Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 2

Instituição: Seminário Maior Dom José André Coimbra

Disciplina: História da Filosofia Moderna


Docente: Padre Robson Caixeta Silva
Seminarista: Vanderson Souza Durães
2º Ano de Filosofia

Nicolau Maquiavel
Seus pensamentos estão dentro da sua principal obra: “O Príncipe”.
Neste pensamento político, Maquiavel, critica o modo de governo (o modo de
reinar) que estava acontecendo naquele período, no qual antes, o que
assegurava o poder dos reis e senhores dos feudos era Deus e as pessoas
não poderiam ir contra esse poder, porque ir contra o rei era ir contra Deus.
O capítulo XV de “O Príncipe” é a parte em que encontramos sobre o
Realismo político, centro do seu pensamento. Ele discute que é precioso se
ater no princípio efetivo das coisas, sem perder em uma visão do que a coisa
poderia ser.
Sua visão sobre o homem é que ele não é bom e nem mau, porém o
homem tende ao mau. O Principe, então, não deve confiar no aspecto positivo
do homem, mas sim em seu negativo.
Maquiavel mostra com sua obra, que todos devem estar preparados
para o poder. Seja para governar sua vida, ou a família, ou talvez se por sorte
governar uma nação. Com isso, ele resgata um termo grego para afirmar suas
teorias, a virtude, que os gregos chamavam de Areté e que Maquiavel chama
de Virtú. A areté é a excelência da virtude. Maquiavel entende como Virtú a
força, a vontade, a habilidade, a astúcia etc.
O Príncipe deve ser astuto, deve estar além de tudo e de todos, deve
estar pronto para tudo. Isso é a maior das virtudes segundo Maquiavel. As
ações na vida do príncipe resumem se; metade pela fortuna (sorte) e a outra
metade a liberdade e a virtú.
O ideal político, não é o príncipe que Maquiavel descreveu, mas sim o
modelo do governo romano com a liberdade e bons costumes do Império
Romano. Que está baseado na liberdade, pois no Império Romano usava-se a
força caso fosse preciso, para assumir o poder, mas ainda assim todos
poderiam assumir o poder. Nicolau ainda considera que o Império Romano
usou mais das virtudes (liberdade) do que a sorte. Liberdade significa tomar as
rédeas da própria vida. Liberdade é a capacidade de ir e vir sem ninguém me
impedir, diz Locke.

Thomas More
Em sua obra; Utopia, ele argumenta sobre um Estado perfeito, um
Estado utópico. Assim como Erasmo usou a sátira, More irá usar a utopia. Ele
usou de elementos da língua grega para fazer críticas muito bem elaboradas
ao governo. O nome do rio em uma tradução seria rio sem água, o príncipe que
é traduzido como povo, o nome da cidade é uma cidade que não existe.
Em utopia, Thomas More cria um tipo de governo que abrangeria todo o
mundo, agradando tanto a Europa quanto as colônias. Uma tentativa reunir
todas as coisas de uma boa administração dos povos antigos e unir à
administração da Europa.
O Estado de Utopia representa aquilo que deveria ser ou a maneira que
o homem sonha que seja um bom Estado

Jean Bodin
Uma das suas principais teorias está voltado para Soberania absoluta do
Estado, na qual mantém todos unidos como que um só corpo. O ponto de
partida dele não é o poder simplesmente por poder, mas instaurado por meio
da justiça e a razão. Ele faz um paralelo com a República de Platão, por isso,
Bodin escreve uma obra também com o nome de República, neste governo
que deve ser justo e no qual todos são tratados com justiça. O Estado que dá
rosto ao que governam. O governo deve ser absoluto e perene.
Estado Absolutista tem seus limites, na visão de Bodin na justiça, nas
leis da natureza e nas leis divinas, pois se não tivesse esses limites seria uma
tirania.
Uma outra obra dele foi o Colóquio entre 7 pessoas. Nesta obra ele tenta
resolver problemas que acontecia em sua época, pois depois da Reforma
Protestante surgiram várias guerras por conta das religiões.

Síntese
Os três filósofos voltaram seus pensamentos para a questão da política,
tendo em vista que aquele era um grande problema na época. Todos estavam
em um período que os governantes eram ditados pela Igreja e eram pessoas
que possuíam maior poder aquisitivo. Com isso, eles elaboram pensamentos
como uma forma de retalhação e de crítica, e no fundo querendo mostrar uma
possível solução aos problemas.
Nesta perspectiva, temos o pensamento de Maquiavel em que, na figura
do príncipe, deve haver um retorno àquele tipo de governo romana, na qual a
liberdade eram um dos critérios que em o governador levava em conta. Além
de olhar para a maldade humana e ser capaz de estar a frente de todas as
possibilidades que o homem tem de derrubar um governo. More já destaca a
importância de uma igualdade entre o povo e o governante, em que todos tem
voz e direitos iguais, e onde a concupiscência não sobressai ao agir humano.
Por fim, Bodin que elabora um Estado na qual tem um soberano que comanda
tudo, porém este age com justiça e com a razão para não ser um mero ditador
de regras e leis.
Por mais que os três tivessem visões particulares sobre o tipo ideal de
governo, todos visaram a questão de ser um tipo de governo que fosse mais
justo e que respeitassem a população, dando a oportunidade para o povo falar
e opinar, ou que pelo menos fossem levadas em consideração.

Você também pode gostar