Apontamentos Alfabetizaçao Fátima Colus.

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Relatório meet sobre alfabetização.

Relatora :Fátima Ap. Maglio Colus.

O tema abordado neste meet foi de alfabetização. Tem-se como pressuposto que
o tema é amplo o que gera várias facetas para uma discussão. Contudo foram salientados
alguns tópicos como:

As características próprias de aprendizagem e o ritmo dela estão relacionadas com as


singularidades de cada indivíduo, portanto, inserido em circunstâncias específicas e
sociais. (memórias/lembranças de como aprenderam a ler e a escrever).

Alfabetização é um processo no qual o indivíduo assimila o aprendizado do alfabeto e


a sua utilização como código de comunicação. Este processo não se baseia em habilidades
em codificar e decodificar do ato de ler, mas na capacidade de interpretar, compreender,
criticar e produzir.

Alfabetização é algo que nunca será alcançado por completo, ou seja, não há um ponto
final no que se refere às práticas sociais que envolvem a leitura e a escrita do Homem,
pois este está em constante processo de transformação.

Letramento: é a capacidade do indivíduo dominar a língua no seu cotidiano nos mais


distintos contextos e demandas sociais. A diferença entre alfabetização e letramento é que
enquanto o sujeito alfabetizado sabe codificar e decodificar a escrita, o sujeito letrado vai
além, ele domina a língua e faz uso social dela., de forma reflexiva.

N a ambivalência dessa resolução conceitual está o educador em face da língua escrita


em alfabetizar letrando, desenvolvendo a necessidade de associar a teria e prática segundo
Magda Soares.

Não basta só ler e escrever, implica também a interpretação, a informação, a


sistematização, a orientação. O letramento garante ao indivíduo uma leitura de mundo.

Este letramento inicia-se quando a criança convive com as diferentes manifestações


da escrita na sociedade e se amplia cotidianamente por toda vida, com a participação nas
práticas sociais que envolvem a língua escrita.

Por outro lado, temos também indivíduos que são analfabetos, mas letrados na medida
em que identificam o valor do dinheiro, do ônibus que utilizam, fazem cálculos
complexos, sabem distinguir marcas de produtos entre outros, porém não escrevem cartas,
um simples bilhete, não leem jornal
Assim, as habilidades de leitura e escrita devem estar inseridas em um conjunto de
práticas sociais beneficiando formas de expressão e comunicação do Homem
reconhecidas e necessárias em um determinado contexto cultural.

Ao iniciar o ano letivo o professor deve realizar a sondagem como um diagnóstico


sobre quais e quantos alunos se encontram em cada hipótese de escrita: pré-silábica,
silábica sem valor sonoro convencional, silábica com valor sonoro convencional,
silábico-alfabética e alfabética. A sondagem é uma atividade feita individualmente e
consiste em ditar para as crianças uma lista de palavras de um mesmo campo semântico,
como bichinhos de jardim, flores, frutas ou animais. As palavras utilizadas devem ser
diferentes daqueles trabalhadas em sala de aula porque senão as crianças terão a escrita
de memória, assim, a sondagem nos dará resultados errados. A sondagem deve ser
realizada ao longo do ano para verificar o avanço dos alunos na alfabetização.

Emilia Ferreiro e Teberosky desenvolveu uma pesquisa experimental com crianças


entre quatro e cinco anos tendo como objetivo explicar como se dá o processo através do
qual a escrita se constitui em objeto de conhecimento para a criança, isto é, a escrita, como
toda representação baseia-se em uma construção mental que cria suas próprias regras.
Esta pesquisa demonstrou o papel ativo do sujeito no processo de elaboração individual
da escrita.
Modelo de sondagem:

As brincadeiras são uma ferramenta útil no processo de alfabetização da criança. Por


meio da aula lúdica, o aluno é estimulado a desenvolver sua criatividade e não a
produtividade, sendo sujeito do processo pedagógico. Por meio da brincadeira o aluno
desperta o desejo de saber, a vontade de participar.

Alfabetização Matemática: é quando inserimos socialmente o aluno no mundo dos


números e fazer a reflexão junto com eles no uso dos números no seu cotidiano: número
da casa, do sapato, de quantidades de meninas e meninos em sala de aula, número do
telefone entre outros.

Sugestão de leitura:

Na vida dez, na escola zero.


Autora: Terezinha Nunes.
Existem muitos pontos em comum entre música e alfabetização pois a música auxilia
na construção da consciência fonológica. Atividades bem planejadas podem aprofundar
e reforçar conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades como ritmo e pausa na fala.
Realizar rimas de ação (verbos) e atividades de canto (marchas, danças, pular no ritmo)
auxiliam na aprendizagem da divisão da língua em unidades de som (sílabas). A escola,
portanto, deve investir na assimilação da linguagem musical na decodificação dessa
forma de apreensão que demonstram por si, uma sabedoria criativa, lúdica e espontânea.

APRENDIZAGEM SEGUNDO VYGOTSKY

Lev Vygotsky, nascido na União Soviética em 1896, é responsável pela Teoria do


desenvolvimento social da aprendizagem. Ele postula que a interação social influencia
profundamente o desenvolvimento cognitivo. De acordo com seus estudos, o que faz a
interação humana tão diferente da dos outros animais é a capacidade de usar a linguagem.
Considera os mediadores das atividades humanas como ferramentas psicológicas ou
simbólicas (cultura, linguagem, contexto social).

Pressuposto básico da sua teoria: o desenvolvimento cognitivo do aluno se dá por


meio da interação social, ou seja, de sua interação com outros indivíduos e com o meio.
Para substancialidade, no mínimo duas pessoas devem estar envolvidas ativamente
trocando experiência e ideias. Tal interação possibilita a geração de novas experiencias e
conhecimento.

A aprendizagem é uma experiência social, mediada pela utilização de instrumentos e


signos, de acordo com os conceitos utilizados pelo próprio autor.

Um signo, dessa forma, seria algo que significaria alguma coisa para o indivíduo,
como a linguagem falada e a escrita.

A aprendizagem é mediada primeiro no plano interpsicológico entre uma pessoa e


outras pessoas e seus artefatos culturais, e, em seguida, internalizados por indivíduos no
plano intrapsicológico. Vygotsky enfatizou que a transformação de um processo
interpessoal em um intrapessoal é o resultado de uma longa série de eventos do
desenvolvimento. E para explicar o desenvolvimento cognitivo, ele usou a expressão
Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP). Esse autor advogou que a psicologia deve
estar mais preocupada com as habilidades potenciais, com o que uma pessoa poderá
realizar no futuro. A fim de prever as capacidades futuras de um indivíduo, ele definiu de
ZDP como a distância entre o que o aluno já domina, o seu nível real de desenvolvimento,
e o que ele pode conseguir quando recebe apoio educacional, o chamado desenvolvimento
potencial. Em outras palavras, é a diferença entre o que um aluno pode fazer sem receber
qualquer ajuda e o que ele pode fazer depois de receber ajuda. É um espaço de
transformação contínua, pois a zona proximal do momento real será o nível de
desenvolvimento futuro. Este olhar também ajuda o professor a perceber o grau de
desenvolvimento do aluno e a sua capacidade potencial de aprendizagem.
O professor deve mediar a aprendizagem utilizando estratégias que levem o aluno a
tornar-se independente e estimule o conhecimento potencial, de modo a criar uma ZDP
em atividades propostas.

Quando olhamos o “erro” do aluno de maneira construtiva criamos esta zona


auxiliando-o. Outro aspecto relevante é entender quando os alunos não dão a resposta
padrão esperada. Dialogar com o aluno e tentar entender aquilo que ele responde é
importante.

A teoria da pipoca de Rubem Alves abarca a ideia de que cada aluno tem o seu tempo
de aprendizagem. Se hoje ele não domina um conteúdo não significa que não irá aprender.
Sugestão de leitura:
https://www.academia.edu/7574957/VYGOTSKY_E_O_PROCESSO_DE_FORMA%
C3%87%C3%83O_DE_CONCEITOS

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