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Robotica Industrial
Robotica Industrial
ROBÓTICA INDUSTRIAL
Bruno Henrique Oliveira Mulina
Robótica Industrial
1ª edição
Londrina
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
2019
2
© 2019 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio,
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Coordenador
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Revisor
Paulo Broniera Jr
Editorial
Alessandra Cristina Fahl
Beatriz Meloni Montefusco
Daniella Fernandes Haruze Manta
Hâmila Samai Franco dos Santos
Mariana de Campos Barroso
Paola Andressa Machado Leal
ISBN 978-85-522-1583-7
2019
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
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ROBÓTICA INDUSTRIAL
SUMÁRIO
Apresentação da disciplina 5
Modelagem dinâmica 73
4
Apresentação da disciplina
5
Conhecido o comportamento físico, estudaremos sobre a parte lógica
responsável pelo funcionamento do manipulador. Conheceremos
os modos e níveis de controle de um manipulador e os modos em
que eles podem ser programados, e poderemos distinguir a melhor
abordagem para cada caso. Para auxiliar o estudo dos manipuladores,
serão apresentados os simuladores, destacando como são
desenvolvidos, e as aplicações nas quais eles são mais indicados.
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Visão geral dos manipuladores
robóticos e suas aplicações
na automação
Autor: Bruno Henrique Oliveira Mulina
Objetivos
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1. Introdução à robótica
2. O que é robótica
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PARA SABER MAIS
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3. Automação industrial e robótica
10
10
• Automação flexível: é um modelo híbrido entre automação
fixa e programável. Também conhecida como manufatura
integrada ao computador, é indicada para volumes de produção
medianos e permite a confecção de produtos diferentes de
maneira simultânea.
4. Manipuladores robóticos
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4.1 Terminologias de um manipulador robótico
12
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4.1.2 Eixos de movimento
É o eixo onde ocorre o movimento de cada uma das juntas. Ele é obtido
traçando uma linha imaginária que contenha a junta a ser estudada
e a direção do movimento que ela permite. Esse movimento pode ser
tanto de translação (linear) quanto de rotação (torção). Por exemplo,
uma junta rotativa, apresentada na figura 3, permite que ocorra um
movimento relativo de rotação sobre um dos eixos delas, assim como
ocorre com uma dobradiça de porta. Nesse caso, um eixo imaginário no
sentido de onde ocorre a rotação define o eixo de movimento.
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4.1.3 Graus de liberdade
14
14
4.1.4 Cadeias cinemáticas
15
melhor sobre o espaço ao redor. Para promover os movimentos ao
manipulador, estão presentes os atuadores, conectados às unidades de
potência, que são geridas pelos controladores.
4.2.1 Juntas
16
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• o movimento ocorre no mesmo eixo de um dos elos, porém
o segundo elo é fixado de forma perpendicular à outra
extremidade da junta. Possui 1 GL.
4.2.2 Elo
17
4.2.3 Punho
18
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ASSIMILE
Mesmo sendo apresentado como componente do
manipulador, o órgão não é exatamente parte do
manipulador robótico. O manipulador, por definição, é
o conjunto de elementos que servem para posicionar
o órgão. Outro detalhe é que o manipulador tem
sua estrutura constante, enquanto o órgão pode ser
substituído conforme a necessidade.
4.2.5 Sensores
4.2.6 Atuadores
4.2.7 Controladores
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como Controladores Lógico Programáveis (CLP), permitem avaliar as
condições de operação do manipulador e definir a melhor abordagem
para realização das tarefas. Por meio de algoritmos, um controlador
busca o máximo desempenho do manipulador na realização da tarefa.
Atualmente, os controladores são desenvolvidos com base em softwares,
o que lhes agrega também flexibilidade com relação às necessidades.
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retrabalho devido às soldas mal executadas, além de permitir
a soldagem em condições anteriormente inviáveis devido às
dificuldades apresentadas. Na indústria automotiva atual, a soldagem
dos componentes dos carros é feita por meio de estações de
soldagem exclusivamente compostas por robôs.
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Estes robôs não realizam procedimentos sozinhos, sendo operados de
modo remoto por um cirurgião, a partir de uma estação de controle.
Fonte: 3alexd/iStock.com.
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parte das operações externas à estação, sendo controlado a distância.
Com isso, o astronauta não é exposto a riscos desnecessários.
TEORIA EM PRÁTICA
Falar sobre os benefícios da aplicação da robótica em
diversos setores é fácil e simples, já que traz produtos de
melhor qualidade a menores preços. Mas infelizmente nem
tudo é perfeito na robótica. Com a robotização ocorre um
efeito negativo sobre os operários, já que sofrem o risco
de serem substituídos. Desse modo, procure justificar as
vantagens do uso dos robôs aos funcionários, destacando
os beneficios das novas áreas criadas na empresa por conta
da presença dos robôs industriais.
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VERIFICAÇÃO DE LEITURA
1. Entre as diferenças básicas entre robótica e automação
na indústria, podemos dizer que:
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24
d. O elemento efetuador não faz parte do
manipulador robótico.
Referências bibliográficas
ASIMOV, I. Fundação. v. 1. Trad. de Fabio Fernandes. São Paulo, SP: Aleph, 2009.
______. Fundação e Império. v. 2. Trad. de Fabio Fernandes. São Paulo, SP: Aleph, 2009.
______. Segunda Fundação. v. 3. Trad. de Marcelo Barbão. São Paulo, SP: Aleph, 2009.
______. Eu, Robô. Trad. de Aline Storto Pereira. São Paulo, SP: Aleph, 2009.
25
______. O Homem Bicentenário. São Paulo, SP: Hemus, 1980.
CARRARA, V. Introdução à robótica industrial. São José dos Campos: INPE-
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 2015.
ELON Musk admite que errou: o excesso de automação causou problemas
para a Tesla. Publicado em 16/04/2018. Gazeta do povo. Disponível em:
https://www.gazetadopovo.com.br/economia/nova-economia/elon-musk-
admite-que-errou-o-excesso-de-automacao-causou-problemas-para-a-tesla-
7d06fsqzi043om8v68uvilegp/. Acesso em: 27 ago. 2019.
ROMANO, V.; DUTRA, M. Introdução à robótica industrial. Robótica Industrial:
Aplicação na Indústria de Manufatura e de Processo. São Paulo: Edgard Blücher,
2002, p. 1-19.
ROSÁRIO, J. M. Automação Industrial. São Paulo: Baraúna, 2009.
TECNOLOGIA na medicina: especialistas realizaram 9 mil cirurgias robóticas no
Brasil em 2018. Publicado em 23/04/2019. Paranáportal. Disponível em: https://
paranaportal.uol.com.br/geral/tecnologia-na-medicina-especialistas-realizaram-9-
mil-cirurgias-roboticas-no-brasil-em-2018/. Acesso em: 27 ago. 2019.
VALENTE, J. Vendas mundiais de robôs industriais batem recorde. Publicado em
23/06/2018. Agência Brasil. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/
economia/noticia/2018-06/vendas-mundiais-de-robos-industriais-batem-recorde.
Acesso em: 3 set. 2019.
VERTULO, R. C. Robôs de Classe. Publicado em 23/03/2016. Laboratório de
eletrônica. Disponível em: http://labdeeletronica.com.br/robos-de-classe/.
Acesso em: 25 ago. 2019.
Gabarito
Questão 1 – Resposta: C
Resolução: De forma suscinta, a Robótica é parte integrante da
automação exatamente por permitir a realização das atividades
com pouca ou nenhuma interferência humana por meio de
máquinas e ferramentas. Com isso, estão erradas as letras
A, D e E. No caso da B, o erro está em dizer que a automação
cuida unicamente dos processos. No caso da letra B, o erro
está em considerar as maquinas dedicadas à realização de
uma atividade. Pela definição, os robôs industriais devem ser
reprogramáveis e multifuncionais.
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Questão 2 – Resposta: E
Resolução: A alternativa E deve ser assinalada. Está incorreta
porque o elemento responsável pelo fornecimento de energia aos
atuadores são as unidades de potência (ou drivers). Os controladores
são responsáveis por processar as ações a serem realizadas pelos
atuadores para atingirem os objetivos para os quais foram alocados.
Questão 3 – Resposta: B
Resolução: Um robô industrial é um manipulador multifuncional
projetado para realizar atividades por meio de movimentos
variáveis e pode ser reconfigurado conforme a necessidade. A letra
A cita a definição original, porém antiga sobre robôs industriais,
enquanto as letras C, D destacam o robô como uma ferramenta
de uso específico e dedicado, sem possibilidades de mudanças.
O erro na letra E está na definição que não se refere em nenhum
momento à relação entre robôs e atividades humanas.
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Descrição matemática de
manipuladores: sistemas de
coordenadas em robótica
Autor: Bruno Henrique Oliveira Mulina
Objetivos
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1. Introdução aos sistemas de coordenadas
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Antes de mais nada, para localizar um corpo em um espaço
precisamos definir uma coordenada fixa, um referencial do qual
todas as medidas serão iniciadas, e de que modo mediremos as
distâncias entre o corpo e esse referencial. Definido o referencial,
deve-se compreender que qualquer posição no espaço é definida por
meio de três vetores ortogonais.
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existentes. Caso não lembre, um vetor ortogonal é aquele que forma um
ângulo de 90º com outro. De modo simples, um sistema de coordenadas
é o conjunto de direções, no qual se deve seguir para identificar um
ponto no espaço. Para descrever uma posição, é comum aplicar um
sistema de coordenadas de duas dimensões (também conhecido como
plano) onde utilizamos dois eixos (ou vetores direcionais unitários)
ortogonais para definir o espaço, ou três dimensões (definindo um
volume), sendo necessário três eixos ortogonais.
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Para compreender a direção dos três eixos no sistema cartesiano,
utilizareamos a regra da mão direita. Feche a mão, mantendo apenas
o polegar, indicador e dedo médio abertos. Tente colocar esses dedos
apontando para direções diferentes (o polegar para cima, o indicador
para frente e o médio para o lado). Desse modo o eixo z passará
pelo dedo polegar, o eixo x passará pelo indicador e o eixo y passará
pelo dedo médio. Tenha essa configuração em mente pois será de
grande valia.
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Do mesmo modo, para converter as coordenadas cartesianas
em polares:
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Assim como ocorre com as coordenadas polares, a rotação ocorrida
no eixo para posicionar o ponto P na coordenada desejada também
rotaciona os eixos ortogonais, gerando o sistema de coordenadas
x’, y’ e z’.
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Figura 5 – Sistema de coordenadas esféricas
3. Definições e notações
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Por exemplo, podemos definir um sistema de coordenadas na base do
manipulador, outro na ferramenta e, em alguns casos, até na atividade a
ser realizada pelo manipulador. Isso será importante para compreender
as descrições e transformações. Por exemplo, a Figura 6 mostra um
conjunto de referenciais aplicados em um manipulador robótico.
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No caso de medidas (entidades escalares), usaremos a notação com
letras minúsculas, como em a. Assim, se quiser representar uma
distância ou uma orientação, deve ser feita dessa forma. Então, a
partir de agora, as notações A e a são completamentes diferentes.
Aproveitando, uma informação importante: a posição de um ponto é
uma unidade vetorial! Por isso, não confunda: a descrição de um ponto
é feita com a letra maiúscula!
4. Descrição espacial
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Uma descrição de posição define uma coordenada no espaço.
Essa descrição é feita por meio de um vetor, com origem no centro
do sistema de coordenadas adotado até a posição que desejamos.
Esse vetor pode ser compreendido como as distâncias percorridas
desde a origem até aquela posição desejada, em cada direção do
sistema, ou como foram realizadas as translações entre a origem e a
posição atual. Essa compreensão é importante para que se perceba
que a descrição de posição é um vetor onde cada coordenada
representa a distância sobre cada cada um dos eixos.
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De modo a exemplificar a importância dessa descrição, imagine que
o elemento terminal de um manipulador é uma broca. Ela pode estar
posicionada de forma correta, porém com orientações diferentes, uma
perpendicular à superfície e outra levemente tombada. Imagine que
o manipulador no qual a ferramenta está presa fará um movimento
vertical para a furação. Caso a broca esteja na perpendicular, o furo
será realizado corretamente, enquanto a broca tombada muito
provavelmente se quebrará durante a atividade.
ASSIMILE
Devemos ter em mente sempre a regra da mão direita para
compreender as transformações, sejam de translação ou
de rotação. As operações envolvendo rotação sempre se
baseiam em manter um dos eixos (ou dedos) fixo e giro dos
outros dois dedos. Cada par de dedo representa um plano
(xy, yz e zx). A regra da mão direita também é aplicada na
matemática por meio do produto vetorial, e na Física, no
estudo de campos eletromagnéticos. Desse modo, é de
suma importância saber usá-la.
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Agora veremos como ocorrem as transformações de posição e
orientação de um ponto. Utilizaremos o sistema cartesiano, já que é o
de mais facil compreensão. As operações aqui apresentadas também
podem ser estendidas aos outros sistemas de coordenadas, guardadas
suas devidas mudanças.
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Por exemplo, se o ponto P possuir coordenadas P = [1; 2; 3] e for
aplicada a matriz de translação T = [8; 4; 1], o ponto P’ estará localizado
nas coordenadas P’ = [9; 6; 4].
Matricialmente, temos:
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em cartesiano, o tamanho do elo pode ser calculado como
. Como o elo foi apenas rotacionado, seu tamanho é constante. Então
podemos, por meio das relações trigonométricas, encontrar a posição
da extremidade desse elo com base na coordenada original e na
transformação sofrida, por meio das relações:
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• Para o eixo x: a rotação ocorre de y para z (médio para polegar).
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Para a translação, a matriz de transformação homogênea tridimensional
é dada por:
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Para rotação no eixo y:
7. Ângulos de Euler
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o deslocamento angular, devemos seguir a sequência: gira-se o sistema
{C} ao longo do eixo z, depois aplica-se a rotação no eixo x e, por fim,
novamente ao eixo z. Aplicando as transformadas homogêneas de
rotação, é possível obter os fatores que convertem a direção de um
sistema coordenadas em outro.
TEORIA EM PRÁTICA
Ao participar de uma palestra sobre manipuladores
robóticos, uma pessoa que estava sentada ao seu lado
questionou o palestrante sobre a motivação pela qual a
maioria dos robôs industriais possuem 6 GL. Após um
breve momento, o palestrante responde que, no caso
de menos graus de liberdade, poderiam existir posições
nas quais o manipulador não atingiria a coordenada
desejada ou a orientação correta da ferramenta.
Sem entender o motivo, a pessoa pergunta se você
poderia explicar o motivo da resposta. Qual seria
uma explicação para que ele compreenda?
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
46
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b. Um ponto no espaço que é usado como referência
para as medidas realizadas em um dado momento,
podendo suas coordenadas variarem com relação a
outros corpos rígidos.
a. (5; 2; 1).
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b. A segunda transformação de rotação altera as
coordenadas no plano XZ.
Referências bibliográficas
CRAIG, J. J. Introduction to robotics: mechanics and control. 3. ed. Upper Saddie
River: Person Education, 2005.
MIRANDA, R. Cinemática y Dinámica de Robots Manipuladores. Mexico:
Alfaomega, 2016.
ROSÁRIO, João Mauricio. Robótica Industrial I Modelagem, Utilização e
Programação. São Paulo: Baraúna, 2010.
PAZOS, F. Automação de sistemas e robótica. Rio de Janeiro: Axcel Books do
Brasil, 2008.
SALANT, M. A. Introdução a robótica. São Paulo: Makron Books, 2008.
SANTOS, V. M. F. Robótica industrial: apontamentos teóricos, exercícios para aulas
praticas, problemas de exame resolvidos. 1. ed. São Paulo: Aveiro, 2004.
Gabarito
Questão 1 – Resposta: B
Resolução: A definição cita o corpo rígido como uma referência para
o espaço que estamos medindo. Como o espaço a ser estudado
pode mudar, o corpo rígido a ser considerado também pode
mudar. Além disso, ele possui posição constante com relação ao
espaço estudado, não havendo nenhuma restrição do modo em
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que este ponto se relaciona com outros fora desse espaço. Por esse
motivo, as alternativas A e D não estão completamente corretas.
As alternativas C e E estão completamente erradas, já que a
definição de corpo rígido não tem relação ao tipo de material
usado ou à geometria, ou mesmo à rigidez do material empregado.
Questão 2 – Resposta: D
Resolução: Segundo a matriz de transformação da rotação, temos:
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Modelagem cinemática
direta e inversa
Autor: Bruno Henrique Oliveira Mulina
Objetivos
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1. Introdução à cinemática dos manipuladores
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• Prismática ou linear ou deslizante (tipo L): permite o movimento
linear dos elos, movendo em linha reta.
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Por meio de cálculos envolvendo geometria, trigonometria e
cálculo vetorial, é possivel estimar um modelo de movimentação do
manipulador a partir de sua cadeia de elos e juntas. De posse desse
modelo, para saber onde o elemento final do manipulador está
localizado, deve-se conhecer o deslocamento promovido pelas juntas a
cada instante. Ou seja, deve-se conhecer o ângulo apresentado por cada
junta rotativa ou a extensão das juntas prismáticas. O inverso também é
verdade, onde, definida a posição e orientação da ferramenta, é possível
calcular os deslocamentos de cada junta a fim de que o manipulador
posicione o elemento final corretamente.
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4.1 Modelagem geométrica do manipulador
Figura 2 – Manipulador RR 2 GL
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A partir da posição final do elo L1, inicia-se o estudo da coordenada da
extremidade de L2, que coincide com a do manipulador e é dada por:
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A junta 2 promove a elevação ou o abaixamento do elo 2, enquanto a
junta 1 move este elo ao longo do plano xy. Para calcular as coordenadas
px2 e py2, devemos levar em consideração que a junta 2, ao promover o
movimento, muda sua projeção no plano xy. Então as coordenadas do
ponto px2, py2 e pz2 são:
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• Se a junta possuir mais de um grau de liberdade, como no caso da
junta cilindríca, são adicionados elos imaginários de comprimento
nulo, a fim de que a junta seja sempre analisada como um conjunto
de juntas no mesmo ponto com distintos graus de liberdade.
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Após definidos os sistemas de coordenadas de cada junta, são obtidos
os seguintes parâmetros:
ASSIMILE
Dentre as medidas definidas, os parâmetros l e α são
constantes relacionadas à geometria do manipulador,
enquando d e θ são variáveis relacionadas aos tipos das
juntas aplicadas. O fator d varia quando existe uma junta
prismática, enquanto o θ varia com uma junta rotacional.
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Já para o elemento terminal, podemos escolher qualquer ponto, desde
que o eixo xn intercepte o eixo zn −1 em um ângulo de 90º, tornando
a n = 0 . Caso a última junta for rotacional, é escolhido o eixo xn paralelo
à xn −1 , para q n = 0 . O eixo xn em juntas prismáticas é escolhido a fim de
que d n = 0 , com a origem do sistema terminal coincidindo com a origem
do sistema da junta i.
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Figura 5 – Identificação das juntas e dos eixos
x, y e z de cada sistema de coordenadas
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4.2.1 Matriz de transformação baseada nos parâmetros de
Denavit-Hartenberg
61
Figura 7 – Manipulador robótico
i ii a1 d1 qi
1 0 -90º d1 q1
2 0 90º d2 q2
3 0 0 d3 0
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Lembrando que a obteção dos valores mostrados na Tabela 1 seguem
os procedimentos descritos anteriormente, por meio do estudo dos
eixos e dos movimentos promovidos por cada junta da figura 8.
5. Cinemática inversa
O problema referente à cinemática inversa consiste basicamente em
determinar o conjunto de deslocamento das juntas a fim que o órgão
terminal atinja a posição desejada. Além disso, a cinemática inversa
é importante para o desenvolvimento da modelagem dinâmica do
manipulador, além do cálculo das trajetórias. Nesse caso, deve-se
conhecer inicialmente a matriz de transformação do elemento terminal
em relação à base e a partir dai desenvolver uma técnica para obter as
variaveis de junta necessárias.
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Como já dito anteriormente, uma determinada posição pode ser atingida
a partir de diferentes formas. Isso permite afirmar que existe uma
multiplicidade de soluções para o problema de função inversa. Para
destacar as soluções possíveis e válidas, algumas condições devem ser
vistas, como a posição de interesse deve estar contida no volume de
trabalho do manipulador, ou seja, deve ser um ponto tangível e levar em
consideração as limitações de cada junta (limites de movimento de cada
junta). Além disso, deve-se levar em consideração a presença de obstáculos
e possível análise dinâmica (estudo das forças) envolvidas no movimento.
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64
Os métodos de otimização trazem a vantagem de serem um
método genérico, ou seja, funcionam bem para quase todos
os casos. Por isso são amplamente usados em softwares
de projeto assistido por computador, buscando o melhor
resultado para diferentes casos.
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Para identificar os deslocamentos aplicados às juntas 1 e 2,
necessários para posicionar o elemento final na posição (x,y),
aplicaremos as relações trigonométricas. Em muitos casos, é
necessária a aplicação de métodos de linearização e as fórmulas de
Euler. Para obter os ângulos destacados na figura 10, será aplicada a
lei dos cossenos. Para os cálculos será aplicado D= 2
x 2 + y 2 . Os valores
β1 , β 2 , β3 se referem aos ângulos formados entre as direções dos elos
e o vetor que liga a origem do sistema ao ponto P.
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66
Ainda com base na Figura 10, temos os deslocamentos como:
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Existem outros diferentes métodos para a obtenção da cinemática
inversa de manipuladores, porém em sua grande maioria dependem
de configurações específicas. Por exemplo, a solução de Paul calcula as
variáveis de juntas por meio de um sistema de equações desenvolvido a
partir das matrizes de transformação homogênea obtida pelos parâmetros
de D-H para cada junta. Este método, por mais que aparente ser simples,
dispende de um custo matemático elevado, já que cada junta resulta
em um par de equações. Desse modo, um manipulador com 4 graus de
liberdade resulta em oito equações a serem resolvidas. Desenvolvido o
sistema, o método de solução será definido à escolha do desenvolvedor.
TEORIA EM PRÁTICA
Existem diferentes configurações de manipuladores
robóticos, cada qual mais adequada à aplicação desejada.
Durante a venda de uma solução de automação robótica
em uma empresa, é oferecido um pacote mais barato
envolvendo as funções necessárias para a aplicação do
manipulador (o hardware e o software de controle) e outro
mais caro, que envolve, além do já apresentado, os modelos
cinemáticos do robô a ser comprado. Seu gerente, que
possui conhecimento empírico, diz que vai ficar com o mais
barato, pois só precisa “pôr o robô para funcionar”.
Você concorda com a aquisição realizada ou tem algo a
questionar/acrescentar em relação à escolha feita?
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VERIFICAÇÃO DE LEITURA
a.
b.
c.
d.
e.
69
a. Projetar as dimensões e tipos de juntas a
serem usadas para que o manipulador atinja as
coordenadas desejadas.
70
70
c. A matriz de transformação de Denavit-Hartenberg é
resultado de três rotações e um deslocamento, por
esse motivo são necessárias quatro parâmetros.
Referências bibliográficas
CRAIG, J. J. Introduction to robotics: mechanics and control. 3 ed. Upper Saddie
River: Person Education, 2005.
PAZOS, F. Automação de sistemas e robótica. Rio de Janeiro: Axcel Books do
Brasil, 2008.
ROSÁRIO, J. M. Robótica Industrial I Modelagem, Utilização e Programação.
São Paulo: Baraúna, 2010.
SANTOS, V. M. F.; Robótica Industrial: Apontamentos teóricos, Exercícios para aula
pratica e Problemas de exames resolvidos, Departamento de Engenharia Mecânica,
Universidade de Aveiro, Apostila, 2004.
SALANT, M. A. Introdução a robótica. São Paulo: Makron Books, 2008
ULLRICH, R. A. Robótica: uma introdução. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2007.
Gabarito
Questão 1 – Resposta: B
Resolução: Realizando a análise dos parâmetros D-H, tem-se:
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Então, temos os parâmetros:
Questão 2 – Resposta: D
Resolução: A cinemática inversa tem por função calcular os
deslocamentos necessários em cada junta do manipulador, para
atingir uma determinada posição no espaço. Ela não serve para
projetar as juntas ou dimensões, e as matrizes de transformação
homogênea são consequências da configuração de cada
manipulador.
Questão 3 – Resposta: E
Resolução: Os parâmetros de D-H estão relacionados a quatro
transformações intermediárias, duas envolvendo rotação e duas de
translação. Cada tipo de transformação envolve uma transformação
relacionada à estrutura do manipulador, sendo constantes para
cada junta (l e a), e duas dependentes do deslocamento prestado
por cada junta (d e q).
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Modelagem dinâmica
Autor: Bruno Henrique Oliveira Mulina
Objetivos
73
1. Introdução à modelagem dinâmica
74
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Um atuador é o componente do manipulador que fornece energia
para que ele se movimente. Temos como exemplo pistões hidráulicos
e pneumáticos e motores elétricos. Como eles fornecem energia (sob a
forma de força ou torque) limitada, deve-se saber a carga a qual serão
submetidos para que possam ser dimensionados a fim de cumprirem
sua finalidade.
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está relacionada à repetibilidade dos resultados obtidos pelo
manipulador, isso é, o manipulador se mover e atingir uma dada
coordenada com um erro reduzido. A velocidade, a precisão e a
complacência (robustez) obtidas pelo manipulador são diretamente
proporcionais ao modo no qual o manipulador responde frente às
forças aplicadas via os atuadores.
76
76
3. Modelagem dinâmica
ASSIMILE
O desenvolvimento de técnicas inversas é, em sua grande
maioria, complexo ou de difícil solução. Por esse motivo,
sempre é válido lembrar que para esses casos é possível
a aplicação de problemas inversos ou de otimização, de
modo que aplicando a modelagem direta seja possível
estimar os valores desejados. No caso da modelagem
dinâmica, o problema direto informa os esforços
77
aplicados às juntas com base no comportamento das
juntas. Enquanto no problema inverso, ele destaca as
condições de operação das juntas para que as mesmas
sejam submetidas a uma certa carga.
78
78
angular ou linear das juntas, obtido, por exemplo, por meio do estudo
da cinemática do manipulador. O termo q representa o vetor velocidade
generalizada e q simboliza a aceleração generalizada. A velocidade e a
aceleração generalizadas são obtidas, respectivamente, pela primeira e
segunda derivadas da posição generalizada, ou seja:
d ∂2 d
q = (q=
) e q =
( q ) (q )
dt ∂t 2 dt
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O centro de massa, conforme essa definição, é uma entidade na qual
não são aplicados estudos que seriam efetados, por exemplo, pela
distribuição de massa no elemento ou à geometria do corpo. Assim,
o centro de massa considera que a massa do corpo se encontra
condensada em um único ponto e este ponto é submetido aos esforços
que seriam aplicados ao longo do corpo.
80
80
Obtido o termo lagragiano, a formulação aplicada para calcular
as variaveis de movimento em função das forças aplicadas, onde i
representa cada uma das coordenadas generalizadas:
x = l ⋅ sen (q ) e y = l ⋅ cos (q )
81
Sendo o ângulo q função do tempo e da velocidade no qual o pêndulo
se move, ele pode ser reescrito como . Com isso, a velocidade do
pêndulo vale:
dx dx
x = = q ⋅ l ⋅ cos (q ) e y = = q ⋅ l ⋅ sen (q )
dt dt
82
82
componentes do manipulador a partir da velocidade do deslocamento
das juntas, conforme as equações a seguir:
83
Figura 3 – Manipulador planar RR e seus centros de massa
84
84
Seguindo o estudo, será realizada a análise para o elo 2. Para o
estudo das coordenadas do centro de massa do elo serão aplicadas
as relações a seguir. Vale ressaltar que o deslocamento realizado pelo
centro de massa do elo 2 é igual à soma do deslocamento provocados
pela extremidade do elo 1 juntamente com aquele deslocamento do
centro de massa do elo 2, considerando que o mesmo esteve com
referencial espacial estático. Ou seja:
85
Vale lembrar que, de posse do jacobiano, temos a relação a seguir, onde
vci é o conjunto de velocidades x , y e z do elemento em questão, J vi1 é o
jacobiano relacionado aquele elo e q1 é a velocidade de ação da junta.
d ∂L ∂L
− =τi e =
L(q, q ) Ec (q, q ) − E p (q )
dt ∂qi ∂qi
86
86
Diante dos resultados, a matriz de massa M (q ) , de forças centrífugas
c(q, q ) e de força gravitacionais g (q ) destacadas na equação equivalente
de força são apresentadas a seguir. Vale ressaltar que existem outros
métodos para o cálculo dessas matrizes, que envolvem o conhecimento
do tensor de inércia de cada elo. Para modelos mais simples, o uso
desses tensores é simples, porém com o aumento do número de elos e
de geometrias mais elaboradas, o cálculo do mesmo se torna complexo.
87
Para o elo 2, tem-se:
88
88
posição. O cálculo do momento angular H é calculado pelo produto do
tensor de inércia e a velocidade angular w.
89
Para calcular as velocidades lineares e angulares, assim como as
acelerações, o metodo de Newton-Euler realiza um processo iterativo.
Isso quer dizer que ele deve realizar o cálculo dos parâmetros
referentes aos elos anteriores até que se atinja o elo desejado, iniciando
o cálculo pela base do manipulador. Para calcular as velocidades linear
e angular de um elo, quando conectado a uma junta rotacional, temos
as relações a seguir, onde zi é o comprimento do elo.
wi= wi −1 + q ⋅ zi e vi = vi −1 + wi × pi
wi = wi −1 e vi = vi −1 + di ⋅ zi −1 + wi × ρi
F=
i fi − fi +1 e N i =ni − ni+1 + ( pi −1 − pi ) × fi − ( pi −1 − pi ) × f i +1
90
90
Como já dito, o cálculo do método Newton-Euler é recursivo.
As velocidades e as acelerações dos elos são calculadas iniciando
no elo da base em direção ao órgão terminal (forward equations).
Depois de calculadas todas as velocidades e acelerações, as forças e
os momentos aplicados são calculados inciando no órgão terminal e
findando na base (backward equations).
TEORIA EM PRÁTICA
O desenvolvimento dos modelos dinâmicos é importante
para prever os parâmetros construtivos dos atuadores a
serem aplicados no manipulador. Isso é de suma importância
no projeto, permitindo dimensionar corretamente os
componentes necessários, o que resulta em custos coerentes
às atividades a serem realizadas pelo manipulador.
Mas ao pensar unicamente em projetos, a modelagem acaba
perdendo uma gama de possibilidades. Com o advento
da Indústria 4.0 e da maior interatividade entre homens e
maquinas, a aplicação de modelos matemáticos se torna ainda
mais importante para melhorar o controle das máquinas.
Mas, diante do apresentado, onde e de que forma a
modelagem dinâmica poderia ser incluída na nova
abordagem da indústria? Que vantagens ela pode apresentar?
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
91
2. forças envolvidas. Desse modo, a obtenção dos modelos
dinâmicos implica em:
92
92
c. é aplicado um método iterativo para obter as
velocidades e forças em cada um dos elementos.
93
d. Na análise das energias cinéticas e potenciais de cada
elemento do manipulador, avaliando as velocidades e
alturas relativas de cada componente do manipulador.
Referências bibliográficas
COLORADO, R. M. Cinemática y dinámica de robots manipuladores. São Paulo:
Alfaomega, 2016.
CRAIG, J. J. Introduction to robotics: mechanics and control. 3. ed. Upper Saddie
River: Person Education, 2005.
NORTON, R. L., Cinemática e Dinâmica dos Mecanismos. Porto Alegre: Editora
McGraw-Hill-Artmed, 2010.
SALANT, M. A. Introdução a robótica. São Paulo: Makron Books, 2008.
SCIAVICCO, L., SICILIANO, B. Modeling and Control of Robot Manipulators.
New York: McGraw-Hill International Editions, 1996.
TORBY, B. Advanced Dynamics for Engineers. New York: CBS College
Publishing, , 1984.
ULLRICH, R. A. Robótica: uma introdução. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2007.
Gabarito
Questão 1 – Resposta: C
Resolução: Dentre as afrmações, encontrar as posições atingidas
pelo manipulador baseado nos deslocamentos das juntas é a
definição da função da cinemática do manipulador. O estudo
das velocidades e acelerações dos elos é consequência das
especificações dos atuadores, e não do estudo do modelo
dinâmico. A previsão das cargas submetidas às juntas para atingir
uma determinada condição de operação é a a correta implicação
94
94
do modelo dinâmico. A previsão das cargas submetidas às juntas
também é obtida via cinemática direta, por meio de uma função
chamada de função custo de movimento. Os tensores de inércia
são características do corpo rígido, e não da modelagem dinâmica.
Questão 2 – Resposta: B
Resolução: A formulação de Newton-Euler utiliza a análise das
forças para estimar os esforços (força e torque) sobre cada junta.
Esta análise resulta em um conjunto de equações que devem
ser resolvidos de forma iterativa. Para calcular os parâmetros
presentes nessas equações, devemos resolver as equações
inciando o estudo a partir da base para obter os parâmetros de
velocidade e aceleração, e depois resolver outro conjunto de
equações, agora do elemento terminal para a base, a fim de obter
os dados de força e torque sobre cada junta.
Questão 3 – Resposta: D
Resolução: A formulação de Euler-Lagrange aplica o conceito da
energia (cinética e potencial) para definir os esforços (torque e
força), onde as juntas estão submetidas. A aplicação do conceito
de centro de massa facilita a análise do manipulador, já que reduz
todos os efeitos geométricos em um único ponto. Porém, esse
estudo é aplicado em diferentes casos, não limitado à formulação
de Euler-Lagrange.
95
Geração de trajetórias.
Órgãos terminais
Autor: Bruno Henrique Oliveira Mulina
Objetivos
96
96
1. Introdução à geração de trajetórias
2. Geração de trajetória
97
necessária. O planejamento da trajetória pode se basear apenas nas
coordenadas iniciais e finais da ferramenta ou pode ser realizado em
tempo real durante o movimento. Cada uma dessas estratégias possui
suas vantagens e desvantagens e serão abordadas mais à frente.
98
98
Ao nível do manipulador, o controle do movimento pode ser realizado de
diversas formas, desde a dependência total do controle dos atuadores
até a inclusão de sensores de toque ou redes de senores infravermelhos.
Atualmente o controle dos manipuladores tem na visão computacional
uma grande aliada nesse processo, já que por meio do processamento de
uma imagem é capaz de estimar se a ferramenta atingiu as coordenadas
desejadas. A visão computacional tem a vantagem, quando comparada
a controles como os citados anterioremente, do volume de informações
fornecidas, já que não se limita apenas a saber se a ferramenta encostou
em algo ou a distância em uma dada direção, mas também permite
avaliar a presença de obstáculos ou condições adversas.
(a) (b)
Fonte: elaborada pelo autor.
99
2.1 Geração pontual ou ponto a ponto (PTP)
100
100
o modelo do manipulador. A partir deste modelo, o operador calcula
as coordenadas separadamente do manipulador e depois as salva na
memória do manipulador. Por esse motivo, tal processo é chamado de
programação offline.
101
de programação aplicados em ferramentas CNC (Comando Numérico
Computadorizado). Para programar uma ação em uma CNC, são
definidas as coordenadas principais e as formas geométricas a
serem percorridas, como retas ou circunferências.
102
102
frenagem constante (desaceleração constante). Esse perfil é consequência
do controle de potência aplicado no atuador que fornece toda a energia,
ou nenhuma, ao acionador do atuador (motor elétrico, pistão hidráulico,
entre outros), atuando com um controle liga e desliga. Assim, o atuador
impulsiona (ou freia) a junta com a máxima energia possível, que resulta
em uma aceleração constante. Esse método tem por vantagem a
simplicidade na modelagem temporal do manipulador, já que as funções
espaciais em função do tempo são lineares. A desvantagem nesse tipo de
perfil são os elevados esforços aos quais os elementos do manipulador
são submetidos, já que as forças envolvidas nos componentes são função
da aceleração F= m ⋅ a . As ferramentas e o objeto no qual estão sendo
realizadas as atividades também sofrem com esse esforço excessivo.
103
2.4 Algoritmo para geração da trajetória
104
104
ASSIMILE
Lembre-se de que a geração pontual da trajetória sempre
seguirá um caminho linear, já que depende unicamente
das informações sobre o ponto inicial e final. Já no caso
do controle contínuo, a trajetória é importante, por isso a
discretização busca seguir a geometria estabelecida.
105
Figura 3 – Algoritmo de geração de trajetória
106
106
A figura 5a apresenta a discretização linear enquanto a figura 5b
apresenta a discretização circular adotando sempre a curvatura positiva.
Para a execução do trajeto são destacados e discretizados os três
trechos (AB, BC e CD) a serem percorridos entre os pontos A, B, C e D.
Os pontos em azul são os pontos A, B, C e D, enquanto os vermelhos são
resultados da discretização.
(a) (b)
Fonte: elaborada pelo autor.
107
Para percorrer este caminho, o algoritmo, a partir do modelo inverso
do manipulador, obteve os deslocamentos q das juntas 1 e 2, em graus,
a cada discretização. Uma informação importante, além das posições
assumidas a cada ponto da discretização, é conhecer o deslocamento
realizado por cada junta entre as discretização. Essa informação é
mostrada na figura 7. Ao observar a Figura 7, perceba que houve um
deslocamento considerável nos pontos n = 10 e n = 29. Isso acaba
acarretando elevadas acelerações, o que não é aconselhavel, já que o
esforço no qual a junta é submetida ocasiona desgastes prematuros e
dificulta o controle.
108
108
apresentado, estão relacionados aos deslocamentos e acelerações
necessários entre cada discretização. Quanto maior o deslocamento
necessário a cada discretização, maiores as velocidades necessárias.
3. Órgãos terminais
109
Vale ressaltar que na extremidade do manipulador está presente o
punho. O punho é um conjunto de juntas unicamente responsáveis
por orientar corretamente o órgão terminal. Por este motivo, o
manipulador é responsável por posicionar o órgão, enquanto o
punho corrige a orientação.
3.1 Garras
110
110
Figura 8 – Diferentes tipos de garras.
a) Pinça. b) Garra. c) Pinça perpendicular
111
Figura 9 – Exemplo de garra de sucção
Fonte: wellphoto/iStock.com.
112
112
permitir uma orientação correta do objeto a ser segurado, servindo
basicamente para transporte. A figura 10 exemplifica um gancho
usado no transporte de cargas pessadas.
3.2 Ferramentas
113
existem ferramentas para soldagem, pintura, furação, usinagem, corte,
aplicadores de produtos. Na area médica, as ferramentas são capazes
de realizar as ações relativas à cirurgia, dando aos manipuladores
capacidades totais para realizar um procedimento cirúrgico. A figura 11
mostra alguns tipos de ferramentas.
114
114
Diante de todas as informações apresentadas nesta leitura, é possivel
perceber a importância do controlador na realização das atividades do
manipulador. Além de ser o responsável por garantir que a atividade
esteja sendo realizada corretamente, ele deve ser capaz de prever como
o manipulador deve se mover para atingir os pontos desejados. Ao
programar um manipulador, o operador se preocupa apenas nas ações a
serem realizadas pela ferramenta, ficando a cargo do controlador calcular
como deverá ser feito o trajeto até as coordenadas estabelecidas.
TEORIA EM PRÁTICA
Ao operar um manipulador a fim de que este cumpra
sua tarefa, é impossivel detalhar todo o trajeto e os
deslocamentos realizados por cada junta para que ele
cumpra sua função. Resta ao controlador calcular as
trajetórias a serem seguidas entre os pontos definidos.
De modo geral, o controlador vai atingir as posições
apenas se preocupando com as coordenadas espaciais.
Que tipo de problemas esse tipo de controle do
manipulador pode ocasionar à realização da tarefa?
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
1. Dentre os tipos de geração de trajetória, em relação ao
controle pontual, ou PTP, é errado dizer que:
115
a. Resulta em um controle mais preciso do
manipulador, já que são menos pontos a serem
calculados ao longo da trajetória.
116
116
3. No estudo da geração de trajetória, sob o ponto de
vista das juntas, é possível dizer que:
Referências bibliográficas
CRAIG, J. J. Introduction to robotics: mechanics and control. 3. ed. Upper Saddie
River: Person Education, 2005.
SALANT, M. A. Introdução a robótica. São Paulo: Makron Books, 2008.
SCIAVICCO, L., SICILIANO, B. Modeling and Control of Robot Manipulators.
New York: McGraw-Hill International Editions, 1996.
TORBY, B. Advanced Dynamics for Engineers. New York: CBS College
Publishing, , 1984.
ULLRICH, R. A. Robótica: uma introdução. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2007.
117
Gabarito
Questão 1 – Resposta: A
Resolução: O controle da trajetória a ser percorrida é feito em dois
níveis: das juntas e do manipulador como um todo. A precisão com
relação ao movimento é responsabilidade das juntas, e não do
controlador. Então não existe relação entre o número de pontos e
a precisão do movimento. Caso a análise esteja sendo feita sob o
ponto de vista de seguir uma trajetória, o controle PTP também não
é o mais indicado, já que resume a trajetória a ser percorrida em
uma sequência de trechos lineares. Claro que quanto mais pontos
(menor a discretização), melhor a equivalência entre o trajeto
original e o percorrido ponto a ponto.
Questão 2 – Resposta: D
Resolução: A definição sobre as funções exercidas entre as
ferramentas e as garras está no tipo de interação entre o objeto e
o órgão (a garra segura e move, sem alterar o objeto, enquanto a
ferramenta opera alguma mudança no objeto), não tendo nenhuma
relação com a presença ou não de partes móveis.
Questão 3 – Resposta: C
Resolução: Ao estudar a geração e o controle de trajetória, tem-
se por objetivo calcular o deslocamento de cada junta a fim de
se atingir uma dada posição. O comportamento dinâmico do
manipulador e de suas partes não é o objetivo do estudo do
espaço das juntas. Porém, a aceleração é importante para que
seja possivel calcular as velocidades atingidas por cada junta e,
consequentemente, o deslocamento de cada uma delas a cada
intervalo de tempo da discretização.
118
118
Sensores em robótica.
Controle de robôs
Autor: Bruno Henrique Oliveira Mulina
Objetivos
119
1. Introdução aos sensores
120
120
um resumo sobre o funcionamento de cada um deles. Para que se evite
confusão com relação aos termos, será usado o termo sensor para se
referir tanto ao elemento sensor quanto ao transdutor. A escolha por
essa abordagem se deve ao foco da leitura, que visa à aplicação dos
sensores e não o desenvovimento dos transdutores propriamente dito.
121
ASSIMILE
Um conversor analógico-digital é um dispositivo que
converte um nível de tensão em um valor numérico, que
poderá ser manipulado pelo controlador. Esse dispositivo
tem caracteristicas como o tempo gasto na conversão do
valor (tempo de amostragem) e o número de bits máximos
de conversão e a resolução máxima.
Por exemplo, um conversor analógico-digital típico
em microncontroladores possui 10 bits de resolução,
resultando em uma escala numérica de 0 a 1023. Se
ele converte valores de tensão entre 0 e 5V, cada valor
numérico representa aproximadamente .
122
122
como, por exemplo, a posição das juntas e potência consumida pelos
atuadores, é dito que o sensor é interno. Agora, se a medida é de algo
externo ao manipulador (a variável está localizada no meio no qual o
manipulador está posicionado), como a distância para algum obstáculo
ou a temperatura ambiente, é dito que o sensor é externo.
123
• sensores analógicos, a resolução é quase zero, pois a variação na
saída é proporcional à variação na entrada. No caso dos sensores
analógicos, a resolução acaba sendo próxima a zero.
124
124
• relacionadas à construção do sensor. Esse tipo de caracteristica é
dada pela qualidade do sensor.
125
(d) (e)
126
126
3.1 Tipos de sensores
127
Os tipos mais comuns de sensores de temperatura são:
128
128
• Chaves fim de curso ou microchaves: são pequenos botões que
são acionados por meio do contato fisico. Fornecem informações
do tipo pressionado ou não.
129
• material resistivo. Medindo a resistencia no cursor, é possivel
saber seu deslocamento. São sensores simples e de facil
aplicação, porém dependem do contato físico. Por isso, sofrem
com desgaste mecânico.
130
130
3.1.4 Sensores de velocidade
131
3.1.7 Sensores de pressão
4. Atuadores
132
132
transferido para um sistema de transmissão (como uma correia) para
depois ser aplicada no manipulador, já que o atuador e a junta não
estão no mesmo lugar. Os dois tipos de transmissão são chamados,
respectivamente, de transmissão direta e indireta, e possuem
vantagens e desvantagens relacionadas ao controle do movimento
(a transmissão direta garante que o movimento requerido pelo
atuador será executado fielmente) e por conta das cargas aplicadas ao
manipulador (quanto mais próximo da extremidade de um elo, mais
esforço a junta anterior deve fazer).
133
Em geral, os atuadores elétricos têm por vantagem a facilidade de
controle de sua operação (velocidade, torque e posição), permitindo um
controle suave. Um atuador elétrico possui uma gama de velocidades
que permite variações de velocidade na atuação. No caso do torque, a
variedade de tipos de motores elétricos fornece relações de velocidade
e torque, e permite a aplicação de atuadores elétricos em praticamente
todas as aplicações. Devido ao controle da velocidade e torque, os
atuadores elétricos são precisos com relação ao posicionamento.
Além disso, os riscos apresentados no uso da energia elétrica são
menores que no uso de outras fontes de energia, como a pneumática
e a hidráulica. A desvantagem no uso desse tipo de atuador está na
disposição e no volume ocupado por esse tipo de atuador, já que o
motor elétrico deve estar próximo ao ponto de aplicação.
134
134
Por tais motivos, são atuadores muito usados em atividades binárias,
como abrir e fechar uma garra.
135
5. Controle de robôs
Ao projetar um manipulador, dentre as diversas características de projeto
consideradas, a escolha do controle a ser aplicado no manipulador será
decisiva para a precisão conseguida na realização das atividades.
136
136
A figura 3 exemplifica a relação entre o controlador, o atuador e o
movimento em um controle em malha aberta.
137
quase sempre operam nos limites de seus deslocamentos (podem
ser usados temporizadores para determinar valores intermediários).
Esse tipo de controle é também usualmente aplicado em tarefas de
transporte, onde pequenos erros no deslocamento do manipulador
afetam pouco na tarefa. O problema é o acumulo do erro ao longo
do tempo, necessitando a cada período de manutenção ou, quando
necessário, de um reset (zerar) nas coordenadas de referência.
138
138
O controle em malha fechada tem como vantagem elliminar a
necessidade das variáveis determinísticas, já que com esse tipo
de controle o importante é a obtenção do resultado desejado (o
controlador “observa” a saída). Isso permite corrigir variações na
operação do manipulador, como no caso citado da sobrecarga nos
atuadores que resulta na diminuição da velocidade de resposta do
mesmo. Outra vantagem desse sistema de controle é a minimização
(ou eliminação) de erros recorrentes ao tempo e ao desgaste natural
dos elementos do manipulador. A desvantagem nesse tipo de controle
é a necessidade da instalação de sensores para medição, o que eleva o
custo da implantação desse tipo de controle.
139
5.3 Controle adaptativo
TEORIA EM PRÁTICA
Reflita sobre a seguinte situação: atualmente, os sistemas
de sensoriamento e controle de manipuladores contam
com a ajuda da visão computacional. Com a popularização
de sistemas de imagem e vídeo, e o aumento das
capacidades de processamento, diversos dispositivos
portateis já possuem capacidade de análise em tempo real
de imagens. Então, quais seriam as vantagens e as
140
140
desvantagens na substituição dos tradicionais sensores
por métodos de visão computacional? Quais seriam
aplicações que são capazes de instrumentação apenas
com o advento da visão computacional?
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
1. Para escolher um sensor para medição da distância da
ferramenta e do objeto a ser manipulado foram pré-
selecionados dois sensores: A e B. O sensor A possui alta
exatidão e baixa precisão, enquanto o sensor B possui
alta precisão e baixa exatidão. Com relação à escolha:
141
3. Então, com relação aos possíveis controles a serem
aplicados no manipulador:
142
142
c. Tem um número máximo de valores numéricos para
representar uma entrada.
Referências bibliográficas
SALANT, M. A. Introdução à robótica. São Paulo: Makron Books, 2008.
PAZOS, F. Automação de sistemas e robótica. Rio de Janeiro: Axcel Books do
Brasil, 2008.
CRAIG, J. J. Introduction to robotics: mechanics and control. 3. ed. Upper Saddie
River: Person Education, 2005.
Gabarito
Questão 1 – Resposta: B
Resolução: Com relação às caracteristicas, a precisão indica quanto
os valores variam em torno de um valor (certo ou errado), sendo
quanto menor essa variação, mais alta é a precisão. A exatidão
está relacionada a incertezas, que é uma caracteristica que não
pode ser controlada. Por isso, o sensor B seria a melhor escolha
diante das duas possibilidades.
Questão 2 – Resposta: E
Resolução: A pintura é um processo que que depende do trajeto
para que realize de forma correta sua tarefa. Por este motivo,
um controle em malha fechada é a melhor opção. Seguindo as
alternativas, a letra A está incorreta por conta que o controle em
malha aberta não é a melhor opção para esse tipo de atividade.
143
A letra B está errada, pois, por conta da intrumentação
necessária, ele não é simples implementação comparada à
malha aberta.
A letra C está incoerente, pois o funcionamento, principalmente
dos atuadores pneumáticos, não possuem um controle preciso de
seu funcionamento. A letra d está errada em dizer que a malha
aberta é melhor do que a malha fechada.
Questão 3 – Resposta: C
Resolução: Um sensor digital é aquele que tem a saída digital.
A variável pode ser lida sem nenhuma relação com o tipo
de sensor. Então, a letra A está errada por isso. Por ter uma
quantidade limitada de valores a serem representados, o
sensor digital possui uma resolução que é função da faixa de
valores lidos, e o número de valores numéricos possíveis de
serem representados. A letra D está errada no sentido de que
o sensor digital não é linear (lembre-se da resolução). A letra
E está errada porque quem atua sobre o manipulador é o
atuador, e não um sensor.
144
144
Simulação e programação de
robôs. Aplicações industriais
Autor: Bruno Henrique Oliveira Mulina
Objetivos
145
1. Programação de robôs industriais
146
146
Uma linguagem de primeira geração, também conhecida como motion
level language (linguagem à nível do movimento), tinha como foco a
programação do deslocamento de cada junta. Devido às limitações
de processamento impostas pelo controlador e aos sensores pouco
complexos, as linguagens de primeira geração permitem apenas a
geração de trajetória linear (ir do ponto A até o ponto B por meio de
uma reta), e a tomada de decisões é realizada de forma binária (se-
senão), já que os sensores forneciam apenas informações do mesmo
tipo (nesse caso os sensores eram indicadores de estado).
Uma linguagem de segunda geração, por conta dos controladores mais
avançados, já permite uma programação mais elaborada e estruturada.
Agora é possível definir funções e descrever uma sequência de ações
a ser realizada. Além disso, o controle do movimento é mais refinado,
incluindo o controle proporcional com o processamento das informações
oriundas dos sensores, sendo melhores aproveitadas. Um detalhe
de suma importância que distingue a primeira e a segunda geração
é a capacidade de troca de informações entre estações de trabalho,
permitindo agora o monitoramento do funcionamento do manipulador.
147
Apenas quando a programação estiver validada que deve ser aplicada.
A figura 1 mostra um fluxograma para a programação eficiente e segura
de um manipulador.
ASSIMILE
148
148
Independente do tipo de programação escolhida, um componente
necessário no manipulador é o supervisor de controle. Ele é responsável
por converter os valores numéricos referentes ao deslocamento das
juntas em sinais elétricos para a atuação das juntas. O supervisório
conta com uma malha de controle individual para cada junta, que,
a partir de sensores de posição, permite que o deslocamento
seja realizado conforme o comando realizado, independente das
caracterististicas de operação do manipulador.
3. Métodos de programação
149
parâmetro do manipulador (como, por exemplo, seu modelo geométrico).
A desvantagem principal é a necessidade de parada da produção para
reprogramação (salvo no caso da programação por simulação).
150
150
Esse tipo de programação pode ter outras aplicações. Por exemplo, em
processos de telemedicina, o circurgião pode manipular uma réplica
do manipulador cirúrgico, e o manipulador original agirá de forma
identica à cópia. Também permite a programação de manipuladores
posicionados em ambientes hostis, já que não é necessária a presença
fisica do programador no ambiente de trabalho.
151
modelos geométricos. Pode ser auxiliada por simuladores, muitos
deles já fornecidos pelos fabricantes do manipulador. Como essa
programação é feita a partir de comandos escritos (textos), também é
conhecida como textual.
152
152
Existem diversas linguagens de programação. Algumas linguagens
próprias para os manipuladores são de propriedade de um fabricante
ou seguem padrões internacionais. Essas linguagens são compostas
de instruções (e funções) compatíveis à aplicação em manipuladores.
Em outros casos são usadas linguagens de programação comuns,
como a linguagem C ou Basic, nas quais são adicionadas funções que
permitam a programação das operações dos manipuladores.
153
Compreendido o papel do compilador, agora é possivel
dizer que a escolha sobre o tipo de programação a ser
usada está fortemente relacionada à escolha pessoal.
Existem algumas diferenças de desempenho nas
linguagens devido ao modo que o compilador traduz as
informações, mas essas diferenças são pouco sensíveis
na maioria dos casos.
154
154
Com isso, a vantagem maior no uso deste método de programação é
com relação ao tempo gasto para aplicar uma nova programação. Isso
porque, ao combinar as informações sobre as coordenadas reais como
parâmetros de entrada dos modelos usados na programação offline,
o tempo gasto para validar os resultados obtidos de forma offline é
menor, já que estão condizentes com as informações reais.
155
sem se preocupar no modo com a qual será realizada, cabendo ao
compilador decidir sobre as estratégias a serem usadas. Usando o
mesmo exemplo (erguer um objeto), o programador apenas definirá
que deseja erguer um objeto na posição A para a posição B. As ações
e decisões a serem tomadas são de responsabilidade da liguagem.
Por este motivo, é uma linguagem de programação voltada à realização
da tarefa. Devido à facilidade na aprendizagem e implementação,
a linguagem implícita é cada vez mais aplicada na programação em
geral. A desvantagem no uso desse tipo de programação está na falta
de controle sobre as ações tomadas pelo manipulador (o compilador
usado na liguagem pode adotar uma lógica de realização da atividade
diferente da imaginada pelo operador).
156
156
do modelo inverso do manipulador, o programa deve ser capaz de
calcular os deslocamentos de cada junta. A programação nesse nível
não se preocupa com o modo na qual aquela coordenada foi necessária,
apenas se preocupando em atingi-la.
157
4. Simulação de manipuladores
158
158
direta ou teach pendant, sem a necessidade do manipulador. Então, não
são mais necessárias duas ferramentas diferentes de programação,
mas apenas uma aplicada de formas diferentes, permitindo uma
padronização nos processos de programação.
159
Como desvantagens, é possivel citar as dificuldades no desenvolvimento
de modelos matemáticos que representem de forma fidedigna o
comportamento do manipulador. Com o aumento da complexidade dos
manipuladores e as possíveis interações com o meio, o desenvolvimento
de modelos inversos precisos pode resultar em um custo computacional
elevado. Por esse motivo, estes simuladores requerem sistemas
computacionais com grande capacidade de processamento ou omitem
algumas variáveis a fim de aliviar o processamento matemático, o que
torna os resultados aproximados.
ASSIMILE
O uso de simuladores não descarta a necessidade
do período de validação. Mesmo os mais complexos
simuladores não podem calcular todas as possibilidades
possíveis de interação do manipulador com variáveis
não manipuláveis do ambiente no qual o manipulador
está instalado.
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Uma caracteristica dos simuladores é a distinção dos níveis de
modelagem. Assim como a programação pode ser direcionada a um
nível do manipulador (juntas, manipulador, tarefa ou operação), os
módulos de simulação também compreendem esses níveis.
A modularização dos simuladores permite que eles sejam flexíveis
com relação ao seu uso em diferentes tipos de manipuladores,
sendo necessária apenas a substituição, por exemplo, dos módulos
referentes ao manipulador e às juntas, mantendo inalterado os
módulos situados em níveis superiores.
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simulador. Nela, é possível ver que cada cada incremento no passo
de simulação é feito de forma constante, independente se a ação foi
realizada ou não dentro desse período.
Ao desenvolver uma simulação, deve se ter em mente que este não está
relacionado ao tempo gasto pelo programa para informar uma resposta,
mas sim com os passos de tempo aplicados da simulação do modelo.
Esses passos de tempo têm a ver com o processo de discretização
do modelo a ser simulado. Uma forma de compreender é imaginar
que uma mesma simulação está sendo executada em computadores
com desempenhos diferentes. Para um mesmo passo de tempo
da simulação, o computador com maior desempenho entregará os
resultados mais rapidamente que o computador inferior.
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realizadas. Nesse método, o passo de tempo da simulação é variável, já
que depende do da realização de algum acontecimento, como o término
de uma ação ou evento externo. Os passos de tempo nesse tipo de
simulação são iniciados no instante em que houve o acontecimento e
finalizados assim que a ação referente ao acontecimento foi realizada
completamente e uma nova ação se inicia, dentro da ordem estimada.
A figura 5 mostra o avanço do tempo de simulação na abordagem
orientada a atividades, onde a linha pontilhada define o tempo gasto em
cada ação, enquanto os valores demarcados abaixo destacam os passos
de tempo dados pelo simulador.
5. Aplicação de manipuladores
Os manipuladores têm como função na indústria realizar ações de modo
mais eficiente que os humanos, seja devido às limitações físicas, seja por
ser um processo repetitivo ou por ser uma ação que ofereça risco de vida.
Além disso, os manipuladores oferecem a vantagem da normalização
da produção, já que não são afetados por questões subjetivas ou por
diferenças na habilidade dos funcionários. Com os manipuladores
robóticos, a produção ficou mais eficiente, melhor e mais rápida.
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Já em uma linha de produção, as etapas que envolvem o processo
produtivo são distintas e partilhadas com diferentes manipuladores.
Com isso, cada manipulador é responsável por uma única ação. Esse
tipo de aplicação dos manipuladores permite o uso de manipuladores
especializados na realização da tarefa, podendo então adotar uma
configuração ótima para sua realização. Este tipo de configuração é
viavel para produção em grandes volumes, já que uma alteração pode
envolver um número elevado de manipuladores.
• Transporte de cargas.
• Embalagem.
• Pintura.
• Soldagem.
• Medicina.
• Fabricação.
• Montagem.
• Entre outras.
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nível que o programador apenas informa o tipo de atividade que
o manipulador deverá realizar e, a partir de subrotinhas próprias,
o controlador deverá ser reponsável por calcular e gerir as ações
necessárias para atingir os objetivos.
TEORIA EM PRÁTICA
Ao desenvolver um simulador, é necessário o conhecimento
dos modelos direto e inverso relacionados à geometria
e dinâmica do manipulador. Muitos simuladores
são visivelmente elegantes, capazes de simular o
comportamento de um manipulador quase que
integralmente. Estes simuladores são muito empregados
em apresentações, mostrando as capacidades do
manipulador. Mas quando os manipuladores são
apresentados em feiras e exposições, é um manipulador
físico, real, que está presente. Quais seriam as razões
dessa escolha e por que os simuladores ainda não são tão
empregados nas áreas de educação e desenvolvimento?
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VERIFICAÇÃO DE LEITURA
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c. Ao nível do manipulador, já que é importante apenas
a definição das coordenadas a serem atingidas.
Referências bibliográficas
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PAZOS, F. Automação de sistemas e robótica. Rio de Janeiro: Axcel Books do
Brasil, 2008.
ROSÁRIO, J. M. Robótica industrial I: modelagem, utilização e programação.
São Paulo: Baraúna, 2010.
SALANT, M. A. Introdução à robótica. São Paulo: Makron Books, 2008.
SCIAVICCO, L., SICILIANO, B. Modeling and Control of Robot Manipulators.
New York: McGraw-Hill International Editions, 1996.
TORBY, B. Advanced Dynamics for Engineers. New York: CBS College
Publishing, 1984.
Gabarito
Questão 1 – Resposta: E
Resolução: Por conta da tarefa a ser realizada, não é possível
desenvolver uma etapa de ajustes e calibração necessarias à
programação offline e hibrida. A programação direta também
é inviável por conta do ambiente no qual o manipulador está
localizado. O que motiva o uso da programação por simulação
física e não por telecomando é a possibilidade de o manipulador
replicar exatamente o movimento realizado pelo operador, muito
importante para garantir a qualidade da tarefa realizada.
Questão 2 – Resposta: C
Resolução: O enunciado deixa claro sobre o tipo de atividade a ser
realizada. Com base nas informações fornecidas, as programações
ao nivel do objeto e de tarefa se mostram desnecessárias, pois a
atividade requer apenas que o gancho atinja as posições desejadas.
A exclusão do nível de objeto é dada pelo tipo de atividade e
da ferramenta a ser usada. O nível de juntas é eliminado por
não ser necessário um controle tão preciso sobre o movimento
do manipulador. Diante das exclusões, resta a opção com a
programação ao nível do manipulador, que tem por objetivo
exatamente a definição das coordenadas e direção do elemento
terminal, sendo de reponsabilidade do controlador calcular os
deslocamentos necessários para atingir aquela posição.
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Questão 3 – Resposta: C
Resolução: Um sensor digital é aquele que tem a saída digital.
A variável pode ser lida sem nenhuma relação com o tipo
de sensor. Então, a letra A está errada por isso. Por ter uma
quantidade limitada de valores a ser representada, o sensor digital
possui uma resolução que é função da faixa de valores lidos, e o
número de valores numéricos possiveis de serem representados.
A letra D está errada no sentido de que o sensor digital não é
linear (lembre-se da resolução). A letra E está errada porque quem
atua sobre o manipulador é o atuador, e não um sensor.
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