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Departamento de Alimentos
Departamento de Alimentos
Departamento de Alimentos
Diretor Regional
Rudney Raulino
Conteúdo
Tyelle Panatta Wiggers
Colaboração de Juliana Maria Teixeira Parmiggiani
Design Instrucional
Ana Cristina Nunes Gomes Müller
Revisão Textual
Érica da Silva Martins Valduga
Projeto Gráfico
Cassiana Pottmaier
Diagramação
Cheila Pinnow Zorzan
Produção
SENAC EAD – Santa Catarina
CONSIDERAÇÕES ������������������������������������������������������������ 47
REFERÊNCIAS ���������������������������������������������������������������� 48
CONTEXTUALIZANDO
Pense em como é bom chegar em um meio de hospedagem e encontrar na sua unidade habitacional
um minibar com diversas opções de bebidas e petiscos para tornar o seu descanso mais agradável. Ou
acordar e ter disponível um restaurante no meio de hospedagem com um café da manhã delicioso,
dando mais disposição para iniciar o seu dia. E ainda, retornar à noite e encontrar uma refeição
saborosa no restaurante ou até mesmo na sua unidade habitacional.
Todos esses serviços que tornam a hospedagem mais prazerosa e acolhedora são de responsabilidade
do departamento de alimentos e bebidas, por isso esse departamento exerce um papel fundamental
na satisfação dos clientes. Para auxiliar o gerenciamento desse departamento, é necessário que você
conheça sobre a sua evolução histórica, para que possa compreender o seu desenvolvimento e como
chegou ao cenário atual.
Também é essencial que conheça o organograma do meio de hospedagem e do departamento de
alimentos e bebidas, os setores do departamento, assim como as atribuições da gerência. Além disso,
você verá a importância da responsabilidade e qualidade na prestação dos serviços e saberá quais as
formas de atender às necessidades dos clientes, afinal, este será o contexto da sua atuação profissional.
Bons estudos!
Em 1870, o Suíço Cæsar Ritz expandiu a ideia de alimentar-se fora de sua residência quando se tornou
gerente geral de um grande hotel em Lucerna, na Suíça. Lá, iniciou uma gestão visionária para a época em
que eram realizados no hotel grandes eventos, como festas e banquetes, atraindo duquesas e condessas que
não frequentavam os cafés e restaurantes.
Em 1880, Ritz conheceu o chef Auguste Escoffier, e os dois transformaram o conceito de “comer fora” em um
hábito de homens e mulheres da alta classe da Europa, pois aliaram o brilhante gerenciamento de serviços de
Ritz aos grandes menus de Escoffier.
A sociedade entre Ritz e Escoffier, que começou em Monte Carlo, foi uma das melhores coisas que aconteceu
na vida desses dois homens. Durante os primeiros anos que Ritz permaneceu no Grand Hotel National
de Lucerna, desenvolveu quase por completo suas ideias sobre o que um “hotel de luxo” podia ou deveria
ser e convenceu-se da importância de uma magnífica cozinha na organização deste Hotel. Até conhecer
Escoffier, não tinha conseguido aplicar suas ideias nesse campo. Quanto a Escoffier, até conhecer Ritz,
ninguém havia apreciado totalmente seus talentos nem dado a ele uma oportunidade de exercê-los. Assim,
se por um lado o sucesso de um hotel depende de sua cozinha e de seu restaurante - como na verdade depende
- por outro lado, a cozinha e o restaurante dependem da gerência do hotel. Se a gerência for progressista,
criativa, ousada e generosa e proporcionar ao chef equipamento, provisões e uma clientela digna de seu
talento, irá atrair para seus restaurantes pessoas elegantes, ricas, e distintas. E o que é a boa comida se não
for servida elegantemente? (RITZ, 1938).
Esse depoimento da Senhora Ritz mostra a dependência entre a gestão hoteleira e o setor dos alimentos e
bebidas para o sucesso de ambos. Atualmente, esta dependência ainda existe, já que há uma grande quantidade
de restaurantes, diferenciados e segmentados, dentro e fora de diferentes tipos de meios de hospedagem e
muito mais acessíveis a todos. Estes restaurantes hoje vão dos mais requintados a lanchonetes de fastfood.
Fast food é um termo em inglês que significa “comida rápida”. São refeições preparadas e servidas em um
intervalo pequeno de tempo. Comumente, são comercializadas refeições como sanduíches, pizzas e pastéis.
Devido à importância que a cozinha tomou dentro dos meios de hospedagens, surgiu a demanda para criação
de um departamento de alimentação ou Alimentos e Bebidas - A&B, como também é conhecido, dentro
dos meios de hospedagem. Esse departamento é responsável por grande parte do faturamento dos meios de
hospedagem e, por isso, deve ser bem-estruturado, como você verá ao longo deste curso.
No setor de alimentação, a prestação de serviços é um diferencial, assim como nos meios de hospedagem.
Afinal, quando o cliente é atendido com atenção, simpatia e eficiência, ele sairá com uma boa impressão do
estabelecimento e o recomendará a outras pessoas. É fácil aliar A&B aos meios de hospedagem, pois ambos
têm seus serviços baseados no conceito de hospitalidade.
Unidade habitacional é o nome dado a cada apartamento de uma construção com fins hoteleiros.
Pode-se dizer que um meio de hospedagem possui um produto estático, no qual o consumidor vai até o local
em que há uma interdependência dos serviços prestados, ou seja, para que o produto final chegue até o cliente,
o meio de hospedagem precisa colocar em prática todas as atividades operacionais relacionadas à entrada,
permanência e saída do cliente.
De maneira geral, os serviços de um meio de hospedagem podem ser considerados intangíveis, inseparáveis,
variáveis, perecíveis e simultâneos. Entenda cada uma dessas características no Quadro 1.
Característica Descrição
Não é possível experimentar antes da compra.
Intangíveis (O cliente não irá pernoitar no meio de hospedagem somente para testar as dependências e
serviços do meio de hospedagem antes de adquiri-lo).
Os serviços são vendidos antes de serem consumidos. (O cliente pagará pela hospedagem antes
Inseparáveis
de usufruí-la).
A qualidade dos serviços depende de quem, quando e onde são entregues ao mercado. A
percepção do cliente em relação aos serviços pode variar, pois este leva em conta os fatores
Variáveis físicos do produto e os fatores humanos, como o atendimento. Esses fatores podem mudar sua
opinião sobre os serviços oferecidos (o serviço será personalizado conforme a necessidade e
perfil do cliente).
Os serviços ofertados são para consumo momentâneo, não podem ser estocados. (Quando
Perecíveis o cliente faz uma reserva, não leva a unidade habitacional para casa, apenas usufrui, naquele
momento, de sua infraestrutura e do atendimento prestado).
São consumidos e produzidos ao mesmo tempo. O estabelecimento depende do cliente para
colocar seu trabalho em prática. O cliente só consome o produto estando no local, não tem
Simultâneos
como ele usufruir do serviço não estando presente. (Só irá usufruir do serviço de quarto, por
exemplo, se estiver ocupando a unidade habitacional).
Os serviços do departamento de alimentos e bebidas, como o serviço de quarto ou de café da manhã, possuem
estas características citadas no quadro, porém, os produtos servidos pelo departamento, como as refeições, nem
sempre possuem tais características porque os produtos são tangíveis e separáveis. Nos alimentos e bebidas
produzidos no restaurante, por exemplo, o cliente irá primeiro consumir o produto e depois pagá-lo.
Deste modo, os meios de hospedagem são empresas prestadoras de serviços de hospedagem que se diferenciam
de outras empresas, como as industriais ou comerciais, pois caso as UHs não sejam ocupadas no dia previsto,
esse valor não será recuperado, já que no dia seguinte serão realizadas outras hospedagens. Portanto, toda vez
que os produtos e/ou serviços do meio de hospedagem não forem consumidos, a empresa estará deixando de
arrecadar receita.
As instalações do meio de hospedagem podem ser um aspecto decisivo na hora de o cliente fazer sua escolha
pelo estabelecimento em que irá hospedar-se. Por isso, um projeto de um meio de hospedagem deve englobar
características em sua estrutura física que satisfaçam as necessidades desse cliente. Os meios de hospedagem
são constituídos pelas seguintes áreas:
Todas as áreas do meio de hospedagem colaboram de modo expressivo para o bom andamento deste, por
isso, sua estrutura física deve ser pensada para favorecer ainda mais o serviço prestado, para que ele aconteça
de forma fluida e em perfeita sintonia entre todos os departamentos e setores, independentemente do porte
ou tipo do meio de hospedagem.
Os meios de hospedagem podem oferecer aos clientes serviços diversificados, pois além de oferecer o seu produto
principal, que é a hospedagem na UH, podem oferecer outros serviços e produtos, como alimentação e lazer.
Para identificação dos tipos de meios de hospedagem, o Ministério do Turismo (MTur) desenvolveu um
sistema de classificação de meios de hospedagem chamado de SBClass (Sistema Brasileiro de Classificação
de Meios de Hospedagem).
Neste sistema, o meio de hospedagem deve cadastrar-se no Ministério do Turismo através do site
<www.cadastur.turismo.gov.br>, preencher e encaminhar ao Ministério os documentos solicitados, e se a
documentação estiver correta, o Órgão Oficial de Turismo encaminha o comunicado da abertura do processo,
via sistema Cadastur, ao meio de hospedagem e ao representante legal do Inmetro da Unidade da Federação
onde estiver localizado o meio de hospedagem. O representante legal do Inmetro define o avaliador e agenda
Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) é uma autarquia federal vinculada ao Ministério
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Sua missão é prover confiança à sociedade brasileira nas
medições e nos produtos através da metrologia e da avaliação da conformidade, promovendo a harmonização
das relações de consumo, a inovação e a competitividade do País. Saiba mais em <http://www.inmetro.gov.br/>.
a avaliação inicial, via sistema, em comum acordo com o meio de hospedagem, e, após a avaliação, informa
o resultado e entrega o registro preliminar, incluindo as conformidades e não conformidades constatadas.
Caso não ocorram não conformidades ou estas sejam sanadas dentro do tempo estipulado, o Ministério do
Turismo, com base no relatório final de verificação, emite o certificado de classificação e concede autorização
para o uso da marca da classificação.
Quanto aos meios de hospedagem no exterior, a maioria dos países segue o padrão de estrelas, com referenciais
de qualidade muito próximos ao estabelecido pelo SBClass. Mas você poderá encontrar também classificações
diferenciadas em Guias de viagens, os quais, anualmente, classificam meios de hospedagem e outros equipa�
mentos e serviços turísticos conforme referenciais próprios.
Vamos conhecer agora os tipos de meios de hospedagem e quais os requisitos obrigatórios relacionados ao
departamento de alimentos e bebidas para classificar-se no SBClass.
a) Hotel
Hotel é definido como estabelecimento com serviço de recepção, alojamento temporário, com ou sem alimen�
tação, ofertados em unidades individuais e de uso exclusivo do hóspede, mediante cobrança de diária.
Para o tipo hotel, o SBClass estabelece as categorias de uma estrela (mínimo) a cinco estrelas (máximo). O
hotel de categoria uma estrela deve atender a requisitos mínimos de infraestrutura, serviços e sustentabilidade.
Para cada estrela adicional, o hotel deve atender a uma série de requisitos adicionais que diferenciam as cate�
gorias entre si. Por meio da comparação entre a infraestrutura e serviços oferecidos, assim como das ações de
sustentabilidade executadas pelo meio de hospedagem, o consumidor poderá fazer uma melhor escolha. Veja
os requisitos obrigatórios às categorias de 1 a 5 estrelas.
HOTEL 1
• Serviço de café da manhã.
• Medidas permanentes para redução do consumo de energia elétrica e de água.
• Medidas permanentes para o gerenciamento de resíduos sólidos, com foco na redução,
reuso e reciclagem.
• Monitoramento das expectativas e impressões do hóspede em relação aos serviços ofer�
tados, incluindo pesquisas de opinião, espaço para reclamações e meios para solucioná-las.
HOTEL 2
• Serviço de café da manhã.
• Pagamento com cartão de crédito ou de débito.
• Medidas permanentes para redução do consumo de energia elétrica e de água.
• Medidas permanentes para o gerenciamento de resíduos sólidos, com foco na redução,
reuso e reciclagem.
• Monitoramento das expectativas e impressões do hóspede em relação aos serviços ofer�
tados, incluindo pesquisas de opinião, espaço para reclamações e meios para solucioná-las.
HOTEL 3
• Acesso à internet nas áreas sociais e nas UHs.
• Minirrefrigerador em 100% das UHs.
• Restaurante.
• Serviço de café da manhã.
• Programa de treinamento para empregados.
• Medidas permanentes para redução do consumo de energia elétrica e de água.
• Medidas permanentes para o gerenciamento de resíduos sólidos, com foco na redução,
reuso e reciclagem.
• Monitoramento das expectativas e impressões do hóspede em relação aos serviços ofer�
tados, incluindo pesquisas de opinião, espaço para reclamações e meios para solucioná-las.
• Pagamento com cartão de crédito ou de débito.
HOTEL 4
• Facilidades para bebês (cadeiras altas no restaurante, facilidades para aquecimento de
mamadeiras, comidas etc.).
• Café da manhã na UH.
Room service
• Serviço de refeições leves e bebidas nas UHs (room service) no período de 24 horas. significa “serviço
• Acesso à internet nas áreas sociais e nas UHs. de quarto”.
HOTEL 5
• Facilidades para bebês (cadeiras altas no restaurante, facilidades para aquecimento de
mamadeiras, comidas etc.).
• Café da manhã nas UHs.
• Serviço de refeições leves e bebidas nas UHs (room service) no período de 24 horas.
• Acesso à internet nas áreas sociais e nas UHs.
• Salão de eventos.
• Minirrefrigerador em 100% das UHs.
• Restaurante.
• Serviço de alimentação disponível para café da manhã, almoço e jantar.
• Serviço à la carte no restaurante.
• Preparação de dietas especiais (vegetariana, hipocalórica etc.).
• Bar.
• Medidas permanentes para redução do consumo de energia elétrica e de água.
• Medidas permanentes para o gerenciamento de resíduos sólidos, com foco na redução,
reuso e reciclagem.
• Monitoramento das expectativas e impressões do hóspede em relação aos serviços ofer�
tados, incluindo pesquisas de opinião, espaço para reclamações e meios para solucioná-las.
• Programa de treinamento para empregados.
• Medidas permanentes de seleção de fornecedores (critérios ambientais).
• Medidas permanentes de sensibilização para os hóspedes em relação à sustentabilidade.
• Pagamento com cartão de crédito ou de débito.
Como vimos nos requisitos acima, um meio de hospedagem do tipo hotel de 1 e 2 estrelas não necessita
obrigatoriamente de um setor ou departamento de alimentos e bebidas, já que estes não são obrigados a
disponibilizar serviços de alimentos e bebidas aos hóspedes. Já os hotéis de 3, 4 e 5 estrelas demandam um
setor ou departamento para administrar serviços obrigatórios, como café da manhã, minibar e restaurante.
b) Resort
Resort é definido como hotel com infraestrutura de lazer e entretenimento que disponha de serviços de estética,
atividades físicas, recreação e convívio com a natureza no próprio empreendimento.
Para o tipo resort, o SBClass estabelece as categorias de quatro estrelas (mínimo) a cinco estrelas (máximo).
O resort de categoria quatro estrelas deve atender a requisitos mínimos de infraestrutura, serviços e susten�
tabilidade. Para a categoria cinco estrelas, o resort deve atender a uma série de requisitos adicionais. Veja as
diferenças entre as duas categorias.
RESORT 4
• Facilidades para bebês (cadeiras altas no restaurante, facilidades para aquecimento de
Amenidades, do
mamadeiras, comidas etc.). inglês Amenities,
• Serviço de refeições leves e bebidas nas UHs (room service) no período de 18 horas. são produtos
como xampus,
• Seis amenidades, no mínimo, em 100% das UHs. sabonetes, sais de
• Acesso à internet nas áreas sociais e nas UHs. banho, toucas de
cabelo, cremes
• Sala de reuniões com equipamentos. hidratantes e kits
• Minirrefrigerador em 100% das UHs. dentais dispo�
nibilizados aos
• Dois restaurantes, no mínimo, com cardápios diferentes. hóspedes pelo
• Serviço de alimentação disponível para café da manhã, almoço e jantar. hotel. O objetivo
é oferecer aos
• Dois bares, no mínimo. clientes prazer
• Área de estacionamento. e conveniência.
Existem ainda
• Medidas permanentes para redução do consumo de energia elétrica e de água.
alimentos dispo�
• Medidas permanentes para o gerenciamento de resíduos sólidos, com foco na redução, níveis para venda,
reuso e reciclagem. como chocolates.
RESORT 5
• Facilidades para bebês (cadeiras altas no restaurante, facilidades para aquecimento de
mamadeiras, comidas etc.).
• Serviço de refeições leves e bebidas nas UHs (room service) no período de 24 horas.
• Oito amenidades, no mínimo, em 100% das UHs.
• Acesso à internet nas áreas sociais e nas UHs.
• Sala de reuniões com equipamentos.
• Espaço para apresentações (teatro, música, projeção de cinema etc.).
• Minirrefrigerador em 100% das UHs.
• Três restaurantes, no mínimo, com cardápios diferentes.
• Serviço à la carte no restaurante.
• Cardápio com cozinha regional ou típica em um dos restaurantes.
• Preparação de dietas especiais (vegetariana, hipocalórica etc.).
• Três bares, no mínimo.
• Medidas permanentes para redução do consumo de energia elétrica e de água.
Um meio de hospedagem do tipo resort terá sempre um departamento de alimentos e bebidas para atender
às demandas de classificação. Este tipo de hospedagem exige uma atenção especial ao departamento, já que
devido ao seu porte e categoria (somente 4 e 5 estrelas) trabalhará sempre com os setores de cozinha, restau�
rante e eventos.
c) Hotel-fazenda
Hotel localizado em ambiente rural, dotado de exploração agropecuária, que ofereça entretenimento e
vivência do campo. Para o tipo hotel-fazenda, o SBClass estabelece as categorias de uma estrela (mínimo) a
cinco estrelas (máximo). Observe quais requisitos diferenciam as categorias entre si.
HOTEL-FAZENDA 1
• Culturas diversas (pomar, horta, flores etc.). Piscicultura
refere-se à criação
• Instalações para criação de animais (piscicultura, bovinocultura, avicultura etc.).
de peixes.
• Restaurante.
Bovinocultura
• Medidas permanentes para redução do consumo de energia elétrica e de água. refere-se à criação
• Medidas permanentes para o gerenciamento de resíduos sólidos, com foco na redução, de bovinos.
reuso e reciclagem. Avicultura
refere-se à criação
• Medidas permanentes para geração de trabalho e renda à comunidade local.
de aves.
• Programa de treinamento para empregados.
HOTEL-FAZENDA 2
• Serviço de alimentação disponível para café da manhã, almoço e jantar.
• Culturas diversas (pomar, horta, flores etc.).
• Instalações para criação de animais (piscicultura, caprinocultura, bovinocultura, avicultura etc.).
• Restaurante.
• Pagamento com cartão de crédito ou de débito.
• Medidas permanentes para redução do consumo de energia elétrica e de água.
• Medidas permanentes para o gerenciamento de resíduos sólidos, com foco na redução,
reuso e reciclagem.
• Medidas permanentes para geração de trabalho e renda à comunidade local.
• Programa de treinamento para empregados.
HOTEL-FAZENDA 3
HOTEL-FAZENDA 4
• Facilidades para bebês (cadeiras altas no restaurante, facilidades para aquecimento de
mamadeiras, comidas etc.).
• Serviço de refeições leves e bebidas nos quartos (room service) no período de 12 horas.
• Duas amenidades, no mínimo, em 100% das UHs.
• Acesso à internet nas áreas sociais.
• Culturas diversas (pomar, horta, flores etc.).
• Instalações para criação de animais (piscicultura, caprinocultura, bovinocultura, avicultura etc.).
• Instalações para beneficiamento de produtos agropecuários. Fauna é o conjunto
de animais de
• Oferecimento de serviços típicos (cavalgada, observação de pássaros, passeios de carroça,
uma região.
ciclismo, observação da fauna e flora, participação em colheitas, ordenhas e trato de
animais etc.). Flora é o conjunto
de plantas que
• Minirrefrigerador em 100% das UHs. crescem numa
• Serviço de alimentação disponível para café da manhã, almoço e jantar. região.
HOTEL-FAZENDA 5
O meio de hospedagem do tipo hotel-fazenda possui particularidades, pois a categoria mínima de 1 estrela
exige o serviço de um restaurante, e geralmente este serve pratos típicos da região onde o meio de hospedagem
está instalado, trazendo ao hóspede, independentemente da categoria de hotel-fazenda que esteja hospedado,
uma experiência diferenciada.
Reflita
Como está a aprendizagem para você? São vários os meios de hospedagem, não é mesmo? Fique
atento a todas as informações de pré-requisitos. Com certeza essas informações serão valiosas na sua
prática profissional.
Cama & Café é um tipo de hospedagem em residência com, no máximo, três unidades habitacionais para
uso turístico, com serviços de café da manhã e limpeza, na qual o possuidor do estabelecimento resida. Para
o tipo Cama & Café, o SBClass estabelece as categorias de uma estrela (mínimo) a quatro estrelas (máximo).
Saiba quais requisitos diferenciam as categorias entre si.
O meio de hospedagem do tipo Cama & Café também possui particularidades, pois se trata de um meio de
hospedagem de pequeno porte, em que o serviço de alimentos e bebidas é obrigatório para classificação. Para
atender à demanda, este tipo de hospedagem deverá contar com um setor de alimentos e bebidas, no qual a
cozinha e o restaurante devem servir determinados alimentos para atender à classificação.
e) Hotel histórico
Hotel instalado em edificação preservada em sua forma original ou restaurada, ou ainda que tenha sido palco
de fatos histórico-culturais de importância reconhecida. Entende-se como fatos histórico-culturais aqueles
tidos como relevantes pela memória popular, independentemente de quando ocorreram, podendo o reco�
nhecimento ser formal por parte do Estado brasileiro, ou informal, com base no conhecimento popular ou
em estudos acadêmicos.
Para o tipo hotel histórico, o SBClass estabelece as categorias de três estrelas (mínimo) a cinco estrelas
(máximo). Conheça quais requisitos diferenciam as categorias a seguir.
HOTEL HISTÓRICO 3
• Três amenidades, no mínimo, em 100% das UHs.
• Minirrefrigerador em 100% das UHs.
• Serviço de refeições leves e bebidas nos quartos (room service) no período de 12 horas.
• Espaço para café da manhã.
• Serviço de alimentação disponível para café da manhã.
• Programa de treinamento para empregados.
• Medidas permanentes para redução do consumo de energia elétrica e de água.
• Medidas permanentes para o gerenciamento de resíduos sólidos, com foco na redução,
reuso e reciclagem.
• Monitoramento das expectativas e impressões dos hóspedes em relação aos serviços ofer�
tados, incluindo pesquisas de opinião, espaço para reclamações e meios para solucioná-las
• Medidas permanentes para geração de trabalho e renda à comunidade local.
• Pagamento com cartão de crédito ou de débito.
HOTEL HISTÓRICO 4
• Seis amenidades, no mínimo, em 100% das UHs.
• Facilidades para bebês (cadeiras altas no restaurante, facilidades para aquecimento de
mamadeiras, comidas etc.).
• Café da manhã no quarto.
• Serviço de refeições leves e bebidas nos quartos (room service) no período de 24 horas.
• Acesso à internet disponível em 100% das UHs.
• Minirrefrigerador em 100% das UHs.
• Serviço de alimentação disponível para café da manhã, almoço e jantar.
• Restaurante.
• Medidas permanentes para redução do consumo de energia elétrica e de água.
• Medidas permanentes para o gerenciamento de resíduos sólidos, com foco na redução,
reuso e reciclagem.
• Monitoramento das expectativas e impressões dos hóspedes em relação aos serviços ofer�
tados, incluindo pesquisas de opinião, espaço para reclamações e meios para solucioná-las.
• Programa de treinamento para empregados.
• Medidas permanentes de sensibilização para os hóspedes em relação à sustentabilidade.
• Medidas permanentes para geração de trabalho e renda à comunidade local.
• Pagamento com cartão de crédito ou de débito.
HOTEL HISTÓRICO 5
• Oito amenidades, no mínimo, em 100% das UHs.
• Facilidades para bebês (cadeiras altas no restaurante, facilidades para aquecimento de
mamadeiras, comidas etc.).
• Café da manhã no quarto.
• Serviço de refeições leves e bebidas nos quartos (room service) no período de 24 horas.
• Acesso à internet em 100% das UHs.
• Minirrefrigerador em 100% das UHs.
O setor ou departamento de um hotel histórico, assim como um hotel-fazenda, deve estar atento às particu�
laridades da região onde está instalado, podendo inserir no cardápio refeições típicas da região, valorizando a
importância histórica e cultural do local.
f ) Pousada
Pousadas são empreendimentos de característica horizontal, compostas de, no máximo, 30 unidades habi�
tacionais e 90 leitos, com serviços de recepção, alimentação e alojamento temporário, podendo ser em um
prédio único com até três pavimentos, ou contar com chalés ou bangalôs.
Para o tipo pousada, o SBClass estabelece as categorias de uma estrela (mínimo) a cinco estrelas (máximo).
Veja a seguir quais são os requisitos obrigatórios que diferenciam as categorias.
POUSADA 1
• Serviço de alimentação disponível para café da manhã.
• Medidas permanentes para redução do consumo de energia elétrica e de água.
• Medidas permanentes para o gerenciamento de resíduos sólidos, com foco na redução,
reuso e reciclagem.
• Medidas permanentes para geração de trabalho e renda à comunidade local.
• Programa de treinamento para empregados.
POUSADA 2
• Serviço de alimentação disponível para café da manhã.
• Pagamento com cartão de crédito ou de débito.
• Medidas permanentes para redução do consumo de energia elétrica e de água.
• Medidas permanentes para o gerenciamento de resíduos sólidos, com foco na redução,
reuso e reciclagem.
• Medidas permanentes para geração de trabalho e renda à comunidade local.
• Programa de treinamento para empregados.
POUSADA 3
• Minirrefrigerador em 100% das UHs.
• Bar.
• Restaurante.
• Programa de treinamento para empregados.
POUSADA 4
• Facilidades para bebês (cadeiras altas no restaurante, facilidades para aquecimento de
mamadeiras, comidas etc.).
• Café da manhã no quarto.
• Serviço de refeições leves e bebidas nos quartos (room service) no período de 12 horas.
• Duas amenidades, no mínimo, em 100% das UHs.
• Acesso à internet nas áreas sociais.
• Minirrefrigerador em 100% das UHs.
• Serviço de alimentação disponível para café da manhã, almoço e jantar.
• Preparação de dietas especiais (por exemplo: vegetariana, hipocalórica etc.).
• Bar.
• Restaurante.
• Medidas permanentes para redução do consumo de energia elétrica e de água.
• Medidas permanentes para o gerenciamento de resíduos sólidos, com foco na redução,
reuso e reciclagem.
• Monitoramento das expectativas e impressões dos hóspedes em relação aos serviços ofer�
tados, incluindo pesquisas de opinião, espaço para reclamações e meios para solucioná-las.
• Programa de treinamento para empregados.
• Medidas permanentes de sensibilização para os hóspedes em relação à sustentabilidade.
• Medidas permanentes para geração de trabalho e renda à comunidade local.
• Pagamento com cartão de crédito ou de débito.
POUSADA 5
• Facilidades para bebês (cadeiras altas no restaurante, facilidades para aquecimento de
mamadeiras, comidas etc.).
• Café da manhã no quarto.
• Serviço de refeições leves e bebidas nos quartos (room service) no período de 24 horas.
• Acesso à internet nas áreas sociais.
• Minirrefrigerador em 100% das UHs.
• Serviço de alimentação disponível para café da manhã, almoço e jantar.
• Preparação de dietas especiais (por exemplo: vegetariana, hipocalórica etc.).
• Bar.
• Restaurante.
• Serviço à la carte no restaurante.
• Medidas permanentes para redução do consumo de energia elétrica e de água.
• Medidas permanentes para o gerenciamento de resíduos sólidos, com foco na redução,
reuso e reciclagem.
• Monitoramento das expectativas e impressões dos hóspedes em relação aos serviços ofer�
tados, incluindo pesquisas de opinião, espaço para reclamações e meios para solucioná-las.
• Medidas permanentes de sensibilização para os hóspedes em relação à sustentabilidade.
• Medidas permanentes para geração de trabalho e renda à comunidade local.
• Programa de treinamento para empregados.
Assim como o hotel, o meio de hospedagem do tipo pousada terá um setor ou departamento de alimentos e
bebidas conforme a demanda, porte e categoria do local. Sendo assim, poderá contar apenas com um serviço
de café da manhã simples ou restaurantes e serviço de alimentos e bebidas completo, com café da manhã,
almoço, jantar, lanches, bar e minibar.
g) Flat/apart-hotel
O flat ou apart-hotel é constituído por unidades habitacionais que dispõem de dormitório, banheiro, sala e
cozinha equipada em edifício com administração e comercialização integradas; que possui serviço de recepção,
limpeza e arrumação. O SBClass estabelece as categorias de três estrelas (mínimo) a cinco estrelas (máximo)
para a hospedagem do tipo flat/apart-hotel. Saiba quais requisitos diferenciam as categorias entre si a seguir.
FLAT/APART-HOTEL 3
• Acesso à internet nas áreas sociais.
• Minirrefrigerador em 100% das UHs.
• Serviço de alimentação disponível para café da manhã.
• Programa de treinamento para empregados.
• Medidas permanentes para redução do consumo de energia elétrica e de água.
• Medidas permanentes para o gerenciamento de resíduos sólidos, com foco na redução,
reuso e reciclagem.
• Monitoramento das expectativas e impressões dos hóspedes em relação aos serviços ofer�
tados, incluindo pesquisas de opinião, espaço para reclamações e meios para solucioná-las.
• Medidas permanentes para valorizar a cultura local.
• Medidas permanentes para geração de trabalho e renda à comunidade local.
• Pagamento com cartão de crédito ou de débito.
FLAT/APART-HOTEL 4
• Facilidades para bebês (cadeiras altas no restaurante, facilidades para aquecimento de
mamadeiras, comidas etc.).
• Serviço de refeições leves e bebidas nos quartos (room service) no período de 24 horas.
• Acesso à internet nas áreas sociais e em 100% das UHs.
• Sala de reuniões com equipamentos.
• Minirrefrigerador em 100% das UHs.
• Eletrodomésticos básicos para a cozinha.
• Restaurante.
• Serviço de alimentação disponível para café da manhã, almoço e jantar.
• Serviço à la carte no restaurante.
• Bar.
• Medidas permanentes para redução do consumo de energia elétrica e de água.
• Medidas permanentes para o gerenciamento de resíduos sólidos, com foco na redução,
reuso e reciclagem.
• Monitoramento das expectativas e impressões dos hóspedes em relação aos serviços ofer�
tados, incluindo pesquisas de opinião, espaço para reclamações e meios para solucioná-las.
• Programa de treinamento para empregados.
• Medidas permanentes de sensibilização para os hóspedes em relação à sustentabilidade.
• Medidas permanentes para valorizar a cultura local.
• Medidas permanentes para geração de trabalho e renda à comunidade local.
• Pagamento com cartão de crédito ou de débito.
FLAT/APART-HOTEL 5
• Facilidades para bebês (cadeiras altas no restaurante, facilidades para aquecimento de
mamadeiras, comidas etc.).
• Serviço de refeições leves e bebidas nos quartos (room service) no período de 24 horas.
• Acesso à internet nas áreas sociais e em 100% das UHs.
• Sala de reuniões com equipamentos.
• Minirrefrigerador em 100% das UHs.
• Eletrodomésticos básicos para a cozinha.
• Restaurante.
• Serviço de alimentação disponível para café da manhã, almoço e jantar.
• Serviço à la carte no restaurante.
• Bar.
• Medidas permanentes para redução do consumo de energia elétrica e de água.
• Medidas permanentes para o gerenciamento de resíduos sólidos, com foco na redução,
reuso e reciclagem.
• Monitoramento das expectativas e impressões dos hóspedes em relação aos serviços ofer�
tados, incluindo pesquisas de opinião, espaço para reclamações e meios para solucioná-las.
• Programa de treinamento para empregados.
• Medidas permanentes de sensibilização para os hóspedes em relação à sustentabilidade.
• Medidas permanentes para valorizar a cultura local.
• Medidas permanentes para geração de trabalho e renda à comunidade local.
• Pagamento com cartão de crédito ou de débito.
O meio de hospedagem do tipo flat ou apart-hotel pode ou não disponibilizar serviços de alimentos e bebidas,
isto dependerá da demanda, porte e categoria. O diferencial deste tipo de meio de hospedagem é que as
unidades habitacionais contam com uma cozinha equipada para uso dos hóspedes, diminuindo geralmente a
demanda por serviços de alimentos e bebidas.
Tendo em vista a diferenciação dos serviços de alimentos e bebidas, conforme as tipologias dos meios de
hospedagem, podemos resumir que o serviço prestado por esses empreendimentos caracteriza-se essencial�
mente pela interface, isto é, o cliente está presente no local, interagindo com o ambiente onde a produção e
o consumo ocorrem ao mesmo tempo.
Assim, o meio de hospedagem precisa de um suporte bem-estruturado para manter essa relação de simulta�
neidade. Ou seja, no meio de hospedagem, a recepção, governança, alimentos e bebidas, reservas e financeiro�
-administrativo devem funcionar em harmonia para que os serviços oferecidos satisfaçam e atendam às
necessidades do consumidor.
Dica
Na sua prática profissional, você é um dos responsáveis para que a harmonia entre os serviços ocorra. Faça
sua parte da melhor maneira possível!
Por isso, para gerenciar o departamento de alimentos e bebidas, é fundamental conhecer a estrutura funcional
do meio de hospedagem, contribuindo para que os diferentes setores e departamentos atuem de forma eficiente
e harmônica.
Agora que você já viu a estrutura física e os tipos de meios de hospedagem, conhecerá a estrutura funcional dos
principais departamentos e setores que os constituem. Mas, antes, você deve saber que um meio de hospedagem
também pode ser categorizado quanto ao seu tamanho, podendo ser de pequeno, médio ou grande porte.
Sendo assim, a configuração do funcionamento desses meios de hospedagem também é diferenciada, já que a
quantidade de departamentos e setores, considerando departamento a divisão de segmentos sob responsabi�
lidade de um gestor e setor como parte do departamento que o constitui, irá variar de acordo com o tamanho
e o tipo do meio de hospedagem.
Observe essa diferença analisando os exemplos de organogramas de meios de hospedagem de pequeno
(Figura 1), médio (Figura 2) e grande (Figura 3) porte. Um meio de hospedagem de pequeno porte, como uma
pousada familiar, por exemplo, tem uma configuração mais flexível, já que necessita de poucos colaboradores
e estes podem acumular funções. Veja na Figura 1 um organograma básico de um meio de hospedagem de
pequeno porte.
Organograma consiste em um gráfico que repre�
senta a estrutura formal de uma organização.
Gerência
Geral
Setor Administrativo
Já um meio de hospedagem de médio porte geralmente trabalha com quatro departamentos básicos, assim, os
setores podem estar divididos em diferentes configurações, dependendo das necessidades e do tipo de meio
de hospedagem. Observe o organograma básico de um meio de hospedagem de médio porte na Figura 2.
Gerência
Geral
Setor de Setor de
Almoxarifado Eventos
Por fim, um meio de hospedagem de grande porte apresenta uma gama maior de funções, atendendo as suas
necessidades de serviços. Sua configuração também depende do seu tipo, podendo ser um resort ou um hotel.
Observe a Figura 3.
Gerência
Geral
Gerente
Operacional
Setor de Setor de
Restaurante Relações Públicas
Setor de
Eventos
Agora, vamos conhecer mais sobre cada departamento que pode compor a estrutura dos meios de hospedagem,
assim como quais setores fazem parte dos departamentos no Quadro 2.
Nas descrições das funções que estruturam os organogramas, independentemente de apresentar-se como
departamento ou setor, todas as funções estão presentes nos meios de hospedagem de pequeno, médio e
grande porte.
O bom funcionamento do departamento de A&B em um meio de hospedagem depende da cooperação
entre todos os profissionais que trabalham nos diferentes setores, pois os profissionais devem ser capazes de
satisfazer a demanda dos clientes em harmonia com o desenvolvimento das funções dos membros da equipe.
Agora você conhecerá a organização dos setores do departamento de alimentos e bebidas em meios de hospe�
dagem de pequeno, médio e grande porte por meio dos organogramas a seguir.
Gerente
Geral
Setor de
Cozinha
Serviço de
Café da Manhã
Serviço de
Minibar
Gerente
Geral
Departamento de
Alimentos e Bebidas
Serviço de
fornecimento de
Serviço de Café Serviço de Serviço de Serviço de
refeições para clientes
da Manhã Bar quarto minibar internos e externos
Gerente
Geral
Gerente
Operacional
Departamento de
Alimentos e Bebidas
Serviço de
fornecimento de
Serviço de Café Serviço de Serviço de Serviço de
refeições para clientes
da Manhã Bar quarto minibar internos e externos
Como vimos anteriormente, a divisão dos setores do departamento de alimentos e bebidas depende do porte
e das necessidades de cada meio de hospedagem. Mas para um estabelecimento que tem por objetivo atender
aos clientes com qualidade, todas as funções que cabem aos setores do departamento devem ser executadas
com eficiência, independentemente de como estão distribuídas.
Vamos conhecer agora cada setor do departamento de alimentos e bebidas, apresentados anteriormente nos
organogramas, no Quadro 3.
Setor: Este é o principal setor do departamento de alimentos e bebidas, pois dará suporte para os
Cozinha demais setores. Sua principal função é o fornecimento de alimentos para os clientes.
Este é o setor do departamento de alimentos e bebidas com mais atribuições, pois é responsável
Setor:
pelo funcionamento do restaurante e bar do meio de hospedagem, além do serviço de quarto,
Restaurante
minibar e café da manhã.
Importante
Lembre-se que a quantidade de serviços prestados pelo departamento de alimentos e bebidas depende do
perfil e tamanho do meio de hospedagem.
Vamos conhecer melhor o funcionamento e atribuições de cada um destes setores e seus serviços, além dos
colaboradores envolvidos em cada um. Iniciaremos pelo mais importante deles: a cozinha.
3.1 Cozinha
A cozinha de um meio de hospedagem é uma área que pulsa com muita intensidade e que, dependendo
do porte, funciona dia e noite, sete dias por semana. Desta forma, todos os serviços prestados precisam
ser planejados e precisamente organizados para que as produções sejam feitas no tempo e com a
qualidade esperada.
A cozinha deve estar bem localizada em relação aos outros setores do departamento de alimentos e bebidas,
e, além disso, precisa ser bem dimensionada, de forma a permitir o fluxo de serviço entre a produção e
distribuição. É importante que sejam seguidas as normas técnicas e legais estabelecidas pela Resolução da
Diretoria Colegiada - RDC nº 216 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa para implantação,
instalação, limpeza e armazenamento de equipamentos e utensílios.
O item 4.1.15 da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 216 cita que: os equipamentos, móveis e
utensílios que entram em contato com alimentos devem ser de materiais que não transmitam substâncias
tóxicas, odores, nem sabores, conforme estabelecido em legislação específica. Devem ser mantidos em
adequado estado de conservação e ser resistentes à corrosão e a repetidas operações de limpeza e desinfecção.
Sendo assim, o profissional que atua no departamento de alimentos e bebidas deve conhecer a norma para
colocá-la em prática na sua rotina de trabalho, visando à qualidade e à higiene dos alimentos preparados,
além da segurança no trabalho.
Dica
Para conhecer a RDC nº 216, acesse o endereço: <http://www.paulinia.sp.gov.br/downloads/
RDC_N_216_DE_15_DE_SETEMBRO_DE_2004.pdf>.
O layout da cozinha deve evitar a contaminação e garantir a segurança dos colaboradores, já que é uma área
de risco, onde são encontrados utensílios em alta temperatura e objetos cortantes. A bancada de expedição
de pratos não deve ser a mesma de devolução para lavagem, uma vez que neste ambiente seria propícia a
contaminações externas, por exemplo.
Além disso, o ambiente e a disposição do mobiliário devem facilitar o acesso dos funcionários, facilitando
as operações e objetivando a redução de deslocamento deste colaborador dentro da cozinha, otimizando o
tempo e diminuindo o gasto energético.
Mas quem são os colaboradores que atuam na cozinha de um meio de hospedagem e quais são as suas funções?
Na hierarquia da cozinha, o chefe é o responsável pelo setor, seguido pelo subchefe e pelos cozinheiros espe�
ciais, que veremos a seguir, no Quadro 4.
A equipe de cozinheiros deve realizar um trabalho conciso e organizado, pois manipulam um grande número
de insumos, utensílios e equipamentos, e só uma organização impecável, atrelada à responsabilidade individual,
propicia uma rotina de trabalho com qualidade. A seguir, você estudará sobre o fornecimento de refeições
para clientes externos.
ORDEM DE SERVIÇO
Nome do Evento Exemplo
Data do Evento xx/xx/xxxx Número de Pessoas: xxx
Agência Organizadora Exemplo
Responsável Exemplo
Telefone (xx) xxxx-xxxx
E-mail xxxxx@xxx.com.br
Dados Cadastrais CNPJ/CPF, Endereço, CEP
Pagamento Faturado / Direto na Recepção / Outros
R$ xxxx,00
RECEPÇÃO
Hospedagem Sim / Não
Vip / Organizador Sim / Não: Nome
Check in xx/xx/xxxx
Check out xx/xx/xxxx
Estacionamento Exemplo
Informações Importantes xxxxxxxx
RESTAURANTE HOTEL
Data Hora Ação Valores Local Pax
Descriminação de:
xx/xx xx:xx R$ xx,00 Sala xxx
Serviço de Sala
GOVERNANÇA
Data Ação Local Pax
xx/xx/xxxx Limpeza de Sala, Banheiros, Corredores, Foyer Sala xxx
EQUIPAMENTOS
Data Ação Local Pax
xx/xx/xxxx Descrição dos equipamentos solicitados Sala xxx
EVENTOS
Data Ação Local Pax
xx/xx/xxxx MONTAGEM DE SALA Sala xxx
MANUTENÇÃO
Data Ação Local Pax
xx/xx/xxxx Sala xxx
Finalizamos o estudo sobre o fornecimento de refeições para clientes externos. Não deixe de praticar este conhe�
cimento no seu dia a dia. Na sequência, você estudará sobre a mesma temática, mas com foco no cliente interno.
Devido ao horário de trabalho dos colaboradores, os meios de hospedagem disponibilizam refeições, desti�
nando um espaço para este fim. Estas podem englobar café da manhã, almoço, jantar e lanches. As refeições
oferecidas aos clientes internos são diferentes das servidas nos restaurantes do meio de hospedagem para os
clientes externos. Isto ocorre porque o custo das refeições do restaurante é mais elevado, por conta dos ingre�
dientes utilizados nas receitas, que muitas vezes são diferenciados e elaborados.
Além disso, também irá variar a quantidade produzida, pois uma quantidade fixa de colaboradores realiza
as refeições diárias no meio de hospedagem, o que demanda um planejamento financeiro e estrutural para a
preparação. Porém, independentemente destas diferenças entre as refeições oferecidas para clientes internos
e externos, todas as refeições que são feitas na cozinha principal do meio de hospedagem devem ter o acom�
panhamento de um nutricionista para que sejam saudáveis.
Dica
Para garantir a qualidade no fornecimento das refeições, existe o Programa de Alimentação do
Trabalhador (PAT). Conheça mais acessando o link abaixo:
<http://portal.mte.gov.br/pat/programa-de-alimentacao-do-trabalhador-pat.htm>.
Os utensílios usados pelos colaboradores, como prato, talheres e copos também devem ser fornecidos pelo
meio de hospedagem. A seguir, você conhecerá o funcionamento do restaurante do meio de hospedagem, que
é destinado aos clientes externos e hóspedes.
3.2 Restaurante
O restaurante de um meio de hospedagem é um local polivalente, pois nele são distribuídos alguns dos
serviços mais importantes do departamento de alimentos e bebidas, como serviço de quarto e minibar, além
de servir refeições como café da manhã, almoço e janta. Esses serviços podem ser variados, pois alguns meios
de hospedagem podem servir café da manhã, almoço, janta e lanches, porém outros podem servir apenas o
café da manhã ou alguma outra refeição.
O restaurante de um meio de hospedagem também pode variar de segmento, conforme o tipo e porte do
meio de hospedagem. Veja abaixo os principais tipos de restaurantes em meios de hospedagem de pequeno,
médio e grande porte:
Restaurante Clássico\Internacional
Apresenta preparações reconhecidas internacionalmente, visando atender hóspedes de diversas culturas, com pratos
simples e sofisticados. Este restaurante é muito comum nos meios de hospedagem, como hotéis e flats.
Restaurante típico
Apresenta preparações típicas representativas de determinada localidade, é ambientado e utiliza outros elementos
culturais além da comida, como música, decoração, hábitos sociais e de comportamento. O restaurante típico pode
ser encontrado em pousadas, resorts, hotéis históricos e hotéis-fazenda.
Buffet\self service
Apresenta uma alimentação variada e rápida, na qual o serviço é assumido, quase na totalidade, pelo cliente, facili�
tando a escolha por porções de tamanhos diferentes e com muita rapidez. Este restaurante pode ser encontrado em
hotéis, resorts e pousadas.
Coffee shop\cafeteria
Restaurantes de cardápio fácil e apresentações simples costumam ficar abertos 24 horas, servem comidas simples e
rápidas. No cardápio são disponibilizados cafés, chás, sanduíches, sopas, massas e tortas. Este tipo de restaurante é
comum em todos os tipos de meios de hospedagem de médio a grande porte.
Casa de massas (cantina\tratoria\pizzaria)
Restaurante especializado em alimentação italiana, opção escolhida por alguns meios de hospedagem por agradar
um grande número de pessoas. Serve massas clássicas como carbonara e bolognesa, além de risotos e pizzas. Este
restaurante pode ser encontrado em pousadas, resorts, hotéis históricos e hotéis-fazenda.
Agora que você conheceu os principais tipos de restaurantes que são encontrados nos meios de hospedagem,
saiba como funciona a operacionalidade de um restaurante. É importante que a metragem do restaurante seja
compatível ao número de pessoas que o meio de hospedagem comporta; em alguns casos o espaço destinado
a servir refeições pode ser o mesmo que comporta eventos das mais variadas gamas, e isto deve ser condicio�
nante na criação e planejamento do projeto.
Lembre-se de que o SBClass orienta o porte e o tamanho do restaurante conforme a classificação do meio
de hospedagem. O restaurante pode conter alguns acessórios, que serão usados ou adquiridos conforme a
necessidade e o porte do meio de hospedagem. São eles:
A mobília do restaurante deve oferecer ao cliente conforto, estando em harmonia com o tipo de restaurante
proposto. Além disso, deve facilitar o serviço de limpeza e higienização e o desenvolvimento das atividades
exercidas pelos garçons e outros colaboradores que atuam no local.
Importante
O cardápio tem um papel importante na estrutura do restaurante, pois é um instrumento de venda que irá
atrair os clientes externos e hóspedes para o estabelecimento.
Após o planejamento do cardápio, as receitas precisam ser testadas e as preparações que as compõem precisam
ser colocadas na ficha técnica, que é um instrumento de controle que aborda com precisão os custos do prato
e delimita um padrão de identidade e qualidade, uma vez que nela constam as quantidades exatas, modo de
preparo testado e planejado para que a comida esteja no resultado desejado ao fim da preparação.
Para o setor da cozinha, esta definição é fundamental para que as fichas técnicas estejam bem elaboradas e a
partir delas os pratos possam ser apresentados.
Saiba mais
O cardápio é desenvolvido pelo chefe e pelo maître, porém é o responsável pela gerência do departamento
de alimentos e bebidas que o aprova, analisando seus custos e demanda.
Nos restaurantes, por vezes, escolhem-se cardápios fixos, ou seja, que não mudam com o tempo. Já o cardápio
rotativo ou variável propicia a criatividade da cozinha para elaborar os pratos que serão servidos.
Mas quem são os colaboradores que atuam no restaurante e quais as suas funções?
O maître do hotel é o responsável pelo restaurante, seguido pelos responsáveis de cada serviço oferecido
no setor. Lembre-se de que a configuração dos serviços e colaboradores irá variar conforme o porte, tipo e
demanda do meio de hospedagem. Veja a seguir a função de cada um dos colaboradores do setor restaurante.
Agora você já sabe quais são os profissionais que fazem parte do restaurante e quais são as suas funções, a
seguir, você conhecerá os serviços que respondem a este setor.
Importante
Em alguns meios de hospedagem, o hóspede terá a opção de pagar ou não pelo serviço de café da manhã.
Geralmente os meios de hospedagem que oferecem este serviço como cortesia possuem o custo desta
refeição incluso no valor da diária.
Pode ser servido em uma área específica, no restaurante do meio de hospedagem ou mesmo na unidade
habitacional.
Saiba mais
Alguns meios de hospedagem cobram uma taxa extra para que o garçom leve o café da manhã até a
unidade habitacional.
No quadro abaixo você verá alguns dos principais alimentos servidos no café da manhã dos meios de hospe�
dagem no Brasil. Lembre-se de que o SBClass orienta quais itens devem compor o café da manhã de acordo
com o tipo de meio de hospedagem e o número de estrelas.
Bebidas Sucos de fruta, leite, café, chás, água quente e fria, achocolatados e iogurtes.
Pratos quentes Ovos mexidos, batatas americanas, bananas assadas, bacon, salsichas e waffles.
Pães variados, torradas, croissants, broas, biscoitos doces, biscoitos salgados, bolos e
Pães, biscoitos e bolos
tortas diversas.
A maioria dos restaurantes servem o café da manhã no formato buffet, em que o hóspede se serve quantas vezes
achar necessário. O café da manhã é o serviço de alimentos e bebidas mais comum nos meios de hospedagem,
em que mesmo os de pequeno porte, como as pousadas, optam por investir em uma cozinha a fim de servir
somente este serviço, que é muito apreciado por hóspedes e clientes em geral.
Importante
Por isso, muitos meios de hospedagem, principalmente os localizados em grandes centros, oferecem o
serviço de café da manhã para qualquer cliente que queira usufruí-lo. Aqueles clientes que desejam tomar
seu café da manhã em um Hotel, por exemplo, pagam na recepção do meio de hospedagem um valor
estipulado e são atendidos junto aos hóspedes.
O café da manhã pode ser servido na unidade habitacional, assim como qualquer outro serviço do departa�
mento de alimentos e bebidas, por isso, a seguir, você obterá informações sobre o serviço de quarto.
Informação
Hoje o serviço de quarto compreende mais do que apenas o serviço de alimentação, passando a chamar-se
guest service, pois além de alimentos, são servidos produtos de higiene, lavanderia, informações e demais
solicitações.
Em meios de hospedagem de médio e grande porte, é comum encontrar pequenas copas em que o garçom, ou
mesmo a camareira, pode usar para apoio do serviço de quarto, deixando toalhas, copos e talheres, por exemplo.
Quando a refeição é servida na UH, cabe ao garçom montar a mise en place na bandeja ou gueridón para levar
ao hóspede. Ao chegar, deve anunciar-se com suavidade, batendo na porta da UH. O material deve ser reco�
lhido da UH na hora solicitada pelo hóspede, ou na limpeza desta.
Dica
Em situações em que o hóspede não informa o horário para buscá-la, poderá colocar o material no
corredor, ao lado da porta, para que o garçom ou camareira recolha.
A seguir, você saberá como é realizado o procedimento para reposição e organização do minibar das unidades
habitacionais.
É de responsabilidade da governanta realizar o controle do minibar, evitando diferença entre consumo e receita,
assim como também é de sua responsabilidade verificar se há produtos vencidos e comunicar a ocorrência ao
restaurante. Na sequência, você estudará sobre o bar. Acompanhe!
3.2.4 Bar
O bar de um meio de hospedagem é um local público onde se servem bebidas alcoólicas e não alcoólicas e
petiscos. O bar é composto por um balcão no qual as bebidas são servidas, assim como em mesas, e geralmente
está localizado próximo ao restaurante.
O desempenho do barman é um dos componentes essenciais deste tipo de serviço.
Informação
Há uma infinidade de tipos de bares, cada um com propostas diferentes, mas são unidos pela semelhança
de propiciar lazer e servir bebidas alcoólicas.
Nos meios de hospedagem, o American bar é o mais comum, chamado simplesmente de bar; ou quando
acrescido de música tocada em um piano, é chamado de piano bar.
Muitas vezes, a denominação do bar descende da sua localização dentro do meio de hospedagem, como o bar
da piscina, ou Snack Bar. Veja as características de cada um deles:
Bar que serve, além de coquetéis, petiscos e sorvetes aos hóspedes que estão aproveitando a
Bar da piscina
estrutura de lazer do hotel.
Bar aberto durante o dia e a noite. Apresenta petiscos e bebida ao hóspede que deseja socializar
Snack Bar
e ter momentos de lazer.
Dica
Outro ponto bastante interessante para localizar o bar é próximo à recepção, onde é chamado de lobby bar
e torna-se ponto de encontro dos hóspedes.
Assim como o restaurante, o bar deve oferecer conforto e condições físicas para as atividades propostas. O
bar traz como uma de suas características o fato de proporcionar momentos de descontração para os clientes,
por isso o ambiente deve oferecer isso também. Além disso, as instalações devem oferecer boas condições de
trabalho aos profissionais, por isso a necessidade de equipar e montar adequadamente o bar.
Com relação as suas características físicas, um bar pode ser composto de um balcão e de bancos individuais
para os clientes se sentarem. Existem alguns bares que, além do balcão, possuem ambientes com pequenas
mesas, cadeiras e poltronas. No espaço delimitado pelo balcão, situam-se prateleiras, antebalcão, máquina de
fazer gelo, geladeiras, liquidificadores, máquina de café expresso, áreas para armazenamentos de bebidas (speed
rack) e outros materiais necessários. Quanto aos utensílios e equipamentos do bar, devem estar higienizados
e em bom estado de conservação.
Importante
Atuam no bar o chefe de bar, o barman e o garçom; exige-se, portanto, um serviço de alto nível e ótima
apresentação pessoal.
Conheça a seguir um setor muito rentável para os meios de hospedagem, o setor de eventos.
3.3 Eventos
O turismo de eventos representa um segmento crescente no Brasil e no mundo, e são muitos os benefícios
que ele traz, como a redução da sazonalidade, já que o mercado incita a concentração de eventos na baixa
temporada. Quebra divisas, gera emprego e renda, cria uma visão favorável da cidade (se o evento for bem
elaborado e suprir as expectativas), mobilização do mercado turístico e de prestadores de serviços.
Assim sendo, o setor de eventos tem ganhado cada vez mais destaque nos meios de hospedagem, devido a sua
grande rentabilidade para a empresa nos períodos em que a taxa de ocupação está em queda, fazendo eventos
como: casamentos, reuniões coorporativas e eventos sociais em geral.
Atuam neste setor o coordenador de eventos e o assistente de eventos, sendo que o setor poderá ter mais ou
menos colaboradores, conforme a necessidade e o porte do meio de hospedagem.
O coordenador de eventos é o responsável por assistir o cliente, atendendo as suas necessidades. Ele atua no
planejamento, na execução e na avaliação do evento, além de elaborar relatórios para a prestação de contas
sobre as atividades do setor para o responsável pelo departamento de alimentos e bebidas.
O assistente de eventos irá atuar principalmente na execução dos eventos, assessorando os clientes para que suas
necessidades sejam atendidas. O porte está relacionado com a dimensão dos eventos, com a sua abrangência
e a quantidade de participantes. Os eventos, dependendo do porte, podem ter diferentes classificações, como:
Saiba mais
Lembre-se de que a quantidade de pessoas dependerá do porte do meio de hospedagem e da área
disponível para a realização de eventos.
Quanto ao público-alvo, o evento pode ser aberto, permitindo que qualquer pessoa participe, por exemplo,
uma feira do livro. Pode ser misto, quando é liberado ao público aberto em determinado dia ou horário, como
uma exposição de arte. Ou ainda fechado, quando o público é limitado, como, por exemplo, em casamentos
ou eventos empresariais.
Informação
As áreas disponíveis para eventos podem ser isoladas, como salões ou ainda salas na mesma edificação
das UHs.
Todo o material disponibilizado pelo meio de hospedagem, como cadeiras, mesas e aparelhos de audiovisual,
são de responsabilidade do setor, e quando utilizado por clientes, devem ser locados através de contrato, no
qual o cliente se responsabiliza pelos equipamentos.
O gerente do departamento de alimentos e bebidas deve estar atento, junto ao coordenador de eventos, aos
eventos que ocorrem no meio de hospedagem, pois eles mobilizam os demais setores do departamento. Na
contratação dos serviços para o evento, geralmente são solicitadas refeições que são produzidas pela cozinha
e em alguns casos o espaço do restaurante e os seus serviços também são utilizados.
Importante
Para que tudo ocorra de forma coordenada, o responsável pela gerência do departamento de alimentos e
bebidas deve acompanhar o trabalho conjunto dos setores.
Vimos até aqui quais são os setores e atribuições de cada uma das áreas que compõem o departamento de
alimentos e bebidas. A seguir, você irá descobrir quais são as atribuições da gerência neste departamento.
Também é função da gerência criar um elo de comunicação com os demais departamentos, pois em um meio
de hospedagem os serviços de todos os departamentos e setores devem estar sincronizados para atender às
necessidades dos hóspedes com qualidade, visando à excelência.
Para assumir tais responsabilidades, o gerente do departamento de alimentos e bebidas precisa ser uma pessoa
acessível, criativa, coerente, atenta e diplomática. A seguir, você estudará sobre a importância da qualidade
na prestação dos serviços realizados no departamento de alimentos e bebidas de um meio de hospedagem.
O cliente percebe se pode confiar no que lhe é dito e se as promessas feitas a ele
Confiabilidade e integridade
serão cumpridas, aconteça o que acontecer.
Panorama do serviço O ambiente físico oferece suporte para o cliente sentir uma experiência positiva.
Importante
Servir com sorriso e cordialidade é o segredo da hospitalidade. O atendimento com qualidade visa ao
atendimento com excelência!
Porém, no departamento de alimentos e bebidas, este conceito de atendimento de qualidade vai além, pois o
responsável pela gerência deve estar atento à qualidade dos ingredientes que são usados na cozinha, na prepa�
ração das refeições dos clientes internos e externos e na apresentação dos pratos e bebidas. Isto é qualidade
na prestação dos serviços!
O responsável pela gerência que mantém sua equipe motivada, qualificada e unida, mantendo um ambiente
de trabalho agradável, no qual os profissionais podem trabalhar com qualidade, terá uma equipe que atende
aos hóspedes e clientes com qualidade também!
Para isto, como vimos anteriormente, ele deve estar atento à qualidade dos recursos humanos, materiais e
operacionais do departamento. Além do que vimos até aqui, um fator fundamental para a qualidade dos
serviços de alimentos e bebidas oferecidos é a higiene na manipulação dos alimentos, que você estudará a seguir.
Como vimos anteriormente, também é função do responsável pela gerência do departamento de alimentos e
bebidas a implementação de regras e procedimentos de higiene. Há algumas ações que devem ser evitadas a
todo custo, pois contribuem para a contaminação dos alimentos, como:
• Mistura de alimento cru com cozido (ou utensílio que entra em contato com alimento cru e
cozido) – contaminação cruzada.
• Utensílios ou encanamentos feitos com metais pesados.
• Uso de substâncias venenosas durante o período de trabalho (limpa fornos ou pesticidas, por
exemplo).
• Contaminações no armazenamento inadequado de alimentos.
• Critérios de tempo e temperatura sem observância (cozimento, descongelamento, reaquecimento
e aproveitamento de sobras).
• Aquisição de produtos de procedência duvidosa, não tratados.
• Infestação de pragas urbanas.
• Má higienização de utensílios, equipamentos e alimentos.
O não controle destas ações pode gerar DTAs (doenças transmitidas pelos alimentos) provocadas por:
• Toxinfecções alimentares: doenças causadas por micro-organismos e parasitas (bactérias, vírus).
• Intoxicações químicas: doenças causadas pela ingestão de alimentos contaminados por produtos
de limpeza, pesticidas, metais.
• Intoxicações naturais: doenças advindas pela ingestão de alimentos tóxicos, ou em quantidades
excessivas.
Os perigos que geram contaminações são encontrados em vários momentos do processo de preparação dos
alimentos e devem ser observados com cautela em matéria-prima, como carnes e aves cruas, peixes, frutos do
mar, ovos, leite e hortaliças.
Veja na Tabela 1, a seguir, alguns exemplos de contaminantes dos alimentos e o ambiente em que eles podem
ser contaminados.
Contaminante Ambiente
Mosca que pousou nas fezes de um animal, voa até a cozinha e pousa no
Roedores, insetos, animais domésticos.
alimento, trazendo nas patas a sujeira, e esta é depositada no alimento.
O funcionário vai ao banheiro e não faz a correta antissepsia das mãos,
Homem
voltando ao trabalho com coliformes fecais nestas.
Fonte: Elaborada pela autora (2015).
Como vimos, o homem é um contaminante, por isso, para evitar que o ambiente seja propício à contaminação,
a higiene pessoal dos profissionais do departamento de alimentos e bebidas é essencial, e algumas ações simples
podem prevenir contaminações na manipulação dos alimentos, como:
• Manter os cabelos curtos ou presos e limpos.
• Manter as unhas curtas e limpas.
• Trocar diariamente o uniforme.
• Lavar sempre as mãos.
O gerente do departamento deve estar sempre atento à limpeza das áreas da cozinha e restaurante, assim
como de seus materiais, móveis, acessórios e utensílios. A limpeza dos setores da cozinha e restaurante deve
seguir uma rotina diferenciada, portanto, o gerente deve, em parceria com o setor de governança, determinar
como deve ser realizada a higienização destas áreas.
O recolhimento do lixo também deve ter uma atenção especial, pois o lixo deve ser separado corretamente,
assim como a gordura descartada, que deve ser reservada até a coleta.
Vimos como a higiene na manipulação dos alimentos é importante para o departamento e todos os seus
setores. Na sequência, você verá quais as formas de atendimento às necessidades de clientes internos e externos.
Questionamento
Como realizar um atendimento personalizado? Atenda ao cliente interno ou externo de maneira que ele
se sinta importante desde o primeiro contato. E atenda a ele cada vez melhor. Lembre-se do que ele gosta,
dos detalhes pessoais ou das suas necessidades especiais.
Dessa forma, você poderá conquistá-lo e fidelizá-lo. Fidelizar é fazer com que o seu cliente confie em você e
no meio de hospedagem em que você ou ele mesmo trabalha, no caso de clientes internos. No caso dos clientes
internos, ou seja, os colaboradores, o gerente deve atendê-los de maneira atenciosa e acessível, procurando
conhecê-los, suas particularidades, para que o trabalho flua de maneira agradável. Em relação aos clientes
externos, se você observar o atendimento em um fast-food, não verá nada de pessoal: os atendentes falam
sempre as mesmas frases, seguem um roteiro preenchendo formulários. Os pedidos são padronizados, ou seja,
seguem um padrão, são todos iguais.
Porém, no serviço de alimentos e bebidas de um meio de hospedagem, você tem a possibilidade de olhar em
seus olhos, sorrir, falar sobre algo que você percebeu. Ao circular pelo restaurante e encontrar um hóspede que
você já viu várias vezes hospedado no hotel, lembre-se de parar, perguntar ao cliente o nome dele e dizer o seu
nome ao atendê-lo, mesmo numa primeira vez, causa excelente impressão. Mas guarde o nome. Perguntar mais
de uma vez mostra que você não tem boa memória, e isso não é bom para quem trabalha com hospitalidade.
Aproveite para perguntar sobre os serviços e já obter um feedback.
Quanto aos clientes internos, procure ter uma relação amigável com todos os colaboradores,
cumprimentando todos, chamando-os pelo nome e mostrando interesse por suas individualidades.
Lembre-se de que o atendimento personalizado vale para clientes externos e internos!
Disponibilizar meios de acessibilidade como rampas e banheiros adaptados às pessoas com deficiência é prestar
um atendimento de qualidade para clientes externos e internos, pois o meio de hospedagem pode contar com
colaboradores com deficiência. Para que todas as pessoas tenham seus direitos atendidos, é necessário que se
respeite a diversidade humana e as necessidades de cada indivíduo.
Quando falamos sobre pessoas com deficiência, é importante conhecermos os tipos de deficiência e suas
definições para que os profissionais do meio de hospedagem possam disponibilizar equipamentos e serviços
com qualidade e de acordo com as necessidades de cada cliente.
Importante
Saber atender a pessoas com deficiência é fundamental, pois o meio de hospedagem, além de hospedar
clientes com deficiência, poderá ter colaboradores no seu quadro que possuem alguma deficiência, já que
de acordo com a Lei de Cotas (art. 93 da Lei nº 8.213/91) é obrigatório que as empresas com 100 ou mais
colaboradores preencham uma parcela de seus cargos com pessoas com deficiência.
Deficiência Física
A deficiência física caracteriza-se por uma alteração completa ou parcial de um ou
mais segmentos do corpo humano, tendo como consequência o comprometimento da
função física.
Deficiência Mental
A deficiência mental caracteriza-se pelo funcionamento intelectual significativamente
inferior à média, com manifestações antes dos dezoito anos e limitações associadas a
duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: Comunicação; Cuidado pessoal;
Habilidades sociais; Utilização da comunidade; Saúde e segurança; Habilidades acadêmicas;
Lazer; Trabalho.
Deficiência Sensorial
A deficiência sensorial pode ser dividida em deficiência auditiva e deficiência visual.
Deficiência Auditiva
A deficiência auditiva inclui as disacusias (Patologia caracterizada por um distúrbio da
audição causado por certos sons, provocando certa dor e/ou desconforto no indivíduo) leves,
moderadas, severas e profundas. Ou ainda, é a perda parcial ou total bilateral de vinte e
cinco decibéis ou mais.
Deficiência Visual
A deficiência visual é a perda ou redução da capacidade visual em ambos os olhos, em
caráter definitivo, e que não pode ser melhorada ou corrigida com o uso de lentes e trata�
mento clínico ou cirúrgico. Entre os deficientes visuais, têm-se os que possuem cegueira e os
que possuem baixa visão.
Dentre estes três tipos de deficiência, pode ocorrer a deficiência múltipla, que é a simultaneidade de duas ou
mais deficiências. Quando nos referimos às pessoas com deficiência ou idosos, devemos nos perguntar: Quem
não gosta de sentir-se confortável no local onde está? Seja este local a sua casa ou de uso comum? Quanto
mais acessível é um ambiente, mais confortável ele se torna. Esta afirmação é comum a todos.
Portanto, quando locais de uso público e privado são construídos sem levar em consideração características da
população em geral como cultura, idade, dimensões, destreza e demais características, cada vez menos pessoas
utilizarão estes espaços de forma confortável. Quando as diferenças são respeitadas e os ambientes e produtos
são acessíveis a todos, a pessoa com deficiência tem suas atividades preservadas.
Exemplo
Sandra é deficiente física, tem paraplegia. Ela está ansiosa para hospedar-se em uma pousada que viu
em um site, uma pousada linda, de frente para o mar, com uma bela paisagem. Porém, Sandra não pode
hospedar-se nesta pousada porque, por ser cadeirante, teria muita dificuldade em chegar às cabanas da
pousada e ao restaurante, já que todos os ambientes possuem uma escada na entrada. Sandra, mesmo
gostando muito da pousada, terá que procurar outra para hospedar-se, e a pousada acaba de perder uma
hóspede com sua família porque não é acessível a todos os clientes.
Sempre que prestar um atendimento a uma pessoa com deficiência, pergunte a ela qual a melhor maneira de
atendê-la, sempre com empatia, evitando constrangimentos, pois as pessoas com deficiência já estão acostu�
madas com suas limitações, e muitas vezes quando tentamos ajudar acabamos sendo invasivos.
Por exemplo, antes de empurrar a cadeira de rodas, pergunte ao cadeirante se pode ajudá-lo em algo, afinal
ele já está acostumado e possui autonomia para realizar suas funções do dia a dia. Conheça a seguir qual a
melhor maneira de prestar um atendimento de qualidade para pessoas com diferentes deficiências.
• Se a pessoa estiver com acompanhante, dirija-se sempre à pessoa com quem está
comunicando-se.
• Caso não entenda a mensagem, peça educadamente para a pessoa escrever o que deseja.
• Se possível, mantenha um colaborador que conheça ou estude a linguagem de sinais para
facilitar a comunicação.
c) Pessoas com deficiência visual
• Ao dirigir-se a uma pessoa com deficiência visual, deve-se chegar tranquilamente, identi�
ficar-se e oferecer seu braço como apoio para que possa acompanhar seus movimentos.
• Sempre que estiver conversando com um deficiente visual, comunique-o que está saindo
de perto, para evitar que a pessoa fale sozinha.
• Ao acompanhar o deficiente visual até uma cadeira, informe se há encosto e braços.
• Sempre informar à pessoa que ela está próxima a um obstáculo.
• Sempre que apresentar alguém a um deficiente visual, aproxime a pessoa de frente para a
pessoa com deficiência, para que ambas possam cumprimentar-se.
• Quanto às pessoas com baixa visão, deve-se agir da mesma forma, sempre perguntando se
precisa de ajuda.
• Caso o deficiente visual esteja acompanhado de um cão-guia, jamais distraia o cão; no
caso do restaurante, o cão, que deve ser devidamente identificado, deve ter acesso livre
ao local.
d) Pessoas com deficiência mental
• A deficiência mental nem sempre está estampada/visível (em especial, algumas síndromes
específicas). Procure sempre cumprimentar as pessoas com deficiência mental, mesmo que
tenham dificuldade de comunicação.
• Trate com normalidade e respeito.
• Ajude somente quando for solicitado(a).
• Evite superprotegê-la.
• Adultos e adolescentes com deficiência mental não devem ser tratados como criança.
• Ao comunicar-se, fale devagar e de forma clara. E se precisar, pergunte educadamente se a
pessoa entendeu.
• Quando o deficiente mental estiver acompanhado, devido ao nível de acometimento da
deficiência, dirija-se ao acompanhante sem ignorar a pessoa com deficiência.
O gestor do departamento de alimentos e bebidas deve estar atento à legislação referente às pessoas com
deficiência, para que possa atendê-las com qualidade.
Dica
Saiba mais sobre a Lei da Acessibilidade através do site <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2004/decreto/d5296.htm>.
Atenção
Você finalizou seus estudos neste curso. Agora, realize a atividade Avaliativa, que está disponível no menu
lateral esquerdo da Sala Virtual deste curso no Ambiente Virtual. Lembre-se que para ser aprovado e
receber o certificado, você deverá atingir um aproveitamento superior ou igual a 70%.
BECK, Heinz et al. A arte e ciência do serviço. São Paulo: Ed. Anhembi
Morumbi, 2005.