Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
o O Príncipe
o Os discursos sobre a primeira década de Tito Lívio
o A arte da guerra
o História de Florença
Um pensador Realista
"uma das quais provém de não desejar o povo ser dominado nem
oprimido pelos grandes, e a outra de quererem os grandes dominar e
oprimir o povo" (O Príncipe, cap. IX).
Para Maquiavel, o Estado sem um príncipe para o governar, era uma anarquia,
completamente instável e propicia a conflitos.
Portanto, ele propôs duas ideias, sendo o Principado e a República, onde o
principado era instalado como um poder de transição. O príncipe não se tornava
um ditador, mas aquele que fundava o Estado, o tirava do momento de Anarquia.
Por mais que sua principal obra seja O Príncipe, Maquiavel ressalta em suas obras
a importância fundamental do consentimento e apoio populares para o êxito de
qualquer forma política, ou seja, um sistema igualitário e democrático seria o
preferível e mais correto. Ele tinha ideias mais descentralizadas.
Virtù x Fortuna
Dois polos onde se desenrolarão a ação política
República
República é o justo governo de várias famílias e do que lhes é comum, com
poder soberano (Bodin 8, Livro i, p.27)
Justo governo + família + algo comum + poder soberano, para Bodin, era isso
que definia o que era uma República, o que era um Estado.
Família:
Fonte e origem da república – anterioridade lógica e cronológica
Perspectiva sociológica
Estrutura social: superioridade do vitorioso
Hierarquia: presente em todos os agrupamentos sociais
Poder de comando e obediência: inerente
Algo comum:
Res Publica: coisa do povo
Bem que pertence a todos: lugares públicos
Algo mantido em conjunto por muitas pessoas
Poder soberano
Princípio que institui a República: reconhecimento de uma só e mesma
autoridade à qual todos os membros do corpo político devem estar
submetidos
Liga: acima de tudo é necessário um poder capaz de assegurar a coesão
entre os membros da sociedade em um só corpo
Para Bodin, a soberania é o ponto chave que institui a República, isso quer dizer
que a existência de uma república, dum estado politicamente organizado,
automaticamente depende de um poder soberano. Poder esse que está associado a
um governante (para ele, um absolutista), que tomará todas as decisões e tem
poder total sobre comandar, legislar, coagir, julgar e todos os ofícios necessários
para a organização e manutenção da sociedade política. Claro, desde que isso
esteja dentro da concepção do Direito positivo.
Perpétuo:
Se a posse for transitória o detentor não é soberano: pertence à República.
Perpétuo é quem a detém e não quem a assume
Jean Bodin explica que a soberania não é exercida por aqueles que estão apenas
temporariamente no controle do governo e sim por aqueles que tem o tempo a seu
favor, pois a soberania pede por estabilidade e continuidade. Por exemplo, se o
presidente de um país sair para uma reunião, o vice pode assumir aquele cargo por
um período, porém ele não será o soberano, pois é algo temporário e não estável.
Assim o poder pertence à República, ao Estado como um todo, e não aos que
ocupam cargos temporários.
Exemplo de Não soberania de um detentor transitório: Nos sistemas
democráticos, um presidente assume a cada período de tempo, então a
pessoa presidente não é soberana, já que é algo limitado e temporário, o
soberano é o Estado como um todo, representado pelo conjunto de
instituições de governo e leis.
Exemplo de Soberania perpétua: Numa monarquia hereditária onde o
poder vai passando de geração em geração, o monarca é uma figura
próxima a soberania, pois a monarquia é uma instituição contínua e estável.
O monarca tem a autoridade para tomar decisões que afetam o Estado ao
longo de sua vida, e essa autoridade é transmitida de geração em geração.
Isso se alinha com a ideia de que a soberania é perpétua, já que a autoridade
é mantida de forma contínua.
Absoluto:
Poder ilimitado Ilimitado pois é o poder extremo; incondicional pois
Incondicional é desvinculado de toda e qualquer obrigação;
Independente independente pois não depende de nada; supremo
Supremo pois não está submetido a igualdado em relação a
outros poderes. (Direito positivo)
Soberania:
Estado:
Bodin diz que a soberania pode residir, numa só pessoa, em alguns membros do
corpo político ou em todo o povo.
Então o Estado pode ser uma monarquia, uma aristocracia ou uma democracia:
Numa só pessoa: Monarquia
Algumas pessoas: Aristocracia
Todo povo: Democracia
Governo:
Já o governo é a maneira como o poder do Estado é exercido.
Ele pode ser de forma legítima, despótica ou tirânica. Isso é determinado a partir
da relação do soberano com as leis e seus súditos.
Podemos entender isso como as maneiras de como é governado,
legítimo é quando é mais justa e dentro da lei, significa um governo
mais aceitos nas normas e leis da sociedade; despótico é quando ele
é mais arbitrário e opressiva, frequentemente sem o consentimento
do povo e pode ser abusiva; e a tirânica é o governo cruel e opressiva,
visando suprimir os direitos individuais e a liberdade ao extremo.
Poder conferido:
E as maneiras como esse poder é conferido podem ser
Aristocrática, democrática ou harmônica (Essas formas de conferir poder só
existem em estados democráticos ou aristocratas)
Determinada conforme o grau de participação dos súditos nos cargos públicos.
Podemos entender isso de acordo com o grau de participação de
pessoas na máquina pública, sendo aristocrática quando alguns
poucos participam, democrático quando muitos participam e
harmônica quando é meio termo.
Até onde vai essa soberania?
Se nós dissermos que tem poder absoluto quem não está
sujeito às leis, não encontraremos no mundo príncipe
soberano, visto que todos os príncipes da Terra estão
sujeitos às leis de Deus e da natureza e a certas leis
humanas comuns a todos os povos (Bodin 8, Livro i, p.
190).
O Poder absoluto era limitado pelas
Leis divinas
Leis naturais
Leis fundamentais
Divinas: manifestam a vontade e o comando explícito de Deus.
Inviolabilidade da propriedade privada
Obrigatoriedade dos contratos
Bodin diz que o soberano tem que cumprir as leis divinas pois elas manifestam a
vontade de Deus. E por serem divinas são eternas e imutáveis, como a Biblia
Sagrada e as Leis de Moisés (10 mandamentos). Assim como Deus está obrigado
a cumprir suas promessas, o Soberano também tem de comprimir suas promessas
com o povo e seu contrato com o povo.
As leis Naturais: impõe-se a razão humana, que desde sempre os seres humanos
tem um certo conhecimento inerente ao tempo.
Tanto a Lei divina quanto Natural não se resumem a restrições morais, têm suas
normas consagradas na legislação positiva.
Ponto importante e crucial: O soberano não pode violar a propriedade privada,
principalmente por estar escrito na bíblia, não furtarás e nem cobiçarás (Lei
Divina)
Leis fundamentais
Manifestam a vontade dos membros da sociedade política, revelada pelos
usos e costumes consagrados no decorrer dos tempos.
Normas que apesar de terem origem nos costumes, definem e constituem o
próprio poder do soberano.
Representam princípios constitucionais, cuja revogação poria em risco a
própria soberania,
Iuris universi distributio (1578): exposição de um quadro do direito
universal
o indica leis partilhadas por todas as nações, encontradas por meio de
um amplo processo comparativo entre as legislações dos mais
diversos povos.
Concepção antitética
Por Bodin viver num período de transição, suas ideias e teorias carregaram
pensamentos medievais e modernos.
Ele dialogava com muitas das mudanças políticas que surgiam, mas ainda possuía
muitas características da religiosidade medieval.
A igualdade:
A diferença entre um e outro homem não é suficientemente considerável para que
qualquer um possa com base nela reclamar qualquer benefício a que outro não
possa também aspirar, tal como ele
“Tão iguais que”: iguais o bastante para que nenhum possa triunfar de
maneira total sobre outro.
Sendo iguais podem aspirar ao mesmo benefício
Suposições recíprocas:
"eu não sei o que o outro deseja, e por isso tenho que fazer uma suposição
de qual será a sua atitude mais prudente, ele também não sabe o que
quero, também é forçado a supor o que farei".
Causas de conflitos:
Competição - lucro
Desconfiança - segurança
Glória – reputação
Hobbes faz uma analogia com o clima, que por mais que não chova sempre, o céu
continua nublado, e assim é o Estado de Natureza.
Suposições > estado de tensão > nenhuma garantia do contrário.
O Estado de Natureza é uma condição de guerra, porque cada um se imagina (com
razão ou sem) poderoso, perseguido, traído.