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DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

1. APRESENTAÇÃO

 MIGUEL ÂNGELO MARQUES


 Doutor e Mestre em Direito Internacional pela Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo – PUC/SP.
 miguel.marques@docente.unip.br

2. AULAS

 Material de Apoio (enviado previamente para o representante);


 Casos concretos (precedentes de tribunais nacionais e internacionais);
 Exames de Ordem.

3. PROVAS

 Primeira Prova: 6 testes (Exames de Ordem) + 2 questões subjetivas (10 pontos)


 Segunda Prova: 6 testes (Exames de Ordem) + 2 questões subjetivas (10 pontos)

4. BIBLIOGRAFIA RECOMENTADA (DIP)


a) Manual de Direito Internacional Público – Accioly e outros. Ed Saraiva;
b) Direito Internacional Público – Francisco Rezek. Ed Saraiva;
c) Curso de Direito Internacional Público – Carlos Roberto Husek. Ed. LTR;
d) Curso de Direito Internacional Público – Valério de Oliveira Mazzuoli. Ed. RT.
e) Curso de Direito Internacional Público – Jorge Miranda. Ed. Forense;
f) Curso de Direito Internacional Público – Sidney Guerra. Ed Saraiva;
g) Curso de Direito Internacional Público (2 Volumes) – Celso de A. Mello. Ed Renovar
(esgotado – última edição 2004);
h) Curso de Direito Internacional Público – Guido Fernando Silva Soares. Ed Atlas
(esgotado);
i) Curso de Direito Internacional Público – Alberto do Amaral Júnior. Ed Saraiva;
j) Legislação de Direito Internacional:
a. Editora Saraiva
b. Editora Rideel – Org: Aziz Tuffi Saliba
c. Vade Mecum de Direito Internacional – Grupo Gen (Org: Mazzuoli)
5. DIVISÃO DO CURSO DE DIREITO INTERNACIONAL
1. DIP: Direito Internacional Público (primeiro semestre)
2. DIPr: Direito Internacional Privado (segundo semestre).
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PONTO 1
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DI

1. ASPECTOS HISTÓRICOS RELEVANTES

A. MARCOS HISTÓRICOS DO DI

a) Direito Internacional Clássico

* Paz de Westfalia1.

* Os Seis Livros da República, de 1576, Jean BODIN (1529-1596)2.

(CESPE/RJ – 40º Exame de Unificado de Ordem - 2010) - No âmbito do direito internacional, a


soberania, importante característica do palco internacional, significa a possibilidade de
(A) Igualdade entre os países, independentemente de sua dimensão ou importância econômica
mundial.
(B) Um Estado impor-se sobre outro.
(C) A Organização das Nações Unidas dominar a legislação dos Estados participantes.
(D) Celebração de tratados sobre direitos humanos com o consentimento do Tribunal Penal
Permanente.
b) Direito Internacional Contemporâneo

* Flexibilização da concepção clássica de soberania 3

B. DI CLÁSSICO E DI CONTEMPORÂNEO: ASPECTOS GERAIS.

No primeiro período, dito de Direito Internacional clássico, dominam as relações entre os Estados e os
Estados são (com a Santa Sé, aliás em união com os Estados Pontifícios) os únicos sujeitos de Direito
Internacional. Além do costume, quase só há tratados de comércio, de navegação, de aliança e de paz.
Um segundo período, o do Direito Internacional contemporâneo, inicia-se em 1919, e nele os Estados -
embora continuem a desempenhar um papel primacial - têm de concorrer com sujeitos de novo tipo, as
organizações internacionais. O indivíduo adquire também, em certas condições, subjectividade internacional.
Multiplicam-se os tratados multilaterais sobre as mais variadas matérias e as organizações internacionais criam
também verdadeiras normas jurídicas vinculativas dos Estados e dos indivíduos4.

DI CLÁSSICO DI CONTEMPORÂNEO

Período

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Ela fora negociada durante trê s anos em Mü nster (onde tinha precedê ncia a França cató lica) e em Osnabrü ck (onde tinha
precedê ncia a Sué cia protestante) e os tratados concluídos nestas duas cidades foram depois reunidos no Ato Geral de
Vestefá lia em Mü nster, em 24/10/1648. [...] Ela cria a paz religiosa na Alemanha e torna 350 estados alemã es quase que
independentes do Imperador e em consequê ncia vai impedir a unificaçã o alemã sob a bandeira cató lica (R. Bermejo). [...]
Para Hedley Buil o que surge com a Paz de Westfá lia é uma sociedade internacional em que os Estados aceitam regras e
instituiçõ es que limitam a sua açã o e que isto é do interesse comum MELLO, Celso D. de Albuquerque. Curso de Direito
Internacional Público. 10. ed. Rio de janeiro: Renovar, V. 1, 1994. p. 138.
2
Nesse sentido: FINKELSTEIN, Claudio. 2013. P. 146; MELLO, Celso de A., 2004, p. 313; DALLARI, Dalmo de Abreu. 2013. P
83-84; MAZZUOLI. 2016. P 76-77; BRITO, Wladimir, 2014, P. 25.
3
Atualmente, a soberania não é mais entendida no seu sentido absoluto, pelo contrário, ela é
tomada como dependendo da ordem jurídica internacional. Estado soberano deve ser entendido como
sendo aquele que se encontra subordinado direta e imediatamente à ordem jurídica internacional, sem que
exista entre ele e o DI qualquer outra coletividade de permeio. E assim sujeito de DI com capacidade
plena o Estado que tem a "competência da competência" na linguagem dos autores alemães. MELLO,
Celso D. de Albuquerque. Curso de Direito Internacional Público. 10. ed. Rio de janeiro: Renovar, v. 1,
1994. p. 314.
4
MIRANDA, Jorge. Curso de Direito Internacional Público. 4ª Ed. Rio de Janeiro. Ed. Forense. 2009. P. 3.
3

Características

(Questão 21 - X EXAME DE ORDEM UNIFICADO – ABR/2013 – TIPO 01 –


BRANCA): Sobre o sistema global de proteção dos Direitos Humanos, assinale a afirmativa
correta.
(A) O Direito Humanitário, a Organização Internacional do Trabalho e a Liga das Nações
são considerados os principais precedentes do processo de internacionalização dos
direitos humanos, uma vez que rompem com o conceito de soberania, já que admitem
intervenções nos países em prol da proteção dos direitos humanos.
(B) A Declaração Universal dos Direitos Humanos juntamente com a adoção do Pacto
Internacional dos Direitos Civis e Políticos formam a Carta Internacional dos Direitos
Humanos, podendo um Estado adotar ou não os seus postulados.
(C) O sistema global restringe-se à Carta Internacional dos Direitos Humanos. Outros
tratados multilaterais sobre Direitos Humanos, que se referem a violações específicas de
direitos, tais como Convenção Internacional contra a Tortura, são facultativos e,
consequentemente, não são considerados como parte do sistema global.
(D) O sistema global é composto por mecanismos não convencionais de proteção dos
direitos humanos. Tais mecanismos são aqueles criados por convenções específicas de
Direitos Humanos, de adoção facultativa para os Estados.

2. TERMINOLOGIA

* Uma introdução aos princípios da moral e da legislação (Introduction to the Principles of Morals
and Legislation) de Jeremy Bentham (1780).

3. DIFERENÇAS IMPORTANTES

(OAB/MG - 2005) - Foi celebrado, no Canadá, entre um brasileiro e um americano, um


contrato internacional de compra e venda de imóvel situado no Brasil. Posteriormente, dada
a inadimplência do americano, o brasileiro pretendeu ajuizar ação judicial. Quanto à lei
material aplicável, é correto afirmar que será utilizada:
(A) Somente a lei brasileira.
(B) Somente a lei americana.
(C) Somente a lei canadense.
(D) A lei canadense e, quanto à forma essencial do ato, a lei brasileira.

DIPr DIP

Partes

Finalidade

B. DIREITO INTERNO E DIREITO INTERNACIONAL

DIP DIREITO INTERNO


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4. CONCEITO DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

5. SOCIEDADE INTERNACIONAL

A. SOCIEDADE E COMUNIDADE INTERNACIONAL

SOCIEDADE INTERNACIONAL COMUNIDADE INTERNACIONAL

B. SOCIEDADE INTERNA E SOCIEDADE INTERNACIONAL

SOCIEDADE INTERNA SOCIEDADE INTERNACIONAL

6. FUNDAMENTO DO DIP

A. CORRENTE VOLUNTARISTA, SUBJETIVISTA OU POSITIVISTA

a) Linhas de pensamento vinculadas à corrente voluntarista

a) Autolimitação (Jellinek)
b) Vontade Coletiva (Heinrich Triepel)
c) Consentimento das Nações (doutrina Inglesa)

(OAB DF 2006. 2) - Sobre o fundamento do Direito Internacional Público e as relações entre o


Direito Internacional e o Direito Interno, assinale a alternativa CORRETA :
(A) Pela teoria da autolimitação, de Georg Jellinek, o fundamento do Direito Internacional seria a
vontade internacional, adotada pelo Estado, por decisão própria, no exercício de sua soberania;
(B) Pela teoria da vontade coletiva, de Heinrich Triepel, o Direito Internacional se fundamentaria na
vontade coletiva dos Estados, que se manifestaria expressamente no tratado-lei e, tacitamente, no
costume, fazendo surgir uma vontade majoritária dependente das vontades individuais;
(C) Para a teoria monista com primazia do direito interno, o Estado por ter soberania absoluta, não
está sujeito a nenhum sistema jurídico que não tenha emanado de sua própria vontade; nesse caso, o
Direito Internacional seria um direito interno que os Estados aplicam na sua vida internacional;
(D) Para a teoria dualista, no entendimento de Triepel, o tratado seria um meio em si criação de
direito interno, sendo sua incorporação ao direito interno mera formalidade para dar-lhe natureza
jurídica de norma nacional.
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B. CORRENTE OBJETIVISTA, NÃO VOLUNTARISTA OU NATURALISTA

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