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FACULDADE REUNIDA SP

Curso de Especialização em Psicopedagogia lato Sensu

COMO DESENVOLVER AS INTELIGENCIAS MULTIPLAS


NOS PRIMEIROS ANOS ESCOLARES

ROSANGELA GONÇALVES CARNIO

GUARANTÃ DO NORTE
2012
ROSANGELA GONÇALVES CARNIO

COMO DESENVOLVER AS INTELIGENCIAS MULTIPLAS


NOS PRIMEIROS ANOS ESCOLARES

Monografia apresentada como


requisito para obtenção do título de
Especialista do Curso de
Especialização em Psicopedagogia
Lato Sensu, da Faculdade Reunida
SP, sob a orientação do profº
Valdivan Leonardo dos Santos

Guarantã do Norte-MT
2012
Monografia apresentada como requisito necessário para a obtenção do grau de
Especialista, do Curso de Especialização em Psicopedagogia, da Faculdade
Reunida SP.

_____________________________________
Nome do Aluno (a)

Monografia aprovada em ................/..................../........................

_________________________________________

Prof.: ........................................................................
Orientador

_________________________________________
Prof.: ........................................................................
Coordenador do Curso
RESUMO

O objetivo deste trabalho é despertar o interesse do docente em favorecer o


desenvolvimento das inteligências múltiplas. Aguçar no mesmo o desejo de se
apropriar da temática para sua prática pedagógica. Para o desenvolvimento deste,
foi realizada uma pesquisa bibliográfica. Verificou-se que é fundamental o
desenvolvimento das inteligências múltiplas na educação infantil, pois, todas as
pessoas possuem tais competências cognitivas que são importantes para o seu
desenvolvimento e que podem ser constantemente aperfeiçoadas, além de serem
um novo instrumento de ensino e aprendizagem imprescindível na formação pessoal
de cada aluno, e para isso o currículo escolar deve apoiar o professor durante sua
atuação, visto que o mesmo é a base para que a educação aconteça na instituição.

Palavras-chave: Educação Infantil. Ensino-Aprendizagem. Inteligências Múltiplas.


Prática
Pedagógica. Jogos
ABSTRACT

The objective of this work is to awaken the interest of teachers in promoting the
development of multiple intelligences. Sharpen the same desire to appropriate the
theme for their practice. To develop this, we performed a literature search. It is
essential that the development of multiple intelligences in early childhood education,
because all people have such cognitive skills that are important to their development
and that can be constantly improved, besides being a new tool for teaching and
learning in essential personal training of each student, and for that school curriculum
should support the teacher during his performance, since that is the basis for that
education happens in the institution.

Keywords: Early Childhood Education. Teaching and Learning. Multiple


Intelligences. Practice Teaching. Games
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 7
2 JUSTIFICATIVA........................................................................................................9
3 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................11
3.1.1 CAPÍTULO 1 - O CONCEITO DE INTELIGENCIAS MULTIPLAS...................21
3.2.2 CAPÍTULO 2 – OS PRIMEIROS ANOS DE VIDA DA CRIANÇA.....................22

3.2.3 O Ambiente da Criança.....................................................................................23


3.2.4 Estimulo e Inteligência......................................................................................24
3.2.5 O desenvolvimento Intelectual da Criança........................................................25
3.2.6 Aprendizagem através dos Jogos.....................................................................27
3.2.7 Inteligência Naturalista......................................................................................28
3.2.8 Inteligência Sinestésica Corporal e Motricidade...............................................28
3.2.9 Inteligência Musical...........................................................................................29
3.2.10 Inteligência Espiritual .....................................................................................30
3.2.11 Inteligência Pictórica.......................................................................................31
3.2.12 Inteligência Pessoal........................................................................................32
4 METODOLOGIA..................................................................................................... 37
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................38
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 40
7

1 INTRODUÇÃO

Nos primórdios das civilizações na terra, onde o homem tinha um


mundo restrito e uma inteligência pouco desenvolvida agia do puro instinto para
manter sua sobrevivência e de seu grupo, a qual a atividade essencial era a caça
para alimentar-se da carne e a pele para não morrer de frio, lutando pelo que até
hoje nos é essencial, nossa vida.
Então começa as descobertas, o homem este animal diferenciado
dos demais foi desenvolvendo sua inteligência, assim os séculos passaram até os
tempos atuais, onde vivemos a era da tecnologia.
O homem esse ser que vive em constante desenvolvimento já
experimentou o deslocamento terrestre, e não sabemos até onde pode chegar a
capacidade de superação e de avanço da mente humana. Mas para isso muitas
formas de inteligência foram usadas, inteligência matemática, espacial, naturalista
etc.
Toda criança é semelhante em alguns aspectos e singularíssima em
outros que vai se desenvolvendo ao longo da vida de acordo com a sua evolução.
Sabemos que os estímulos são como alimento para o cérebro.
As inteligências em uma criança são mais ou menos como janelas
de um quarto, abrem-se aos poucos, sem presa e para cada etapa dessa abertura
existem múltiplos estímulos.
Conceituando-se que a aprendizagem é uma forma de adaptação ao
ambiente, é o poder de tomada de consciência das necessidades posta pelo social
para que se construa os conhecimentos a partir do repertorio que ele possui.
É essencial que a educação seja plena de brincadeiras que
gratificam os sentidos, levam ao domínio de habilidades, desperte a imaginação,
estimulam a cooperação sobre regras e limites, pois as atividades que contem em si
mesmo tem ainda o objetivo de decifrar os eniguimas da vida e de construir um
momento de entusiasmo e alegria na aridez da caminhada humana. Evidenciar as
brincadeiras que são desenvolvidas com o lúdico dentro das Inteligências Múltiplas.
8

A necessidade de se pesquisar sobre o desenvolvimento das


Inteligências Múltiplas nos primeiros anos escolares, é de encontrar alternativas para
que o educando aprenda a aprender, agindo como sujeito que constrói seus próprios
conhecimentos através dos movimentos, das brincadeiras percebendo a atuação
dos ouros juntamente ao seu redor. Tendo como objetivo nesta pesquisa:
 Desenvolver as Inteligências Múltiplas com os alunos nos
primeiros anos escolares.
 Analisar se os professores realizam atividades para
desenvolverem as Inteligências Múltiplas nos alunos.
 Evidenciar as brincadeiras que são desenvolvidas com o lúdico
dentro das Inteligências Múltiplas.
 Analisar a prática de atividade que desenvolva as Inteligências
Múltiplas no cotidiano do dia-a-dia escolar.

Diante da discussão sobre o desenvolvimento das inteligências no


contexto escolar, surgiu o desejo de estar realizando um estudo que venha a
contribuir para a reflexão da pratica docente e que esteja diretamente relacionada
para o desenvolvimento integral das crianças na sua vida escolar, como também
auxiliar na pratica profissional dos educadores, que buscam o ensino mais agradável
e significativo.
Portanto será realizada uma pesquisa de campo, entre o corpo
docente e aos mesmos serão distribuídos questionários com perguntas abertas e
fechadas.
9

2 JUSTIFICATIVA

Considerando que as inteligências múltiplas tem papel fundamental


no desenvolvimento do ser humano, é possível por meio do estímulo das mesmas
proporcionar um ensino e aprendizagem prazerosos e significativos, desde a
educação infantil, por esta ser o primeiro contato da criança com o cotidiano e o
meio escolar.
Ao estimular tais inteligências, prioriza-se não somente a criança,
mas o ser humano em si de forma integral, visto que o mesmo possui todas essas
capacidades cognitivas e que estas devem ser constantemente trabalhadas.

A educação infantil destinada à crianças de 0 a 6 anos de idade tem


como finalidade o desenvolvimento integral do aluno, além de prepará-lo para as
séries seguintes de ensino.

Desde muito cedo, elas frequentam creches e pré-escolas com o


intuito de complementar a educação familiar; no entanto, nem sempre foi assim.

Durante muitos anos, a educação da criança foi considerada uma


responsabilidade da família ou de qualquer outro grupo ao qual pertencesse.

Após um longo processo, a educação infantil começa a ser vista com


outros olhares e passa de assistencialista à educacional, devido não apenas ao
contexto histórico, mas também econômico, político e social que passaram por
transformações.

A educação infantil envolve então, dois processos fundamentais:


cuidar e educar.

Outro aspecto importantíssimo que deve-se considerar é o papel do


professor; afinal este é o mediador entre conhecimento e a criança na escola. Há
algum tempo os profissionais que atuavam nessa área precisavam apenas concluir o
magistério à nível do Ensino Médio para lecionar. Atualmente, exige-se que para
atuar na área educacional, seja necessário concluir nível superior. Isso leva a crer
que como o processo de ensino/aprendizagem é algo importante para o ser humano,
10

então, justo se faz admitir profissionais capacitados, que além de transmitir o


conhecimento, sejam pesquisadores, críticos e reflexivos.

Para que as crianças se desenvolvam e vivenciem um processo de


ensino e aprendizagem de qualidade, é essencial que o ambiente escolar seja
adequado para contribuir nesse processo. O espaço na instituição de educação
infantil deve propiciar condições para o desenvolvimento físico e cognitivo dos
alunos considerando a faixa etária de cada um e também os vários momentos
lúdicos que lá acontecem.

Para tal, os recursos materiais utilizados no processo educativo,


devem ser cuidadosamente planejados. Eles são fundamentais uma vez que
auxiliam a ação e o desenvolvimento do aluno. Portanto, o espaço disposto para a
sala de aula deve atender às necessidades das crianças, facilitando para as
mesmas o manuseio e o uso dos materiais, para que dessa forma haja o incentivo à
ludicidade e à autonomia de cada uma, garantindo suas habilidades e despertando
outras.

Tanto o ambiente quanto o profissional envolvido nesse processo,


possuem papéis fundamentais na aprendizagem e no desenvolvimento cognitivo das
crianças.

Ao considerar que cada criança tem sua maneira ímpar de aprender,


Gardner (1995), apresenta uma visão pluralista da mente, que reconhece que as
pessoas possuem formas cognitivas diferenciadas; além de introduzir uma escola
voltada para o indivíduo onde se considere essa visão múltipla de inteligência.

O conceito de inteligência para Gardner (1995), é a capacidade do


ser humano de resolver problemas e de elaborar produtos; insatisfeito com o
conceito de QI e com as visões únicas de inteligência, ele cria a Teoria das
Inteligências Múltiplas (IM) e aprofunda seus estudos nisso, por acreditar que é
preciso observar as fontes de informações mais naturais a respeito da maneira de
como as pessoas desenvolvem capacidades importantes para sua forma de viver.
11

3 REFERENCIAL TEÓRICO

No início do século XX, as autoridades francesas solicitaram a


Alfredo Binet que criasse um instrumento pelo qual se pudesse prever quais as
crianças que teriam sucesso nos liceus parisenses. O instrumento criado por Binet
testava a habilidade das crianças nas áreas verbal e lógica, já que os currículos
acadêmicos dos liceus enfatizavam, sobretudo o desenvolvimento da linguagem e
da matemática. Este instrumento deu origem ao primeiro teste de inteligência,
desenvolvido por Terman, na Universidade de Standford, na Califórnia: o Standford-
Binet Intelligence Scale.

Subseqüentes testes de inteligência e a comunidade de psicometria


tiveram enorme influência, durante este século, sobre a idéia que se tem de
inteligência, embora o próprio Binet (Binet & Simon, 1905 Apud Kornhaber &
Gardner, 1989) tenha declarado que um único número, derivado da performance de
uma criança em um teste, não poderia retratar uma questão tão complexa quanto a
inteligência humana. Neste artigo, pretendo apresentar uma visão de inteligência
que aprecia os processos mentais e o potencial humano a partir do desempenho das
pessoas em diferentes campos do saber.

As pesquisas mais recentes em desenvolvimento cognitivo e


neuropsicologia sugerem que as habilidades cognitivas são bem mais diferenciadas
e mais espcíficas do que se acreditava (Gardner, I985). Neurologistas têm
documentado que o sistema nervoso humano não é um órgão com propósito único
nem tão pouco é infinitamente plástico. Acredita-se, hoje, que o sistema nervoso
seja altamente diferenciado e que diferentes centros neurais processem diferentes
tipos de informação ( Gardner, 1987).

Howard Gardner, psicólogo da Universidade de Hervard, baseou-se


nestas pesquisas para questionar a tradicional visão da inteligência, uma visão que
enfatiza as habilidades lingüística e lógico-matemética. Segundo Gardner, todos os
indivíduos normais são capazes de uma atuação em pelo menos sete diferentes e,
até certo ponto, independentes áreas intelectuais. Ele sugere que não existem
12

habilidades gerais, duvida da possibilidade de se medir a inteligência através de


testes de papel e lápis e dá grande importância a diferentes atuações valorizadas
em culturas diversas. Finalmente, ele define inteligência como a habilidade para
resolver problemas ou criar produtos que sejam significativos em um ou mais
ambientes culturais.

A Teoria das Inteligências Múltiplas, de Howard Gardner (1985) é


uma alternativa para o conceito de inteligência como uma capacidade inata, geral e
única, que permite aos indivíduos uma performance, maior ou menor, em qualquer
área de atuação. Sua insatisfação com a idéia de QI e com visões unitárias de
inteligência, que focalizam sobretudo as habilidades importantes para o sucesso
escolar, levou Gardner a redefinir inteligência à luz das origens biológicas da
habilidade para resolver problemas. Através da avaliação das atuações de diferentes
profissionais em diversas culturas, e do repertório de habilidades dos seres
humanos na busca de soluções, culturalmente apropriadas, para os seus problemas,
Gardner trabalhou no sentido inverso ao desenvolvimento, retroagindo para
eventualmente chegar às inteligências que deram origem a tais realizações. Na sua
pesquisa, Gardner estudou também: a)

O desenvolvimento de diferentes habilidades em crianças normais e


crianças superdotadas;

(b) adultos com lesões cerebrais e como estes não perdem a


intensidade de sua produção intelectual, mas sim uma ou algumas habilidades, sem
que outras habilidades sejam sequer atingidas;

(c ) populações ditas excepcionais, tais como idiot-savants e


autistas, e como os primeiros podem dispor de apenas uma competência, sendo
bastante incapazes nas demais funções cerebrais, enquanto as crianças autistas
apresentam ausências nas suas habilidades intelectuais;

(d) como se deu o desenvolvimento cognitivo através dos milênios.

Psicólogo construtivista muito influenciado por Piaget, Gardner


distingue-se de seu colega de Genebra na medida em que Piaget acreditava que
13

todos os aspectos da simbolização partem de uma mesma função semiótica,


enquanto que ele acredita que processos psicológicos independentes são
empregados quando o indivíduo lida com símbolos lingüisticos, numéricos gestuais
ou outros. Segundo Gardner uma criança pode ter um desempenho precoce em
uma área (o que Piaget chamaria de pensamento formal) e estar na média ou
mesmo abaixo da média em outra (o equivalente, por exemplo, ao estágio sensório-
motor). Gardner descreve o desenvolvimento cognitivo como uma capacidade cada
vez maior de entender e expressar significado em vários sistemas simbólicos
utilizados num contexto cultural, e sugere que não há uma ligação necessária entre
a capacidade ou estágio de desenvolvimento em uma área de desempenho e
capacidades ou estágios em outras áreas ou domínios (Malkus e col., 1988). Num
plano de análise psicológico, afirma Gardner (1982), cada área ou domínio tem seu
sistema simbólico próprio; num plano sociológico de estudo, cada domínio se
caracteriza pelo desenvolvimento de competências valorizadas em culturas
específicas.

Gardner sugere, ainda, que as habilidades humanas não são


organizadas de forma horizontal; ele propõe que se pense nessas habilidades como
organizadas verticalmente, e que, ao invés de haver uma faculdade mental geral,
como a memória, talvez existam formas independentes de percepção, memória e
aprendizado, em cada área ou domínio, com possíveis semelhanças entre as áreas,
mas não necessariamente uma relação direta.

Gardner identificou as inteligências lingúística, lógico-matemática,


espacial, musical, cinestésica, interpessoal e intrapessoal. Postula que essas
competências intelectuais são relativamente independentes, têm sua origem e
limites genéticos próprios e substratos neuroanatômicos específicos e dispõem de
processos cognitivos próprios. Segundo ele, os seres humanos dispõem de graus
variados de cada uma das inteligências e maneiras diferentes com que elas se
combinam e organizam e se utilizam dessas capacidades intelectuais para resolver
problemas e criar produtos. Gardner ressalta que, embora estas inteligências sejam,
até certo ponto, independentes uma das outras, elas raramente funcionam
14

isoladamente. Embora algumas ocupações exemplifiquem uma inteligência, na


maioria dos casos as ocupações ilustram bem a necessidade de uma combinação
de inteligências. Por exemplo, um cirurgião necessita da acuidade da inteligência
espacial combinada com a destreza da cinestésica.

Inteligência lingüística - Os componentes centrais da inteligência


lingüistica são uma sensibilidade para os sons, ritmos e significados das palavras,
além de uma especial percepção das diferentes funções da linguagem. É a
habilidade para usar a linguagem para convencer, agradar, estimular ou transmitir
idéias. Gardner indica que é a habilidade exibida na sua maior intensidade pelos
poetas. Em crianças, esta habilidade se manifesta através da capacidade para
contar histórias originais ou para relatar, com precisão, experiências vividas.

Inteligência musical - Esta inteligência se manifesta através de


uma habilidade para apreciar, compor ou reproduzir uma peça musical. Inclui
discriminação de sons, habilidade para perceber temas musicais, sensibilidade para
ritmos, texturas e timbre, e habilidade para produzir e/ou reproduzir música. A
criança pequena com habilidade musical especial percebe desde cedo diferentes
sons no seu ambiente e, freqüentemente, canta para si mesma.

Inteligência lógico-matemática - Os componentes centrais desta


inteligência são descritos por Gardner como uma sensibilidade para padrões, ordem
e sistematização. É a habilidade para explorar relações, categorias e padrões,
através da manipulação de objetos ou símbolos, e para experimentar de forma
controlada; é a habilidade para lidar com séries de raciocínios, para reconhecer
problemas e resolvê-los. É a inteligência característica de matemáticos e cientistas
Gardner, porém, explica que, embora o talento cientifico e o talento matemático
possam estar presentes num mesmo indivíduo, os motivos que movem as ações dos
cientistas e dos matemáticos não são os mesmos. Enquanto os matemáticos
desejam criar um mundo abstrato consistente, os cientistas pretendem explicar a
natureza. A criança com especial aptidão nesta inteligência demonstra facilidade
para contar e fazer cálculos matemáticos e para criar notações práticas de seu
raciocínio.
15

Inteligência espacial - Gardner descreve a inteligência espacial


como a capacidade para perceber o mundo visual e espacial de forma precisa. É a
habilidade para manipular formas ou objetos mentalmente e, a partir das percepções
iniciais, criar tensão, equilíbrio e composição, numa representação visual ou
espacial. É a inteligência dos artistas plásticos, dos engenheiros e dos arquitetos.
Em crianças pequenas, o potencial especial nessa inteligência é percebido através
da habilidade para quebra-cabeças e outros jogos espaciais e a atenção a detalhes
visuais.

Inteligência cinestésica - Esta inteligência se refere à habilidade


para resolver problemas ou criar produtos através do uso de parte ou de todo o
corpo. É a habilidade para usar a coordenação grossa ou fina em esportes, artes
cênicas ou plásticas no controle dos movimentos do corpo e na manipulação de
objetos com destreza. A criança especialmente dotada na inteligência cinestésica se
move com graça e expressão a partir de estímulos musicais ou verbais demonstra
uma grande habilidade atlética ou uma coordenação fina apurada.

Inteligência interpessoal - Esta inteligência pode ser descrita como


uma habilidade pare entender e responder adequadamente a humores,
temperamentos motivações e desejos de outras pessoas. Ela é melhor apreciada na
observação de psicoterapeutas, professores, políticos e vendedores bem sucedidos.
Na sua forma mais primitiva, a inteligência interpessoal se manifesta em crianças
pequenas como a habilidade para distinguir pessoas, e na sua forma mais
avançada, como a habilidade para perceber intenções e desejos de outras pessoas
e para reagir apropriadamente a partir dessa percepção. Crianças especialmente
dotadas demonstram muito cedo uma habilidade para liderar outras crianças, uma
vez que são extremamente sensíveis às necessidades e sentimentos de outros.

Inteligência intrapessoal - Esta inteligência é o correlativo interno


da inteligência interpessoal, isto é, a habilidade para ter acesso aos próprios
sentimentos, sonhos e idéias, para discriminá-los e lançar mão deles na solução de
problemas pessoais. É o reconhecimento de habilidades, necessidades, desejos e
inteligências próprios, a capacidade para formular uma imagem precisa de si próprio
16

e a habilidade para usar essa imagem para funcionar de forma efetiva. Como esta
inteligência é a mais pessoal de todas, ela só é observável através dos sistemas
simbólicos das outras inteligências, ou seja, através de manifestações lingüisticas,
musicais ou cinestésicas.

Inteligência Naturalista - traduz-se na sensibilidade para


compreender e organizar os objetos, fenômenos e padrões da natureza, como
reconhecer e classificar plantas, animais, minerais, incluindo rochas e gramíneas e
toda a variedade de fauna, flora, meio-ambiente e seus componentes. É
característica de biólogos, geólogos mateiros, por exemplo. São exemplos deste tipo
de inteligência Charles Darwin, Rachel Carson, John James Audubon, Thomas
Henry Huxley.

Inteligência Existencial - investigada no terreno ainda do


"possível", carece de maiores evidências. Abrange a capacidade de refletir e
ponderar sobre questões fundamentais da existência. Seria característica de líderes
espirituais e de pensadores filosóficos como por exemplo.

Na sua teoria, Gardner propõe que todos os indivíduos, em princípio,


têm a habilidade de questionar e procurar respostas usando todas as inteligências.
Todos os indivíduos possuem, como parte de sua bagagem genética, certas
habilidades básicas em todas as inteligências. A linha de desenvolvimento de cada
inteligência, no entanto, será determinada tanto por fatores genéticos e
neurobiológicos quanto por condições ambientais. Ele propõe, ainda, que cada uma
destas inteligências tem sua forma própria de pensamento, ou de processamento de
informações, além de seu sitema simbólico. Estes sistemas simbólicos estabelecem
o contato entre os aspectos básicos da cognição e a variedade de papéis e funções
culturais.

A noção de cultura é básica para a Teoria das Inteligências


Múltiplas. Com a sua definição de inteligência como a habilidade para resolver
problemas ou criar produtos que são significativos em um ou mais ambientes
culturais, Gardner sugere que alguns talentos só se desenvolvem porque são
valorizados pelo ambiente. Ele afirma que cada cultura valoriza certos talentos, que
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devem ser dominados por uma quantidade de indivíduos e, depois, passados para a
geração seguinte.

Segundo Gardner, cada domínio, ou inteligência, pode ser visto em


termos de uma seqüência de estágios: enquanto todos os indivíduos normais
possuem os estágios mais básicos em todas as inteligências, os estágios mais
sofisticados dependem de maior trabalho ou aprendizado.

A seqüência de estágios se inicia com o que Gardner chama de


habilidade de padrão cru. O aparecimento da competência simbólica é visto em
bebês quando eles começam a perceber o mundo ao seu redor. Nesta fase, os
bebês apresentam capacidade de processar diferentes informações. Eles já
possuem, no entanto, o potencial para desenvolver sistemas de símbolos, ou
simbólicos.

O segundo estágio, de simbolizações básicas, ocorre


aproximadamente dos dois aos cinco anos de idade. Neste estágio as inteligências
se revelam através dos sistemas simbólicos. Aqui, a criança demonstra sua
habilidade em cada inteligência através da compreensão e uso de símbolos: a
música através de sons, a linguagem através de conversas ou histórias, a
inteligência espacial através de desenhos etc.

No estágio seguinte, a criança, depois de ter adquirido alguma


competência no uso das simbolizacões básicas, prossegue para adquirir níveis mais
altos de destreza em domínios valorizados em sua cultura. À medida que as
crianças progridem na sua compreensão dos sistemas simbólicos, elas aprendem os
sistemas que Gardner chama de sistemas de segunda ordem, ou seja, a grafia dos
sistemas (a escrita, os símbolos matemáticos, a música escrita etc.). Nesta fase, os
vários aspectos da cultura têm impacto considerável sobre o desenvolvimento da
criança, uma vez que ela aprimorará os sistemas simbólicos que demonstrem ter
maior eficácia no desempenho de atividades valorizadas pelo grupo cultural. Assim,
uma cultura que valoriza a música terá um maior número de pessoas que atingirão
uma produção musical de alto nível.

Finalmente, durante a adolescência e a idade adulta, as inteligências


18

se revelam através de ocupações vocacionais ou não-vocacionais. Nesta fase, o


indivíduo adota um campo específico e focalizado, e se realiza em papéis que são
significativos em sua cultura.

As implicações da teoria de Gardner para a educação são claras


quando se analisa a importância dada às diversas formas de pensamento, aos
estágios de desenvolvimento das várias inteligências e à relação existente entre
estes estágios, a aquisição de conhecimento e a cultura.

A teoria de Gardner apresenta alternativas para algumas práticas


educacionais atuais, oferecendo uma base para:

( a) o desenvolvimento de avaliações que sejam adequadas às


diversas habilidades humanas (Gardner & Hatch, 1989; Blythe Gardner, 1 990) (b)
uma educação centrada na criança c com currículos específicos para cada área do
saber (Konhaber & Gardner, 1989); Blythe & Gardner, 1390) (c) um ambiente
educacional mais amplo e variado, e que dependa menos do desenvolvimento
exclusivo da linguagem e da lógica (Walters & Gardner, 1985; Blythe & Gardner,
1990)

Quanto à avaliação, Gardner faz uma distinção entre avaliação e


testagem. A avaliação, segundo ele, favorece métodos de levantamento de
informações durante atividades do dia-a-dia, enquanto que testagens geralmente
acontecem fora do ambiente conhecido do indivíduo sendo testado. Segundo
Gardner, é importante que se tire o maior proveito das habilidades individuais,
auxiliando os estudantes a desenvolver suas capacidades intelectuais, e, para tanto,
ao invés de usar a avaliação apenas como uma maneira de classificar, aprovar ou
reprovar os alunos, esta deve ser usada para informar o aluno sobre a sua
capacidade e informar o professor sobre o quanto está sendo aprendido.

Gardner sugere que a avaliação deve fazer jus à inteligência, isto é,


deve dar crédito ao conteúdo da inteligência em teste. Se cada inteligência tem um
certo número de processos específicos, esses processos têm que ser medidos com
instrumento que permitam ver a inteligência em questão em funcionamento. Para
Gardner, a avaliação deve ser ainda ecologicamente válida, isto é, ela deve ser feita
19

em ambientes conhecidos e deve utilizar materiais conhecidos das crianças sendo


avaliadas. Este autor também enfatiza a necessidade de avaliar as diferentes
inteligências em termos de suas manifestações culturais e ocupações adultas
específicas. Assim, a habilidade verbal, mesmo na pré-escola, ao invés de ser
medida através de testes de vocabulário, definições ou semelhanças, deve ser
avaliada em manifestações tais como a habilidade para contar histórias ou relatar
acontecimentos. Ao invés de tentar avaliar a habilidade espacial isoladamente, deve-
se observar as crianças durante uma atividade de desenho ou enquanto montam ou
desmontam objetos. Finalmente, ele propõe a avaliação, ao invés de ser um produto
do processo educativo, seja parte do processo educativo, e do currículo, informando
a todo momento de que maneira o currículo deve se desenvolver.

No que se refere à educação centrada na criança, Gardner levanta


dois pontos importantes que sugerem a necessidade da individualização. O primeiro
diz respeito ao fato de que, se os indivíduos têm perfis cognitivos tão diferentes uns
dos outros, as escolas deveriam, ao invés de oferecer uma educação padronizada,
tentar garantir que cada um recebesse a educação que favorecesse o seu potencial
individual. O segundo ponto levantado por Gardner é igualmente importante:
enquanto na Idade Média um indivíduo podia pretender tomar posse de todo o saber
universal, hoje em dia essa tarefa é totalmente impossível, sendo mesmo bastante
difícil o domínio de um só campo do saber.

Assim, se há a necessidade de se limitar a ênfase e a variedade de


conteúdos, que essa limitação seja da escolha de cada um, favorecendo o perfil
intelectual individual.

Quanto ao ambiente educacional, Gardner chama a atenção pare o


fato de que, embora as escolas declarem que preparam seus alunos pare a vida, a
vida certamente não se limita apenas a raciocínios verbais e lógicos. Ele propõe que
as escolas favoreçam o conhecimento de diversas disciplinas básicas; que
encoragem seus alunos a utilizar esse conhecimento para resolver problemas e
efetuar tarefas que estejam relacionadas com a vida na comunidade a que
pertencem; e que favoreçam o desenvolvimento de combinações intelectuais
20

individuais, a partir da avaliação regular do potencial de cada um.

Os seres humanos podem ser considerados um enorme sucesso


ecológico, devendo ser o animal de grandes dimensões mais abundante na Terra.

As novidades sobre a constituição do ser humano, reveladas no


século XX, não se esgotam com o cérebro tri uno. As informações desconhecidas
sobre a inteligência, sobre sentidos, sobre o raciocínio nos levam a acreditar que
provavelmente nos surpreende perante os estudos e pesquisas sobre as
inteligências.

O conceito de inteligência como uma capacidade inata, geral e


única, que permite aos indivíduos um desempenho, maior ou menor, em qualquer
área de atuação, focaliza sobretudo as habilidades importantes para o sucesso
escolar, levou Gardner a redefinir inteligência à luz das origens biológicas da
habilidade para resolver problemas. Através da avaliação das atuações de diferentes
profissionais em diversas culturas, e do repertório de habilidades dos seres
humanos na busca de soluções, culturalmente apropriadas, para os seus problemas,
Gardner trabalhou no sentido inverso ao desenvolvimento, retroagindo para
eventualmente chegar às inteligências.

Em 1904, houve pesquisas e estudos sobre os problemas das


crianças anormais nas escolas públicas. Ginet 1980 se encarregou de fornecer
definições claras para os termos que eram empregados na discrição mental das
crianças, sendo o seu principal colaborador da pesquisa. A inteligência foi se
definindo como tendência para adaptar e manter uma direção definida de
comportamento mental, sendo a capacidade de fazer adaptação com o intuito de
alcançar determinado fim.

Foi publicada em 1905 a primeira escala Binet – Simon de medição


individual de inteligência, percussora de todos os testes atuais, sendo adotado neste
mesmo período o conceito de idade mental.
21

3.1.1 CAPÍTULO 1 - O conceito de Inteligências Múltiplas

Conforme Gardner, ao invés de haver uma faculdade mental geral,


como a memória, talvez exista formas independentes de percepção, memória e
aprendizado, em cada área ou domínio, com possíveis semelhanças entre as áreas.

A inteligência tornou-se concebida como uma capacidade de


resolver problemas ou de elaborar formas que surgem valorizados em um ou mais
ambientes culturais ou como facilidade de conhecer, compreender, discernir e
adaptar-se aos problemas diários.

Segundo Gardner, o ser humano é dotado de Inteligências Múltiplas


que incluem as dimensões lingüísticas, lógico-matemática, espacial, musical
sinestésico-corporal, naturalista, intrapessoal e interpessoal. (1995 p 132)

No momento em que se desenvolvem essas inteligências as


crianças se envolvem na fantasia e constroem um atalho entre o mundo
inconsciente, onde desejaria viver, e o mundo real, onde precisa conviver, inclui
ainda a competência pictoria que se manifesta em qualquer criança através dos
desenhos ou outros signos pictóricos, e típicos do cartunista cujos personagens
“falam” por suas expressões não verbais.

A expansão lingüística se expressa de modo muito marcante no


orador, no escritor, no poeta, ou compositor, que lidam criativamente e constroem
imagens com palavras e com linguagem de maneira como um todo.

”As inteligências, são independentes em um grau


significativo. Por exemplo, a pesquisa sobre
adultos com dano cerebral demonstra
repetidamente que determinadas faculdades
podem ser perdidas, enquanto outras são
poupadas” (GARDNER, 1995 p. 29).

Gardner destaca que é a inteligência naturalista ou biológica que,


como seu nome indica, está ligada à compreensão do ambiente e paisagem natural
22

As afinidades do ser humano são inatas por outras formas de vida e


identificação entre os diversos tipos de espécie, plantas e animais.

A motivação de algumas pessoas e sua auto-estima a vista como


características de grandes lideres, na vida pessoal e profissional, essa característica
pode ser sentida por todos quando vivem bem consigo mesmo admitindo seus
sentimentos e emoções, quando bem desenvolvida, quando mal desenvolvida torna-
se um problema serio a criança faz da mesma um estimulo para o sentimento de
culpa ou para estruturação de um complexo de inferioridade.

3.2.2 CAPÍTULO 2 – Os Primeiros anos de vida da criança

Os primeiros cinco anos de vida da criança são fundamentais para o


desenvolvimento de sua inteligência. As potencialidades no cérebro se apresentam
como produto de uma carga genética que se perdem em tempos imemorarias, as
funções das múltiplas conexões entre neurônios que forma uma rede de
informações diversas, essa rede se apresenta em pontos diferentes do cérebro e
possui especificações que diferencia uma inteligência da outra, essa área não nasce
pronta, isso vai acontecendo progressivamente entre os cinco a dez anos de vida, é
nesse período o hemisfério se plugam as determinações nervosas responsáveis
pela fala, visão, tato, percepção lógica, lingüística, sonora e outras.

Esse desenvolvimento cerebral atinge toda sua potencialidade e


multiplica seu poder de conexão, necessitando da genética e isto é geneticamente
chamada de estímulos.

Os exercícios ou genética cerebrais precisam que se tenha tempo


para a sua aplicação e que, na medida do possível, sejam essas aplicações
produtos de um programa que envolva jogos diferentes aplicados de forma
progressiva, partindo sempre do mais fácil aos mais difíceis.

Jogos valiosos que despertam o interesse e envolvem progressos


expressivos no desempenho dos participantes. È necessário observar a maneira
23

como a criança encara o jogo, como é o desenvolvimento dela no jogo, se cria suas
próprias regras, qual é o mundo que ela cria ao jogar.

3.2.3 Ambiente da Criança

A evolução biológica, desde os primatas até o ser humano, a


evolução histórica cultural, que resulta na progressiva transformação do homem
primitivo ao ser contemporâneo, e do desenvolvimento individual de uma
personalidade especifica, por ontogênese, pela qual atravessam inúmeros estágios,
de bebê até a vida adulta. Toda criança é semelhante a inúmeras outras em alguns
aspectos singularíssimos, ela se desenvolve ao longo da vida com resultado de sua
evolução que vai combinando em três percursos. Nenhuma criança é uma esponja
passiva que absorve o que lhe é apresentado.

Essas crianças adaptam-se e participam de suas culturas de forma


extremamente complexas e que reflete a adversidade e a riqueza da humanidade e
possuem habilidades de se recuperar de circunstancias difíceis adaptando-se ao
ambiente e aos desafios da vida.

Conforme Gardner,“Nenhuma criança é uma esponja passiva que


absorve o que lhe é apresentado” (1996 p. 124). O ambiente e a educação são
essenciais, e ricos em estímulos ajudando a superar das privações e atenuar os
defeitos de conseqüências emocionais; adequações entre os adultos e a criança
produzem afetações recíprocas e todos os jogos que usamos para estimular suas
múltiplas inteligências só ganham validade quando centrada aos propósitos para as
crianças. Conforme Piaget, “Para as crianças os primeiros jogos devem ser vistos
como leitura da realidade e como uma ferramenta de compreensão de relação entre
elementos significantes e seus significados.” (1982 p. 89).

Todo jogo, em seu sentido integral, é o mais eficiente meio


estimulador das inteligências, o espaço do jogo permite que a criança realize tudo
quanto desejar; o jogo impõe o controle dos impulsos, a aceitação das regras,
24

brincando com a sua espacial idade, a criança se desenvolve na fantasia e constrói


um atalho entre o mundo real e o imaginário.

3.2.4 Estimulo e Inteligência

Se a criança não for bem estimulada desde que nasce quando


cresce o seu desenvolvimento cerebral é limitado e comprometido.
Sabemos que o fascínio da aprendizagem não se manifesta pelo
alcance de uma meta numérica, mas pelo progresso, as inteligências, em uma
criança são como varias janelas, abrem-se aos poucos, uma para cada etapa, e
cada vês que se abre deve receber estímulos positivos , mesmo sabendo que todos
possuem as mesmas inteligências e que ambos recebem uma carga genética e
outros precisam da abertura que sejam aproveitados pelos pais e professores,
sendo com equilíbrio seriedade paciência desenvolvendo as habilidades conduzindo
a aprendizagem significativa, a inteligência lingüística da criança de um a dos anos
de idade, ela aprende palavras novas constrói frases com até três palavras, sendo
que o seu repertorio é até de quarenta palavras, estimulando as respostas simples
com o sim e o não já as crianças de dois a três anos já respondem perguntas
aumentando frases assim, nessa fase a criança já consegue pronunciar frases no
plural ampliando seu vocabulário com questões de suposições.

De quatro a cinco anos, a criança devidamente estimulada, o


vocabulário vai se ampliando, ela começa a empregar os verbos corretamente,
podendo aprender outras línguas e também ela pode decifrar palavras fora de
ordem.

Por volta de três anos, a inteligência musical da criança compreende


sons associando a seus emissores, com estimulo ela identifica vários tipos de sons,
por volta das quatro anos elas descrimina ruídos sons distingue sons de
instrumentos diferentes, percebendo o som dos animais; por volta dos dez anos ela
percebe o ritmos, sendo estimulada ela brinca com vários instrumentos musicais
diferentes, despertando a curiosidade.
25

Inteligências lógicas matemática, a criança dos dois a três anos, ela


percebe que acontece fatos sem que ela perceba, mas já distingue alguns conceitos
como o fino o grosso etc. recebendo estimulo ela percebe valores conceitos de
pouco muito, ordenando objetos menores maiores; aos quatro anos ela inicia a
curiosidade para alguns jogos. Aos dez anos ela começa a perder o brilho ela inicia
a fase dos jogos com regras.

As inteligências sinestésicas corporais a criança desde os primeiros


dias de vida ela já começa a perceber os vultos, o cheiro das pessoas, e alguns
movimento, sendo que os seus movimentos vão se desenvolvendo de acordo com
seu crescimento e estímulos que vão recebendo, nesse desenvolvimento ela vai
percebendo as mudanças que ocorrem ao seu redor; na inteligência naturalista ela
desenvolve várias habilidades; com animais, amiguinhos, fenômeno da natureza;
com as inteligência inter e intrapessoal, a criança desenvolve mais percepções
pessoais, ela sente ciúmes, desenvolve seus sentimentos, adora dizer não então
inicia-se a fase da independência, sendo estimulada ela descobre as expressões de
alegria e tristeza em seus próprios desenhos, ela deixa bem claro suas emoções
perdendo o brilho por volta dos dezessete aos dezoito anos, nessa fase ela respeita
seus espaço já sabe lidar com suas emoções e medos não muda de sentimento
muito fácil; quando chega na inteligência espacial , na infância a criança acredita em
mitos como papai Noel , coelhinho da páscoa, descobre monstros em suas
histórias , em seus personagens ela cria seu super-heróis, cria seus amigos
imaginários sendo estimulada ela inventa regras signos para as cores gosta de
imitar , nessa fase também inicia-se a alfabetização e vê as coisas por vários
ângulos, perdendo o brilho por volta dos dez anos de idade.

3.2.5 O desenvolvimento Intelectual da Criança

Desde o nascimento, as crianças buscam a interação social e a


formação de vínculos afetivos.
26

A criança nasce com habilidade para aprender, mas aprendizagem


em si só ocorre com a experiência.

Na infância a aprendizagem possui limitações impostas pela


maturidade, certas competências motoras sensoriais e neurológicas devem estar
biologicamente “prontas”. A criança aprende a ter medo de objetos que seus pais
usam para assustá-las, esses acontecimentos se manifestam desde algumas horas
após o nascimento e perduram por toda a vida.

A aprendizagem significativa ou complexa pode se alcançar pela


combinação, transformação que fazem do repertorio de conhecimento que possui,
fazem-se as informações que recebe.

Gardner,afirma que aprendizagem significativa


expressa o comportamento inteligente da criança
e, portanto é uma aprendizagem direcionada para
algumas metas e é adaptativa servindo para
resolver seus próprios problemas.´ (1996 p.135 ).

Desta forma aprendizagem e a memória e, portanto o estimulo as


inteligências se expressão através de estágios diferenciados.

Os estágios sensório-motor são subdivididos em seis etapas: os


reflexos, as relações circulares primeiras, relações circulares secundarias,
coordenação de esquema secundário, reações circulares terciários e cominações
mentais; todos esses estágios devem receber estímulos para que a vida da criança
se tornasse mais rica e interessante. Piaget, afirma “Na medida em que as crianças
podem se lembrar de objetos e de eventos, podem também formar conceitos,
portanto desenvolver a aprendizagem significativa.” (1982 p.174).

3.2.6 A Aprendizagem Através dos Jogos

Por muitos anos confundiu-se ensinar com “transmitir” e, nesse


contesto o aluno era um agente passivo da aprendizagem sendo que o jogo ajuda-o
27

a construir suas novas descobertas, enriquecendo e desenvolvendo suas


possibilidades e simbolizando um instrumento que contenha em si um objetivo de
decifrar os enigmas da vida e de construir um momento de entusiasmo e alegria nas
dificuldades encontradas na caminhada humana; desta forma, brincar significa
extrair da vida uma outra finalidade que seja ela mesma, melhorando o caminho de
iniciação ao prazer estético à descoberta da individualidade e á motivação individual
de cada criança, sendo que cada um sem seu desenvolvimento se expressa a
própria natureza da evolução e exige de cada instante uma nova ficção e a
exploração de novas habilidades, essas funções ao entrar em ação impelem a
criança a buscar um tipo de atividade que lhe permite manifestar-se de forma mais
completa, dessa maneira o seu desenvolvimento busca no meio exterior do jogo
satisfazendo as necessidades imperiosas posta por seu crescimento.

O brinquedo pedagógico é desenvolvido com a interação explicita de


provocar uma aprendizagem significativa, e estimular a construção de um novo
conhecimento e, principalmente despertar o desenvolvimento de uma habilidade
operatória. Segundo Antunes, “Se crianças não apenas agem como também
refletem sob suas ações, quando pensam logicamente.” (1998 p.178).

È primordial enfatizar a importância das habilidades operatórias para


a construção do conhecimento, e destacar que a rapidez com que seus
conhecimentos se alteram torna-se valido as habilidades que já possui.

Sendo assim, o jogo tem validade na hora certa e essa hora é


determinada pelo seu caráter desafiador e pelo interesse da criança, dessa forma a
criança revela maturidade desenvolvendo a capacidade de inserção aos desafios
propostos visando imprimir uma concepção de cidadania, buscando elevar a sua
auto-estima, levando a criança ao desenvolvimento de habilidades operatórias
favorecendo a inserção da criança na sociedade que o cerca e, progressivamente
em um universo l mais amplo e cultural.
28

3.2.7 Inteligência Naturalista

A ultima inteligência identificada por Gardner que fala sobre a


competência para perceber a natureza de maneira integral e sentindo o processo
acentuado com as plantas e os animais, tendo uma grande afinidade com
sentimento ecológico e com ecossistemas e habitat de nosso planeta. Quando essa
competência não é desenvolvida geralmente a criança não percebe a natureza.

Em alguns casos como os portadores de síndrome de Tourette e


altistas são mais sensíveis a esses sentimentos naturalistas. Já as crianças que
vivem na zona urbana que se envolvem com a natureza normalmente são mais
sensíveis e mais tranqüilas.

3.2.8 Inteligência Sinestésica corporal e a Motricidade

Inteligência essa que se manifesta pela capacidade de resolver


problemas ou elaborar produtos utilizando o corpo e seus movimentos de maneira
altamente diferenciada e hábil para expressivos propósitos.

O êxito dos jogadores quando marcam gols de bicicleta, essa


habilidade esteve ligada ao domínio cognitivo da ação, já que todos são capazes, só
depende da imaginação e também do uso do corpo.

A educação física a dança e as diversas atividades constitui


estímulos expressivos, mas abrangência dos mesmos necessita envolver outras
áreas da motricidade. A criança deve ter a consciência e a percepção de que não é
apenas com seus olhos que ela pode perceber o mundo que o cerca e que no seu
estimulo fascinante ela descobre que tem capacidade de visualizar tudo ao seu
redor.

O mundo não nos é dados para construirmos nosso mundo através


da experiência, classificação, memória, reconhecimentos incessantes. Os humanos,
são comparados com outras espécies animais, possuem um desenvolvimento motor
29

bastante lento e isso acontece por que o cérebro da criança está sendo programado
para atividades mais complexas que envolvem a linguagem, o raciocino lógico, e o
poder de espacialização e o amadurecimento das emoções que são distintas nessa
espécie humana tão especial.

3.2.9 A inteligência Musical

São reveladas poucas competências pelo ser humano encontramos


com facilidade em crianças “prodígios” que encontradas freqüentemente quanto ao
pendor musical, enfatizando, certo vinculo biológico com essa inteligência, essa
inteligência geralmente é percebida em separada das demais geralmente em casos
de crianças altistas que revela clara deficiência intrapessoal, e muitas vezes também
a inteligência lingüística e a espacial, que mesmo assim elas são capazes de tocar
instrumentos musicais e é muito eficiente na área da pintura, que é um elemento
marcante, com essa inteligência ela é independente em localização cerebral, como
em alguns casos de pessoas famosas na área musical que são extremamente
sensíveis à linguagem sonora do ambiente e é capaz de transportar esses
sentimentos para sua composição.

Cada criança necessita de aprender a ouvir e identificar sons,


percebendo a mudança, reconhecendo suas habilidades.

“A independência das inteligências significa que


um alto nível de capacidade em uma inteligência,
digamos matemática, não requer um nível
igualmente alto em uma outra inteligência, como
linguagem ou música’ (GARDNER1995, p. 29).

A proposta do jogo para o estimulo da inteligência musical se


apresenta em três diferentes linhas primeira: ensinar a criança a ouvir, a segunda
explorar a sensibilidade para diferentes timbres e ruídos e o terceiro a compreensão
dos sons para o domínio progressivo da estrutura rítmica.
30

A percepção auditiva associa-se à inteligência temporal, os diversos


jogos exploram sons naturais, instrumentais identificando de fontes e de trilhas
sonoras, nas associativas a execuções melódicas.

Abrir janelas é a atividade essencial de sua inteligência para


descobrir e para instrumentalizar a magia e o encantamento da linguagem sonora.

3.2.10 Inteligência Espiritual

Essa inteligência compõe-se um amplo espectro de competências


inter-relacionadas, algumas das quais antigamente eram consideradas dons,
talentos como a musical ou a pictórica-espacial ou virtudes, como a intrapessoal.

A Inteligência Espiritual tem a capacidade de aplicar, nas ações


diárias do individuo, princípios e valores espirituais, com o objetivo de encontrar paz
e tranqüilidade. Envolvendo a capacidade de encontrar um propósito para a própria
vida e de lidar com problemas existenciais perdas, fracassos e rompimentos.

O que é diferente nesse enfoque e o aspecto revolucionário da teoria


das Inteligências Múltiplas que está em que todos os seres humanos onde possuem
todas as inteligências acima, só que em diferentes graus de desenvolvimento. O que
nos falta é treino. Ninguém recebeu dádivas especiais e exclusivas.

Visão esta que concorda perfeitamente com a concepção espírita da


Lei de Igualdade, da Justiça Divina e da Evolução. Segundo a Doutrina, todos nos
possuímos os germes de todas as faculdades, que apenas aguardam para
desabrochar em nós.

Uma das inteligências não consideradas por Gardner, mas


defendida pela psicóloga e filósofa americana Dana Zohar, é a espiritual. Suas
características coincidem com a idéia que fazemos de um ser espiritualmente
evoluído.
31

Para fins de entendimento, embora estejam separadas, na realidade


as inteligências funcionam em conjunto, integradas umas às outras. Ao montar um
quebra-cabeça, por exemplo, várias delas entram em ação: a lógico-matemática (na
classificação das peças e descoberta de semelhanças), a pictórica-espacial (para
perceber a localização das peças e as diferenças de cor), cinético-corporal (no uso
das mãos) e até a intrapessoal (para persistir até o fim). Quer dizer que, embora
uma possa predominar, todas trabalham juntas.

Muitas crianças são marginalizadas em suas famílias, comunidades


e escolas porque suas habilidades em resolver cálculos ou problemas abstratos e
distanciados de sua realidade não são as esperadas, provavelmente, a contribuição
mais importante da teoria das inteligências múltiplas seja a de alterar alguns
conceitos sobre ensino, proporcionando ao aluno desenvolver diversas atividades de
forma mais personalizada e de acordo com as suas reais aptidões.

Neste processo mais individualizado, as crianças perceberão que


suas forças pessoais estão sendo reconhecidas e valorizadas.

O que interessa realmente, não está em medirmos a grandeza da


inteligência em números ou como um conjunto de habilidades isoladas, e sim como
um processo dinâmico, múltiplo e integrado, permitindo ser observada de diferentes
ângulos.

Esta nova concepção de inteligência nos conduzirá à formação de


cidadãos mais felizes, mais competentes, com mais capacidade de trabalhar em
grupo e mais equilibrados emocionalmente na vida.

3.2.11 Inteligência Pictórica

Essa inteligência manifesta-se pela competência em se expressar ou


em compreender a linguagem dos signos, das cores ou dos desenhos que ficam
explicitas em especialistas em computação, cartunistas, especialistas em pintores
famosos, gráfica e também na percepção estética.
32

Pode se associar essa inteligência à musica, desenvolve na criança antes


mesmo que a linguagem escrita seja acessível, os recursos pictóricos, tornan-
se elementos fundamentais na comunicação e na expressão de sentimentos,
funcionado como um canal muito especial, através do qual a individualidade se
revela ou até mesmo são construídos expressando-se muitas vezes como
características gerais de personalidade, ou mesmo em sintomas dos mais
variados como o desequilíbrio psíquicos.
Entre as linhas de estimulação dos jogos pictóricos inicia- se com
alguns jogos voltados para o reconhecimento de objetos e de suas formas, o
reconhecimento das cores a percepção fina de formas e tamanhos, a percepção de
fundo é a visão espacial para a criança dentro deste contesto.
Ao mostramos alguns objetos para que a criança possa associar
imagens e buscar referencia de comparação, dessa forma ela produz em sua
memória referencia comparativa independente da cor. Conforme Pereira. “O
universo infantil está presente em cada um de nós” (1997,117).

Todas as ações da vida humana a percepção visual se apresenta, e


por esse motivo, constitui aspectos de estrema importância no processo de
desenvolvimento de uma criança permitindo melhor desempenho em tarefas
complexas, como a leitura a escrita e a matemática.

3.2.12 Inteligências Pessoais

A personalidade humana é analisada através da inteligência Inter e


Intrapessoal. Gardner separa claramente a competência intrapessoal da interpessoal
e mostra que uma é auto-estima e auto-moivação elevada e nem sempre indicam o
prazer em relação da empatia.

Assim constitui-se uma oportunidade de reflexão sobre a forma


como as emoções conduzem muitos de nossos atos e, eventualmente, podem
despertar um desejo de mudança das nossas crianças.

“Em suas formas mais desenvolvidas, a


inteligência interpessoal se manifesta na
33

capacidade de compreender os sentimentos e


atitudes dos outros, agir em função deles e moldá-
los, para o bem ou para o mal.”.Gardner, (1996, p.
221)

Para Gardner essas duas competências podem ser integradas,


mostrando que o estimulo sempre conduz o progresso integral da outra. Em muitos
pontos de vista de vários outros autores o relacionamento de pais e professores, se
empenha em desenvolver formas de estimular com paciência e descobrir um
expressivo progresso da criança através da domesticação de suas emoções, mas
também pela descoberta da própria individualidade e da aquisição de formas de
relacionamento consigo mesmo e com os outros, tornando a vida mais aplausível e
descobrindo nos seus amigos os múltiplos fios de tecidos de relacionamentos
sociais e imprescindíveis.

“Segundo Gardner as inteligência pessoais,


manifesta-se na competência interpessoal,
revelada através do poder de bom relacionamento
com os outros e na sensibilidade para a
identificação de suas, intenções” ( 1995 p.88 ).

Com relação ao trabalho e produção e com a globalização a


família se distanciou dos seus membros onde propicia estímulos emocionais
intensos.

É fundamental descobrir estratégias para estimular o crescimento


qualitativo para que a família a escola e a criança tenham uma educação
quantitativa.

É necessário desenvolver nas crianças sentimentos de valores,


conceitos morais e sociais, para que ela se sinta parte da historia da sua família e da
sociedade em que está inserida.

Para falarmos e entendermos a Teoria das Inteligências Múltiplas


não podemos esquecer que cada ato cognitivo envolve um agente que executa uma
ação ou uma série de ações em alguma tarefa ou domínio.A perspectiva
34

biopsicológica examina o agente e suas capacidades, inclinações, valores e


objetivos.

A inteligência é um potencial biopsicológico. O fato de um indivíduo


ser ou não considerado inteligente e em que aspectos, é um produto em primeiro
lugar de sua herança genética e de suas propriedades psicológicas, variando de
seus poderes cognitivos às suas disposições de personalidade.

Segundo Gardner (1998) o talento é sinal de um potencial


biopsicológico precoce, em algum dos domínios existentes numa cultura sendo a
prodigiosidade uma forma extrema de talento em algum domínio. Mozart, poe
exemplo, se qualificou como prodigioso em virtude de seus talentos extraordinários
na esfera musical. E os termos especialista e perito são adequados somente depois
que um indivíduo trabalhou por cerca de uma década num determinado domínio.

A criatividade é uma caracterização reservada para aqueles


produtos que inicialmente são considerados uma novidade dentro do domínio
embora acabem sendo reconhecidos como aceitáveis dentro da comunidade
adequada.

O termo gênio deve ser designado para aquelas pessoas ou


trabalhos que não são só peritos e criativos, mas que também assumem um
significado universal ou quase universal.

Na medida em que uma capacidade é valorizada numa cultura, ela


pode contar com uma inteligência, mas na ausência desse endosso cultural, a
capacidade não seria considerada uma inteligência.

Nos primeiros anos de vida as crianças desenvolvem habilidades


simbólicas e conceitos teóricos por meio de interações espontâneas com o mundo
na qual vivem. O desenvolvimento inicial é "pré-domínio" e "pré-campo". Elas se
desenvolvem apenas com uma vaga atenção aos domínios que existem em sua
cultura, e com uma sensibilidade ainda menor à existência dos campos que julgam.
Mesmo que o campo fique impressionado com os trabalhos das crianças pequenas,
elas prosseguem numa sublime indiferença às operações do campo.
35

Logo depois que se inicia a escola, as crianças querem conhecer as


regras dos domínios e as convenções da cultura, e buscam dominá-las tão rápida e
prontamente quanto possível.E assim, para Gardner a existência do domínio, e uma
sensibilidade ao campo, surgem como ímpeto.

Este período funciona como aprendizado, um aprendizado rumo à


perícia em domínios específicos, um aprendizado rumo à perícia nos hábitos de uma
cultura. As condições para uma vida criativa (ou não-criativa) já podem estar sendo
criadas, pois a criatividade depende imensamente de traços de personalidade e
disposição, e dos acidentes da demografia.

As idades de 15 e 25 anos representam o momento da verdade no


desenvolvimento da matriz de talento. Suas inteligências estão sendo desenvolvidas
a serviço do funcionamento normal, produtivo, de sua atual sociedade.

Por volta de 30 a 35 anos a situação fundamental na matriz de


talento provavelmente já foi determinada.

Aí chega-se a perguntas cruciais: O que pode ser feito para


estimular o talento ? Que tipos de desempenhos ou realizações extraordinárias são
desejadas ?

As crianças em diferentes idades possuem necessidades diferentes,


respondem a diferentes formas de informação cultural e assimilam conteúdos com
diferentes estruturas motivacionais e cognitivas, logo os tipos de regimes
educacionais planejados pelos educadores precisam levar em conta esses fatores
desenvolvimentais. Os tipos de modelos educacionais que são oferecidos às
crianças pode demonstrar a direção que elas poderão tomar, podendo ser
encorajadas ou não para a perícia, criatividade, etc. Em nossa sociedade pode
haver modelos contrastantes sobre os usos do talento e as maneiras pelas quais ele
pode ser desenvolvido.

Qualquer tipo de talento jamais pode ser adequadamente


conceitualizado como existindo unicamente na cabeça ou no corpo dos indivíduos.
36

Os educadores devem manter em mente os fatores extrapessoais que


desempenham um grande papel no desenvolvimento(ou impedimento) do talento.
37

4 Metodologia

A pesquisa será realizada na Escola Municipal Darcy Ribeiro, no


município de Guarantã do Norte, Mato Grosso, situada à Av: Curitiba esquina com a
Rua Florianópolis s/n Bairro Jardim Vitoria.

É considerada de pequeno porte, atendendo alunos de classe baixa,


da Educação Infantil às Séries Iniciais do Ensino Fundamental.

Participarão dessa pesquisa 11 professores, regentes de sala, da


Educação Infantil e Ensino Fundamental. Estes professores atuam com crianças de
5 a 10 anos de idade aproximadamente. Eles são do sexo feminino e masculino,
sendo que todos os educadores possuem ensino superior

Será feita uma pesquisa de campo na qual terão perguntas abertas


e fechadas, de âmbito qualitativo e quantitativo, nos períodos matutino e vespertino,
para tanto, será solicitada a prévia autorização da direção para a realização da
pesquisa, bem como a apresentação da acadêmica e dos objetivos que norteiam a
pesquisa.

Os professores terão um tempo cinco dias para a devolução dos


questionários, de forma que todos tenham a possibilidade de responder as
perguntas.
38

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Não existe nenhuma receita para a educação das inteligências


múltiplas. A Teoria das Inteligências Múltiplas foi desenvolvida numa tentativa
de descrever a evolução e a topografia da mente humana. A mente é um
instrumento multifacetado, de múltiplos componentes, que não pode, de
qualquer maneira legítima, ser capturada num simples instrumento estilo lápis e
papel. Portanto, a necessidade de se repensar os objetivos e métodos
educacionais tornam-se profundas.

Os neurobiólogos documentaram que o sistema nervoso


humano é altamente diferenciado. Todos os seres humanos normais possuem
vários potenciais, mas por razões genéticas e ambientais, os indivíduos diferem
notavelmente nos perfis particulares de inteligência que apresentam em
qualquer momento dado de sua vida.

Conseguimos "preencher" nossos numerosos papéis e posições


mais efetivamente porque as pessoas apresentam perfis de inteligências
diferentes. Já está estabelecido que os indivíduos possuem mentes muito
diferentes umas das outras.

Portanto, estimular as inteligências múltiplas na educação


infantil vai além de elaborar pequenas atividades, é fundamental que tanto o
docente, quanto o currículo escolar, o ambiente, a legislação e todas as
pessoas envolvidas no processo de ensino e aprendizagem, percebam as
crianças em todos os seus períodos de desenvolvimento, que as vejam de
maneira única, singular e como seres interativos capazes de modificar o
contexto em que vivem.
É preciso abandonar a ideia de se ter um modelo padrão de
ensino e apostar mais nos modelos que favorecem o movimento constante de
construir e reconstruir, e o professor como mediador deve saber explorar as
39

capacidades cognitivas que cada aluno possui, proporcionando a estes um


aprendizado com sentido para suas vidas.
Contudo, a estimulação deve ser contínua nesse processo, a
fim de propiciar resultados sempre significativos e interessantes para os alunos.
40

REFERÊNCIAS

- ANTUNES, Celso. Jogo para a estimulação das inteligências .


Petrópolis, Vozes, 1998.
- GARDNER, Howand. Inteligências múltiplas : A Criança pré-escolar:
como pensa e como a Escola pode ensiná-la . Porto Alegre: Artes
Médicas, 1996.
- GARDNER, Howand. Inteligências múltiplas : a teoria na prática .
Trad Maria Adriana Veríssimo Veronese. Porto Alegre: Artes
Médicas,1995.
- LACATOS, E.M, Marcone, M. Fundamentos da Metodologia
Científica.6 ed. São Paulo: Atlas2001.
- PIAGET, Jean INHELDER, Barbel. A psicologia da Criança . São
Paulo: DIFEL,1982
- PEREIRA,Eugenio Tadeu. Brincar brinquedo Brincadeira. Jogo
Lúdico – Revista Presença Pedagógica V.7 nº. 38.mar e abril 2001.

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