesmo assim.
— Você vem me visitar hoje, Chris? — indagou num sussurro,
ainda de olhos fechados.
Curvei um meio sorriso.
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— Você quer?
— Gostaria que dormisse comigo. — Notei que ela estava
envergonhada ao me pedir isso.
Dei um último beijo em sua testa.
— Eu venho, minha Dingo Bells.
Ela sorriu.
— Obrigada.
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06 de Abril | Sábado
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— Não na cabeça dele, Dy. Esse é o preço que se paga por estar
com o Christopher. Ou você o acompanha ou ele te arrasta mesmo
assim.
Discordei com a cabeça.
— Não, ele não é meu namorado. Nós ainda estamos nos
conhecendo.
— E o quanto já se conheceram? — Joshua provocou.
— Ah, eu sei lá, uns... 45%? — que mentira. — 50%, talvez... —
outra grande mentira.
— Qual o nome dele completo? — Claire perguntou.
Ah, deve ser algo como... Christopher... Christopher Yori? Espera,
deve ter algum outro nome...
Antes que eu pudesse terminar o meu raciocínio, Josh foi mais
rápido em me bombardear.
— Quantos anos ele tem?
— Quantos anos ele tem?
— Essa eu sei. — Bati as mãos, confiante. — Ele tem 19, vai
fazer 20 daqui uns meses.
— Ele não tem 19, Dy. — Loren riu. — Ele tem 18, faz 19 no final
do ano. — O quê?
Eu não sabia nada sobre Christopher. Todos os 50% pularam
para 0,1%. Afinal, o que nós havíamos feitos esse tempo todo,
senão corrermos atrás um do outro como cão e gato e nos
aventurarmos no escuro do meu quarto ou no claro da sua casa?
— Eu acho melhor você procurar saber mais sobre quem é o
Christopher, Dy. — Claire aconselhou. — Você não sabe nem metade
do que ele realmente é. Sugiro que comece procurando saber pela
floresta, é lá que aquele monstrinho faz as coisas sujas dele.
Suspirei, derrotada.
Eu não fazia ideia de quem ele era.
— É melhor entrarmos — Loren disse.
Os outros concordaram, mas eu ainda estava com a cabeça
abarrotada de pensamentos.
— Só um segundo, tenho que fazer uma coisa — avisei. —
Podem ir, encontro vocês num minuto.
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Oh, céus!
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06 de Abril | Sábado
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seguidamente.
Ele abriu os outros zíperes da bolsa, bisbilhotando cada um
deles, até parar em um em específico e enfiar a mão.
De lá, ele retirou a minha calcinha reserva e a enfiou no seu
bolso.
— Chris, não. É a minha calcinha de emergência. — A peguei,
mas ele fora mais rápido e a roubou de volta, apenas para enfiar
dentro de sua cueca.
O olhei em choque.
— Christopher — repreendi o gesto.
— Pegue — desafiou, brincalhão.
Semicerrei os olhos.
— Eu vou pegar — ameacei.
— Oras, então pegue.
— Chris...
— Dingo...
Apertei os olhos uma última vez antes de tomar partido e enfiar
a mão dentro de sua calça.
Christopher sorriu sacana ao sentir minha mão se esbarrar em
seu membro.
— Isso, amor, vai fundo — gemeu rouco, em tom de
divertimento. — Vai, garota.
Ele segurou o meu braço, não deixando que eu o movesse para
fora de sua roupa, ainda encenando gemidos que se tornavam cada
vez mais altos.
— Isso, Dingo.
— Christopher, pare — pedi, rindo.
Ele revirou os olhos, sorrindo, e soltou o meu braço; o tirei de lá
segurando — agora — a minha calcinha desonrada.
— Vou adorar saber que estará vestida em uma calcinha feia em
que eu esfreguei no meu pau.
Ele jogou uma piscadela para mim e deu-me as costas.
— Para onde vai? — investiguei.
— Banho. — Ele andou até a porta do seu quarto e virou-se. —
Quer vir junto, querida?
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— É difícil lidar com a sua teimosia em saber algo que não lhe
diz respeito. Não faço parte do seu mundo e não precisa saber mais
que isso.
— Está me mandando calar a boca e me contentar com o que
tenho sobre você? — me irritei.
— Está caçando meios para o seu próprio fim.
Me ajoelhei no colchão.
— Vai me matar se eu investigar você?
— Sabe por que ninguém sabe nada sobre a minha vida, Dingo?
— ele baixou o tom de voz. — Porque se soubessem, estariam
perdidos ao perceberem que não vivem no mundo em que pensam.
Ele segurou a minha mão.
— Não sou apenas um demônio. Eu tenho um propósito maior
que não cabe a você meter o nariz.
Puxei meu braço e abracei o meu corpo.
— Se não cabe a mim, não deveria ter me metido nisso —
rosnei, e pulei para fora da cama.
Saí com passos pesados do seu quarto. Ouvi-o me seguir, mas
não parei para lhe dar satisfação do que fazia.
Se ele não podia me dizer quem era, eu não devia respostas a
ele.
Era um jogo injusto, onde ele jogava com todas as peças e eu
apenas o via brincar com a minha vida e com os que viviam a minha
volta. Para ele, eu não passava de um fantoche.
— O que está fazendo? — Chris exigia uma resposta.
— Não importa.
Ele soltou um riso áspero e curto.
— Quer ver o que tanto escondo, então? — intimidou. — Então
me olhe, querida — ditou ameaçador.
Virei o corpo para trás e imediatamente me arrependi de tê-lo
feito.
Suas pupilas estavam dilatadas e enormes, vestindo todo o
verde de seus olhos. Sua pele era acinzentada e marcada por linhas
negras, como veias demarcando todo o seu rosto. Debaixo dos seus
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08 de Abril | Segunda-feira
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manhã inteira para lhe acalmar em meus braços até que ela se
sentisse bem comigo novamente.
Com ela, eu estava sempre por um fio que, se por acaso
arrebentasse, poderia a sucumbir à loucura. Era por esta razão que
eu a escondia tantos segredos.
Se eu lhe contasse apenas duas coisas de ruins que já fiz, ela
provavelmente choraria até o fim de sua vida.
— Você já viu... o seu pai? — indagou apreensiva.
Ergui o olhar sobre ela.
— É claro.
Era uma pergunta meio óbvia para mim.
Ela juntou as pernas em cima do banco e envolveu os seus
braços ao redor delas.
— Tem raiva da sua mãe por isso? — murmurou, insegura.
Soltei o ar com força e batuquei o volante com as pontas dos
dedos.
Não gostava quando a conversa começava a andar por esse
rumo. Preferia que ela perguntasse qual era a minha banda favorita
ou sei lá, mesmo que eu odiasse todas elas.
— Teria raiva se fosse você? — devolvi a pergunta, desta vez,
olhando-a no fundo dos olhos.
Ela estremeceu com a obscuridade em meu olhar, o que me fez
lembrar que tinha de ser mais gentil com ela.
Desviei minha atenção para frente.
— Eu acho... Acho que eu teria um pouco de raiva, sim —
revelou baixo.
Soltei uma risada ríspida.
— Então obviamente não pensamos igual.
De soslaio, percebi que ela se inclinou um pouco mais para
frente.
— Gosta de ter nascido assim?
— Você pergunta demais, Dingo Bells — resmunguei e a escutei
rir.
Assim que chegamos no estacionamento de sua escola, desci do
carro e dei a volta para abrir a porta para ela.
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— Na sua primeira vez, eu deixo você escolher até onde quiser ir.
Mas, depois, você vai ter que aguentar, meu amor.
Ela balançou a cabeça e tirou o meu dedo de seus lábios.
— Prefiro morrer virgem.
Dytto me deu as costas, marchando com passos rápidos para
dentro da escola.
Ri de sua reação e me encostei no carro, mantendo os olhos
presos a ela, balançando a sua bundinha arrebitada de um jeito sexy
e descontraído.
Puta merda de garota gostosa.
Me mexi apenas quando ela sumiu de vista. Tendo a certeza de
que ela já estava segura dentro dos muros do colégio.
Loren assumiria a responsabilidade daqui em diante. Pelo menos
nisso eu confiava nela. Para manter Dytto longe de garotos e brigas,
a maluca se meteria em porradaria.
Agora é hora de resolver alguns assuntos pendentes.
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08 de Abril | Segunda-feira
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— Você não pode decidir com quem eu vou namorar. Não assim.
Não desse jeito. Você não pode simplesmente decretar e pronto.
Você nem ao menos me perguntou se eu me sinto feliz com ele —
comentei, tristonha. — Por que não confia em mim?
— Aquele garoto... — papai gesticulou com as mãos. — Não
gosta de você.
Ele fumegava de ódio ao ditar palavra por palavra, pouco se
importando em como me afetariam.
— Ele só quer o que todos os outros homens querem como uma
garota ingênua como você. Digo isso para o seu bem. E ele
claramente não te faria feliz, porque ele é tudo o que você nunca
quis em alguém.
Papai tinha razão. Algumas semanas atrás, eu nunca teria
aceitado a ideia de me relacionar com alguém como Christopher.
Mas, bem, as coisas mudaram.
Eu já não era mais a mesma de ontem, e nem a de hoje mais
cedo. Estou em constante mudança e, se isso quer dizer sair da
minha zona de conforto, eu aceitava. Mas não permitia que papai se
prendesse à ideia de que eu devia me manter para sempre em uma
caixinha, fantasiando apenas o melhor da vida.
Eu ainda não me conheço. E se eu continuar acreditando que
tenho que me limitar a ideia de outros, então eu nunca vou crescer.
— Eu nunca teria deixado Christopher entrar na minha vida se
não fosse pela constante insistência dele. Acredite, papai, eu não
queria nada disso — comecei, sabendo que não iria parar até que
meu coração se sentisse liberto de tudo o que eu queria jogar para
fora.
Os dois ouviam ainda mais atentos. Eu estava com medo, mas
precisava daquilo.
— No fundo eu sempre soube que ele não era o que eu
esperava, mas, ainda assim, eu me senti atraída por ele desde o
minuto em que eu o vi pela primeira vez. Eu sei que eu não costumo
magoar vocês, e eu lamento em decepcioná-los, mas não lamento
por não desistir dele.
Engoli as lágrimas, e prossegui:
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Sem mais paciência para esta conversa, papai saiu com passos
pesados e longos. Confiado de que aquilo havia sido um ponto final.
Mordi os lábios com força, sentindo-os tremularem e os olhos
arderem.
Mamãe me olhou complacente, mas apenas sorri triste.
— Talvez seu pai tenha razão, Dy...
Não fiquei para a ouvir. Saí dali apressada, rumo ao meu quarto.
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Para ela era mais fácil. Loren era mais experiente com essa coisa
de sexo. Eu, por outro lado, havia sido tocada apenas há pouco
tempo. Nenhum garoto havia sequer passado dos limites comigo.
Até o Christopher chegar, e então Marcos.
— Nós fizemos coisas, mas não chegamos até o fim — confessei,
vergonhosa.
Baixei o olhar para os meus dedos, enquanto os enrolava nos
fios soltos do meu pijama. Era difícil manter contato visual falando
sobre minha vida íntima com Christopher.
— E isso é bom ou ruim? — Loren quis saber.
— Ele está esperando que eu me sinta pronta.
— Ok. É muito bom saber que eu não terei que arrancar as bolas
dele.
— Para falar a verdade, ele é um pouco alucinado. E me deixa
com medo saber que ele tem bastante experiência, e eu nenhuma.
Tudo o que eu vivi foi com ele — admiti, sincera.
Era vergonhoso não saber o que fazer quando ele estava
comigo. Como eu poderia dar prazer a ele se mal conhecia a mim
mesma?
— Não precisa ter pressa. Não é como se o mundo fosse acabar
se você decidisse esperar por mais alguns anos para fazer sexo com
ele — aconselhou. — Christopher provavelmente sofreria, mas, se
você é o que ele realmente quer, então não tem o porquê ele te
deixar.
— Eu sei, é só que... Nem é só o fato de esperar, é que, por
mais que eu espere 1 ou 10 anos, aquilo não vai mudar... — Engoli
em seco, evitando levar os meus pensamentos para aquela cena
novamente.
Oh, merda! Por que Christopher tinha que ter sido feito
completamente fora dos padrões de um homem normal?
— Não vai mudar o que? — Loren instigou, curiosa.
Soltei o ar pela boca.
Era terrível o que eu ia dizer, mas eu precisava mesmo contar
isso para alguém ou iria explodir.
— Não ri, tá bom?
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09 de Abril | Terça-feira
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— Não, não. Espera aí! Não tem como levar todo mundo para
um encontro — observou, magoado.
— Não será um encontro, Luc.
Ele fez beicinho.
— Você não cansa de quebrar todos os pequenos cacos do meu
coração, não é? — brincou.
— Sou um lobo solitário, não tente me acompanhar.
Ele assumiu uma expressão neutra.
— Tudo bem. Não precisa se preocupar, eu dou conta. Mais vinte
sessões de terapia e eu te esqueço.
Ri alto e ele seguiu o ritmo.
— Eu vou para a aula, Luc. Valeu pelas flores — agradeci, ainda
sorrindo.
Ele acena despretensioso com as sobrancelhas e eu me despedi
com a mão.
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Oh não!
— Ah, bem... — ela fez um leve suspense e, pela primeira vez na
vida, eu quis socar o rosto de alguém. — Nada.
O sorriso sumiu de seu rosto. Poderia até mesmo dizer que eu o
arranquei de lá e o coloquei em minha face, mas não poderia saber,
no minuto em que ela respondeu, um sorriso aliviado surgiu em
meus lábios, já nos seus, eles se desmancharam.
— Bom, espera mais um pouco, talvez ele só não tenha tido
tempo para olhar as conversas — a amiga incentivou.
— Na verdade, ele viu.
Dytto 2 × 0 Garota da minha sala
Mas que droga! Eu estava tão feliz por isso e já estava me
sentindo uma grande vitoriosa.
Quando foi que eu decidi que as outras garotas eram as minhas
rivais?
Maldita toxicidade feminina!
— Que droga, amiga! — lamentou baixo, afagando as costas de
sua colega. — Acho melhor deixar isso para lá. Seria bem
vergonhoso insistir — aconselhou, com um sorriso triste em seus
lábios.
A loira suspirou baixo e assentiu.
Sábio conselho. Deixe o meu Chris quieto.
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de idade.
— Desculpe. Ele geralmente não gosta de ir para o colo de
ninguém que não seja o meu. Achei que ele fosse ter bons modos
com você.
Ela sorriu nervosamente.
— T-tudo bem.
Asafe soltou um berro, que chamou a atenção de nós dois.
Dytto quis rir e balançou a cabeça.
— Tá tudo bem, eu posso ficar com ele — concordou,
aproximando-se de nós.
Enruguei a testa e o afastei.
— Não precisa ceder as manhas dele — intercedi.
Dytto novamente sorriu.
— Tá tudo bem, sério.
Ainda desconfiado, mantive As em meus braços. Não sabia o que
mais ele poderia aprontar. Por outro lado, Dytto tomava coragem,
aproximando-se lentamente de nós
Quando ela já estava próxima o suficiente, Asafe se jogou em
seu colo novamente.
Ele a agarrou com força. Parecia não querer se soltar mais dela e
isso me deixou cheio de agonia. Dingo Bells, entretanto, me
encarava surpresa, com tamanha facilidade em que As havia se
apegado a ela.
Dytto, definitivamente, era um imã para demônios.
Toquei o braço dela de leve e apontei com o queixo para a porta.
— Vamos entrar — avisei, encarando os dois.
Dytto foi na frente, com Asafe agarrado ao seu corpo, como um
bote salva-vidas. As duas perninhas entrelaçadas em sua cintura e os
braços em volta de seu pescoço. Ele deitou a cabeça no seu ombro e
se aconchegou, manhoso.
Que canalha! Mal a conhece e já está roubando-a de mim.
— Acho melhor ele ficar comigo — sugeri.
Dytto se virou para mim, mas Asafe fez pouca questão em se
mover.
— Ele vai me machucar? — ela questionou, vacilante.
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Aproximei o meu rosto do dela e beijei sua testa. Asafe não ficou
nada feliz e tentou me afastar.
Engelhei as sobrancelhas numa carranca.
— Vá atrás de uma namorada e deixe a minha em paz — avisei,
mas ele continuava me olhando sério.
— Está mesmo discutindo com ele por minha causa? — Dytto se
meteu.
— É claro. Não vê que ele é uma armadilha?
— Ele é um bebê, Christopher.
— Já é velho o suficiente para saber roubar a garota de outro
cara.
Ela riu.
— Ele tem o que, 5 anos? Fala sério!
— 2 anos.
Ela enrugou a testa e se afastou para olhá-lo por inteiro.
— Mesmo?
— Mesmo.
— Minha nossa! — surpreendeu-se.
Puxei As de seu colo e o joguei em meu ombro.
— Vem, vamos comer, garotinho.
Levantei-me do sofá com ele de cabeça para baixo e Dytto veio
logo atrás.
— Dingooo — Asafe gritou, pedindo por ela, mas o ignorei.
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— Tenta não deixar ele vir à tona, está bem? Preciso de você
aqui, não ele.
— Você tem despertado todos os lados sombrios dentro de mim.
Não me peça para deixá-los de lado. Todos eles fazem parte de mim.
Engoli em seco.
— E isso me assusta.
Ele riu com escárnio.
— Deveria se assustar com as pessoas que estão a sua volta,
não a mim. Eu sou a última pessoa que deveria ter medo.
— E ainda assim, é a pessoa que mais me apavora.
Christopher se colocou de pé.
— Pode não ver, mas eu te protejo. De todos eles.
Soltei um riso sem rastros de bom-humor.
— Não preciso que me proteja deles, preciso que você não seja
um perigo para mim.
— Eu só preciso que seja minha. — Suspirou.
— Sinto que você quer mais do que isso. Tem algo de estranho
toda vez que me toca — abordei, receosa. — Eu sinto em cada fibra
do meu corpo que você quer mais. Você sempre parece mais
sedento, mas nunca satisfeito.
Christopher se aproximou de mim e curvou-se, até estarmos
com os rostos na mesma altura.
— Você já me satisfaz, mas é difícil me conter quando todos em
volta parecem querer tirá-la de mim.
Toquei o seu queixo com a ponta dos dedos.
— Preciso que entenda que ninguém vai me afastar de você. Por
favor, Chris, não me faça ter medo de você — supliquei, vacilante.
Ele escorregou os dentes pelos lábios e, a contragosto, assentiu.
— Está bem, meu amor. — Ele depositou um beijo casto em
minha testa e me abraçou.
Apertei seu corpo e afundei o meu rosto em sua camiseta.
— Confie em mim — murmurei.
Ergui o meu rosto para ele e Chris beijou a minha testa.
— Existe outro quarto na casa além do seu... longe do Asafe? —
questionei-o.
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— Por quê?
— Preciso bater uma.
Franzi a testa e ergui o rosto para ele.
— Sério?
— Como acha que eu vou me aliviar se não vai deixar eu meter?
Me sentei em cima de sua barriga.
Ele olhou para baixo e eu me cobri com as mãos.
— Não se cobre, Dingo.
— Já não olhou o bastante?
— Nunca é o bastante.
Balancei a cabeça e deslizei pelo seu corpo, até estar em cima
de suas pernas, abaixo do seu quadril.
— Agora pode bater a sua punheta.
— Com você sentada aí? — se opôs. — Vou ter que bater umas
10 punhetas, Dingo. Não há como me masturbar se vai continuar
com a sua boceta se esfregando em mim.
Mordi os lábios.
— Vou fazer isso no banho — informou.
Joguei a cabeça para o lado, me divertindo com aquilo.
— Você me faz se sentir a garota mais sexy do planeta Terra.
Ele se sentou.
— E você é.
Beijei a pontinha do seu nariz e me joguei ao seu lado.
— Tenha um bom banho — fiz movimentos com a mão, imitando
uma punheta e Chris mostrou-me o seu dedo do meio.
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10 de Abril | Quarta-feira
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— Você é um desgr...
— Seu genro. — O interrompi. — Eu sou o seu genro! —
exclamei firme, sem espaço para argumentações. — E a partir de
agora, se eu pedir para você chupar as minhas bolas, você vai.
Ele respirava rápido e pesado. Os seus punhos se abriram e
fecharam várias e várias vezes.
— Sua filha é a minha namorada, e vai continuar sendo —
anunciei bem lentamente. — Se você se meter. Se ousar questionar.
Se magoá-la ou se pisar em falso. — Balancei a cabeça em
desaprovação. — Eu arranco a sua pele com você vivo.
Theo empinou o queixo, embora internamente não estivesse tão
confiante assim. Subsistia medo e raiva enfeitando a sua face, no
entanto, ele sabia que tinha muito mais a perder se me
questionasse.
— Ninguém vai ficar sabendo disso? — certificou-se.
— Isso depende de você.
Theo cerrou os dentes uns nos outros.
— Meu genro, então? — repetiu, de modo que as palavras
aparentavam amargar em sua língua.
— O genro que você mais ama em todo o universo. A pessoa
certa para sua filha, e... — rindo, enfatizei a última parte — seu
grande amigo.
Ele bufou e revirou os olhos.
— Seu desgraçado de merda — rosnou, baixinho
— Epa, epa. Mais respeito pelo cara que satisfaz a sua filha até
ela virar os olhinhos — afrontei sua confiança.
Se, humanamente, fosse possível, ele teria explodido de raiva,
entretanto, ele apenas socou a parede ao seu lado, afundando a
placa de gesso.
Eu ri baixo e provocativo.
— Espero que não tenha me imaginado no lugar da pobre
parede.
Seus olhos — vermelhos como se queimassem em chamas —
pousaram rudes sobre os meus. A sua pele estava avermelhada de
raiva, e as veias pulsavam à vista.
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— Não conte nada a elas e Dytto ainda terá permissão para ver
você. Mas tenho condições para esse namoro. E eu exijo que
respeite a minha filha.
— Sou eu quem faço as regras, amigo. Mas não se preocupe,
sua filha será tratada como uma rainha.
Ele assentiu.
— Então que assim seja — concordou, de má vontade.
Ergui minha mão para ele. Theo a encarou por longos segundos,
até que finalmente cedeu e a tocou.
O erro foi completamente dele em achar que eu queria
cumprimentá-lo. No mesmo segundo o puxei e o apunhalei entre as
pernas com o joelho.
Ele imediatamente se encolheu, cheio de dor.
Aproximei meu rosto de seu ouvido.
— Isso é por ter brigado com a minha garota — sussurrei.
Girei sua mão para trás, ouvindo-a torcer e Theo se esvair em
lamúrias.
— E isso... é por achar que é melhor que eu.
O pai de Dytto se derramou sobre os joelhos. Os olhos
lacrimosos e os lábios abertos em um grito silencioso.
Finalizei a minha visita, golpeei o seu rosto com um chute,
deixando-o desacordado no chão.
— Tenha bons sonhos, babaca do caralho. — Virei-me e saí dali
apressado.
Quando já estava fora do hospital, meu celular estalou no bolso,
notificando uma nova mensagem. Ele emitia sons apenas quando
eram mensagens de Dytto.
Me preocupei em saber o que ela queria a esta hora.
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fôlego.
Foi só então que afastei-me dos seus lábios. Eu estava ofegante
e quente. Meu corpo fora afetado em cada mínimo detalhe.
Meu momento irracional me fez agir como uma maluca, mas
Christopher adorava quando eu fazia isso.
— Você está bem? — ele perguntou, respirando com dificuldade.
Um sorrisinho cafajeste pintava os seus lábios, ao passo que ele
me olhava de cima a baixo.
— Desculpe. Acho que estou no período fértil — admiti,
penteando com os dedos os fios de cabelos selvagens em minha
cabeça.
Ele riu e deu um breve beijo em meu queixo.
— Acho que tenho que agradecer ao seu corpo por isso —
brincou.
Christopher parecia curioso em descobrir o que eu estava
vestindo e afastou o meu corpo do seu até que eu estivesse com as
costas apoiadas no painel do carro.
Ele sorriu ao observar o que eu usava e passou os dedos sobre
os lábios, como se degustasse do que via.
— Você está gostosa pra caralho, Dingo — murmurou, rouco.
Brinquei com a beirada do seu casaco e sorri.
— Digo o mesmo.
— Estou gostosa também, princesa? — Ele riu.
— Sim, você está uma gostosa do caralho, Christopher.
Ele escorregou as costas das mãos em meu rosto e apertou as
minhas bochechas, obrigando meus lábios a formarem um bico.
— E pensar que eu achei que você fosse inocente. — Ele jogou-
me uma piscadela.
Revirei os olhos e afastei a sua mão.
— Não tenho culpa se você mentiu para si mesmo — provoquei.
Ele abriu um largo sorriso.
— É que eu me enganei feio. — Chris deu um tapinha na minha
coxa. — Ainda bem, ou não teria ganhado um boquete dos infernos.
Meu rosto esquentou.
— Esqueça isso — cochichei.
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— Nem ferrando.
Encarei minhas mãos em seu colo.
— Você gostou? — sussurrei.
— E existe algo em você que eu não goste?
Ergui o meu olhar para o dele.
— A minha crença em Deus e a minha teimosia em saber sobre
o seu passado, talvez?
— Podemos dar um jeito nisso.
Seus lindos olhos brilhavam e todo o seu rosto parecia sorrir.
Meu peito se aqueceu e todas aquelas borboletas drogadas cercaram
o meu estômago.
A sensação me deixava meio bêbada e lerda. Meus lábios
deixavam que sorrisos bobos escapassem.
Oh, merda! Ele estava me fazendo querer dar para ele ali
mesmo.
— Acho melhor nós irmos — avisei, pulando ligeiro para o banco
do motorista.
Christopher gargalhou, mas não disse nada. Parecia ter
entendido bem a situação.
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Alguns dos que estavam à nossa volta, nos olhou com uma
expressão engraçada.
— Vinho — Christopher repetiu. — Uma excelente escolha.
Ele arrancou a garrafa de lá, a abriu, deu um grande gole e, por
fim, me entregou.
— Está aprovada. Boas festas, Dingo Dingo.
Olhei insegura para o objeto em minhas mãos.
— E se eu ficar muito bêbada?
— Eu cuido de você.
— E se eu vomitar em você? — supus.
— Eu tomo banho.
— E se eu ficar muito, muito, bêbada e começar a tirar as
roupas? — aquela era uma hipótese difícil de acontecer, mas quis
garantir que ele daria conta.
— Arranco os olhos de quem te olhar.
Existia uma porcentagem significativa daquilo que ele estava
dizendo ser verdade.
— São muitas pessoas — argumentei.
— Eu sou rápido.
— E se eu...
— Eu dou um jeito. Beba!
Ergui as sobrancelhas.
— Sim, senhor. — Revirei os olhos, levando o gargalo da garrafa
aos lábios.
Derramei o primeiro gole de vinho com cuidado, pois queria
beber devagar.
Chris assistiu orgulhoso e me estendeu a sua mão.
— Vem. Vamos procurar um lugar para você beber em paz.
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15 de Abril | Segunda-feira
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— Me conte.
— Um passarinho contou para um outro passarinho, que esse
outro passarinho me contou que... Você e o Christopher, o garoto
que você tinha repulsa, estão namorando.
Meu rosto ardeu de vergonha.
— Ãhn... Que tal falarmos sobre a Carrie? — sugeri,
constrangida. — Tem todo aquele lance de sangue, não é?
Ele deixou sua cabeça tombasse para o lado.
— O que aconteceu?
Mordi o lábio inferior.
— Acho que Christopher e eu temos mais em comum do que
imaginávamos — sussurrei.
Ele crispou a testa e sorriu.
— Eu já disse o quanto você mente mal?
— Eu gosto dele.
— Gosta mesmo? — incitou, curioso.
— Pare com isso, Ben. Eu gosto mesmo dele. E eu não estaria
com ele se eu não quisesse. — Cruzei os braços.
— Não é o que parece. Christopher sabe exatamente como
manipular alguém, Dy. Estou falando sério. Toma cuidado. Ele não é
o seu príncipe encantado — aconselhou.
— Talvez eu não queira um príncipe encantado — cochichei.
Benjamin repuxou o canto dos lábios.
— Ele é capaz de qualquer coisa para conseguir o que quer.
Dei de ombros.
— Por que isso agora, Ben?
Ele soltou um riso curto.
— Eu não tenho certeza se ele sabe que eu tenho conhecimento
disso, mas, descobri que ele tem me vigiado.
Juntei as sobrancelhas.
— Vigiado?
— Ele é um pouco possessivo quando o assunto é você.
Meu coração disparou.
— Acha que ele tem te vigiado por minha causa? — eu disse,
incrédula.
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17 de Abril | Quarta-feira
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17 de Abril | Quarta-feira
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— Não precisa ficar assim. Juro que vai dar tudo certo —
assegurei-a.
— Preciso que me beije — pediu, apavorada.
Me ergui sobre ela e toquei os seus lábios com os meus. Beijei-a
com veemência, até que ela se perdesse o suficiente para se distrair.
Quando Dytto já estava mais calma e com os pensamentos
longe, posicionei meu pau na sua entrada.
Por um instante, ela se assustou e estremeceu, mas continuei a
beijá-la. Esfreguei meu pênis em sua boceta, estimulando-a, até que
se permitisse se acalmar.
Quando Dytto relaxou os músculos, movi meu pênis para dentro
dela, enfiei apenas um pouco antes dela abrir a boca e apertar seus
dedos em meu braço.
Fiz pressão, conseguindo colocar um pouco mais de mim nela.
Dytto soltou um suspiro rasgado e doloroso quando me sentiu
penetrando-a. Meu pau era grosso, isso definitivamente não tinha
como não doer.
Mordisquei seus lábios e beijei o seu pescoço. Levei o meu dedo
ao seu clitóris e o estimulei até que a densidade de seu medo se
diluísse.
Me mexi um pouco mais quando ela se soltou. Soquei um pouco
do meu pau em sua boceta, e ela soltou um gritinho.
— Dói — murmurou chorosa, os olhos tornando-se vermelhos.
Puta merda! Odiava vê-la sentindo dor.
Encostei meu rosto em seu seio e o coloquei em minha boca,
esfregando a língua em sua aréola.
Dytto ainda estava incomodada com a dor, mas pareceu
esquecer um pouco dela, dando-me tempo para enfiar mais, desta
vez, fui mais a fundo, enfiando bem mais de mim de uma só vez.
Quase metade do meu pau estava dentro. Às vezes era uma
maldição ser tão abençoada neste lugar.
Ela sufocou um grito com a mão e fechou os seus olhos com
força. Uma lágrima solitária escorreu de seus olhos.
— Amor — murmurei, afastando mechas de cabelo do seu rosto.
— Você quer parar?
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18 de Abril | Quinta-feira
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pegá-lo no colo.
Meu filho não desgrudou dela nem por um único minuto. Ela, por
outro lado, não se incomodava em receber tanta atenção.
Mas eu me incomodo, As. Eu me incomodo em dividi-la.
— Eu vou buscar água para ele — ela avisou, sorrindo, e deixou
de lado o pano de fralda que usava para limpar a sujeira no rosto do
diabinho.
Olhei para Asafe, que mantinha os olhos centrados na televisão
à sua frente. Ele não era uma criança que gostava de assistir
desenhos infantis, parecia se interessar mais por noticiários de
mortes, roubos e tragédias. Isso o entretia o suficiente para não ter
sequer notado que a minha namorada havia saído do seu lado.
— Asafe, não fuja daí, não mate ninguém e nem coloque
nenhum objeto estranho na boca — avisei-o antes de me levantar,
mas ele tampouco se importou para o que eu dizia.
Fui atrás de Dytto, que estava apoiada no balcão, servindo uma
mamadeira com água. Era engraçado vê-la bancar a madrasta.
Bom, era meio sexy também.
Encostei-me atrás de seu corpo e beijei o seu ombro. Ainda não
havíamos tido tempo para conversarmos sobre noite passada, mas a
sentia diferente hoje.
Fui o primeiro a acordar, e vê-la lindamente nua, abraçada ao
meu lençol, foi de tirar o fôlego. Pouco tempo depois, Dytto acordou,
atordoada. Ela procurou pelo seu celular, para avisar aos seus pais
sobre o seu sumiço, mas eu já havia conversado com o seu pai,
Theo, e a cretina da Loren.
Foi bom ver Dytto aliviada ao perceber que seu pai estava "bem"
em saber que sua filha estava na minha casa, mas ela logo percebeu
a minha presença, sentado na poltrona do quarto, com uma xícara
na mão, e ficou tímida.
Dytto ficou trancada no banheiro por pelo menos meia hora
antes de conseguir alguma coragem para me ver novamente.
Somente quando meu filho chegou, que ela pareceu mais à
vontade com a minha presença. Estava envergonhada por não ter
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Suspirei. Era uma tarefa árdua lidar com alguém tão sentimental.
Dytto se preocupava ao extremo com as pessoas. E As chorar em
sua frente pedindo para que ficasse, não ajudou muito.
Precisei buscar pelo meu lado mais sentimental e amoroso, por
ela.
— Tudo bem. — A puxei pela cintura. — Não se preocupe com
ele.
Ela novamente assentiu.
Puxei seu rosto para mim e curvei-me para beijar os seus lábios.
Me demorei neles o máximo que pude, também não queria que ela
fosse embora.
Chupei os seus lábios e adentrei a sua boca com a minha língua,
queria mergulhar em seu beijo e permanecer. Agarrei o seu quadril
com uma mão, com a outra, enfiei entre seus cabelos e os assegurei
com força.
Ela já estava sem fôlego, eu ofegante. Ambos desejosos, mas
contendo-se ao máximo que podíamos.
Quando me afastei, ela já havia parado de chorar.
— Você é incrível, Dingo Dingo — cochichei, os meus lábios
roçando os seus. — Queria arrancar todas as suas roupas agora
mesmo.
Ela sorriu.
— Só tem um problema — ela ofegou. — Eu não achei a minha
calcinha.
Ri baixinho.
— Oh. Será que foi a que eu queimei antes de você acordar.
Ela fez careta.
— Chris, não pode queimar todas as minhas calcinhas.
— Elas são horrorosas.
— São confortáveis.
— Feias.
Dytto desistiu de discutir, deu de ombros e saiu.
Esperei até que já estivesse dentro do seu carro, e somente
quando ela deu a partida, que fechei a porta e fui atrás de As.
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Ela o via como uma criança fofa, e ele a via como uma tia chata.
Era uma relação complicada, mas ambos se amavam.
Eu estava limpando a mesa, com a mão desocupada, quando um
frio na espinha me atingiu. As sentiu o mesmo, pois ficou inquieto
em meu colo, esticando o pescoço em um ato instintivo.
Minha pele doía, num misto de fúria e gelo. Sua presença me era
tão sufocante que exalava em cada cômodo da casa.
Seu terrível cheiro emanava a sujeira em sua podre e perversa
aura.
Num rápido ato, virei-me para trás.
Porra!
O homem da mesma altura que eu estava parado, com as duas
mãos entrelaçadas perante ao corpo. Os olhos castanhos miravam
sobre mim, impiedosos. Seus longos cabelos negros estavam soltos
sobre os ombros. As características asiáticas eram expressivas em
sua face.
Sua pele bronzeada era marcada por enormes tatuagens,
enquanto, em seus braços, havia várias cicatrizes de guerras.
— Não deveria estar em Nefarious? — rosnei, rude.
Ele umedeceu os lábios e devagarinho virou o seu rosto para o
lado.
— Este é o seu filho? — analisou, encarando As com curiosidade.
Sua postura era elegante, mas afiada. Um passo em falso com
ele e suas garras eram atiradas para fora.
Meu filho se empertigava em meu colo, com medo. Da mesma
maneira que eu, denotava com nítida clareza a intenção daquele
monstro em matar.
— Meu pai o mandou? — investiguei.
O Samurai sorriu.
— Seu pai? — havia incredulidade e rispidez em sua voz. — Não
recebo ordens, Christopher. Eu sou um rei, não um soldado... como
você — rebateu, perverso.
Cerrei os dentes.
— Não é bem-vindo aqui.
— E nem você — rapidamente devolveu.
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18 de Abril | Quinta-feira
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20 de Abril | Sábado
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01 de Junho | Sábado
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achava mesmo que poderia me ganhar, ele estava tão, mais tão
errado.
— Aqui estão — informou, sem graça, como se eu já não tivesse
visto aquelas coisas horrendas bem diante dos meus olhos.
— Obrigada!
A moça se pôs ao meu lado, mostrando-se à disposição,
enquanto discretamente me observava escolher a dedo as mais
esquisitas.
De soslaio, via seus lábios se franzirem em uma meia careta
toda vez que eu escolhia uma outra peça.
Notei seu incômodo em me ver ali, parecia que havia um bicho
mordendo as suas pernas, a implicando a me investigar. Em
determinados momentos, quase pude imaginá-la arrancando as
peças da minha mão e expulsando-me da loja.
— É presente? — ela não conseguiu mais conter a curiosidade.
— É, sim — menti.
Ela pareceu aliviada, como se um elefante desmontasse de suas
costas e sorriu.
— Bem, acho que sua vó gostará dessas então. São bem
confortáveis. — Ela ergueu o pano em suas mãos, exibindo a calçola
mais terrível da minha cesta.
Balancei a cabeça em concordância.
— Perfeito! Era disto que ela precisava. Vou levar ao menos
umas 20.
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01 de Junho | Sábado
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Minha blusa foi para o lixo. E, sem outra alternativa, peguei uma
de Chris, que chegava até a metade das minhas pernas. Precisei
fazer um nó, para que ficasse, minimamente, boa em meu corpo.
Todavia, eu ainda aparentava ter vestido um saco.
Eu já estava de saída quando decidi parar na porta de Asafe. O
pequeno despertou há pelo menos meia hora. Christopher havia o
conferido, em seguida, foi preparar uma mamadeira para ele.
As ainda estava muito cansado, pois, pelo que eu soube, o outro
lado dele, de certa forma, tomava muito de sua energia.
A porta estava entreaberta, coloquei apenas uma parte do rosto
na frecha.
Existiam coisas na vida que meu cérebro conseguia entender
bem rápido, menos o fato de que Asafe não era como as outras
crianças. Eu ainda me sentia surpresa por não o ter flagrado
brincando com os seus brinquedos, mas, sim, falando sozinho.
O pequeno/grande rapaz, estava sentado diante da parede,
olhando-a como se mais alguém estivesse ali com ele.
— Não — Asafe dizia baixinho, como se contasse um segredo.
Engelhei as sobrancelhas, intrigada.
— Ele não contou para ela — sussurrou, olhando para as suas
mãozinhas. — Papai não quer que a Dingo saiba. — Estreitei os
olhos, sentindo o coração palpitar mais forte.
Do que é que Asafe estava falando?
— Ela não sabe o que ele fez com você — murmurou.
A porta de repente se fechou, não pelo vento ou um fator
sobrenatural. Apenas me dei conta do que havia acontecido quando
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03 de Junho | Segunda
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— É, faz sim.
Conversar com o Luc era bom, embora não apaziguasse aquele
misto de inconformidade e medo dentro de mim.
Não saber de nada me matava por dentro. Era como se eu
estivesse em uma caixa, sendo lentamente espremida pelas minhas
próprias angústias e aflições. Eu estava sendo engolida pelo
desespero e ansiedade.
O meu corpo inteiro estava preso em um estado caótico de
pavor. Tudo dentro de mim estava a mil, no entanto, me mantive
estática por fora, sem forças para conseguir mexer um único dedo.
— Me conte algo de bom ou eu vou morrer aqui mesmo —
implorei, chorosa.
— Eu terminei o meu livro. — Ele sorriu.
— Isso é bom. E como foi?
— Eu não vou contar, seria um grande spoiler.
Revirei os olhos.
— Você não está ajudando.
— Que tal se eu te obrigar a ir para o refeitório para comer algo?
Você está com cara de quem nem mesmo jantou.
Entortei o canto dos lábios.
Ele não estava errado. Não consegui comer nada. Minha
garganta doía até mesmo quando bebia água e parecia queimar
ainda mais quando prendia o choro.
Deixar Christopher fazer o que quisesse comigo me trouxe
consequências, e agora eu mais parecia um zumbi do que um
humano. Tudo isso apenas porque não tive notícias suas.
— Eu não quero sair daqui. Eu só preciso... ficar parada —
sussurrei.
Estava mentalmente esgotada. Não conseguia lidar com mais
nada no momento.
— Quer me contar o que está havendo? — investigou,
preocupado.
— Apenas nunca se entregue cem por cento para ninguém, Luc.
Nunca ame ninguém mais do que a si mesmo. Nunca.
— Christopher fez algo?
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03 de Junho | Segunda
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Era óbvio que eles não eram vampiros, mas era o que o
ambiente transmitia. As paredes pareciam gritar em horror, e o eco
que se emanava entre os cômodos se assemelhavam a sussurros. Ou
talvez eu apenas estivesse delirando.
Voltei minha atenção para os dois homens ao meu lado. Sorri em
alguns momentos, vendo Christopher beijar a testa do seu filho e
cheirá-lo. Meu peito se enchia de carinho assistindo aquela cena.
Mesmo com toda a sua insistente indiferença, existia uma parte
dentro de si que era sentimental e amava genuinamente. E era por
este Chris que eu era louca de amor. Não o Chris egoísta, arrogante,
que mentia, escondia segredos e sumia por dias.
Meu coração murchou com este pensamento. Ele imediatamente
percebeu, pois me olhou com uma expressão curiosa.
— O que foi? — questionou baixo.
— Um idiota apaixonado não saberia o que eu sinto — recordei o
nosso acordo.
— Não posso ser observador?
— Não. E eu estava sorrindo. Então você não tinha como ter
ideia do que se passa dentro de mim — determinei.
Seus olhos subiram e desceram pelo meu corpo. Ele negava-se a
aceitar aquilo. Era notável o seu descontentamento e a visível
preocupação, mas manteve-se calado.
Imaginei que aquilo não iria durar por muito tempo.
Quando Christopher devolveu As ao seu quarto — que, por sinal,
era completamente diferente do resto de toda a casa, pois apenas
nele existia uma bela prévia do que deveria ser um quarto infantil, se
não fosse as pequenas caveiras penduradas sobre o berço e algumas
figuras satânicas nas paredes, quebrando as boas expectativas.
Ao descermos às enormes e largas escadas juntos, Christopher
disfarçadamente cruzou seus dedos no meu, embora eu tivesse
notado as suas intenções de se desculpar, não o interrompi. Estava
faminta, e pouco interessada em dar continuidade a nossa discussão.
Teríamos tempo para isso.
Me sentia dentro de um castelo em meio a todo aquele espaço
da sua casa.
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— Seu pai disse que está tudo bem. Por que está tão ansiosa
para ir embora? — reclamou.
— Não finja que a nossa brigou não existiu.
— Não estou.
— Ah, é? Por que parece que estamos evitando o assunto
enquanto você está aí, agindo como se eu simplesmente tivesse
esquecido?
Christopher suspirou, ajeitando-se na cama.
— Me diga o que eu posso fazer para que me perdoe.
Olhei para o teto, pensativa.
— Me conte tudo.
Ele tombou o corpo no colchão e fechou os olhos.
— O que quer saber?
— Onde estava? — disparei.
Ele umedeceu os lábios.
— Nefarious.
— Isso é o quê? Uma boate?
Ele franziu a testa.
— Que tipo de homem sem honra você acha que eu sou? —
ofendeu-se.
— Não sei, Chris. Não o conheço o suficiente. Talvez estivesse
com outras garotas, como posso saber?
Ele logo se virou em minha direção, arrastando o corpo até que
estivesse totalmente sobre mim.
— É um tapa na cara saber que pensa isso de mim.
— O que é Nefarious, Chris? — incitei.
Ele despencou o corpo sobre o meu e gritei com o seu peso.
— Chris, sai, você é pesado — reclamei, esforçando-me para
empurrá-lo, no entanto, foram tentativas em vão.
Apenas quando ele decidiu erguer-se nos cotovelos que pude
respirar novamente.
Inspirei fundo, agarrando-me a cada milímetro de oxigênio
possível.
Christopher mais parecia uma parede gigante de aço.
— Nefarious é o inferno em que fui forjado, Dy.
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2 anos atrás
— Qual é o problema? — perguntei, desinteressado.
Zoe deu de ombros e virou-se de costas. Ela levou os dedos aos
seus longos fios loiros e desgrenhados em sua cabeça, e os prendeu
em um coque alto.
Hoje ela parecia ainda mais cansada do que normalmente
estava.
Eu sentia em todas as fibras do meu corpo que ela me escondia
algo. Estava com medo de me contar. Talvez, com receio de que eu
fosse brigar ou dizer algo ruim.
— Anda, Zoe — insisti, irritado. Odiava quando ela fazia isso,
quase parecia proposital para que eu perdesse a droga da paciência.
O pequeno Asafe se remexeu em meu colo. Seus grandes olhos
lentamente emergiram ao abrirem as pálpebras sonolentas. Ao me
encontrarem, ele curvou um breve sorriso que se emendou em um
bocejo longo e preguiçoso.
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04 de Junho | Terça-feira
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Ever não fazia ideia do que havia acontecido entre mim e Loren,
de todo modo, nossos pais nunca percebiam nada do que acontecia
dentro de casa. Eram presentes-ausentes em nossas vidas.
Tínhamos estabilidade financeira, uma vida cheia de luxos, mas vazia
de sentimentos.
— Ela sabe quais são os vinhos bons. Então, por favor, leve ela.
A contragosto, concordei.
Não estávamos em um bom momento como irmãs, e embora
não nos odiássemos, era estranho sairmos juntas. Eu mal me
lembrava quando tinha sido a última vez que nos falamos como duas
pessoas normais. Era sempre algo como: "E aí" ou "Beleza?". Nada
mais.
Ela me descartou completamente.
— Loren — gritei, da ponta da escada.
Não demorou muito para que ela surgisse, olhando-me séria,
com um cigarro entre os lábios
— Supermercado ou mamãe vai deserdar você.
— Supermercado — decidiu, revirando os olhos.
— Eu não falei que tinha escolha.
Ela franziu o cenho.
— Mamãe perdeu o emprego — expliquei.
— Puta merda!
É. Puta merda!
Esse emprego estava em número 1 na lista das melhores coisas
que já aconteceram na vida de nossa mãe, ultrapassando até mesmo
a minha existência ou a da Loren.
Isso significa que, perdê-lo, devia estar sendo o pior dia da sua
vida inteirinha.
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— Não sei. Talvez o chefe dela a tenha trocado por uma bunda
mais nova — respondeu desinteressada.
— Não, ele não faria isso — intervi. — Talvez contratasse uma
bunda mais nova para se tornar a faxineira, mas não para substituir
a mamãe.
Loren balançou os ombros.
— Talvez ela só não chupe pau tão bem assim.
Fiz cara feia.
— Dá um desconto. Ela lutou muito por aquele emprego. Nem
tudo se trata sobre sexo — argumentei.
— Até parece. — Ela revirou os olhos.
— Vem cá, foi porque nasceu de sete meses que se tornou
ranzinza assim ou você só bateu a cabeça quando criança? —
provoquei, enraivecida.
Ela não me respondeu, tão menos demorou-se nisso. Logo
voltou ao estado habitual do qual eu já havia me acostumado, o seu
completo e tortuoso silêncio.
Eu não sabia se ela fazia aquilo para me punir ou a si mesma.
Era fato que ainda existiam problemas não resolvidos entre nós
duas, entretanto, a situação por inteiro me angustiava.
— Prefiro quando está brigando comigo do que calada assim —
sussurrei, propositalmente baixo, porém torcendo para que me
ouvisse.
Não parei de andar, apenas apressei os passos para que não a
acompanhasse lado a lado, no entanto, a sua voz me surpreendeu,
obrigando-me a parar no lugar.
— Senti falta de falar com você — murmurou, tristonha.
Olhei para trás.
Seus lábios sorriam desanimados, e seus olhos possuíam um
vazio imenso que nos distanciava a milhas de quilômetros. Esvaziei
os pulmões e cruzei os braços.
Era uma situação complicada para nós duas.
— Não parece. — Balancei levemente a cabeça. — Tem andado
tão distante — admiti, sincera.
Seu sorriso triste morreu.
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— Eu sei.
Voltamos a andar.
— Já conversou com a Claire? — indaguei, receosa.
— Não.
— Loren — a repreendi. — Caramba ela é sua melhor amiga.
— Podemos voltar a ficar caladas?
— Loren — parei de andar. — O que aconteceu? Por que ficou
logo com o Joshua? — Tombei a cabeça para o lado. — Sabe, você é
cheia de caras ao seu redor. Por que justamente o namorado da sua
melhor amiga?
Ela balançou os ombros.
— E por que não ele? Ele estava lá nos meus piores momentos
desde sempre. Ele foi gentil e doce. Ele estava sofrendo, eu também.
As peças só encaixaram — respondeu, apática.
— Está mentindo. — Apontei. — Está mentindo e sabe disso.
Ela baixou o olhar.
— Eu não sou você, Dytto. Não sou boazinha como quer que eu
seja. Eu sou assim. Um monstro nojento e egoísta.
— Não, não é. Mas mesmo que eu insista, você nunca me dirá a
verdade. — Deixei escapar o ar dos pulmões. — Então para quê
insistir, não é?
— Existem coisas que você não deveria saber.
— E por quê? — Soltei um riso amarga. — A essa altura eu já
lidei com coisas demais.
— Porque te quebraria por inteira. E eu estou te poupando de
muito a bastante tempo.
Em uma súbita urgência, me aproximei ainda mais dela.
— Uma hora vai ter que me contar.
Loren repuxou o canto dos lábios para baixo.
— Deixa que eu cuido da minha dor sozinha. Não preciso ter
você chorando nos meus braços a noite inteira, ok?
— Eu choro porque eu te amo, Loren. Não porque preciso que
me acolha.
— Aguentei a dor todos esses anos, posso aguentar mais alguns
dias nesse inferno.
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04 de Junho | Terça-feira
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Simples assim.
— Simples assim? — desconfiei.
Ele revirou os olhos.
— Acordo feito, ou não?
— Se prometer que vai contar tudo — propus.
— Eu prometo. — Ergueu a palma da mão.
Aquilo não me fez ficar aliviada ou dar gritinhos de alegria,
porque sabia que o que viria a seguir não poderia ser nem um pouco
bom. Afinal, era de Christopher que estávamos falando.
— Acordo feito — concordei.
De soslaio, notei que ele assentiu.
— Para você meramente entender quem era aquele homem, vai
ter que escutar uma historinha primeiro. Ah, e não, não é nada
inventado por mim, eu juro — declarou, sincero.
— Tudo bem.
— Existe um livro chamado Pergaminho de Christto. Deve ter
pelo menos uns 500 anos, mais ou menos. O livro contém histórias
antigas de demônios que vieram para este mundo extenso que
vivemos antes mesmo do primeiro anoitecer na Terra.
Meus dedos apertaram o volante com mais força. Meu coração
acelerou fortemente. Ainda não havia nada de especial, porém,
meus sentimentos estavam à flor da pele.
— Esse livro conta a história de um inferno, não o que
conhecemos, mas um inferno nunca visto antes. Comandado por um
demônio chamado Christopher.
Por instinto, franzi o cenho e ele sorriu.
Lembrei-me do que Chris havia me contado sobre o outro
inferno, Nefarious. Mas ainda não entendia muito bem como isso
chegaria ao homem na sala do meu namorado, ou agora, nas
minhas costas no supermercado. Parecia um caçador cada vez mais
próximo da caça.
— Não se preocupe, não é o seu Christopher — informou.
Não me dei ao trabalho de responder. Obviamente não poderia
ser o meu Christopher a comandar o inferno Nefarious. Não tinha
como. Impossível.
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Bufei, furiosa.
— Christopher acha que pode me enfiar nisso e me contar
apenas o superficial. Ele acha que eu vou quebrar ou alguma merda
assim — esbravejei, ao passo que dava pequenos socos contínuos no
volante.
— Para com isso, Dy. — Ele pôs sua mão sobre a minha,
acariciando-a de leve. — É isso que Nabrya quer, ele adora provocar,
sacanear e manipular a mente das pessoas. Vai te fazer sentir ódio,
mágoa e tristeza. Vai entrar na sua mente e te perturbar. Foco,
Dytto.
Preenchi os pulmões ao máximo.
— Me diz como evitar, Ben — pedi, exasperada.
Voltei meu olhar para ele por um segundo, o nó preso à
garganta me fazia sufocar.
— Precisa ser forte, Dy. Não tem como parar Nabrya. Ele só para
quando o estrago já está feito e consegue levar tudo o que pode.
Pus meu olhar sobre a estrada. Queria gritar com Benjamin por
ele estar tão calmo, dizendo coisas tão idiotas.
— Só... continua! — resmunguei. — Continua a merda dessa
história.
Benjamin se ajeitou no banco e esfregou suas mãos sobre os
jeans.
— Quando Ken, o primeiro homem da família Tanaka, pisou em
Nabrya, antes mesmo dela ser colonizada, já havia rumores sobre
esse segundo inferno se espalhando por todo o continente asiático.
Isso motivou a elite do Japão, eles eram ambiciosos e gananciosos,
queriam tudo. Assim, quando o casal Ken e Ayumi Tanaka chegaram
aqui, decidiram que fariam um pacto com Nabrya para que tivessem
poder suficiente para comandarem tudo e serem ricos a ponto de
nadarem em ouro. E, em troca, lhes dariam uma cidade inteira de
almas para aquele inferno.
Engoli em seco. Minhas bochechas estavam ardendo.
— Então, como pode ver, nossa história começou, nasceram
mais pessoas, vieram estrangeiros de outros continentes, a maioria
sul-americanos. Morreram centenas de pessoas misteriosamente.
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— Mas vai ter que me olhar. Como vai acreditar nas historinhas
do Ben se nem ao menos me olha nos olhos para contestar o quão
monstruoso eu sou? — Sentia ódio e amargura em suas palavras. —
Você queria saber sobre mim, insistiu até onde deu, e continuou
forçando a barra mesmo depois de eu dizer para você parar. Quer
saber sobre mim? Então me olhe, amor.
Prendi a respiração.
— Eu não queria...
— Sim, você queria, Dingo. Você queria saber da história do
começo ao fim.
— Por que está fazendo isso? — me engasguei em meio ao
choro e enfiei meu rosto em seu peitoral, sem coragem para vê-lo,
sem forças para correr.
Christopher beijou o meu ombro e abraçou o meu corpo.
— Não seja covarde agora, minha Dingo Bells. Não era isso o
que queria? — falou, com um fundo de irritação em sua voz. — Se
queria saber a verdade, deve ser porque aguenta, não?
— Eu não quero isso. Por favor, pare! — eu disse, aos prantos.
— É claro que quer ou não teria me desobedecido. Eu avisei,
mas você não me deu ouvidos. Quer a verdade? Você é minha. Sua
alma já é minha. A porra dessa cidade é minha. — Ele respirava mais
rápido agora. — Eu pedi que parasse, amor. Eu pedi com zelo. Mas
você continuou me desobedecendo.
Devagar, tomei distância de Chris, finalmente encarando-o.
A sua segunda camada.
Ele era medonho e horripilante. Meu corpo inteiro reagiu em
pavor.
Seus olhos tornaram-se dois poços negros e vazios, envoltos de
linhas em formato de escuras raízes em todo ele. Os lábios roxos e a
pele eram de um tom cinzento, com uma textura áspera e dura. As
olheiras eram fundas e tingidas de tons roxos.
Seu peitoral era cheio de cicatrizes vermelhas, de tal modo que
pareciam rachaduras. O cenário por completo era horripilante e
assustador. Por alguma razão, esperei que o meu medo fosse menor,
mas eu me enganei fajutamente.
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primeira vez. Você não iria para o céu nem se virasse a porra de uma
freira. Você se despiu para um demônio e abriu as suas pernas para
ele. Que tipo de salvação você estava esperando quando me pediu
para te foder? A santa graça divina dos infernos ou a benção da
minha porra?
Me encolhi num canto.
Christopher se aproximou, colocando meu rosto entre as suas
mãos gigantes.
— Te marcar era a única forma de você não passar pelo
sofrimento eterno. Você será feliz. E eu vou te amar pelo resto de
toda a eternidade.
Abaixei o olhar.
— E quanto ao resto? Marcos, Zoe, Nabrya... Não pode me livrar
do sofrimento, porque é você a causa ele.
Esperei pelo momento em que ele iria surtar, mas este não
chegou. Ele se manteve complacente e calmo.
— Marcos está passando pelo seu castigo, Zoe teve o que
mereceu, quanto ao Nabrya, isso é problema meu.
— Não é problema seu se ele está atrás de mim — retruquei. —
Hoje ele esteve a centímetros de mim, Christopher. Que droga é
essa?
— Deveria ter me procurado, a mim, Dytto! A mim. E não ao
Ben.
— Por quê? Por que é que tem tanto medo que eu descubra
sobre você?
— Eu estou mandando, Dytto. Não me desobedeça de novo —
decretou, intimidador.
— Por quê? Vai me castigar como faz com o Marcos? Ou como
fez com a Zoe? Não pode condená-los assim, e nem a mim — me
impus, aproximando-me ainda mais dele. — Você mente e manipula.
Ele semicerrou os olhos, fúria ardia em todo o seu rosto.
— Zoe tentou matar o meu filho e Marcos te estupraria no
primeiro momento em que tivesse a chance. — Ele apertou o meu
pescoço com sua mão, porém não o machucava. — Estrangulei Zoe
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09 de Junho | Domingo
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09 de Junho | Domingo
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lento. Uma tortura deliciosa, que quase me fez pedir para que ela
introduzisse mais pressão em seu toque.
Prendi a respiração, supondo que, talvez assim, se tornasse mais
fácil.
Ela continuou a esfregar seu dedo ali, enquanto baixava de
pouco em pouco a minha roupa, quando me teve mais exposta para
si, depositou um beijo molhado na parte interna da minha coxa, tão
próximo à virilha, esfregando sua língua para cima e para baixo nela.
Um gemido baixo escapou de minha garganta. Me remexi no
mesmo instante, a fim de disfarçar.
— Isso é perda de tempo — tentei contestar, porém, ela pouco
se importou.
Fui surpreendida por sua língua quente passeando sobre a
minha calcinha, neste instante, não fui mais capaz de fingir.
Automaticamente minhas pernas se abriram ainda mais, meus
quadris se ergueram e meu corpo tentou se pressionar nela.
Amara se afastou, sorrindo vitoriosa.
— Me peça para tirar a sua calcinha, Loren — sussurrou, rouca e
impassível.
— Não! — teimei.
— Peça!
Ergui os olhos para o teto escuro, evitando-a. Instantaneamente,
senti sua língua novamente ser pressionada em minha calcinha, mas,
agora, com mais destreza, chupando-a e causando-me ondas de
prazer
— Porra — arfei, estremecida.
— Peça, Loren! — ordenou.
Mordi a língua, furiosa.
— Tire a merda da minha calcinha, Amara! — esbravejei,
impaciente.
Amara parecia satisfeita. Desfez os nós em meus tornozelos e
arrancou minhas roupas, deixando-me nua da cintura para baixo.
Revirei os olhos quando a vi exibir a minha calcinha em sua mão,
se gabando de seu mérito.
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— Vamos ver até onde você consegue fingir que não me quer —
provocou.
Ela abriu as minhas pernas, mas, ainda irritada, relutei, tentando
fechá-las, entretanto, Amara distribuiu um forte tapa em minha
boceta que me fez se empertigar.
— Se fechar, eu vou te machucar — ameaçou, séria.
Cerrei os dentes.
Amara deliberadamente curvou seu corpo entre as minhas
pernas. Ela jogou as madeixas brancas do seu cabelo para trás e
lambeu os lábios, como se estivesse cheia de fome e eu fosse o seu
lanchinho.
Ela prosseguiu, tocando a minha intimidade com a pontinha de
sua língua, circulando-o tão devagar que mal parecia se mexer.
Amara mal me tocava, era apenas para me tirar do sério. Ela queria
que eu implorasse, que eu me rebaixasse e me humilhasse
completamente.
Apertei os lábios um contra o outro, sufocando meus gemidos
desesperados. Tentei forçar meu corpo a tocar o seu, mas ela se
afastou.
— Só chupo se pedir — insinuou.
— Vá se foder! — eu disse incrédula.
— Peça, Loren! Peça para eu te chupar. — Ela sorria, como uma
maldita diaba.
— Sua filha da puta!
— Eu não tenho tanta paciência assim. Me peça com jeitinho, e
eu vou te dar a melhor chupada de toda a sua vida. — Ela fingiu
saborear dedo por dedo.
Respirei fundo, ardendo em fúria e excitação.
Eu sabia que o caminho mais fácil seria me render, porém, uma
parte insistente e orgulhosa, me fez permanecer calada.
Ela riu ao notar minha resistência. E, como se previsse isso,
caminhou até um móvel em seu quarto, e da gaveta, retirou um
pênis de borracha preto, de tamanho médio, e um produto, que eu
não conseguia ver o que era.
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— Porra, isso está deixando meu pau duro pra caralho — Dem
comentou, a sua voz demonstrava o quão desejoso estava e como
isto havia o afetado.
— Se não sair daqui agora, eu juro, Dem, eu vou matar você —
a loira ameaçou no que mais parecia um rosnado.
Demétrius ergueu as duas mãos em rendição e saiu, fechando a
porta, mas não permaneci o olhando por muito tempo, estava quase
gozando. Meu corpo inteiro tremia e suava. Eu estava tão próxima
que qualquer ação poderia me levar a desvanecer em um orgasmo.
Amara agarrou o meu pescoço com a sua mão, fazendo-me a
encarar.
— Você está adorando fazer isso comigo, não é? — existia raiva
em sua entonação.
Não lhe respondi.
Ela se levantou de cima de mim, pôs se pé e retirou o brinquedo
da minha boceta. Quis xingá-la por isso, até perceber que ela estava
retirando sua roupa.
Primeiro, Amara ergueu sua camiseta, revelando os lindos seios
sem qualquer sutiã os cobrindo. As auréolas rosadas estavam rijas.
Ela parecia bem confortável consigo mesma. E conforme foi
retirando a sua calça e a calcinha, minha fora boca enchendo d'água.
Ela era simplesmente linda nua. Todas as suas curvas e formas
pareciam simuladas para serem atrativas para qualquer um. Sua
cintura finíssima evidenciava os quadris e a bunda arrebitada.
Quando me dei conta, eu estava ofegante, meus olhos fixos no
corpo dela. Eu não sabia como não a olhar.
Amara amassou os seus seios em um gesto sexy, ela me olhava
ao passo em que mordia os lábios e deixava baixos sons de gemidos
escaparem de sua boca.
Ela lentamente desceu uma de suas mãos em sua barriga. Eu
estava ansiosa por aquele momento, e assim que a garota enfiou a
própria mão entre o meio de suas pernas, sabia que eu estava
arruinada.
Amara acariciou a sua boceta molhada bem na minha frente,
diferentemente do que fazia comigo, ela era mais bruta consigo
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09 de Junho | Domingo
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10 de Junho | Segunda
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dele.
Quando os pneus passaram sobre parte da superfície íngreme
em meio à estrada, todo o carro se mexeu, percebi que isso a fez
apertar os olhos com força, ela estava sentindo dor.
Toquei a sua coxa, afagando-a devagar.
— Precisa de alguma coisa?
Ela balançou a cabeça, antes de pousar sua mão sobre a minha.
— Estou bem — garantiu, embora, tudo nela demonstrasse
sinais de incomodo.
— Posso ver que não está bem. Sabe disso — pontuei mais
sério.
— Então deve saber que eu só quero chegar em casa logo. —
debateu, meio irritada.
Intrigado, juntei as sobrancelhas, vagando o olhar sobre o seu
rosto.
— Desculpe. Eu só estou me sentindo estranha. E isso dói e
arde. — Ela balançou a cabeça. — Não podia ter um pênis um pouco
mais fino e menor? — cochichou.
Quase ri disso, no entanto, as circunstâncias mais me deixaram
agoniado do que lisonjeado.
— Não se preocupe, nas próximas vezes serei mais cauteloso.
— Acho que não vai ter próxima vez — resmungou, com uma
expressão dolorosa.
Semicerrei os olhos, desta vez, mais sério.
— Com certeza terá.
— Minha vagina, minha escolha — ela ainda cochichava, de
modo que, se dissesse alto demais, traria aborrecimento para si
mesma.
Eu não iria discutir sobre a quem seu corpo pertencia agora,
apenas para não deixá-la ainda mais brava. No entanto, Dytto
parecia ter dificuldades em aceitar a realidade em que vivia comigo.
Nada do seu corpo era somente seu.
Acho que eu chamá-la de "minha" já deveria ter surtido algum
efeito, porém, ela pensava ser apenas um gesto romântico ou sexy,
quando, na verdade, se tratava de posse.
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pensando em você. Não o idolatro, não sou seu servo e nem seu
aluno.
— Não se limite ao pensamento do ‘eu te amo’, Christopher. Isso
é falho e passageiro. — Nabrya virou-se bem devagar para mim. — E
isso vai acabar, de um jeito ou de outro. Senão por mim, talvez pelo
seu pai. Sabe bem que ele não está nada contente por você ter a
garota.
— Meu trabalho aqui ainda está sendo feito. Não olhem com
quem eu estou e não vão ter motivos para se preocuparem. Sou
muito bom no que faço.
— Eu não diria que não deveríamos nos preocupar. Quando você
se concentra nela, esquece tudo o que devia estar fazendo. Quer
fazer mais devagar para ter mais tempo ao lado dela. Quer dar
tempo de vida a ela nessa Terra. Mas sabe que isso não é possível,
Christopher.
Apertei os punhos e ergui uma sobrancelha a ele.
— A porra do mundo não vai acabar amanhã. Terei tempo
suficiente com ela viva ou morta.
— Mas prefere se agarrar a vida inútil e mundana com ela. — Ele
sorriu. — Sua vida mortal é descartável. Se eu te matasse neste
exato momento, teria apenas o casco odioso de sua forma
demoníaca trabalhando mais rápido.
Ele tocou a maçaneta.
— Pense nisso, Christopher. Estou te dando a oportunidade de
estar com o coração batendo e trabalhando para mim.
Respirei fundo, o ar parecia cortar as minhas entranhas e arder
em meio a fúria crescente em mim.
Eu queria rasgá-lo em pedaços naquele momento.
— Seu pai espera que você trabalhe para ele pelo resto da vida.
E eu espero que você me ajude a destruí-lo para que fique livre e eu
no comando. Mas você está estragando tudo com essa sua piedade
pela humana.
— Nunca mais chegue perto dela — murmurei entredentes.
— Nunca mais desobedeça aos meus comandos. — Ele abriu um
sorriso maléfico. — Vá para o Brasil, você sabe o que te espera lá.
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11 de Junho | Terça
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pouco burra por isso, mas acho que Christopher também não
entendia tudo, o que me deixava um pouco mais relaxada.
— Papai — Asafe chamou.
Christopher o respondeu, olhando-o nos olhos, mas pelo visto, o
garotinho só queria olhar para o rosto dele. Eu achava muito fofo
quando ele fazia isso. De certa maneira, era como matava a sua
saudade. Chris beijou a testa do filho e virou-se para mim.
— Amor, pode ligar a banheira para o As enquanto eu guardo as
coisas dele? — pediu.
— Claro — levantei-me do sofá.
— ESPERA — afoito, o demoninho gritou para mim, ainda que eu
nem mesmo tivesse chegado a me mover.
Asafe desceu do colo do pai, lhe entregou a sua mochila, correu
até onde eu estava e enroscou a sua mão na minha, olhando-me
como se esperasse que eu o levasse junto. Em geral, eu não gostava
de crianças, mas Asafe conseguia derreter o meu coração todinho.
Sorri para ele.
Seguimos em direção ao banheiro. As parou em um canto, de
pé.
— Você prefere a água quente ou fria, As? — questionei,
observando-o balançar o corpinho ansioso para um lado e para o
outro, com as duas mãos nas costas.
— Fia. Não. Quente. — Ele franziu a testa, congelando no lugar.
— Não, não. Fia.
Asafe parecia prestes a entrar em um colapso de nervos com a
indecisão e me segurei para não rir.
— Temos todo o tempo do mundo — brinquei.
Ele estava realmente avaliando a sua escolha, como um jogador
de xadrez escolhendo a sua próxima jogada. Era tão divertido ver o
seu rostinho sério daquele jeito.
— Eu não sei, titia Dingo — respondeu tristonho quando se deu
conta de que não sabia o que preferir.
— Seu papai costuma te banhar com aquela água fria que te dá
arrepios no corpo quando você sai ou aquela água mais quentinha,
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que parece que você está todo embrulhado? — sugeri opções, talvez
o ajudasse.
Porém, Asafe não conseguia se identificar com nenhuma das
duas opções. Talvez o seu pai optasse por banhá-lo em água morna,
fazia mais sentido.
No mesmo instante Christopher entrou no banheiro.
— O mais gelada possível, por favor. Asafe não consegue
distinguir bem a diferença de temperatura ainda. Para ele ainda é
muito confuso — explicou.
— Por causa do outro lado dele? — investiguei e ele assentiu.
— Está bem. — Antes de ligar a água, me virei para Christopher.
— A água gelada não o incomoda? — estranhei.
— Não se preocupe, Dingo Bells. Ele adora o frio, e antes que
pergunte, não o machuca.
— Certo. — Uni as sobrancelhas, intrigada.
Havia muitas coisas as quais eu nunca entenderia em Chris e em
seu filho, mas ficar o enchendo de perguntas não era algo que eu
quisesse, afinal, explicar como é ser um demônio não deve ser lá
uma conversa muito agradável para ele.
Sem mais delongas, fiz o que me pediu.
Asafe remexia o corpinho, os olhos vidrados na água enchendo a
banheira. Adicionei um pouco de espuma e alguns brinquedos dos
quais ele parecia gostar.
Sentei-me na borda da banheira e Christopher sentou-se logo
atrás de mim.
— Ele ama tomar banho quando estamos com ele — sussurrou
no meu ouvido e eu sorri.
— Ele ama mesmo é molhar a gente — rebati, achando graça.
— Fazer danação faz parte da natureza demoníaca dele. As não
pode evitar.
Rindo, virei-me para ele.
— Acho que isso não é coisa de demônios. Isso é a genética de
suas características humanas. Você é um péssimo exemplo de um
bom cidadão, meu querido Chris.
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14 de Junho | Sexta
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O que Dytto estava aprontando logo tão cedo? Ela não deveria estar
focada nas aulas?
Mas o quê?
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profanos, logo eram os que menos sofriam, e por isso eram deixados
avulsos pelo caminho até a fortaleza de demônios.
As montanhas circundavam o buraco no centro deste inferno.
Ainda que longe, era possível ouvir os urros dos errantes que ali, nos
montes, eram punidos.
Eles me conheciam, cada um deles. Eu fazia questão de olhá-los
enquanto sentiam dor. Era a melhor sensação que se poderia existir.
Por outro lado, havia uma semente do bem que existia em meu
peito, cultivada pela linda garota que possuía o meu coração. Ela era
a única que conseguia me tirar a atenção do dever que nasci para
cumprir, e talvez fosse por esta razão que o meu desgraçado pai a
odiava tanto.
À medida em que a muralha de aço e pedras se tornava mais
inteiramente visível, constatava que estava mais perto da entrada de
ossos. E, ao finalmente chegar, os portões se abriram
completamente.
Dei passos rápidos, não queria perder meu tempo naquele
labirinto.
O lugar era escuro, mórbido e construído em seu interior por
enormes blocos de pedra. A cada passo dado, via um diferente
trajeto constituído por ossos, dando acesso à cela de cada
condenado. Segui o meu curso, não me permitindo parar, meus
passos foram firmes, não estanquei, mesmo que estivesse bem
interessado em conhecer o motivo de cada grito alucinado e
plangente daquele lugar.
As almas eram ensurdecedoras, barulhentas e implorosas.
Choravam por misericórdia para um Deus a qual abandonaram em
vida para que pudessem viver uma vida baseada em prazer carnal.
A neve, por algum motivo, caia aqui dentro, apesar do lugar ser
como uma caixa tampada.
Um exército de demônios agarrava-se às paredes de sangue,
esperando pelo momento em que buscariam a alma pelo qual
exigiria a sua atenção pela eternidade. Assim que me viram entrar,
reverenciaram-me em demonstração de respeito.
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e suja. Fez coisas horríveis. Você sabe porque está atraído por ela, e
não é porque está apaixonado. Você sabe bem porque a seguiu na
floresta. Essa sua fixação por ela, não passa de um desejo obscuro
de tomar o que ela ganhou. Não terá perdão das coisas que fez
como ela ganhou.
Franzi o cenho.
— Acha que estou atrás do perdão angelical? — Uni as
sobrancelhas. — Estou pouco me fodendo para a redenção que ela
teve. Ela fez o que fez porque era uma criança e agora sequer
lembra. Eu faço tudo o que eu faço porque eu quero.
Ele riu amargo.
— Seu plano sempre foi desafiar os anjos, e agora você
conseguiu. Provou a eles que Dytto não tem salvação. Livre-se dela
ou eu mesmo faço isso.
Ergui o rosto.
— Se o fizer, acabo com qualquer passagem ou rito que ainda o
ligue a eles. Eu sou o caminho entre você e aqueles pecadores
fodidos. Sempre que ousar ir contra mim, eu me volto contra você. E
sempre que me prejudicar, eu acabo com a sua diversão — ameacei,
mantendo a postura.
Ele, por sua vez, semicerrou os olhos, ardendo em fúria.
Meu pai sabia que eu poderia destruir o que ele construiu. Eu
era o fruto de seu corpo, e o único que conseguiria o derrotar.
Ele me queria para ser a sua máquina, mas eu era o seu único
inimigo realmente a altura. Estávamos sempre em um impasse.
Como a porra de um jogo. Ele mexia as suas peças, e eu, as minhas.
— Traga-me o maior número de almas. Espalhe mais aflição pelo
mundo. E mesmo que você tente resistir a mim, Dytto já estará sob
meu amparo. Eu duvido que qualquer tentativa de vingança possa
compensar a angústia de saber que a responsabilidade pelo
sofrimento dela repousará unicamente sobre seus ombros.
— A alma dela pertence a mim.
— No entanto, ela a ofereceria a mim em troca da segurança de
sua família. E estou certo de que você faria qualquer coisa por
aquela jovem — afirmou com convicção. — Cause sofrimento,
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Christopher. Inflija dor ao mundo, e então permitirei que ela seja sua
— exigiu.
— Está fazendo isso da maneira errada.
Ele deslizou os olhos bem lentamente sobre o meu rosto, de um
jeito ameaçador.
— Apesar de tudo, Christopher, sou eu quem te mantenho vivo e
são. Poderia te matar no minuto que em descobri a sua traição. —
Ele ergueu uma sobrancelha. — Se livre do Nabrya, mate-o,
enfraqueça-o, e traga ele para mim. Você e eu trabalhamos juntos.
Se houver qualquer outra proximidade entre vocês dois, isso custará
um preço alto a você, filho. E eu não te pouparei do pior.
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18 de Junho | Terça
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sorria ao desabafar. — Mas ele não existe mais. — Loren ergueu sua
cabeça ao céu. — Ele não existe mais. — Chorava feliz.
Eu, do contrário, me sentia estranho em estar exposto a uma
situação adversa as que eu geralmente causava. Eu não era o
mocinho, não fazia ninguém feliz. Não sentia picos de felicidade ao
vê-la assim, tampouco sentia-me melhor ou grato. Era só...
desconfortável. Não havia nascido para tornar o mundo das pessoas
melhor.
— Certo. Espero que isso te faça ser menos rabugenta — tentei
descontrair.
Preferia quando estávamos brigando.
— Disse que fez com que eles se mutilassem para sobreviver. —
Ela me olhou, confusa. — O que aconteceu depois?
Agora eu senti picos de alegria. Felicidade real. Euforia corria em
minhas veias.
— Nunca mais ninguém os viu, não é? — comentei de forma
alusiva.
Loren manteve-se concentrada no que eu dizia. Sabíamos o que
eu havia cometido, mas não dissemos mais nada.
Ela voltou a olhar para a rua, pensativa.
— Eu faria qualquer coisa para ter visto isso — soltou, baixinho.
Meu celular vibrou no bolso da calça e rapidamente o peguei, já
sabendo de quem se tratava.
— Dytto está vindo — alertei-a.
— Merda. — Ela saltou do chão. — Eu vou indo antes que ela me
veja assim — disse, enxugando o rosto inchado de choro.
— Beleza. Cai fora.
Ela sorriu. Os olhos brilhavam.
— Até mais, Slenderaman pirocudo.
Revirei os olhos. Porra de apelido.
— Só mais uma coisa — pontuei, chamando a sua atenção. —
Sei que você e a Amara curtem colar velcro, mas me faça o favor de
visitar ela logo. Eu não aguento mais aquela folgada me falando do
quanto foi bom foder você.
Seu rosto inteiro enrubesceu.
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— Acha que eu vou te matar por causa dele? — Riu outra vez. —
Você acha mesmo que eu preciso de você ou do meu pai? — Ele
curvou o canto dos lábios. — Sou melhor do que vocês dois. Sou pior
do que vocês dois. A única coisa que me impede de destruir tudo...
— Ele parou por um segundo, suspirando firme. E então, seus olhos
vieram para os meus. — Vocês dois sabem que é ela, e é por isso
que estão tão desesperados.
Meus olhos naturalmente se arregalaram diante de sua
confissão.
Eu era o que impedia Christopher? Eu?
— Se a ama tanto assim, por que nunca contou o que o seu pai
está tramando contra ela? — Nabrya soltou em revolta. — Ou, até
mesmo, contra a família inteira dela?
Juntei as sobrancelhas.
— Christopher — chamei-o em desespero. — O que seu pai está
fazendo?
Ele fechou os olhos com força.
— E não me diga que isso não é da minha conta — apressei-me
em dizer. — Eu juro, Christopher... — Apertei os dentes um contra o
outro, sem conseguir terminar.
— O seu adorável sogro quer te destruir, Dytto. É isso que o seu
covarde namorado não quer contar — Nabrya novamente se
intrometeu. — Ele está brincando com a sua família. Um por um. E
se vocês não terminarem o que tem, não vai demorar muito a ter um
túmulo da família Bell por aqui.
Meu coração batia como um louco no peito. Minha garganta
secou e minhas pernas tremularam.
— N-não.
Christopher não se movia, mantinha-se completamente imóvel,
sem nunca soltar-me dele, como se eu fosse fugir a qualquer
instante.
Eu não sabia o que sentir. Doía. Tudo doía.
Todo esse tempo existia uma chance real de algo ruim acontecer
a minha família, mas, por egoísmo, Christopher nunca me contou.
Nunca me deixou ir embora.
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18 de Junho | Terça
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pensar nisso.
Fiz um grande esforço para me sentar, ele me ajudou, atento.
— Você quer algo? — Ele afastava mechas do meu cabelo para
trás.
Balancei a cabeça.
— Que horas são? — indaguei, aturdida. Estava escuro lá fora.
Já não estávamos mais estacionados no estacionamento da
escola. Porém, diante dos portões da minha casa.
— São um pouco mais de 9 horas. Ficou desacordada por um
tempinho — explicou. — Te trouxe para cá, mas não queria te levar
para dentro nessas condições. Sua irmã acha que estamos apenas
namorando aqui na frente.
Enquanto ele falava, minha mente insistia em resgatar as minhas
memórias mais recentes. Tudo ainda parecia meio irreal e estranho.
Os rápidos lapsos avançavam em flashs. As vozes se misturavam em
meio às recordações.
Franzi as sobrancelhas.
— Seus pais ainda não se deram conta de que estamos aqu...
— Você tem dezessete milhões de filhos ou eu estou delirando?
— disparei, de repente.
Christopher calou-se, seu rosto inteiro ficou sério.
— Não são filhos, exatamente. — Ele suspirou. — São frutos do
mal. São... aberrações. — Balançou a cabeça. — Eles se formaram
com a minha presença em Nefarious, não foram gerados por
mulheres, está bem? Isso não é culpa minha.
— Está me dizendo que o inferno é o quê? Um útero? — me
intriguei
Ele balançou os ombros.
Me senti desconfiada, pois nunca antes ele havia tocado no
assunto. Mas, para falar a verdade, ele nunca antes tocou em muitos
assuntos.
— É um modo de se ver. Talvez. — Ergueu a sobrancelha. —
Para de me olhar assim. Eu não transei com nenhuma mulher.
Semicerrei os olhos.
— Eles simplesmente brotam? Assim... do chão? — suspeitei.
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Istambul, Turquia
21 de Junho | Sexta
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Eu sabia que ele não estava com tanto sono devido ao fuso
horário. A diferença entre a Turquia e Nabrya eram de pelo menos
12 horas, mas ouvi-lo falar dela doía.
— Vai. Eu vou depois — pedi, colocando-o de volta no chão.
Asafe saiu arrastando os pés de má vontade. Em sua última
tentativa, estacionou no batente da porta, olhou-me com o rostinho
de cachorro pidão e suspirou.
— Eu só quelia conversar — murmurou, arrasado. Os lábios
contraídos em um beiço.
— Isso não funciona comigo, aberração.
Ele sorriu, arteiro, e disparou sorridente em uma corrida até o
quarto.
Nossa suíte possuía muitos cômodos. Era espaçoso o suficiente
para nós dois, no entanto, As gostava de dormir comigo, bem
próximo. Muito próximo. As vezes tão próximo que eu acordava com
metade do seu corpo posto sobre a minha cabeça.
Ele também não era muito a favor do espaço pessoal.
Terminei de lavar o rosto, esfreguei-o na toalha e tranquei a
porta; caso Asafe decidisse voltar engatinhando, chorando
falsamente, ainda em sua atuação desesperada.
Arranquei as minhas roupas e andei até o chuveiro. Ali, permiti
que a dor se mostrasse. A cruel e impiedosa dor.
Constantemente, eu me esforçava para deixá-la livre de meus
pensamentos, no entanto, ela não morava somente nele. Dytto
estava em cada parte do meu corpo, residindo em cada mísero
espaço. Atormentando o meu casco mortal, e fodendo com a minha
entidade imortal.
Fechei os olhos, tomado pela angústia avassaladora presa à
garganta e tudo o que me veio à mente foram os malditos flashes de
seu rosto, seus olhos, seus lábios, seus cabelos e todo o seu corpo.
Entrei no modo automático e toquei o meu pau, já duro. Quando
me dei conta, já esfregava a mão por toda a extensão, imaginando a
sua boca em mim, me chupando. Seus olhos doces me olhando
cheios de segundas intenções.
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26 de Junho | Quarta
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também, extremamente triste por saber que não a teria mais por
perto.
Saco!
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Eu queria tacar fogo nos meus olhos, se possível, mas não era o
lugar para isso. Então, discretamente — com aqueles dois pares de
olhos sobre mim, tão chocados quanto eu por terem sido vistos —,
me afastei com passos para trás e fechei a porta.
Talvez pudesse ter sido pior. Poderia ser ela chupando-o. Na
verdade, eu não sei como isso seria pior. Acabei de ver uma cena e
tanto.
Acho que nada mais me chocaria depois daquilo.
Girei os calcanhares, com a mente presa naquele momento.
Teria corrido, se sua voz rouca e desesperada não tivesse surgido às
minhas costas.
— Dytto — Luc chamou.
— Oh, Deus. Me ajude — sussurrei, quase inaudível, apenas
para mim... e para Deus.
Virei meu corpo em sua direção. Meu rosto tenso sorria
nervosamente enquanto tentava encará-lo com alguma seriedade.
Se é que existia alguma dentro de mim naquele instante.
— Luc — seu nome era tudo o que fui capaz de dizer.
— Olha, eu... — Ele apontou com a mão para a sala, como se
precisasse se explicar, mas balancei ambas as mãos, intervindo.
— Não. Não. Eu só estava de passagem. Eu nem sei o que eu vi
aí — me apressei em dizer.
Estava claro que isso era desconfortável para nós dois.
— Me desculpa, Dy. Eu não devia. Sei que não devia.
— Luc. — O interrompi. — Eu não tenho nada a ver com isso.
Não tem que explicar nada pra mim.
Ele suspirou, constrangido e balançou a cabeça.
— Sério. Eu não sei o que deu em mim. Tínhamos conversado.
Íamos parar com esses encontros. É só que... — Ele repuxou o canto
do lábio para baixo. — Não era o que eu planejava.
— Tá. Eu vou para o refeitório.
— Podemos conversar? — pediu. — Por favor.
— Tudo bem. Mas ainda assim eu tô indo para o refeitório. Não
seria ideal a gente conversar aqui. — Fiz careta.
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26 de Junho | Quarta
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Loren veio até nós depois de duas músicas. Ficamos nós três,
juntos por um tempo, até que meu corpo não suportou mais tanto
tempo dançando.
Eu precisava de um lugar para me apoiar ou cederia aqui
mesmo. Minha garganta estava seca. Luc gentilmente se ofereceu
para buscar uma garrafa de água para mim. Quando me entregou,
senti vontade de abraçá-lo em gratidão.
Ao fim da música lenta que tocava, perdi Loren completamente
de vista. Ela já deveria estar com a língua dentro da boca de algum
cara. De todo modo, era sempre assim.
Luc não tinha bebido nada, e parecia pouquíssimo a fim. Decidi
que permanecíamos perto um do outro. Entrelacei os meus dedos
nos seus e seguimos em direção a sala.
Como grande parte dos festeiros estavam no quintal, a casa
acabou ficando mais livre e espaçosa. Embora os mais introvertidos
ainda se escondessem por ali. Não os culpava. Também gostava de
me isolar.
Desabei no sofá duro e Luc fez o mesmo no espaço ao meu
lado. Deixei que minha cabeça tombasse em seu ombro e suspirei
cansada.
— Eu estou morta — grunhi.
Ele riu.
— Está mesmo fora de forma — gracejou.
Luc dizia que eu deveria entrar para o time de futebol feminino
da escola, mas isso definitivamente não estava nos meus planos.
Dytto Bell e esportes eram quase antônimos em algum dicionário da
vida.
— Só um pouco.
— Deveria correr de vez em quando. Só para... sabe como é,
seu sangue não coagular no corpo. — Ele riu de sua própria piada.
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nem sei pra que ela queria aquilo. Ela não é nem supervisora do
grupo de natação, sabe? — Ele coçou a nuca. — E aconteceu a coisa
mais idiota do mundo. A minha toalha caiu justamente quando eu
ergui a caixa. — Ele riu, como se fosse muito estranho.
— Então decidiram recriar um filme pornô? — Ri.
Ele balançou a cabeça, timidamente.
— Eu sei lá. Ela só, desceu lá embaixo e... — Seus olhos ainda
eram fixos no carpete, sem coragem para me encararem. — Fez.
Mordi os lábios, prendendo a risada que queria explodir de
minha boca.
— E caramba... Ela era muito boa. — Luc sorriu. — No dia
seguinte, ela ficou me encarando na sala a aula inteira, e quando o
sinal tocou, ela me pediu para que eu ficasse. Foi quando ela disse
que aquilo não se repetiria, e que foi um erro. — Ele franziu as
sobrancelhas. — Mas aí no dia seguinte, ela estava lá no vestiário,
no mesmo horário. Me esperando.
— Há quanto tempo isso vem rolando?
— Sei lá, já tem um tempo. Três semanas, acho.
Não dei minha opinião. Não poderia julgá-lo. Também me envolvi
com quem não deveria.
— Hoje mais cedo, não deveria ter acontecido. Eu estava me
escondendo porque sabia que essa relação é um total fracasso. Mas
ela me procurou para conversamos. Disse que entendia. Mas sabe
como é né, Dytto? Eu estava envolvido demais. Vulnerável demais.
Começamos a nos beijar e aconteceu. E, de repente, a porta se abriu
e lá estava você.
Ele retornou o seu olhar para o meu.
— Eu achei que estava verdadeiramente encrencado. — Ele
suspirou. — Depois daquilo, acabou, de vez. Eu não vou mais voltar
a ficar com ela. Eu não quero ser assim. Sinto que tudo isso está
errado. É como se ela estivesse brincando comigo, me manipulando
a querer. Eu sei lá. Não é como eu a culpasse. Ninguém botou uma
arma na minha cabeça, mas eu me sinto um pouco... levado a fazer
o que ela quer. Entende?
— Luc, se você está desconfortável. É melhor parar.
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27 de Junho | Quarta
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27 de Junho | Quarta
Horas antes...
Sentia frios na barriga como da primeira vez que o vi.
De soslaio, o observava dirigir. As grandes mãos seguravam o
volante com força. O rosto estava sério e ímpio. Os braços largos e
fortes evidenciavam as suas várias tatuagens.
Tinha sentido tanta falta de olhá-lo que mal conseguia conter a
vontade que tinha em beijá-lo. Existia uma conexão entre nós dois
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Sabia tudo o que aconteceria quando isso acabasse. Mas não era
no fim que eu estava pensando. Era no agora. E somente ele
importava. O agora. Nós dois. Nada mais.
Sutilmente passei uma perna para o seu banco, em seguida,
passei a outra, até que estivesse completamente em seu colo.
Enfiei meus dedos em seu cabelo, beijando-o com todo o meu
alvoroço. Agradecendo aos céus e infernos por tê-lo feito tão
perfeito.
Queria ficar ali, estendendo o tempo para que nunca passasse.
Para que eu pudesse lhe ofertar todo o meu amor e sentimentos que
guardei.
Ele era o meu ar. Precisava dele, nem que fosse apenas mais um
pouco. Minha alma exigia dele. Talvez estivéssemos conectados por
uma razão sobrenatural, ou então, éramos apenas dois viciados.
Suas mãos agarraram a minha cintura e exploraram o meu
corpo, descendo avidamente para as minhas coxas, subindo a borda
do meu vestido, e então acariciando minha bunda. Seus dedos
atrevidos desceram pela borda da minha calcinha, seguiram caminho
para entre o meio de minhas pernas. Sorri enquanto ainda o beijava.
Ele massageou minha intimidade por cima do tecido,
provocando-me discretamente. Seu longo dedo se infiltrou em minha
calcinha, esfregando-se em minha boceta. Arquejei, excitada. Estava
melada, ansiosa e pronta.
Embora partes de mim ainda estivessem em recuperação,
poderíamos apenas pegar mais leve. Tudo bem. Ia dar certo.
Ele friccionava o meu clitóris, masturbando-o bem devagarinho.
Ele parou de me beijar, descendo sua língua do meu maxilar até o
meu pescoço, chupando a minha pele. Deixando mordiscadas
gostosas. Gemi baixo, estava uma delícia.
De olhos fechados, mergulhada em puro êxtase, procurei pelo
seu cinto e o desfivelei. Em seguida desabotoei sua calça e a abri.
Ergui o meu quadril para que pudesse afastar a sua calça. Seu
dedo continuou me provocando, aproveitei-me da posição em que
estávamos para rebolar nele.
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Dirija para bem longe daqui e não entre dentro da casa. Me ouviu?
— ordenou.
— Sim. Claro — concordei, confusa.
Sua exigência me era tão desesperada que não tive tempo para
perguntas.
Christopher abriu a porta e colocou um pé no solo antes de
inclinar-se para trás, em minha direção.
— Eu confio em você.
Balancei a cabeça.
— Por que está tão estranho? — indaguei, nervosa.
Meu estômago agora se revirava em ansiedade. Meu coração
disparou em preocupação.
Para que aquilo tudo? Que droga estava havendo?
— Vai ficar tudo bem — garantiu, pousando sua mão sobre a
minha. — Minha linda garota, vá para longe dessa casa. Por favor.
Ele segurou o meu braço, obrigando-me a ocupar o banco do
motorista enquanto se colocava para fora do carro.
Christopher ligou a chave na ignição e olhou-me outra vez.
— Pise fundo — mandou, fechando a porta.
Minhas mãos tremiam quando dei partida. Eu não queria sair
dali. Eu queria chorar e não sabia a razão. Ou talvez, no fundo,
soubesse. Algo muito ruim iria acontecer naquela casa e por isso
Christopher me obrigava a ir embora.
Olhei através do retrovisor. Ele já não estava mais na rua. Em
rápidos passos, havia chegado à porta de sua casa.
Todo o meu corpo queria voltar ali. Descobrir a razão do que
estava acontecendo.
O enjoo crescente em meu íntimo dificultava a minha atenção no
que acontecia na estrada. Tentava manter o meu foco em duas
coisas, mas acabei descontrolando-me.
Eu estava muito enjoada naquele instante.
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se dissipasse, ou pelo menos, em partes. Mas era bom não ter que
espirrar a cada cinco minutos.
— Só estou dizendo a verdade. Você não tem coragem de
assumir o que está acontecendo e agora fica nessa. — Sorriu de um
jeito provocador. Ela sabia como isso ia atiçar a minha raiva, no
entanto, não se deu ao trabalho de se importar.
— Porra. Claro que não, Sam — discuti, irritada.
Estava sem paciência com a sua constante insistência em me
julgar. Ela adorava pontuar cada atitude minha como se fossem
pautas importantes para serem abrangidas em cada conversa que
tínhamos.
Ela me perseguia e me massacrava sem o menor pudor. Eu não
tinha uma irmã, tinha uma hater obcecada.
— Não xinga — ela esbravejou, apontando com os seus olhos
cor de mel para o banco de trás.
Através do retrovisor interno, observei As distraído com o seu
pequeno dinossauro. Ele encarava o objeto, intrigado, analisando-o
por inteiro. Tínhamos acabado de buscá-lo na creche, estava ansioso
para voltar para casa do seu pai. Duvido que sequer tenha prestado
atenção em qualquer coisa que tenhamos dito. Ele só sabia falar
quando o assunto o convinha.
— Ele sabe coisas bem piores do que nós duas juntas —
argumentei, despreocupada.
Ela suspirou.
— Não é porque você e o Christopher são dois imprudentes que
eu deva ser. Asafe ainda é um bebê — reclamou, cruzando os
braços.
Samantha não tinha anseio maternal de gerar uma criança,
porém, adorava o papel de tia boazinha, embora por trás da máscara
ingênua, existisse uma víbora, sedenta pelo mal. Ela bancava o ser
humano de luz para encobrir a sua má índole. Mas acho que só eu
via isso. Para o nosso irmão, Leví, ela era doce e ingênua.
Asafe não estava nem aí para ela, porém ela se esforçava. Tinha
esperanças de que um dia isso fosse mudar e morria de inveja de
Dytto, que conseguiu a paixão de Asafe apenas por existir. Ela não a
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— Ei, ele vai. Ele vai voltar. — Amara segurou o meu rosto. —
Precisamos dar um tempo a ele. Christopher está em sua forma
demoníaca, vagando em algum lugar do inferno, ele vai dar um jeito
de voltar.
Balancei a cabeça, freneticamente e me soltei dela.
— EU NÃO VOU. EU NÃO VOU SAIR ATÉ QUE ELE VOLTE —
gritei, poucas palavras saíram completas. Minha voz era falha.
— Precisamos enterrar o corpo, Dytto. Não podemos deixar
ninguém vê-lo. Entendeu? Em algumas horas esse odor... — Amara
balançou a cabeça, enojada. — O corpo está entrando em
decomposição, com feridas abertas. O cheiro vai se exalar muito
rápido se não tirarmos ele daqui.
Ela suspirou.
— Eu sei que está doendo, Dytto. Ele é o meu irmão, e eu
também sinto isso. — Ela tocou o meu rosto. — Mas temos que fazer
isso por ele enquanto Chris não volta.
Neguei, num balançar de cabeça.
— Ninguém vai tirar ele de mim — decretei, rouca.
Deitei-me novamente na poça vermelha e abracei o seu corpo
morto. Não iria sair dali. Não iria me mover. Ficaria ali até que o meu
Christopher voltasse.
De um jeito ou de outro.
— Dingo — a voz suave e macia me chamou, tão triste e
desolada que o meu peito se apertou.
Ele aproximou-se devagarinho do corpo de seu pai. Ele tremia, o
rosto estava banhado em lágrimas. Seus dedinhos se seguravam um
ao outro. Os ombros estavam encolhidos e os seus olhos
avermelhados me encaravam tristes.
Merda. Eu não podia deixá-lo aqui. Não poderia deixá-lo encarar
o seu pai assim.
— Eu tô com medo, mamãe — chorou.
Minha respiração trepidou. Meus lábios se entreabriram, mas
nada saía.
— Mamãe — chamou, assustado. — Eu quelo o papai de volta.
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Era eu quem estava de luto, mas era mamãe quem estava mal.
Sentada na mesa do seu escritório, seus olhos perscrutavam o
nada. Sua mente lhe era distante do mundo real. Ela ainda estava
péssima pela perda do emprego há meses, não havia jogado fora as
papeladas do antigo trabalho ou sequer se desfez de seus antigos
hábitos de sentar-se à frente do computador para escrever
documentos que, agora, já não tinham mais serventia alguma.
Ela emagreceu a beça e estava visivelmente deprimida. Tons
arroxeados rodeavam os seus olhos fundos. O rosto magro e ossudo
tinha o semblante de uma mulher muito mais velha do que ela era.
Os seus cabelos longos, conhecidos pelo brilho e saúde,
encontravam-se ressecados e ralos. Sua vaidade esvaiu-se
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— por uma ligação que nunca veio. Esperando que alguém de sua
família dissesse que ele voltou, mas este momento nunca chegou.
Embora eu não quisesse ouvir os ruídos sonoros da minha casa,
era quase impossível não me assustar com os berros. Pareciam mais
ferozes desta vez.
— Ever, pare de gritar — Théo devolveu no mesmo tom irritado.
— Que merda é essa aqui? — ela rosnou.
— E-eu... — papai tentou se explicar, mas parecia ser grave
demais.
Suspirei, obrigando-me a não prestar atenção.
— Vai me deixar? Por ela? — Mamãe questionou, em um misto
de fúria e mágoa.
Ok... talvez eu devesse prestar atenção nessa conversa em
particular.
— Será que eles não se cansam? — Loren sussurrou ao meu
lado. Também aguardava comigo pela ligação.
Ultimamente dormíamos e acordávamos juntas. Ela havia se
tornado o meu alicerce. Íamos para todos os cantos grudadas,
inclusive, visitar Asafe.
Pobre Asafe, mal comia ou dormia. Chorava pelos cantos da
mansão Tanaka, tão ansioso pela volta do seu pai quanto eu.
Estávamos todos enlouquecendo com a demora.
— Eu não sabia como contar — papai comentou, mais baixo.
Precisei me esforçar para conseguir ouvi-los.
— Aposta quanto que mamãe acabou de descobrir a amante do
papai? — Loren provocou, sorrindo de canto.
Ela estava insatisfeita com a relação deles dois, então apenas
torcia logo para o fim. Ninguém suportava mais a situação.
— Eu não sei, mas tem algo errado — disse, pondo-me de pé.
Fui em passos rápidos para a cozinha. Mamãe estava de pé
diante da cadeira em que papai estava. Ela chorava enquanto
checava o celular de Théo.
— Você vai me deixar por ela — concluiu. — SEU MALDITO!
Ela atirou o celular contra a parede. O aparelho caiu no chão já
estraçalhado.
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— MADILTO! — gritou.
Seu rosto inteiro estava vermelho como um tomate. Os olhos
pulsavam horrorizados. As veias saltavam em sua testa e pescoço,
completamente furiosa.
Nunca tinha lhe visto desta maneira antes.
Papai tentou segurá-la, mas os gritos dela o fizeram recuar.
— Eu não acredito. Não acredito — repetia atordoada, puxando
os fios de cabelo de maneira descontrolada.
Loren apareceu na entrada da cozinha, confusa e assustada. Os
olhos varreram o lugar em busca de uma resposta, mas nada ali
parecia certo. Papai mantinha-se calado e retido. A culpa maquiava o
seu rosto maduro.
— Mãe, se acalme — pedi, aproximando-me devagar. — Tá tudo
bem. Vamos sair daqui e conversar. Tá tudo bem — tentei lhe
acalmar.
Ever estava histérica, não parava no lugar, andando de um lado
para o outro, repetindo palavras inteligíveis para si.
Sua respiração era ofegante e audível. Seus olhos estavam
imersos em um abismo interior. O choque do que quer que ela tenha
visto a esfaqueava repetidas vezes.
— Mãe — repeti, mais baixo. — Vem comigo — pedi, estendendo
a mão.
Ela parou de andar, olhou-me nos olhos e balançou a cabeça.
— Eu perdi os dois — sussurrou.
E então saiu, quase correndo.
Ouvi o barulho de suas passadas na escada, estava indo para o
segundo andar. Loren se prontificou a ir atrás, mas a segurei.
— Deixa comigo. — Tomei a frente, indo atrás dela.
Subi o segundo andar bem rapidamente. Pulei de três em três
degraus para conseguir alcançá-la, no entanto, ela já estava em seu
quarto quando a encontrei. Estava de costas para mim, encarando o
jardim através da janela de vidro. O corpo mal parecia conseguir
equilibrar-se em suas próprias pernas.
— Eu perdi os dois. — Ela chorava.
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— Não, você não vai sair — papai cuspia ordens atrás de mim.
Seus passos apressados tentavam alcançar os meus. Estávamos
em uma dança de caça ao rato, onde ele tentava me apanhar a
caminho do meu carro.
— Ah, e por que não? — o desafiei, agressiva.
— Você tem matado aulas. Não tem ficado em casa e sequer
tem atendido as ligações — esbravejou alto.
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— Leví, por favor! — insisti, copiando cada passo que lhe era
dado em torno da grande cozinha. — Eu sei que não foi feito para a
mesma pessoa, mas talvez nós...
— Não. — Embora calmo, virou-se imediatamente para mim,
segurava uma xícara preta na mão. — Nós não vamos fazer o ritual.
Cruzei os braços.
— Sim, nós vamos — discordei.
Ele ergueu uma sobrancelha.
Apesar de muito mais forte e alto que eu, não me parecia
perigoso, na verdade, ele era um doce. O ser humano mais amoroso
e gentil que tive o prazer de conhecer. Por um momento até
desconfiei que ele fosse de fato da família, até tê-lo visto
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A ação de deixar seres vivos livres e vivos era algo muito difícil
para ele aceitar.
— Para ela voltar para os filhos aranha dela, para voltar para o
marido, para a mamãe e o papai dela — respondi.
Ele franziu a sobrancelha.
— E se a gente matasse todos? — propôs, entusiasmado.
Oh, céus!
— Não é assim que funciona, As. Tem que deixar os bichinhos
vivos.
Ele coçou o cabelo, entristecido.
— Mas eu, mas eu...
— Peste. — Minha irmã entrou em cena, segurando um único
sapato incendiado. — Da próxima vez que tacar fogo em uma das
minhas coisas, vou tacar fogo em você — ameaçou, encarando-o.
— Loren! — adverti.
— Que é? Ele não é um filhote de demônio? — argumentou,
instigada.
— É uma criança! — Olhei-o a tempo de pegá-lo no pulo dando
a língua para ela.
— As, você não pode fazer isso com a... — Flagrei Loren fazendo
o mesmo que ele. — Minha nossa! Será possível que eu vou ter que
dar educação a duas crianças?
— Eu posso, sou mais velha, portanto, tenho direitos que a peste
não tem.
— Sua cocô — Asafe a criticou.
— Pelo menos eu tenho todos os dentes, olhe só. — Ela abriu
um larguíssimo sorriso, bem próxima a ele para exibir-se.
Ele fez careta.
— Feia — disse, chateado.
— Restinho de aborto.
— Sua... Sua... — As olhou em volta, os olhos ansiosos
pesquisando uma rápida ofensa. — Sua cabeça de cabito.
— Esse é o melhor que sabe fazer? — Loren o provocou,
divertindo-se.
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insistência.
— Fala sério. Não põe essa responsabilidade em mim. Se Dytto
quer invocar demônios, então que os invoque. — Deu de ombros,
voltando a cutucar o cabelo da minha irmã que, prontamente a
ignorava.
— Eu não quero fazer um baile de demônios, eu só quero
invocar o Christopher. O meu Christopher.
— Dá logo a droga desse ritual pra ela, Levizinho — Demétrius
se divertia.
Ele era o único que parecia muito bem à vontade com tudo ali,
não importa qual ideia eu tivesse, Dem sempre apoiava.
— Está bem. — Suspirou. — Mas não diga que eu não avisei.
Arregalei os olhos.
— Vai mesmo me dar o ritual? — falei, desacreditada.
— Claro. — Ele sorriu, mas tudo ainda parecia não ser de
confiança.
— Estou ouvindo. — Me atentei, curiosa.
Ele olhou em volta da mesa, surpreso por eu já querer saber, no
entanto, eu não queria mais perder um único segundo sequer.
— Ok. Três homens. Três mulheres — listou. — Vai precisar
disso.
— Três homens e três mulheres? — me intriguei. — Bom, já
temos as três mulheres. — Apontei para mim, Sam e Amara. Loren
não parecia querer fazer parte disso, então a deixei de fora. — E já
temos dois homens, falta somente um.
Ele sorriu, cruzando os braços.
— Três homens mortos e três mulheres mortas para o ritual,
Dytto — explicou, fazendo com que meu coração parasse de
bombear sangue por um milésimo de segundo. — E eu nem preciso
dizer que terá que ser você a matar.
— Merda! — Suspirei, nervosa.
Isso era algo impossível.
De repente, o sonho de chamar Christopher tornou-se ainda
mais distante e irreal.
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decoração.
Corri para o meu antigo quarto, entretanto, somente o eco do
vazio ocupava espaço. Um nó imediatamente se formou em minha
garganta.
Fui novamente preenchia pelo sentimento de luto.
Olhei pela janela do meu antigo quarto. O jardim estava vazio. A
garagem estava sem carros. Apenas a ranger vermelha de
Christopher — que peguei emprestada — estacionada na frente da
casa indicava a presença de alguém aqui.
Não havia placa de "Vende-se" fincada no gramado, isso quer
dizer que papai não teve escolhe a não ser ceder a casa para a
justiça, porém, se recusou a deixar os móveis, o que provavelmente
o tornava um novo tipo de ladrão.
Fechei os olhos, deixando o ar escapar pela minha boca. Não
existia conforto em ver toda a minha antiga vida se dispersar.
Outra vez eu me despedia de algo importante.
— Ele acha que você está morando com o Christopher — o
timbre rouco, mas suave, reverberou atrás de mim como um soco
em minhas costelas.
Meu corpo instantaneamente foi tomado por ondas de arrepios.
Virei-me de solavanco.
— Nabrya — decretei entre dentes.
Ele abriu um sorriso maroto, olhando-me fixamente nos olhos.
— Agora tem nos vigiado, por acaso? — retruquei, rude.
Nabrya ergueu o rosto, numa postura inabalável.
— Tenho cumprido com a minha promessa.
— Que promessa? — Franzi as sobrancelhas.
Ele sorriu de lado. Deu dois passos em minha direção antes de
parar, olhar em volta e balançar a cabeça.
— Foram momentos intensos nesse quarto. Aposto que sente
muito a falta do seu namorado — memorou, como se pudesse
enxergar todas as memórias existentes daquele cômodo.
Seus olhos reflexivos deslizavam bem lentamente. Onde deveria
se localizar a minha antiga cômoda, ele sorriu, continuou com a sua
investigação, indo em direção ao closet, agora vazio, ficou intrigado,
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mas logo tomou rumo para onde ficara o vazio de onde costumava
estar a minha cama.
— Está vendo o quê? — indaguei.
— Memórias — admitiu. — De vocês dois. — Ele virou-se de
costas para mim. — Christopher adorava entrar aqui quando você
não estava para roubar as suas calcinhas. Algumas que você nem
mesmo notou a ausência. — Ele riu. — Christopher te vigiava todas
as madrugadas antes de lidar com a própria vida. Queria garantir
que estava viva e que nenhum monstro seria capaz de tocar em
você, mas quando ele sumiu, sua casa foi tomada por demônios.
Nabrya virou-se novamente para mim.
— Isso explica a minha promessa.
— Ainda não me disse que promessa — argumentei.
— Christopher me pediu para ficar de olho em você. Ele queria
garantir que você continuasse bem.
— Então ele te contou que iria morrer. — Sorri amarga.
— Não. Eu o matei — confessou simplesmente.
Senti meu rosto transformar-se em uma lava de fogo. Minha pele
queimava de fúria. Embora soubesse agora que isso era o que
Christopher queria, repugnava com todas as minhas forças o fato de
que alguém tinha o machucado.
— Você... — avancei um passo, querendo gritar, mas Nabrya me
interrompeu.
— Ele me pediu por isso. Ele me colocou de prontidão para
matá-lo — entoou firme.
Meu corpo estagnou em uma postura defensiva, tensa e sólida.
— Christopher e eu demoramos até finalmente chegarmos a um
acordo. Tive que garantir que ele não me trairia no último minuto,
mas ele não o fez. Então, agora estou aqui, vigiando a moça dos
olhos dele. — Nabrya sorriu. — Tem sido um trabalho inquietante.
Ver você o tempo todo triste é... incrivelmente satisfatório.
— Aposto que sim — eu disse, friamente. — Não me
surpreenderia se você admitisse ser o culpado do que vem
acontecendo a minha família também. A morte, a destruição e
mandado de prisão.
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10 anos atrás...
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minuto seguinte quando fui abraçada por uma fúria destruidora que
me cegou num estalar de dedos. A discrepância de meu humor fora
tão rápida que fez Lily engolir em seco com a expressão furiosa que
despontou em minha face.
— Oh, não! — lamentou ela, arrependida.
— Olhe só o que você fez — culpei-a, enraivecida.
Larguei o corpo rasgado de Rose no chão e avancei em seu
pescoço com as duas mãos. Os olhos de Lily se arregalaram de
medo e ela tentou se afastar, mas estava próxima demais da beirada
e escorregou.
Tudo o que eu ouvi antes de seu corpo desvanecer no escuro,
fora um breve e singelo suspiro surpreso. Ouvi-a gritar por cerca de
cinco segundos após cair, até que se calou permanentemente. O
ambiente fora preenchido pelo som das ondas do riacho colidindo
contra as rochas e o farfalhar das árvores próximas dali dançando
em meio a forte ventania.
Meu coração estava disparado no peito e todo o meu corpo
tomado por adrenalina.
Paralisei com os braços dispersos no ar, encarando a ausência da
garota loira diante de mim. Minha respiração estava ofegante e meu
peito subia e descia descontroladamente. Meu cérebro levou um
minuto inteiro para assimilar a situação.
— Não — murmurei me afastando da cena.
Não olhei para o riacho. Não queria ver Lily, pois não sabia em
que condição a encontraria.
Olhei para os lados, não havia ninguém. Com medo, tomei Rose
e os seus pedaços nos braços e corri para dentro da casa.
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brincar sozinha pelo lugar com a sua boneca. Você saiu para fora da
casa e caminhou por aquela colina, e isso te levou exatamente para
onde Lily estava. Em uma das margens. O corpo dela foi levado pelo
riacho até uma pedreira.
Nabrya segurou o meu rosto entre as suas enormes mãos.
— Você a viu. Machucada, chorando e com medo. Ela estava tão
frágil, tão vulnerável. Ela se arrastou por aquelas pedras até as
árvores porque estava determinada a viver, mas nada disso te
impediu. — Ele acariciou a minha bochecha. — Você sabe o que você
fez, doce Dytto. Lembre-se.
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Meus olhos vagaram pelo seu corpo pálido e doente. Seus olhos
estavam murchos e a pele acinzentada.
Ela começava a respirar com muita dificuldade, a respiração
parecia um ronco.
— Vamos lá, então. — Me levantei e peguei um de seus pés.
Eu ainda estava tão irritada com a situação. Eu não queria saber
se ela iria ficar bem ou não. Ela era chata, e eu estava cansada de
tê-la em minha vida. Todos pareciam querer defender ela o tempo
todo.
Mamãe dizia que era porque Lily havia descoberto que estava
doente, por isso todos faziam de tudo para agradar essa garota
mimada. Estava com alguma coisa chamada Lumia... Locemia...
LEUCEMIA. Isso! Mamãe dizia que Lily tinha Leucemia, e isso fazia
com que todos ficassem sempre de olhos nela.
— Você é pesada — resmunguei, arrastando o corpo dela pelo
chão.
Lily murmurou de dor, acho que sua perna estava ferida, estava
meio ensanguentada e estranha.
Arrastei o seu corpo até as pedreiras e parei para respirar um
pouco.
— Olha, isso vai doer, mas falta só um pouquinho para
chegarmos na água. Acho que ninguém gosta de ser arrastada em
pedras. — Sorri, ofegante.
Virei-me para trás. A corrente de água estava muito forte, a
única forma de Lily ter conseguido parar aqui, foi se ela engatou em
algum galho ou ficou presa em alguma pedra. Era impossível nadar
contra a correnteza.
— Tá bom. Você está chegando, Lilizinha. — Agarrei seus
tornozelos e voltei a puxá-la. Ela, no entanto, já não respondia mais.
Conforme eu a puxava por entre as pedras, notava os rastros de
sangue que sua pele deixava no chão.
Quando finalmente a coloquei na água, observei seu corpo se
despedir de maneira rápida, flutuando para longe sobre a água. No
fundo, de alguma forma eu me sentia contente por aquilo. Estava
animada. Era quase como se um peso saísse de meus ombros.
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só não sabíamos o motivo ainda. Até eu descobrir que tudo isso foi
por sua causa.
— Por que ele me escolheu para esse serviço imundo? Me fez de
peão esse tempo todo — sussurrei, atordoada.
— Você estava no lugar errado, na hora certa. Christopher
estava fugindo dos anjos que o buscavam para levá-lo a Nefarious
quando te viu. Você se tornou o plano dele a partir daquele
momento.
Olhei-o nos olhos, atônita.
— E o que te fez me contar tudo agora?
— Só a verdade liberta. E essa é a verdade, Dytto. Agora você
sabe quem você é de verdade. Não precisará mais ser quem
Christopher te abençoou para ser, ou melhor... — ele fez careta —
amaldiçoou.
Assenti.
— Eu preciso buscar Christopher — determinei.
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