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PRINCÍPIOS DA ANÁLISE ECONÔMICA DO DIREITO

Ailton Semedo
Analise Económica do Direito Direito Empresarial Fevereiro 2024

www.ulusofona.pt
Índice
Resumo..............................................................................................................................3
Abstract..............................................................................................................................4
Introdução..........................................................................................................................5
Precursores da Análise Econômica do Direito..................................................................6
Relação entre o Direito e a Economia...............................................................................8
Características e pontos-chave da análise econômica do direito.....................................11
Princípios fundamentais para Analise Económica do Direito.........................................12
Teoria dos Custos de Transação..................................................................................14
Conclusão........................................................................................................................16
Bibliografia......................................................................................................................17

2
Resumo
O objetivo desse trabalho é intender como a Análise Econômica do Direito (AED) pode
ser aplicada a uma ampla variedade de casos jurídicos para entender como incentivos
econômicos moldam o comportamento das partes e influenciam as decisões legais, por
isso esses princípios fundamentais fornecem um quadro analítico para entender como as
leis e políticas relevantes sobre o comportamento e o desempenho econômico e social.
Um dos princípios fundamentais da análise econômica do direito é a busca pela
eficiência econômica. Isso significa que o objetivo é criar regras legais e instituições
que maximizem o bem-estar social, considerando uma alocação eficiente de recursos.

Na análise econômica do direito, a teoria da responsabilidade civil é frequentemente


examinada para determinar como a responsabilidade por danos deve ser atribuída e
como isso pode afetar o comportamento das partes envolvidas.

Uma análise econômica do direito destaca a importância dos custos de transação na


formulação e aplicação das leis. Isso inclui custos de negociação, monitoramento e
execução de contratos.

Palavra chave: Analise Económica do Direito, Princípios, Teorema Coase, Contratos.

3
Abstract
The purpose of this paper is to understand how Economic Analysis of Law (EAL) can
be applied to a wide variety of legal cases to understand how economic incentives shape
the behavior of parties and influence legal decisions, so these fundamental principles
provide an analytical framework for understanding how relevant laws and policies
affect economic and social behavior and performance. One of the fundamental
principles of the economic analysis of law is the pursuit of economic efficiency. This
means that the goal is to create legal rules and institutions that maximize social welfare,
considering an efficient allocation of resources.

In the economic analysis of law, the theory of civil liability is often examined to
determine how liability for damages should be allocated and how this can affect the
behavior of the parties involved.

An economic analysis of law highlights the importance of transaction costs in the


formulation and application of laws. This includes the costs of negotiating, monitoring
and enforcing contracts.

Key words: Economic analysis of law, Principles, Coase theorem, Contracts.

4
Introdução
A análise econômica do direito é uma abordagem interdisciplinar que busca
compreender e analisar fenômenos jurídicos sob a perspetiva da economia. Essa
abordagem procura aplicar conceitos econômicos, como incentivos, eficiência e
maximização de utilidade, para entender como o direito afeta o comportamento das
pessoas e das instituições. Neste trabalho, vou fazer uma análise dos princípios
fundamentais da análise econômica do direito e discutir sua relevância e aplicações
práticas.

A Análise Econômica do Direito oferece uma perspetiva valiosa para compreender as


interações entre o direito e a economia. Ao destacar os incentivos e consequências
econômicas por trás das decisões legais, a AED proporciona uma abordagem
pragmática para o desenvolvimento e a avaliação de normas jurídicas. No entanto, é
essencial reconhecer as limitações e desafios associados a essa abordagem, mantendo
um equilíbrio entre a análise econômica e a consideração de outros aspetos relevantes
na formulação do direito.

A análise econômica do direito oferece uma estrutura poderosa para entender e analisar
o funcionamento do sistema jurídico. Ao incorporar conceitos e princípios da economia,
essa abordagem pode fornecer insights valiosos para a formulação de políticas públicas,
o desenho de instituições jurídicas e a resolução de disputas legais. No entanto, é
importante reconhecer que a análise econômica do direito não é uma panaceia e deve ser
utilizada em conjunto com outras abordagens, levando em consideração as
complexidades e nuances do sistema legal e social.

5
Precursores da Análise Econômica do Direito
Fazendo uma análise cronológica trarei toda a evolução do movimento da análise
económica do direito, bem como os grandes filósofos por detrás desse movimento.

Os pensadores do iluminismo da segunda metade no séc. XVIII, contando com a


valiosíssima contribuição de pensadores como David Hume, Adam Ferguson e Adam
Smith sem esquecer da contribuição fundamental de Beccaria.

Posteriormente sugiram pensadores que influenciaram e contribuíram para o


desenvolvimento da Análise Econômica do Direito. Seus trabalhos continuam a ser
estudados e debatidos por estudiosos e profissionais interessados na interseção entre o
direito e a economia. Como o caso de Ronald Coase considerado um dos fundadores da
Análise Econômica do Direito. Em seu artigo seminal de 1960, "The Problem of Social
Cost", Coase introduziu a ideia de que as externalidades podem ser resolvidas
eficientemente através da negociação entre as partes envolvidas, desde que os direitos
de propriedade sejam bem definidos. Ele argumentou que, em um mundo sem custos de
transação, a alocação de recursos seria eficiente, independentemente de quem detém os
direitos de propriedade. Esse conceito ficou conhecido como o "Teorema de Coase".

Richard Posner é outro proeminente contribuidor para a AED. Ele é conhecido por seu
trabalho em direito e economia, e seu livro "Economic Analysis of Law", publicado em
1972, é considerado um marco importante na aplicação da teoria econômica ao direito.
Posner argumenta que o objetivo do sistema legal deve ser promover a eficiência
econômica e o bem-estar social.

Gary Becker um ganhador do Prêmio Nobel de Economia, foi um dos pioneiros na


aplicação da teoria econômica à análise de questões jurídicas. Ele expandiu o escopo da
análise econômica do direito para incluir uma variedade de tópicos, como direito penal,
discriminação, família e educação. Seu trabalho influenciou significativamente o
desenvolvimento da AED.

Oliver Williamson é conhecido por seu trabalho sobre a teoria dos custos de transação,
que é central para a análise econômica do direito. Em seu livro "The Economic
Institutions of Capitalism", ele argumenta que as instituições legais e organizacionais
são moldadas pelos custos de transação e pela necessidade de mitigar o oportunismo.

6
Seu trabalho ajudou a fundamentar a compreensão dos fundamentos econômicos das
instituições legais.

Harold Demsetz contribuiu significativamente para a compreensão das externalidades e


dos direitos de propriedade na análise econômica do direito. Ele enfatizou a importância
de se estabelecer direitos de propriedade claramente definidos para garantir a alocação
eficiente de recursos. Seu trabalho ajudou a informar o debate sobre a eficácia das
políticas públicas na correção de externalidades.

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Relação entre o Direito e a Economia
A relação entre o direito e a economia é multifacetada e profundamente interconectada.
Ambas as disciplinas lidam com questões fundamentais relacionadas à alocação de
recursos, à organização da sociedade e à promoção do bem-estar social. A relação entre
direito e economia é complexa e multifacetada, com interações significativas entre esses
dois campos.
O direito desempenha um papel fundamental na regulação das atividades econômicas.
Isso inclui leis que governam contratos, propriedade, concorrência, comércio
internacional, tributação e muitos outros aspetos da atividade econômica.
As leis moldam os incentivos para os agentes econômicos, influenciando seu
comportamento. Por exemplo, leis que protegem os direitos de propriedade incentivam
os investimentos, enquanto impostos mais altos podem desencorajar certas atividades
econômicas. A economia e o direito compartilham um interesse comum na eficiência
econômica.
Os princípios econômicos, como a maximização do bem-estar social e a alocação
eficiente de recursos, muitas vezes influenciam o desenvolvimento e a aplicação do
direito.
A análise econômica do direito (AED) é uma abordagem que aplica conceitos e
métodos da economia para analisar e entender o direito. Isso inclui a avaliação de como
as leis afetam os resultados econômicos, como a eficiência e a equidade. A economia
influencia a forma como os litígios são resolvidos e como os danos são calculados em
casos judiciais.
Os tribunais muitas vezes consideram questões econômicas, como o valor monetário de
danos ou o impacto econômico de uma decisão. Há uma forte correlação entre o
desenvolvimento econômico de um país e a qualidade de suas instituições jurídicas.
Sistemas legais que protegem os direitos de propriedade, garantem a aplicação eficaz
dos contratos e promovem a competição tendem a ser associados a um maior
crescimento econômico.
O direito desempenha um papel crucial na governança da economia globalizada.
Tratados comerciais, acordos de investimento e instituições internacionais de
governança econômica são exemplos de como o direito e a economia se entrelaçam em
nível global.

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Em resumo, ambos os campos influenciam e são influenciados um pelo outro, refletindo
a complexidade das sociedades modernas e das relações entre os agentes econômicos.

Para Weber1 “O fato de que alguém deve um bem a outro significa, do ponto de vista
sociológico, que existe a probabilidade de que quem se ligou por este ato, seja uma
promessa de dívida, seja uma obrigação de indenizar ou o que for, corresponderá à
expectativa do outro, fundada no curso normal das coisas, de que, no momento
determinado, colocará na sua efetiva disposição o bem em questão. Para a economia são
primariamente indiferentes os motivos mediante os quais isto acontece.

Weber2 arrola dois fatores importantes na condução dos negócios, de forma a aumentar
a confiança que as pessoas nutrem entre si:

(i) Alta difusão da crença subjetiva de que as normas são válidas, ou seja,
quanto mais pessoas acreditarem que as normas são válidas, mais confiança
teríamos; e
(ii) Que a aprovação ou desaprovação social tenha um status de “garantia”
convencional ou, se tal aprovação ou desaprovação é corroborada ou
reprimida, respetivamente, pelo aparato coativo, tenha-se uma “garantia
jurídica”.

São seis as considerações de Weber 3 sobre as relações entre direito e economia.


Primeiro, ele afirma que o direito não é função meramente da economia, pois há
regulações jurídicas que não possuem viés econômico, tais como alguns preceitos
direcionados à honra da pessoa, questões procedimentais, de direito de família,
formalidades políticas. Há inúmeras atuações do direito que não tem envolvimento
algum com motivos econômicos.

1
(Noura De Moraes e Guimarães, s.d.) , art., Relações entre direito e economia no pensamento de Max
Weber: pequenas comparações com rudolph stammler e a análise econômica do Direito, pg 2308,
www.publicadireito.com.br.
2
(Noura De Moraes e Guimarães, s.d.) art., Relações entre direito e economia no pensamento de Max
Weber: pequenas comparações com rudolph stammler e a análise econômica do Direito, pg 2309
www.publicadireito.com.br.
3
(Noura De Moraes e Guimarães, s.d.), art., Relações entre direito e economia no pensamento de Max
Weber: pequenas comparações com rudolph stammler e a análise econômica do Direito, pg 2309,
www.publicadireito.com.br.
9
Ainda a demonstrar que direito e economia não possuem uma relação tão direta e
mecânica, as segunda e terceira considerações de Weber 4, respetivamente, afirmam que
uma ordem jurídica pode seguir imutável, embora as relações econômicas sofram
acentuadas mudanças, bem como uma ordem jurídica pode ser amplamente alterada,
sem que tal alteração impacte na economia. Há, aqui, notória crítica de Weber ao
materialismo histórico, o qual situa todos os fenômenos sociais como tendentes à
realização de fins econômicos.

4
(Weber, 1964) Economía y Sociedad, Esbozo de Sociologia comprensiva
10
Características e pontos-chave da análise econômica do
direito
A Análise Econômica do Direito é uma abordagem que aplica conceitos e métodos da
economia à análise do direito. Ela busca entender como as leis e instituições legais
afetam o comportamento dos agentes econômicos e os resultados econômicos.

 Maximização do Bem-Estar Social tem como função é promover a eficiência


econômica e a maximização do bem-estar social. Isso implica a alocação
eficiente de recursos escassos para maximizar os benefícios para a sociedade
como um todo.
 Racionalidade e Incentivos parte do pressuposto de que os agentes econômicos
são racionais e respondem a incentivos. Isso significa que as leis e as instituições
legais influenciam o comportamento das pessoas, pois estas procuram
maximizar sua utilidade ou lucro, considerando os incentivos que enfrentam.
 Eficiência nas Normas Legais a análise econômica do direito avalia as normas
legais com base em sua eficiência econômica. Isso envolve a consideração dos
custos e benefícios de uma norma, bem como sua capacidade de alcançar os
objetivos desejados com o mínimo de custo possível.
 Teoria dos Custos de Transação é um conceito-chave na AED é a teoria dos
custos de transação, que se concentra nos custos associados à negociação e
execução de contratos. Esses custos incluem custos de busca de informações,
custos de negociação e custos de monitoramento e aplicação de contratos. A
AED busca desenvolver regras legais que ajudem a reduzir esses custos e
facilitar a realização de transações econômicas.
 Análise de Ineficiências de Mercado a AED também examina situações em que
o mercado falha em alcançar a eficiência, devido a falhas de mercado, como
externalidades, bens públicos, poder de mercado e assimetria de informações.
Nesses casos, o direito pode desempenhar um papel corretivo, por meio da
regulação ou intervenção governamental, para melhorar os resultados
econômicos.

 Aplicação Prática a AED é aplicada em várias áreas do direito, incluindo direito


contratual, direito da concorrência, direito ambiental, direito tributário e direito
de propriedade intelectual.
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Princípios fundamentais para Analise Económica do Direito
Os princípios da Análise Econômica do Direito servem como uma estrutura conceitual
para entender as interações entre o direito e a economia. Eles são utilizados para
analisar e avaliar como as leis e instituições legais afetam o comportamento dos agentes
econômicos e os resultados econômicos.

i. Eficiência Econômica este é um dos princípios fundamentais da AED. Ele


postula
que as leis e políticas devem ser projetadas para maximizar a eficiência econômica, ou
seja, para alcançar a alocação mais eficiente de recursos escassos. Isso implica que as
políticas legais devem buscar maximizar o bem-estar social, garantindo que os recursos
sejam utilizados da maneira mais produtiva possível.

Este princípio apresenta uma ideia de que só é possível melhorar a situação de uma
certa parte impondo um custo sobre outra.

ii. O princípio da maximização do bem-estar social está intimamente relacionado à


eficiência econômica. Ele sugere que as leis e políticas devem ser avaliadas com base
em seu impacto no bem-estar geral da sociedade. Isso envolve não apenas a
maximização da eficiência econômica, mas também considerações de equidade e
distribuição de recursos.

iii. O princípio da Análise de Incentivo considera como as leis e instituições legais


moldam os incentivos dos agentes econômicos. Ela examina como as regras legais
afetam o comportamento das pessoas e das empresas, levando em conta as
consequências econômicas dessas interações. A análise de incentivos é crucial para
entender como as políticas legais podem influenciar o comportamento humano.

iv. Teoria dos Custos de Transação este princípio se baseia na ideia de que a
negociação e execução de contratos envolvem custos, conhecidos como custos de
transação. Isso inclui custos de busca de informações, custos de negociação e custos de
monitoramento e aplicação de contratos. A AED busca identificar formas de reduzir
esses custos, facilitando assim a realização de transações econômicas.

12
v. Análise de Falhas de Mercado a AED examina situações em que o mercado
falha em alcançar a eficiência econômica devido a falhas de mercado, como
externalidades, monopólios, informações assimétricas e bens públicos.

Os princípios da AED ajudam a identificar essas falhas de mercado e a desenvolver


políticas legais para corrigi-las e melhorar os resultados econômicos.

Esses são alguns dos principais princípios da Análise Econômica do Direito. Eles
fornecem uma estrutura conceitual para analisar criticamente as leis e instituições legais
sob uma perspetiva econômica e informar a formulação de políticas jurídicas mais
eficazes.

13
Teoria dos Custos de Transação
A primeira noção de custos de transação remonta às contribuições seminais de Ronald
Coase em seu clássico artigo “The Nature of the Firm” 5, de 1937, resultado de seu
esforço em integrar elementos institucionais da economia capitalista à teoria econômica
tradicional.

A Teoria dos Custos de Transação, também denominado “teorema de Coase” é uma


teoria econômica que descreve os custos associados à negociação e execução de
transações econômicas. Desenvolvida por Ronald Coase e posteriormente elaborada por
Oliver Williamson, a Teoria dos Custos de Transação destaca como esses custos podem
influenciar a estrutura e o funcionamento das organizações econômicas, bem como a
alocação de recursos.

Os custos de transação são os custos associados à realização de uma transação


econômica, incluindo custos de negociação, busca de informações e execução de
contratos. A análise econômica do direito considera esses custos ao avaliar a eficiência
das leis e instituições jurídicas. Os custos de transação são importantes na análise
econômica do direito porque podem influenciar o comportamento dos agentes
econômicos e o funcionamento dos mercados.
O Teorema de Coase6 estabelece que, em um ambiente de direitos de propriedade
claramente definidos e na ausência de custos de transação, os agentes econômicos
tendem a negociar eficientemente entre si para alcançar a alocação de recursos mais
desejável, independentemente de quem detém os direitos de propriedade inicialmente.

Em outras palavras, o Teorema de Coase sugere que, quando os direitos de propriedade


são bem definidos e os custos de transação são baixos, as partes envolvidas em uma
externalidade podem negociar entre si para alcançar uma solução que maximize o bem-
estar social. Isso ocorre porque, em um ambiente sem custos de transação, qualquer
parte prejudicada pela externalidade pode compensar a parte causadora para evitar ou
mitigar os efeitos negativos da externalidade.

5
(Hugo et al., s.d.)A TEORIA DOS CUSTOS DE TRANSAÇÃO : UMA ANÁLISE A PARTIR DAS CRÍTICAS
EVOLUCIONISTAS
6
(Coase 1960)"The Problem of Social Cost"
14
Por exemplo, considere uma fazenda próxima a uma fábrica que emite poluição. Se os
direitos de propriedade sobre o ar limpo e saudável forem claramente atribuídos à
fazenda, a fábrica terá que negociar com a fazenda para reduzir sua poluição.
Alternativamente, se a fábrica tiver os direitos de propriedade sobre a emissão de
poluição, a fazenda pode negociar com a fábrica para obter compensação pela poluição
recebida.

O Teorema de Coase7 ressalta a importância da definição clara de direitos de


propriedade e da redução dos custos de transação para alcançar resultados econômicos
eficientes em situações de externalidade. No entanto, é importante notar que o teorema
tem algumas limitações na aplicação prática, especialmente quando os custos de
transação são significativos ou quando os direitos de propriedade são difíceis de definir.

Em conclusão, o Teorema de Coase oferece uma visão poderosa sobre como as partes
envolvidas em uma externalidade podem alcançar uma solução eficiente para o
problema, desde que os direitos de propriedade estejam claramente definidos e os custos
de transação sejam baixos.

Conclusão
Em conclusão, a análise econômica do direito é uma abordagem interdisciplinar que
combina conceitos e metodologias da economia com o estudo do sistema jurídico.

7
O teorema de Coase desvendando o mistério dos custos de transação,
www.fastercapital.com/pt/contente/O-teorema-de-Coase--desvendando-o-misterio-dos-custos-de-
transacao.html
15
Através dessa perspetiva, busca-se compreender como as leis e instituições legais
afetam o comportamento dos agentes econômicos e os resultados econômicos.

Ao longo deste trabalho, foi possível observar a importância da análise econômica do


direito em diversas áreas, incluindo direito contratual, direito da concorrência, direito
ambiental, direito tributário e direito internacional. Esta abordagem oferece uma
estrutura analítica para avaliar criticamente as leis e políticas legais, buscando promover
uma melhor compreensão das implicações econômicas das decisões jurídicas e informar
a formulação de políticas mais eficazes.

Destacou-se também a relevância de princípios fundamentais da análise econômica do


direito, como eficiência econômica, maximização do bem-estar social, análise de
incentivos e teoria dos custos de transação. Esses princípios fornecem uma base sólida
para avaliar o impacto das leis e instituições legais sobre o comportamento humano e os
resultados econômicos.

No entanto, é importante reconhecer que a análise econômica do direito possui


limitações e desafios, incluindo a necessidade de simplificar e modelar a complexidade
do comportamento humano, a incerteza e a assimetria de informações. Além disso, a
aplicação da análise econômica do direito na prática requer uma compreensão profunda
das instituições jurídicas e uma abordagem cuidadosa para adaptar os modelos teóricos
à realidade empírica.

Em última análise, o trabalho em análise econômica do direito oferece uma contribuição


valiosa para o campo do direito e da economia, fornecendo insights que podem ajudar a
informar a formulação de políticas públicas, a tomada de decisões judiciais e a conceção
de instituições legais mais eficientes e eficazes.

Bibliografia
Coase, Ronald. 1960. « “THE PROBLEM OF SOCIAL COST”» III: 1–44.
http://www.jstor.org/stable/724810.

16
Hugo, Victor, Rocha Sarto, Luciana Togeiro, e De Almeida. s.d. «A TEORIA DOS
CUSTOS DE TRANSAÇÃO: UMA ANÁLISE A PARTIR DAS CRÍTICAS
EVOLUCIONISTAS».

Noura De Moraes, Lucas, e Rêgo Guimarães. s.d. «RELAÇÕES ENTRE DIREITO E


ECONOMIA NO PENSAMENTO DE MAX WEBER: PEQUENAS
COMPARAÇÕES COM RUDOLPH STAMMLER E A ANÁLISE ECONÔMICA DO
DIREITO RELATIONS BETWEEN LAW AND ECONOMY IN MAX WEBER:
SOME COMPARISONS WITH RUDOLPH STAMMLER AND THE ECONOMIC
ANALYSIS OF LAW PALAVRAS-CHAVES: DIREITO E ECONOMIA; MAX
WEBER; VISÃO SOCIOLÓGICA DO DIREITO; AUSÊNCIA DE MECANICIDADE
NA RELAÇÃO ENTRE DIREITO E ECONOMIA».

Weber, Max. 1964. «ECONOMÍA Y SOCIEDAD, ESBOZO DE SOCIOLOGIA


COMPRENSIVA».

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