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UNIVERSIDADE LUSÍADA DE ANGOLA

FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO


CURSO DE ECONOMIA
TRABALHO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PARA
GESTÃO

TEMA:
O IMPACTO SÓCIO-ECONÓMICO E
ORGANIZACIONAL DA INTELIGÊNCIA
ARTIFICIAL: O CASO DAS STARTUPS.

Luanda, 2023
UNIVERSIDADE LUSÍADA DE ANGOLA
FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO
CURSO DE ECONOMIA
TRABALHO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PARA
GESTÃO

4o Ano

Turma E4M

Sala: E.2

Integrantes:

- Irineu Vica;

- Nazário Rogério;

- Nilton Lucas;

- Severina da Luz.

Luanda, 2023
O Impacto Sócio-Económico e Organizacional da Inteligência Arttifcial: O caso das startups

DEDICATÓRIA
Dedicamos este ilustre trabalho aos nossos pais que tanto nos apoiam, quer
financeiramente, quer motivacionalmente ao longo desta formatura, pois sem eles nada
disto seria possível.
O Impacto Sócio-Económico e Organizacional da Inteligência Arttifcial: O caso das startups

RESUMO
A Inteligência Artificial serve de grande auxílio para qualquer actividade humana
devido à sua velocidade no processamento. Sendo assim, o uso da IA é indispensável à
actividade empresarial, sendo esta responsável pela organização estrutural da empresa.
E é através da mesma que várias empresas emergentes (startups) têm iniciado a sua
actividade, empresas que têm ganhado nome no mercado. Provando mais uma vez que a
inovação tecnológica tem enorme influência nos resultados das empresas bem como,
impactam de forma directa ou indirecta na sociedade através dos serviços e produtos
que são lançados.

Palavras-chave: Inteligência Artificial; Startups; Impacto Sócio-económico.


O Impacto Sócio-Económico e Organizacional da Inteligência Arttifcial: O caso das startups

LISTA DE SIGLAS E ACRÓNIMOS


CEO – Chief Executive Officer

I.A. – Inteligência Artificial

I&D – Investigação e Desenvolvimento

ML – Machine Learning

RNA – Redes Neurais Artificiais


O Impacto Sócio-Económico e Organizacional da Inteligência Arttifcial: O caso das startups

ÍNDICE
CAPÍTULO 1. Introdução.................................................................................................1
1.1. Formulação do problema..............................................................................................1
1.2. Hipóteses......................................................................................................................1
1.3. Justificativa..................................................................................................................1
1.4. Objectivos de estudo.....................................................................................................1
1.4.1. Objectivo Geral....................................................................................................1
1.4.2. Objectivos Específicos.........................................................................................1
1.5. Delimitação..................................................................................................................2
1.6. Metodologia.................................................................................................................2
1.7. Conteúdo......................................................................................................................2
CAPÍTULO 2. Breve história do Desenvolvimento da Inteligência Artificial.................3
2.1. Os primeiros indícios da Inteligência Artificial na sociedade.......................................4
2.2. A queda da indústria da Inteligência Artificial.............................................................5
2.3. Ressurgimento da Inteligência Artificial......................................................................6
CAPÍTULO 3. As Startups e os Benefícios para Angola.................................................7
CAPÍTULO 4. Estudo de caso..........................................................................................9
4.1. PayPay..........................................................................................................................9
4.2. HEETCH......................................................................................................................9
4.2.1. Mercado..............................................................................................................10
4.3. Tupuca........................................................................................................................11
4.4. Discussão e Resultados...............................................................................................11
CAPÍTULO 4. Conclusão...............................................................................................13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................14
GLOSSÁRIO...................................................................................................................15
AGRADECIMENTOS....................................................................................................16
O Impacto Sócio-Económico e Organizacional da Inteligência Arttifcial: O caso das startups

CAPÍTULO 1. Introdução
1.1. Formulação do problema

«Problema é qualquer questão não resolvida e que é objecto de discussão, em qualquer


domínio do conhecimento». Assim, vai identificar o problema na base do tema e buscar
a resposta através da pesquisa ou do estudo, identificando, para efeito, o seguinte
problema:

 Qual é o impacto sócio-económico que a IA proporciona?


 Como a IA pode contribuir no melhoramento da prestação de serviços?
 De que forma a IA pode auxiliar a actividade das empresas?
 Como funciona a IA nas actividades das startups?
1.2. Hipóteses

Identificados os problemas, tomou-se como prováveis respostas para a certificação das


pesquisas as seguintes:

 Demonstrar como a IA pode reforçar e potencializar a actividade económica,


facilitando a interação no mercado, usando como exemplo as startups;
 Evidenciar o papel que a IA tem na organização intraempresarial, bem como a
forma como facilita no processo de informação a nível social.
1.3. Justificativa

Este tema deve-se ao facto de a IA tratar-se de um conceito muito falado atualmente e


usado nas redes sociais e nos aplicativos dos smartphones para facilitar o
processamento das informaçóes e auxiliar em qualquer actividade humana. Portanto, a
IA é muito útil nas actividades económicas e por isso, vamos analisar ao longo deste
trabalho como a IA auxilia essa actividade, no caso das startups.

1.4. Objectivos de estudo

Visa incorporar conteúdos da pesquisa que pretende alcançar, identificando


passos ou procedimentos a seguir para a concretização, apresentando de forma
estruturada os motivos de estudo em:

1.4.1. Objectivo Geral

Este trabalho tem como objectivo apresentar o impacto que a IA tem sobre a sociedade
ao apresentar um estudo de caso de como a IA influencia nas actividades das startups.

1.4.2. Objectivos Específicos


 Apresentar a história de origem da IA;
 Demonstrar como a IA é aplicada nas startups para melhorar os
seus resultados;
 Mostrar as vantagens e desvantagens da IA;

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O Impacto Sócio-Económico e Organizacional da Inteligência Arttifcial: O caso das startups

 Apresentar as actividades de algumas startups angolanas.

1.5. Delimitação

Resultado da complexidade, dimensão e abrangência do tema deste trabalho: «O


Impacto Sócio-Económico e Organizacional da Inteligência Artificial: O caso das
startups», onde os recursos bibliográficos permitirão à pesquisa concluir a este tema
uma melhor abordagem, identificou-se e seleccione-se das pesquisas o tema: «O
Impacto Sócio-Económico e Organizacional da Inteligência Artificial: O caso das
startups angolanas».

1.6. Metodologia

O estudo deste trabalho consistiu na pesquisa bibliográfica documental disponível em


fontes digitais (internet) relacionados ao impactosócio-económico da Inteligência
Artificial na sociedade usando as startups como estudo de caso. A revisão bibliográfica
possibilitou a obtenção dos instrumentos e obras de referência, que permitiram a
sistematização teórica da pesquisa.

1.7. Conteúdo

Ao longo deste trabalho procuraremos apresentar a história de origem, o modo de


funcionamento da IA, a importância que ela apresenta para a sociedade no sentido de
facilitar as actividades humanas. Usaremos como exemplo, para a explicação da IA, as
startups de modo a entendermos qual é a influência que a IA causa nas actividades
empresariais a nível organizacional e comercial. Usando as startups entenderemos quais
os benefícios que a IA causa na sociedade e como ela pode ser usada para melhorar o
ambiente sócio-económico. Por outro lado, este trabalho trará, como exemplo, algumas
startups angolanas para que entendámos, no uso da IA, qual é o impacto que estas
trouxeram para o mercado angolano.

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O Impacto Sócio-Económico e Organizacional da Inteligência Arttifcial: O caso das startups

CAPÍTULO 2. Breve história do Desenvolvimento da Inteligência


Artificial
Nos últimos anos, tem sido possível observar um grande crescimento das capacidades
da Inteligência Artificial, mas o desenvolvimento e investimento nesta área não é
recente. Os primeiros desenvolvimentos realizados na área remontam a meados do
século XX, mais precisamente, em 1943, por Warren McCulloch juntamente com
Walter Pitts, e de seguida com Donald Hebb, em 1949, mas principalmente com Alan
Turing em 1947.

Apenas nos anos 50, do século passado, é que se observou a primeira onda de
entusiasmo com Arthur Samuel, Herbert Simon, Allen Newell, Marvin Minky e John
McCartny e as principais Universidades dos Estados Unidos da América (como MIT,
CMU ou Darthmouth) a abrirem departamentos, com o principal objetivo de realizar
investigação exclusivamente na área da Inteligência Artificial.

Desde então e até aos anos 70, observou-se um grande desenvolvimento neste campo,
mas no final do século passado a Inteligência Artificial quase que desapareceu do
vocabulário da comunidade científica. O período ficou a ser denominado pelo “Inverno
da Inteligência Artificial”, este momento histórico, no desenvolvimento da IA, foi
caracterizado por uma notória estagnação onde por mais de uma década os fundos para
a investigação diminuíram exponencialmente.

O atual período representa a “Primavera da Inteligência Artificial”, com grandes


empresas como a Google, Amazon e Facebook a investirem, em 2016, entre 26 biliões
de dólares e 39 biliões de dólares em tecnologias de Inteligência Artificial.

Os especialistas afirmam que o ressurgimento da Inteligência Artificial nos últimos anos


é, em grande parte, da responsabilidade do desenvolvimento de algoritmos de Machine
Learning (ou ML). Estes algoritmos permitem a criação de modelos analíticos a partir
de novos dados sem necessidade de instruções e programação clara, o que anteriormente
era um grande entrave para o desenvolvimento da IA, como poderemos ver de seguida.

Ao longo dos anos, a Inteligência Artificial passou por períodos de sucesso, otimismo,
mas também, por períodos de acentuado declínio de financiamento. Passando também
por ciclos de inovação disruptiva e por outros ciclos caracterizados por aperfeiçoamento
dos sistemas pré-existentes. Para desenhar uma estratégia de desenvolvimento
sustentável para o futuro da IA torna-se fulcral perceber as dinâmicas anteriores para
interpretar e corrigir as falhas.

Este Capítulo tem como objetivo fazer um Estado da Arte dos principais marcos do
desenvolvimento da Inteligência Artificial, contribuindo para perceber todos os desafios
que a IA tem vindo a superar ao longo do seu desenvolvimento, para que se comece a
desenhar a curva do desenvolvimento desta tecnologia. Frequentemente, os primeiros
estudos desenvolvidos na área da economia tendem a desvalorizar a história da IA,

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O Impacto Sócio-Económico e Organizacional da Inteligência Arttifcial: O caso das startups

partindo do prossuposto de que se esta perante uma tecnologia emergente, o que acaba
por originar a desinformação dos cargos de gestão superior e da comunidade científica
em geral.

O Estado da Arte é um dos Capítulos mais importantes, fazendo referência ao que já se


tem descoberto sobre a IA evitando que se perca tempo com investigações
desnecessárias. Desta forma, espera-se que este Capítulo contribua positivamente para o
desenvolvimento dos conceitos e paradigmas que vão ser abordados ao longo do
trabalho.

2.1. Os primeiros indícios da Inteligência Artificial na sociedade


O primeiro estudo realizado de IA foi na área das Redes Neurais Artificiais por Warren
McCulloch e Walter Pitts no artigo “A Logical Calculus of Ideas Immanent in Nervous
Activity”. Estes autores produziram um modelo de RNA que era capaz de realizar
álgebra booleana - operações com ⋁ (ou), ⋀ (e) ou ∽ (não) - sugerindo também que as
RNA seriam capazes de apreender. O primeiro computador de Redes Neurais Artificiais
foi produzido em 1950 na Universidade de Harvard por Martin Minsky e Dean
Edmonds.

Alan Turing, em 1950, publicou o primeiro artigo de referência da área da IA, onde
conjeturava sobre a possibilidade de se poder desenhar máquinas que poderiam pensar.
Neste artigo, Turing apresentou o Teste de Turing, que foi uma das primeiras propostas
na área da Inteligência Artificial.

Alan Turing propôs algo diferente, daquilo que tradicionalmente se fazia na área,
sugerindo que em vez de se criar um sistema inteligente desde raiz seria muito mais
fácil criar uma máquina que conseguisse aprender: “Em vez de se tentar construir um
programa que simule a mente do adulto, por que é que não se tenta construir um
programa que simule a mente de uma criança?”.

Foi apenas, em 1956, que o campo da IA foi formalmente definido e oficialmente


nomeado por “Inteligência Artificial” (denominado até então por "Teoria Lógica").

Para além da diferença entre as áreas das primeiras investigações da Inteligência


Artificial, ambas têm em comum a tentativa de resolução dos problemas através de
Sistemas de Processamento de Símbolos 2. Através destes sistemas foi possível resolver

numerosos problemas típicos, que os seres humanos podem resolver como “dedução,
raciocínio, planear e agendar”. No entanto, estes programas não foram capazes de
executar tarefas mais difíceis, na verdade, as próprias capacidades, destes programas
eram bastante limitadas.

A maioria das investigações realizadas nos estágios iniciais do desenvolvimento da


Inteligência Artificial foram direcionadas para a resolução de problemas mais abstratos
que combinavam vários tipos de estratégias. No entanto, para resolver problemas do
mundo real os investigadores teriam de dar o salto para o nível seguinte, ou seja,
conseguir que os programas de IA pudessem processar conhecimento prévio.

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O Impacto Sócio-Económico e Organizacional da Inteligência Arttifcial: O caso das startups

Tendo, então, sido criados “Knowledge-Based Systems” foram ainda codificados no seu
programa conhecimentos extraídos de especialistas na área específica. Um dos
primeiros sistemas desenvolvidos com este método, em 1969, foi o programa
DENDRAL, no campo da Química Orgânica. DENDRAL era capaz de reconhecer a
estrutura molecular das moléculas através da análise de dados que foram extraídos a
partir de um espectrômetro de massa e informações de inferência química.

Para além, dos avanços, a maior parte das limitações só conseguiram ser ultrapassadas
com a revolução da internet e com o desenvolvimento de computadores mais potentes,
nomeadamente, com o desenvolvimento dos processadores e memórias mais poderosas.

As aplicações de Inteligência Artificial requerem um elevado nível de informação


prévia sobre o problema e nos anos 70 era, praticamente, impossível construir bases de
dados desse nível. Até os próprios investigadores, não tinham a noção, que os seus
programas necessitavam e conseguiriam absorver tanta informação.

O primeiro sistema lucrativo foi o R1, desenvolvido pela Digital Equipment


Corporation, em conjunto com Carnegie Mellon University, em 1986. A Digital
Equipment Corporation afirmou que economizou cerca 40 milhões de dólares por ano
com a utilização do sistema.

Nos EUA, no Reino Unido e no Japão, durante a década de 80, foram investidos em
Inteligência Artificial vários milhões de dólares, e já no final da década passou-se para
biliões de dólares. Porém, estes projetos nunca atingiram os objetivos esperados e
estipulados pelos seus criadores e investidores. Muitas empresas e investigadores não
foram capazes de cumprir as suas ambiciosas promessas e os financiamentos
começaram a retrair substancialmente e por mais de dez anos a Inteligência Artificial
desaparece do vocabulário académico, e empresarial deixando, praticamente, de ser
investigada e financiada.

2.2. A queda da indústria da Inteligência Artificial


Como já foi referido anteriormente, a curva de desenvolvimento da Inteligência
Artificial não é uma curva que represente crescimento contínuo. Existiram fases de
bastante entusiasmo e por isso um crescimento acelerado e, depois, existiram épocas de
retração de investimento e investigação, atingindo o seu pico de desinvestimento nos
anos 90.

É possível resumir em cinco pontos as principais causas da crise da Inteligência


Artificial:

 Expetativas demasiado elevadas por parte dos governos e consumidores;


 Pouca capacidade de hardware para desenvolvimento dos programas;
 Uso pouco generalizado dos computadores;
 Falha na estratégia de investigação por parte da academia;
 Poucas capacidades na área da gestão das startups de base tecnológica a
Inteligência Artificial;

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O Impacto Sócio-Económico e Organizacional da Inteligência Arttifcial: O caso das startups

O primeiro sinal que antevia a crise no desenvolvimento da área foi quando, em 1973,
Sir James Lighthill, a pedido do Parlamento do Reino Unido, realizou uma análise do
estado da arte do desenvolvimento da Inteligência Artificial no Reino Unido. As
conclusões, retiradas por Lighthill, foram fatais para o futuro apoio do Governo Inglês.
James Lighthill, no seu relatório criticou, o facto de a Inteligência Artificial não fazer
juízo aos seus objetivos e que a maioria das suas aplicações não eram direcionadas para
problemas reais, resolvendo apenas problemas muito abstratos.

2.3. Ressurgimento da Inteligência Artificial


A história da Inteligência Artificial possui ciclos de sucesso e de insucesso que
resultaram em cortes de financiamento, como anteriormente foi referido. Mas a verdade
é que também pudemos constatar que existiram momentos de maior incremento, que

conduziram à melhoria e desenvolvimento das próprias tecnologias já existentes através


da criação de abordagens criativas e inovadoras.

No final dos anos 80, observou-se uma revolução na metodologia de trabalho na área da
Inteligência Artificial, adotando-se um método científico, passando a ser possível a
repetição das experiências devido à configuração de um repositório de códigos e dados.

Outras revoluções incrementais na área da “robótica, visão computacional e


representações de conhecimento”, juntamente com aperfeiçoamentos matemáticos
levaram também ao reforço dos métodos. A sofisticação dos métodos levou a uma
segregação da robótica da Inteligência Artificial – uma tendência que se tem vindo a
reverter nos últimos anos.

A utilização de sistemas de IA tornou-se mais comum com o aparecimento da internet.


Estes sistemas começaram a ser utilizados em apps, principalmente, nos sistemas de
pesquisa e nos próprios websites.

No início do século XXI, novas aplicações da Inteligência Artificial levaram a que se


recomeçasse a acreditar no futuro. Esta ideia foi impulsionada com o avanço dos
veículos robóticos (como o STANLEY da Volkswagen, em 2005), desenvolvimento de
mecanismos de sucesso de reconhecimento de voz, possibilidade de planeamento e
calendarização automaticamente, jogar xadrez (Deep Blue em 1997 ganhou a Garry
Kasparov o campeão do mundo na altura). Outros campos onde se registaram também
bastantes alterações foram na robótica, nos programas de tradução ou com a criação dos
famosos filtros de spam.

Deste modo, têm vindo a surgir, imensas subáreas de investigação de Inteligência


Artificial que levaram à criação de instrumentos de divulgação científica especializada
como jornais ou conferencias. Uma das subáreas que se desenvolveu bastante neste
período foi a relativa aos programas Machine Learning que são alimentados com dados
estruturados e têm apoiado na área da robótica, principalmente, na criação de robôs que
passam pelo desenvolvimento de aprendizagem semelhante ao de uma criança.

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O Impacto Sócio-Económico e Organizacional da Inteligência Arttifcial: O caso das startups

A Robótica que, no início do seu desenvolvimento, era um subcampo da Engenharia


Mecânica, desenvolveu-se a par das capacidades dos robôs no sentido de criar uma
inteligência. Deste modo, a investigação na área da IA e robótica uniram-se, tornando-
se uma das subáreas mais importantes da IA.

O investimento em Inteligência Artificial voltou a crescer a níveis sem precedentes e,


por isso, torna-se necessário saber quais são as dinâmicas deste crescimento, quais os
sectores que mais investem em I&D na área da IA. Praticamente, meio século depois, as
promessas dos pioneiros começam a tomar forma e a cumprir-se.

CAPÍTULO 3. As Startups e os Benefícios para Angola


Nos dias de hoje, tem sido muito frequente ouvirmos o termo “startups”. Esta é uma
expressão de língua inglesa, que não possui uma tradução literal para o português, que
designa empresas inovadoras, normalmente ligadas a tecnologias e visam resolver
problemas de forma eficiente, dinamizar e/ou tapar lacunas no mercado. Estas por sua
vez, quando fundadas têm o objectivo de crescer de forma rápida, procurando sempre
oferecer produtos ou serviços novos, ou ainda trazer uma inovação incremental a coisas
que já existem.

Dada as características que elas apresentam, os desafios para a criação de uma startup
são enormes, pois estas são ideias de negócio com risco assumido tanto para quem cria
como para quem investe nela. Grandes exemplos de startups de sucesso a nível mundial
são o Uber, a Airbnb e a SpaceX; em Angola destacam-se startups como a Tupuca,
Appy Saúde, Kubinga entre muitas outras.

Com o aumento do número de usuários das tecnologias de informação em Angola,


como em outras partes do mundo, o número de startups tem crescido de forma muito
rápida. Embora os desafios no nosso mercado serem ainda enormes, têm surgido a cada
ano que passa, novas startups que se firmam no mercado e cada vez mais solucionando
problemas de forma inovadora e sustentável.

Os benefícios da existência destas no nosso mercado, já se fazem sentir: desde a


redução do esforço das pessoas para adquirir bens e serviços até ao aumento da massa
empregadora. Quanto mais têm surgido, se tem conotado a saída, embora ínfima, de
algumas pessoas dos mercados informais para os formais. “A ideia de startups está
muito presente aqui. Agora temos acesso às Tecnologias da Informação, acesso ao
financiamento, outras startups também estão a tentar e a ter sucesso no setor. Isso
permite-nos combinar uma grande força e enfrentar o informal. Creio que as startups
aqui têm uma grande vantagem: trazem tecnologia de ponta para aceder ao mercado”,
afirmou Emerson Paim – CEO, Kubinga.

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O Impacto Sócio-Económico e Organizacional da Inteligência Arttifcial: O caso das startups

Além de apresentar novos conceitos e soluções para as pessoas, um dos principais


papéis das startups é desafiar modelos já existentes e inserir tecnologia e inovação em
produtos e serviços que melhoram a vida das pessoas.

Olhando para o impacto económico, destacam-se os seguintes benefícios:

a) Melhoria do ambiente de negócio – elas têm impulsionado o ambiente de


negócio para uma dinâmica mais acelerada e aumentam o nível de
competitividade, pois as empresas tradicionais no nosso mercado se têm visto
“ameaçadas” dados os novos modelos de negócio e a quantidade de usuários
que as startups conseguem arrecadar de forma muito rápida, pelo facto destas
procurarem oferecer sempre a inovação combinada com a qualidade.
b) Impulso a inovação tecnológica – além de trazerem novos modelos de
negócio, as startups em Angola também têm causado um impacto positivo às
tecnologias de informação, pois tem se visto o aumento de utilizadores das
mesmas – hoje em dia já é possível chamar um táxi ou encomendar comida,
através de um smartphone, coisas que em Angola há dez anos não se fazia em
grande escala – e com o aumento do número de utilizadores das mesmas, as
empresas sentem cada vez mais a necessidade de estarem ligadas as tecnologias
de informação que por sua vez, contribui para o melhoramento do seu processo
produtivo.
c) Criação de emprego e rendas extras – famílias têm tido mais oportunidades
de emprego devido o surgimento de startups no nosso mercado e a
possibilidade de terem rendimentos extras. Com isso, elas conseguem ter mais
poder financeiro e assim, adquirir de bens e serviços para satisfazerem o maior
número de necessidades possíveis e se possível efetuar poupanças.
d) Geração de impostos – este é um dos maiores benefícios para o Estado pois é
através desta que se consegue sustentar; com o surgimento das startups, os
impostos surgem, literalmente, de todos os cantos, ou seja, as startups por
atuarem no mercado estão sujeitas ao pagamento de uma diversidade de
impostos de forma directa e indirecta, como os impostos pela venda de produtos
ou serviços, os impostos que incidem sobre os rendimentos e lucros obtidos e
até mesmo os impostos que os seus funcionários geram pelos salários que lhes
são pagos.
e) Melhoria da vida da população – no final do dia, são as famílias que têm
obtido os maiores ganhos pelo surgimento das startups. Todos os benefícios já
mencionados acabam por vir impactar directamente na vida das pessoas. Estas
por sua vez têm tido a sua disposição uma diversidade de bens e serviços que há
muitos anos não tinham e com a presença das startups hoje, já é possível
reduzir os esforços, economizar tempo e dinheiro.
Embora o mercado angolano não esteja ainda entre os vinte melhores ambientes
para a criação de startups no mundo, tem se visto um forte crescimento deste
sector. Surgem cada vez mais novas ideias de negócio, através de ideias
brilhantes de muitos jovens, que têm vindo preencher inúmeras lacunas que o
nosso mercado ainda possui, e perspectiva-se que este processo continue por

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O Impacto Sócio-Económico e Organizacional da Inteligência Arttifcial: O caso das startups

longos anos. Espera-se também que os apoios e incentivos, como os concursos


organizados pela Unitel, Total Energies, entre outras grandes instituições,
cresçam de forma significativa para a sustentabilidade dos pequenos projectos
que se perspectivam grandes, pois bem se sabe os benefícios que as startups
oferecem para o país.

CAPÍTULO 4. Estudo de caso


Neste Capítulo iremos apresentar algumas startups de renome e que já se encontram no
mercado, bem como a forma como impactaram a economia tendo como recurso a IA.

4.1. PayPay
A PayPay é uma carteira 100% digital e interativa, utilizável em telefones, que permite
efectuar pagamentos com recurso ao código QR, transferir e receber dinheiro, bem
como fazer vinculação de uma conta bancária.

Sim, este procedimento é assegurado pela equipa de engenheiros informáticos e


apoiado pelo provedor principal do aplicativo. As manutenções ao sistema e
actualizações estão igualmente asseguradas pela equipa de engenheiros. A segurança
física e lógica dos produtos criptográficos respeitam os requisitos de segurança
relevantes da empresa.

Podem usar a PayPay pessoas que possuam conta bancária domiciliada em território
nacional. As transações efectuadas pelos utentes serão confirmadas desde que tenham
fundos suficientes na conta bancária cadastrada ou na carteira do aplicativo do referido
usuário. A Paypay é regulamentada pelo BNA e tem parceria com todos os bancos
comerciais nacionais.

4.2. HEETCH
A HEETCH é uma empresa tecnológica que, através do seu aplicativo de mobilidade
rápido e seguro, pretende revolucionar o acesso à mobilidade e criar condições de
trabalho mais justas e transparentes para os motoristas. A melhor solução para conectar
passageiros e motoristas, 24 horas por dia, todos os dias.

Desde o momento da sua criação, a Empresa assumiu como missão tornar a mobilidade
responsável e inclusiva. Oferecer ao usuário uma excelente experiência de utilização do
aplicativo, e uma solução de mobilidade acessível, segura e confiável. A HEETCH
acredita que é possível existir rentabilidade sem exploração. Em Angola desde
Novembro de 2020, a Empresa veio democratizar o acesso à mobilidade e tornar-se um
impulsionador da inclusão digital e económica, humanizando a tecnologia. Preços
competitivos aliados a uma campanha digital agressiva, resultaram num aumento do
número de descargas e utilizadores. Em simultâneo, a estratégia passou por um
investimento na captação de motoristas, através da demonstração da eficácia do
aplicativo e mais importante, da sua rentabilidade. Durante um ano, a HEETCH não

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O Impacto Sócio-Económico e Organizacional da Inteligência Arttifcial: O caso das startups

cobrou qualquer comissão. Um investimento feito de forma calculada, que resultou no


crescimento do número de veículos. A rápida conquista de motoristas e passageiros em
Angola, surpreendeu até as expectativas mais optimistas da Empresa, e foi um sinal
claro do potencial do mercado. As dificuldades de transporte, a população jovem adepta
das novas tecnologias e os preços acessíveis impulsionaram as descargas do aplicativo
por parte dos passageiros.

Para os motoristas, a elevada demanda trouxe uma rentabilidade motivadora. A


HEETCH começou a operar em Luanda no meio da pandemia da Covid-19, mas ainda
assim conseguiu lançar-se com sucesso no mercado angolano, o que demonstra bem a
sua capacidade de adaptação.

A equipa de programadores da HEETCH trabalha diariamente para oferecer um


aplicativo funcional e adaptado às necessidades dos seus utilizadores. A audácia de
experimentar, sem o receio de falhar e a perspicácia de saber melhorar norteiam as
decisões da empresa, que aposta em novas funcionalidades para passageiros e
motoristas. Em 2022, a HEETCH expressou publicamente a sua vontade de continuar a
liderar a luta por melhores condições para os motoristas, facilitar o acesso à economia
formal e contribuir, cada vez mais, para o desenvolvimento financeiro da Empresa, dos
seus colaboradores e do País. Este trabalho começou a ser feito em conjunto com
instituições governamentais e através de parcerias estratégicas com empresas de renome
no mercado nacional. O impacto social da HEETCH já se começa a fazer sentir em
menos de dois anos de actividade.

4.2.1. Mercado
O surgimento de mais competidores impede a estagnação e obriga à inovação e
criatividade. Os desafios, no entanto, passam também por expandir ainda mais o
mercado, informar os consumidores e melhorar os serviços prestados. Apesar das
barreiras ao acesso serem cada vez menores, elas ainda existem. A pouca cobertura das
telecomunicações em diferentes áreas da cidade de Luanda é um obstáculo ao
funcionamento optimizado das diferentes plataformas. O smartphone é obrigatório para
aceder ao aplicativo, e é ainda um artigo inacessível para uma grande franja da
população.

Aumentar a oferta de serviços, o número de usuários e o número de viaturas na


plataforma são os desafios imediatos.

A experiência acumulada, desde a sua criação, nos vários mercados em que opera,
oferece uma estrutura que permite à empresa adaptar-se facilmente às circunstâncias
locais. Para além de França, a HEETCH está presente na Bélgica, na Argélia, na
Tunísia, em Marrocos, na Costa do Marfim, na República Democrática do Congo e no
Senegal. Em todos os mercados adapta a sua fórmula às necessidades dos seus
utilizadores, ao contexto do país e à comunicação.

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O Impacto Sócio-Económico e Organizacional da Inteligência Arttifcial: O caso das startups

A HEETCH aposta em ser parte integrante do tecido empresarial nacional e contribuir


decisivamente para uma economia em crescimento, como uma marca de excelência no
ecossistema digital em Angola.

4.3. Tupuca
Tupuca é a primeira aplicação no mercado angolano que oferece aos seus clientes o
serviço de Take Away e entrega de refeições ao domicílio. Eleita entre as 11 melhores
startups angolanas de 2016 pelo Seedstars World Luanda, e a melhor empresa de
Tecnologia e Ciência pelo Angola 35 graus, a Tupuca veio para a Kuenda Digital à
procura de otimização das suas estratégias de marketing digital, e expansão da audiência
e dos canais usados.

A Kuenda Digital teve a missão de desenvolver uma nova estratégia de marketing


digital, reestruturar os processos e canais anteriormente usados, e aumentar o alcance da
empresa online.

Para alcançar estes objectivos, a Kuenda Digital deu início aos serviços de gestão de
redes sociais, gestão de newsletter, marketing de conteúdo, e gestão de observação
online, sendo que cada um destes canais possui a sua própria direcção criativa distinta.

Para medir o impacto dessas estratégias, todos os canais são conectados a diversas
ferramentas de análise, o que permite que a Kuenda Digital produza relatórios de
desempenho mensalmente.

O serviço de entrega é feito com motorizadas por jovens espalhados por vários pontos
de colecta (restaurantes, supermercados, hipermercados, farmácias e similares) que
aguardam por pedidos dos clientes.

4.4. Discussão e Resultados


Como podemos ver, todas estas empresas emergentes ou startups têm em comum o
facto de ser criadas através de plataformas digitaise contribuirrem na retirada de
milhares de jovens do desemprego e da informalidade em Angola.

Entre empresas de iniciativa privada está a HEETCH, que através do seu aplicativo de
mobilidade rodoviária já formalizou a actividade de mais de três mil motoristas que
exerciam a profissão, sem cumprir com as obrigações fiscais. Por outro lado, o
dispositivo dá, igualmente, oportunidade aos cidadãos de colocarem as suas viaturas ao
serviço da HEETCH, para geração de renda, ou seja, “a empresa não trabalha somente
com os seus automóveis, contando com as viaturas de terceiro”.

À semelhança da HEETCH, está a empresa T'Leva, que permite os passageiros/clientes


chamarem um táxi com base na sua própria localização, através de um aplicativo
instalado no smartphone.

Presente no mercado luandense há cerca de três anos, a empresa criou mais mil postos
trabalho formais, apostando na transformação da economia informal para formal e
contribuindo para a diminuição do desemprego.

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Com o mesmo objectivo está também a Tupuca, uma plataforma de mercado online que
permite ao usuário fazer encomendas de refeições, em qualquer lugar dentro de Luanda,
por exemplo.

Segundo o director-geral dessa empresa, Erickson Mvezi, a iniciativa da Tupuca


permitiu retirar centenas de motoqueiros ou moto-taxi da informalidade, sendo fonte de
rendimento de muitas famílias.

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CAPÍTULO 4. Conclusão
Como parte do proposto ao longo deste trabalho pudemos observar apsectos
relacionados à origem da IA e vimos que como tudo na vida, a IA teve os seus altos e
baixos, mas que nos dias tem sido alvo de grandes investimentos por parte de muitas
empresas, no caso deste trabalho, vimos as startups e percebemos a forma como elas
usam a tecnologia, a IA especificamente, para auxiliar ou desempnehar as suas
actividades.

No caso de Angola, percebemos que existem startups de renome e bem consistentes no


mercado que através da sua actividade proporcionar inúmeras oportunidades para os
jovens que se encontram desempregados ou em actividades informais, fornecendo
emprego ou formalizando os seus serviços. Bem como, também disponibilizam diversos
produtos/serviços que são bastante úteis aos seus clientes.

Portanto, com este trabalho pudemos notar que a IA desempenha um papel enorme na
sociedade, sendo um factor essencial para a actividade económica de uma nação,
contribuindo para a diversificação dos serviços por parte das empresas e pela velocidade
no processamento de informações.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
As Startups e os Benefícios para Angola. (14 de Dezembro de 2023). Fonte: Site Clube
da Micha: https://clubedamicha.com/as-startups-e-os-beneficioc-para-angola/

Costa, H. R. (2020). Os Impactos Sócioeconómicos da Inteligência Artificial: Revisão


da Literatura e Esboço Teórico. Dissertação - Mestrado em Economia da
Inovação e Empreendedorismo. Universidade do Algarve, Faculdade de
Economia.

Marcas:HEETCH. (2022). Fonte: Superbrands:


https://superbrands.co.ao/2022/marcas/heetch

PayPay. (s.d.). Fonte: PayPay Africa: htttps://paypayafrica.com/faqs

Surgimento das startups reforça conversão da economia informal. (17 de Novembro de


2020). Fonte: Angop: https://www.angop.ao/noticias/economia/surgimento-das-
startups-reforca-conversao-da-economia-informal/

Tupuca. (s.d.). Fonte: TUPUCA: https://www.tupuca.com/los-angeles%E2%80%8A-


%E2%80%8Awe-get/

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GLOSSÁRIO
Startups: é uma empresa ovem e inovadora, focada em criar um modelo de negócio
escalável, oferecendo soluções para desafios específicos.

Smartphones: é um telefone que significa «telefone inteligente», que conta com


tecnologia avançada, o que inclui programas executados com um sistema operacional.

Inteligência Artificial: é a capacidade de uma máquina reproduzir competências


semelhantes às humanas como – raciocínio, aprendizagem, planeamento e criatividade.

Redes Neurais Artificiais: são modelos computacionais semelhantes ao cérebro


humano sendo um conjunto de neuroses artificiais que estão ligados entre si em
camadas trabalhando em conjunto para processar base de dados complexas. Os outputs
gerados são um somatório não linear dos inputs das várias neuroses artificiais, cada
camada irá originar ouputs diferentes.

Knowledge-Based Systems: são programas computacionais que utiliza bases teóricas de


conhecimento para resolver problemas.

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AGRADECIMENTOS
Gostaríamos de agradecer, em primeiro lugar, a Deus pela graça de pudermos
acordarmos todos os dias e também pela possibilidade e condicões que Ele nos deu de
poder realizar esta licenciatura.

Também agradecemos aos nossos pais, que de maneira insensante contribuem e


investem no nosso desenvolvimento académico.

E, por último, para todos aqueles que de alguma forma contribuiram para a realização
deste trabalho.

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