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Sumário
Conceituando Didática
visa formar um homem que possui e usufrui seus direitos e deveres, mediante sua
aprendizagem na escola, posicionamento político e crítico diante da realidade.
A formação do professor e do aluno, a postura política e crítica, os conteúdos,
a avaliação, enfim, todos os componentes que fazem parte do processo de ensino
caminham de acordo com as concepções políticas, somos nós educadores quem
poderemos perceber e lutar para mudá-la. Concluindo, podemos citar o significado
que o dicionário nos traz sobre a palavra didática que é “a técnica de dirigir e orientar
a aprendizagem”, realmente a técnica deve fazer parte do processo de ensino-
aprendizagem, mas para um educador compromissado com a educação de qualidade
e democrática, sabemos que há de existir muitas outras dimensões deste processo e
que somente articulando–as se conseguirá uma educação plena.
Pode ser dividida em Didática Geral, quando estuda os princípios, as normas e
as técnicas que regulam qualquer tipo de ensino, para qualquer tipo de aluno,
oferecendo visão geral da atividade docente, e Didática Especial, quando analisa os
problemas e as dificuldades do ensino em cada disciplina organizando ao mesmo
tempo os meios e sugestões para resolvê-los. Destacam-se a instrução e o ensino
como elementos primordiais do processo pedagógico escolar, uma vez que possibilita
traduzir os objetivos sociais e políticos em objetivos de ensino, seleciona e organiza
conteúdos e métodos, indica diretrizes regulamentadoras da ação didática. Para tal é
necessário que se tenha uma pedagogia que além do que foi apresentado, atenda
necessidades não só presentes, mas também futuras.
Ressalta-se aqui o conceito da palavra pedagogia, originada dos dois termos
gregos paidós (criança) e agogé (condução), sendo o pedagogo aquele que conduz,
ampara.
O pedagogo era o escravo que conduzia as crianças, cada professor hoje é
considerado um pedagogo “mediador” que não pode mais levar essa palavra ao
radical, pois o professor não é mais escravo, apesar dos baixos salários, a profissão,
foi opção e escolha de cada um, agora a condução, essa sim, acompanha até hoje o
papel dos profissionais da educação. E que esteja claro o conduzir e jamais o
caminhar para o outro. E para que esse profissional esteja apto às novas tendências
da metodologia tal origem não poderia ser desprezada.
Karl Marx e o Positivismo representado por Augusto Comte. Enquanto para Comte o
Positivismo era o caminho para consolidar a ordem pública e base para a formação
científica da sociedade, para Marx, os ideais da Revolução Iluminista eram totalmente
contraditórios pois na prática, em decorrente do sistema econômico Capitalista, jamais
se realizavam.
Dentre as influências sociais resultantes deste movimento, destacam-se novas
propostas para a educação, principalmente com o representante iluminista Jean-
Jacques Rousseau que juntamente com outros pregava uma educação de acesso a
todos, porém, laica, cívica, patriótica e gratuita, ofertada pelo Estado dentro dos
princípios da democracia– o que marca o surgimento da escola pública- fato que
propiciou os ideais de unificação do ensino público.
A Pedagogia Renovada de acordo com Libâneo (1997), veio com propostas
diferentes uma vez que pregava a valorização da criança dotada de liberdade,
iniciativa e desinteresses próprios e por isso mesmo, sujeito da sua aprendizagem e
agente do seu próprio desenvolvimento, propunha ao mesmo tempo, tratamento
científico do processo educacional, considerando em etapas sucessivas do
desenvolvimento biológico e psicológico, respeito às capacidades e aptidões
individuais, individualização do ensino conforme os ritmos próprios de aprendizagem,
rejeição de modelos adultos em favor da atividade e da liberdade de expressão da
criança.
Assim, a disciplina era considerada como orientação da aprendizagem, não
direção do ensino, o professor é aquele que incentiva, orienta, organiza as situações
de aprendizagem, adequando-as as características individuais dos alunos. O aluno é
sujeito da aprendizagem, ativo, aprende melhor o que faz para si mesmo, porém, não
se ensina, ajuda-se o aluno a aprender. Quanto aos métodos desta Tendência
Pedagógica baseiam-se na reflexão e método científico de descobrir conhecimentos.
Pesquisa, trabalhos de grupo, estudo individual, dirigido, projetos. Os conteúdos não
são sistematizados, há a valorização do processo de aprendizagem e os meios que
possibilitem o desenvolvimento da capacidade intelectual dos alunos.
É sem dúvida uma visão renovadora da escola, surgida a partir das ideias de
Rousseau conforme apresentado anteriormente, sendo conhecida como Escola Nova
(Escolanovismo), Pedagogia Ativa e outras, abrangendo também outras correntes que
defendem também estas ideias. Ressalta-se que o Escalanovismo não aceita que as
diferenças (culturais) sejam motivos para marginalização da educação, uma vez que
vê na rejeição o motivo da marginalidade, alegando ser normal existir diferenças e a
educação deve ter como objetivo incluir os rejeitados. Muda assim a ênfase do
aspecto transmissor (Pedagogia Tradicional) para o receptor (Pedagogia Nova),
propondo uma escola atrativa, como aquela que buscamos hoje, e que preocupa
também com as relações interpessoais entre aluno se professores, como fio condutor
do interesse dos alunos.
Verificam-se nesta proposta os altos custos para investir no preparo dos
professores para que esta escola cumpra seus objetivos, fato que a torna inacessível
para as massas, e privilegiadora de uma minoria
A Didática desta corrente pedagógica é vista como direção da aprendizagem,
a qual é tida como experiência própria do aluno, sendo a ênfase do processo
educacional voltada toda para este personagem, para o processo de aprendizagem,
com pouca valorização dos conhecimentos sistematizados, cabendo ao professor a
função de orientador, facilitador, que deve buscar condições apropriadas para
provocar o interesse e a identidade do aluno como forma de motivação para a
aprendizagem. Esta tendência no Brasil é incorporada nos anos 30com o Movimento
dos Pioneiros da Escola Nova, apoiados pelo educador Anísio Teixeira.
No entanto, não obstante os acontecimentos até aqui descritos, no século atual
ainda vivencia-se no Brasil, os reflexos do iluminismo educacional, representando o
fundamento da pedagogia burguesa, ou seja, de uma educação voltada ao ideal
burguês que privilegia alguns e condena a classe dominada ao fracasso, que como
em seu surgimento, voltava-se para aquela classe social surgiste que voltada para
interesses da produção e dos negócios e desenvolvimento de interesses individuais,
pressupostos da sociedade de Contratos.
Havendo chegado anteriormente no Brasil um novo modelo a Pedagogia
Tecnicista, ou Tecnicismo Educacional, na década de60, encontrou ambiente
apropriado naquele momento em que o país vivia a ditadura e as expectativas de
desenvolvimento, propagando-se uma técnica de ensino baseada nas experiências
de Skiner, de cunho comportamental e na abordagem sistêmica do ensino, em que os
comportamentos desejados (dos alunos) serão instalados e mantidos por
industrial, onde muitos Produzem bens sem perceber o que estão produzindo,
chamando a atenção para o fato que a excessiva valorização da técnica de ensino
provocaria miopia do processo, não permitindo uma visão mais ampla dos objetivos
da educação, tanto para o professor como para o aluno. Os que não conseguiram
apresentar competências para alcançar nível igual os que alcançaram, ficam
marginalizados educacionalmente.
As ineficiências dos modelos de Pedagogia apresentados contribuíram para
que os educadores buscassem novos rumos para a questão da marginalidade
educacional, surgindo os movimentos de educação popular como foi mencionado
anteriormente, que configuraram a chamada Pedagogia Libertadora, defendida por
Paulo Freire, na década de 70, retomando as propostas de educação popular da
década de 60, tendo o movimento voltado em especial para atender necessidades
das camadas socioeconômicas inferiores na principalmente na tarefa da alfabetização
dos adultos, com um método que respeita e preserva sua cultura popular. Corrente
bem aceita dentre outros pelos sindicatos, comunidades religiosas, aplicada
principalmente entre os adultos.
Também na mesma época surge a Pedagogia Crítico Social dos Conteúdos,
juntamente com a Pedagogia Libertadora, conhecidas como Tendências de cunho
progressistas. Esta Pedagogia inspirada no materialismo histórico dialético de Karl
Marx, que defende o fortalecimento da escola pública e o trabalho do professor pois
só pela consolidação de conteúdos científicos de ensino pelos alunos e professores,
o povo poderá participar efetivamente das lutas de classe.
Variadas profissões são regidas pelo seu próprio código de ética profissional,
ou seja, elas são orientadas por um conjunto de normas de cumprimento obrigatório,
derivadas da ética, frequentemente incorporados à lei pública que devem ser
observadas e cumpridas pelos profissionais. Ética e responsabilidade social são
termos que caminham lado a lado, já que não é possível assumir responsabilidades
sociais sem ser ético. (CHALITA, 2010).
As atitudes dos profissionais da educação devem ser pautadas pela ética e pela
moral, entendendo que a moral como um sistema de regras obrigatórias que devem
ser assumidas por todas as pessoas como garantia do seu bem-viver.
A Ética é um saber prático que nos orienta em aspectos como na tomada de
decisões prudentes, na boa administração dos bens da casa e da cidade no governo
da polis e também para uma vida melhor.
As atitudes dos profissionais da educação devem ser pautadas pela ética e pela
moral, entendendo que a moral como um sistema de regras obrigatórias que devem
ser assumidas por todas as pessoas como garantia do seu bem-viver.
sociedade e a cultura deveriam estar presentes nesta formação cidadã, isto a ética
exige que o espaço onde ela está seja também ético
Desta feita, educar para a cidadania, para a tolerância, civilidade juntamente
com os programas educacionais direcionados para esse fim, propicia um
relacionamento melhor dos homens entre si, além do respeito aos diferentes, vindo
ao encontro dos princípios normativos da Ética ao mesmo tempo em que atende às
instituições previstas na LDB (1996), O artigo 1º da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB) diz que a educação abrange os processos formativos que
se desenvolvem em várias esferas, família, convivência, trabalho, escola, movimentos
sociais [...]
O artigo 2º da LDB considera que, inspirada nos princípios da liberdade e nos
ideais de solidariedade humana, é finalidade da educação nacional o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.
Segundo Jaeger (1986) “os gregos viram pela primeira vez que a educação tem
de ser também um processo de construção consciente”, apresentando assim a ideia
de Paidéia (formação), ou seja, trata de uma educação do homem como membro de
uma cultura, de um homem sem falhas, um homem virtuoso educado para a areté
(virtudes), o que tornaria possível atingir o ideal de excelência não só do homem, mas
também das instituições e das cidades através da educação.
Verifica-se nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) o esforço para
inserção da ética no espaço escolar vinculando-a ao processo de ensino-
aprendizagem proposto para cada área de conhecimento, no qual deve perpassar
dentre outros, atitudes críticas, reconhecimento de limites e possibilidades dos
sujeitos e das circunstâncias, valores e regras que os norteiem, para que de fato
através da articulação da ética, se promova uma educação moral propiciadora de
autonomia, capacidade de escolhas e Posicionamentos diante da realidade, por parte
de todos, principalmente das crianças e adolescentes do nosso país (BRASIL, 1998).
Percebe-se então que Ética e didática caminham juntos pois ao ensinar,
prepara-se para a vida e ética é a favor da vida.
No Brasil, infelizmente, esse processo é bem mais lento, apesar de que desde
1939 houve várias tentativas de implantação desse método, de âmbito governamental
e privado, algumas obtiveram relativo sucesso, mesmo assim esses resultados do
passado não foram suficientes para o governo e a sociedade aceitar a educação a
distância, no entanto, essa realidade brasileira, já mudou, pois, o governo criou leis e
estabeleceu normas para esta modalidade de ensino.
O Ministério da Educação (MEC) publicou nesta quarta-feira (21) junho/17
portaria que regulamenta o Decreto 9057/2017, com a intenção de ampliar a oferta de
cursos superiores na modalidade a distância.
A novidade é que o governo federal baixou uma portaria junho de 2017 que
permite a criação de faculdades 100% à distância, sem atividades presenciais. A
decisão do Ministério da Educação veio em uma portaria publicada no Diário Oficial.
A regra anterior para educação à distância era de 2005. Ela classificava como atividades
presenciais obrigatórias as avaliações, estágios, apresentação e defesa de trabalhos e
práticas de laboratório. A nova regra permite cursos de graduação e de pós-graduação à
distância sem a obrigação de atividades presenciais. Uma crítica é que a medida também
enfraquece a fiscalização do MEC, que não fará mais visitas às unidades regionais das
instituições de ensino superior à distância, mas apenas aos centros operacionais. Antes, para
que uma instituição de ensino superior funcionasse, ela obrigatoriamente precisava oferecer
um curso presencial. Com a nova regra, essa exigência também caiu. O professor da USP
Arlindo Phillip Jr., que foi diretor de Avaliação da Fundação Capes, defende a expansão dos
cursos à distância, mas diz que as atividades presenciais são imprescindíveis.
O Censo da Educação Superior 2016, divulgado em agosto de 2017 pelo governo
federal, constatou um aumento de 21% no grupo de ingressantes na modalidade a
distância no Brasil, enquanto houve queda no número de novos alunos nos cursos
presenciais no ano passado. O crescimento, apesar de ter tornado possível a matrícula
de mais alunos no Ensino Superior do que em 2015, trouxe também uma preocupação ao
Ministério da Educação (MEC): a maior oferta de cursos de educação a distância (EAD)
na área da saúde.
Depois de divulgar o censo, o ministro da Educação, Mendonça Filho, afirmou que
cursos nas áreas de saúde, como Medicina, Enfermagem e Fisioterapia, por exigirem
formação prática maior, não poderiam ser ofertados em modalidade a distância.
Apesar de dizer que a oferta é uma tendência mundial, e que o país não pode ficar
fora das inovações tecnológicas na educação, o ministro afirmou que o órgão será rígido
no que for de sua responsabilidade. A oferta de cursos com aulas predominantemente a
distância, autorizada em junho pelo ministério, tem encontrado resistência também de
conselhos profissionais da área da saúde. Ainda que a regulamentação prever que
atividades presenciais obrigatórias, definidas em diretrizes curriculares nacionais,
continuem sendo realizadas, a intenção de aumentar o acesso ao Ensino Superior com a
desburocratização dos cursos EAD preocupa entidades
Alguns estudiosos deram suas definições à educação a distância, alguns deles
são:
Dohmem (1967) - Educação à distância (Ferstudium) é uma forma
sistematicamente organizada de auto estudo em que o aluno se instrui a partir do
material de estudo que lhe é apresentado; o acompanhamento e a supervisão do
sucesso do estudante são levados a cabo por um grupo de professores. Isto é possível
através da aplicação de meios de comunicação capazes de vencer longas distâncias.
Peters (1973) – Educação ou ensino à distância (Fernunterricht) é um método
racional de partilhar conhecimento, habilidades e atitudes, através da aplicação da
divisão do trabalho e de princípios organizacionais, tanto quanto pelo uso extensivo
de meios de comunicação, especialmente para o propósito de reproduzir materiais
técnicos de alta qualidade, os quais tornam possível instruir um grande número de
estudantes ao mesmo tempo, enquanto esses materiais durarem. É uma forma
industrializada de ensinar e aprender.
Moore (1973) – Ensino à distância pode ser definido como a família de métodos
instrucionais em que as ações dos professores são executadas a parte das ações dos
alunos, incluindo aquelas situações continuadas que podem ser feitas na presença
dos estudantes. Porém, a comunicação entre o professor e o aluno deve ser facilitada
por meios impressos, eletrônicos, mecânicos ou outros.
A verdade é que todas essas definições estão corretas, porém, a que mais se
encaixa a nossa realidade, hoje é que a educação a distância é um método de ensino
ao qual, não é necessário que os alunos estejam presentes fisicamente, porém é
preciso que se utilize uma correspondência regular (hoje em dia utiliza-se mais a
internet), para enviar materiais, escritos, vídeos, arquivos em áudio. E para que seus
alunos tenham seus materiais corrigidos, com a internet esses procedimentos ficaram
bem mais rápidos e fáceis de serem realizados.
O grande diferencial de algumas instituições, universidades, faculdades, no
Brasil é o fator de oferecerem encontros presenciais, em matérias básicas e
essenciais ao bom desempenho de qualquer profissional que se dispõe a cursar, um
exemplo é o caso em questão, uma pós-graduação latu senso.
Todo método de ensino necessita de um suporte, no caso das escolas, existem
as salas de aula, que dão esse suporte aos professores. E na educação a distância
existe o LED (Laboratório de Educação à Distância) que tem como finalidade dar
suporte aos professores, esse suporte é dado com o gerenciamento de programas em
educação, além disso, inclui também auxílio no planejamento, design, elaboração e
processamento de mídias, animações, programação, além de auxílio na criação e
edição de textos. O LED também tem outro objetivo, o de promover a integração de
materiais didáticos a novas tecnologias.
Graças a esses recursos tecnológicos, hoje podemos desfrutar de um
aprendizado rápido e eficiente, sem perder tempo com deslocamento físico e com
muito mais variedades de materiais de pesquisa, já que além dos materiais cedidos
pela instituição, os alunos também podem contar com materiais de pesquisas,
dispostos na internet por outras instituições. Agora, educação a distância é sinônimo
de boa qualidade de ensino e tecnologia avançada e não é bom lembrar que não vai
parar por ai, então, os professores do atual contexto devem se preparar cada vez mais
para atuar dentro das exigências educacionais com as novas tecnologias.
ANOTAÇÕES
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