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Contents

CONTEÚDO
Introdução
Novas gerações
Tendências
Moda Sustentável
Moda Tecnológica
Moda personalizada
Possíveis cenários para a moda do futuro
Posfácio
Glossário de termos
Bibliografia
Agradecimentos
O Futuro da Moda
Primeira edição, 2020.
Copyright © LEITE, Daniele.

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desse livro pode ser


reproduzida sem a autorização expressa da autora

Email: contato@danieleleite.com
Site: www.danieleleite.com
Capa: Daniele Leite
Foto da capa: Guilherme Estecanella
Publicação independente
CONTEÚDO
INTRODUÇÃO

CAPÍTULO 01 - Novas gerações


CAPÍTULO 02 - Tendências

CAPÍTULO 03 - Moda sustentável

CAPÍTULO 04 - Moda Tecnológica

CAPÍTULO 05 - Moda Personalizada

CAPÍTULO 06 - Possíveis cenários para a moda no futuro

POSFÁCIO

GLOSSÁRIO DE TERMOS

BIBLIOGRAFIA

SOBRE A AUTORA

AGRADECIMENTOS
Introdução
Estamos vivendo um período de mudanças profundas e disruptivas em que a
tecnologia digital fez com que as informações e as ideias se tornassem fluidas
e acessíveis, tornando o mundo acelerado e volátil, no qual velhos
paradigmas são abandonados dando lugar a novas formas de pensamento e a
novos comportamentos.
Essas mudanças também transformaram a forma como trabalhamos, nos
comunicamos e nos relacionamos. A maneira como compartilhamos ideias,
paixões e valores também mudou, afetando diretamente os nossos hábitos de
consumo, inclusive em relação à moda.
Nas décadas anteriores era aceitável ditar uma moda temporal, pautada na
obsolescência percebida, a fim de produzir de forma massificada e maximizar
o lucro, sem a menor preocupação com a poluição do meio ambiente e
exploração do trabalho de grupos vulneráveis.
Agora, há uma geração de indivíduos muito mais consciente, que valoriza e
clama por produtos eticamente elaborados, feitos com qualidade e
sustentáveis; que deseja saber quem fez e como foi produzido aquilo que
estão adquirindo.
No passado, a maior parte dos consumidores era aficionada por tendências e
marcas. Se uma bela modelo desfilasse usando um vestido feito com pele de
animal, logo, a demanda por esse tipo de roupa aumentaria. A informação
era unidirecional, partia de cima para baixo e um determinado padrão de
consumo era imposto.
Hoje, entretanto, os consumidores estão se tornando co-criadores e
microinfluenciadores da moda: através da internet há um diálogo em tempo
real com as empresas e suas opiniões fazem parte do processo de design.
Além disso, condutas não éticas por parte delas dificilmente permanecem
ocultas, pois nas redes sociais esse tipo de atitude é trazido à tona e
prontamente denunciado. O comportamento deles é influenciado não somente
pelas mudanças tecnológicas como também pelos problemas ambientais
causados por um modelo linear que já não funciona mais e ameaça o bem
estar da humanidade.
Quem são essas novas gerações que vão criar e consumir moda nos
próximos anos é o assunto do primeiro capítulo deste livro.
Já no segundo, veremos quais as tendências de hábitos de consumo e
modelos de negócios que permeiam esse cenário do futuro.
Os capítulos terceiro, quarto e quinto tratam da Moda Sustentável, Moda
Tecnológica e Moda Personalizada, respectivamente.
No último, a discussão gira em torno dos possíveis cenários para a moda no
futuro.
CAPÍTULO 1

Novas
gerações
Novas gerações

Um bom ponto de partida para visualizarmos como será a moda nos


próximos anos é o comportamento das gerações mais novas. Uma geração é
um conjunto de pessoas que nasceram no mesmo período histórico,
receberam ensinamentos, estímulos, culturais e sociais similares, e por
consequência, têm gostos, comportamentos e interesses em comum.
Atualmente, coexistem cinco gerações: Baby Boomers (nascidos entre
1940-1960); Geração X (nascidos entre 1960-1980); Geração Y ou
Millennials (nascidos entre 1980-1995); Geração Z (nascidos entre 1995-
2010); e Geração Alpha (nascidos a partir de 2010).
Nas próximas décadas, boa parte da população mundial será composta pelas
gerações Z e Alpha. Eles serão a parcela mais economicamente ativa no
mercado de trabalho e no mercado consumidor. Portanto, será o
comportamento dessas gerações, as suas formas de pensar e agir que
definirão a moda nos próximos anos.
A geração Z ou GenZ são os nativos digitais. Eles não conheceram o
mundo sem internet e nem diferenciam a vida online da off-line.
É uma geração hiperconectada, fluida, vaidosa, autodidata, multitarefa,
flexível (aprende rápido) porém dispersa (tem dificuldade de concentração),
transcultural e globalizada (graças à internet, os que pertencem à geração Z
têm acesso a culturas, produtos e pessoas do mundo todo).
Mas outras três características importantes definem a GenZ:
sustentabilidade, inclusão e autenticidade.
Eles são mais conscientes, preocupados com o meio ambiente e apesar de
serem consumistas, preferem viajar e conhecer um lugar novo ao invés de
gastar com itens supérfluos.
Assim, em relação a geração anterior, eles tendem a utilizar mais
transportes coletivos, consumir alimentação vegetariana/vegana, compartilhar
espaços, valorizar experiências acima da posse de produtos e dão preferência
às marcas que prezam pela sustentabilidade e causas sociais específicas.
A geração Z cresceu mais exposta à diversidade, sendo assim, mais
tolerante e inclusiva; características que são inerentes à sua identidade e
concepção de sociedade. Autenticidade é outro atributo muito valorizado por
eles, tanto em pessoas quanto em marcas.
A Geração Alpha, que no momento ainda é composta por crianças, lida com
excesso de estímulos desde cedo e provavelmente estará mais preparada para
as transformações que ocorrerão nos próximos anos, impulsionadas por
tecnologias que se tornarão ainda mais integradas à sua vida, até mesmo em
seu próprio corpo.

A valorização e a mobilização por causas como a sustentabilidade e a inclusão da geração


anterior, tendem a ter continuidade com ela.

A inteligência artificial será a marca dessa geração que será protagonista do


início de uma relação afetiva entre humanos e máquinas. A valorização e a
mobilização por causas como a sustentabilidade e a inclusão da geração
anterior tendem a ter continuidade com ela.
Essas duas gerações nasceram ou cresceram em meio a uma recessão
econômica, crise ambiental (como as queimadas na Amazônia, Califórnia e
Austrália) e mais recentemente, têm testemunhando a pandemia da Covid-19
(desencadeada provavelmente pelo comércio e consumo de animais
selvagens, como o pangolim).
Certamente esses eventos vão influenciar o modo de pensar e de comportar
dessas gerações. Apenas a GenZ é estimada em 2 bilhões no mundo inteiro.
Esses indivíduos estão se tornando adultos com posições fortes,
principalmente em relação ao meio ambiente, estão se conectando às marcas
que compartilham desses valores.
Em poucos anos, eles serão o maior público consumidor e criador de
cultura, negócios, tecnologia e claro, moda. Se quisermos saber quais as
tendências para o mercado fashion, precisamos prestar atenção ao que está
acontecendo agora.
CAPÍTULO 2

Tendências
Tendências

Quando a geração Baby Boomer e a geração X vieram ao mundo, a


produção em massa e a padronização dos tamanhos das roupas já eram a
norma na indústria da moda. Mas foi nos anos 90 que essa indústria adotou o
modelo fast fashion que correponde à produção, consumo e descarte rápido
de roupas de baixa qualidade.
A geração Y, que cresceu testemunhando as consequências da fast fashion
(consumo por impulso, desperdício, poluição ambiental, trabalho escravo
etc.), passou a questionar esse modelo e adotar uma conduta mais consciente,
que continuou ainda com mais força pela geração seguinte, a Geração Z.
Agora as pessoas estão passando a se importar mais com a qualidade e
longevidade das peças do que com a quantidade que consomem, dando
espaço à ideia de atemporalidade, em que as vestimentas nunca saem de
moda, independentemente da estação do ano e da época.
Essa é a Moda Atemporal que flerta com o conceito de minimalismo:
quanto mais peças coringas se tem em um guarda-roupa, menos peças são
necessárias para se vestir.
A geração Y e, principalmente a geração Z, por exemplo, tendem a priorizar
peças atemporais com as quais elas possam fazer mais combinações.
Também há uma predileção por peças de segunda mão.
Além disso, essas mesmas gerações dão preferência a coleções de marcas
que compartilham dos seus valores, como ética e sustentabilidade, por
exemplo. Desejam consumir marcas que impactem positivamente suas vidas.
Trata-se, portanto, de uma relação afetiva e não apenas mercadológica. É a
Moda Afetiva, sendo essa a razão pela qual estilistas e designers também
estão adotando falas e ações sociais, ambientais e políticas que expressam o
que os consumidores acreditam e dão propósito ao consumo.
Tais gerações de consumidores não têm interesse em marcas que tentam
agradar a todos e têm aversão a promoções em massa e produtos
padronizados. Em vez disso, preferem aquelas que dão mais valor ao
indivíduo, a sua capacidade de autoexpressão e autonomia.
Essa é a Moda Customizada - para essas gerações que estão no auge do
individualismo, a exclusividade e personalização são o que importam. As
marcas e os profissionais da moda estão se adaptando a essa nova realidade,
deixando o papel de “criadores de gosto” para serem “intérpretes de gosto”.

No futuro a moda será personalizada, tecnológica e sustentável.

O comportamento desses consumidores também caminha em direção oposta


ao modelo linear da fast fashion, devido à preferência pela customização e
atemporalidade das peças, sustentabilidade dos materiais, do design e dos
processos.
Nesse caso, temos a Moda Circular, em que roupas, sapatos e acessórios
são concebidos e produzidos para serem duráveis, biodegradáveis, atóxicos e
recicláveis, de forma que o seu ciclo de vida minimize impactos ambientais,
sociais ou econômicos.
A tecnologia tem um importante papel de catalisador de inovação no setor
da moda e na transformação de modelos de negócios lineares para modelos
circulares. Nove dessas tecnologias foram identificadas pelo relatório
Circular x Fashion Tech Trend, da Accenture e a H & M Foundation, com
potencial para gerar valor sustentável e provocar essas mudanças. São elas a
tecnologia digital (wearables, modelos de consumo circular, cadeia de
suprimentos conectada), tecnologia física (soluções 3D, nanomateriais e
robótica); e tecnologia biológica (materiais biológicos, energias renováveis,
bioenergia e biomimética).
A mudança de comportamento das novas gerações e as inovações
tecnológicas estão transformando a indústria da moda de maneira irreversível
e a forma como produzimos e consumimos vestimentas não será mais a
mesma. No futuro, a moda será personalizada, tecnológica e sustentável.
CAPÍTULO 3

Moda
Sustentável
Moda Sustentável

Com um modelo de negócio linear, que depende do consumo e, portanto,


do descarte, a indústria da moda é uma das mais poluentes do mundo e
também uma das que mais tem envolvimento com o uso de mão de obra
escrava.
Em busca de maiores lucros, o modelo fast fashion promoveu a
massificação do vestuário e a obsolescência percebida , resultando em
impactos negativos no meio ambiente e comunidades locais.
Porém, agora, toda a insustentabilidade que envolve essa indústria está
sendo questionada por uma geração de consumidores que anseia por uma
moda mais transparente, ética e democrática.
Em reação contrária à fast fashion, novas tendências, conceitos e modelos
como Slow Fashion, Normcore, Zero Waste e Upcycling têm surgido nos
últimos anos e estão moldando uma moda mais sustentável no futuro.
O Slow Fashion é praticamente sinônimo de moda sustentável e não se
refere apenas a uma forma lenta de produção, mas envolve preceitos como
comércio justo, utilização de matérias-primas locais e naturais, processos e
modelos de negócios sustentáveis, produção de peças duráveis e atemporais,
redução do descarte, prática do consumo consciente etc.
Normcore é a junção das palavras “normal” +”core” (do inglês, centro), ou
seja, significa “centro do normal”. É um movimento que atua na contramão,
uma vez que faz apelo ao uso de peças básicas, confortáveis e atemporais,
seguido por pessoas que não são guiadas apenas por tendências influenciadas
por alguma moda passageira.
Zero Waste (lixo zero) é a redução máxima do desperdício e Upcycling é a
reutilização e transformação de resíduos em novos materiais e produtos.
Ambos os conceitos têm sido aplicados tanto pela indústria como por pessoas
entusiastas da sustentabilidade, inclusive na moda, setor que gera toneladas
de resíduos que são descartados ao ano.
Outros conceitos como Moda Ética que leva em consideração os direitos
humanos por trás da produção de roupas (boas condições de trabalho, salário
justo etc.) e Moda Consciente, a qual incentiva o consumo de produtos
regionais e ao mesmo tempo a redução do consumo, também estão sendo
cada vez mais adotados por organizações e indivíduos.
A obsolescência percebida (quando consumidores são induzidos a
considerarem que um produto precisa ser substituído por outro mais atual)
tende a ser uma estratégia em declínio e as empresas darão mais foco à
experiência de compra do que ao produto em si - uma tendência chamada de
desmaterialização do consumo - seguindo o comportamento dos
consumidores.
Todas essas mudanças de comportamento de consumo acabam por
influenciar as novas economias. Na economia criativa, produtores
independentes produzem roupas sob medida e sob encomenda, que além de
serem produtos de alta qualidade, agregam valores como sustentabilidade,
inclusão social e diversidade cultural. Na economia compartilhada, brechós
e lojas alugam vários tipos de roupas e acessórios, permitindo que os
consumidores atendam suas necessidades de moda, sem precisar adquirir
novos itens, o que poderia gerar um excedente de trajes, os quais seriam
descartados em virtude de sua obsolescência.
Rent the Runway (EUA), Girls Meet Dress (Reino Unido) e Rent Style
(Brasil) são exemplos de lojas de locação de vestuário e a ThrendUP, que se
denomina a “maior loja de consignação e de brechó on-line”. No futuro,
qualidade será mais importante do que quantidade e acesso, mais relevante do
que posse.
Na Moda Circular, novas abordagens em design de produtos e processos
como Biodesign e Biomimética estão permitindo o desenvolvimento de
materiais mais ecológicos. O Biodesign trata da utilização (e modificação) de
organismos vivos, como bactérias, na composição de produtos e serviços. Já
a Biomimética é um método de inovação que busca soluções sustentáveis
para os problemas humanos, imitando padrões e estratégias da natureza.
Um exemplo que utiliza essas duas abordagens de inovação é a empresa
Siber, no Japão, que se inspirou na teia de aranha (que é mais resistente do
que kevlar e mais flexível do que o nylon) para produzir um novo tipo de
tecido chamada Qmonos, incorporando o DNA de seda de aranha em
micróbios.
Outro produto inspirado na natureza, mais especificamente nas folhas da
planta lótus (capaz de repelir água e lama), são as camisetas que repelem
manchas - de vinho, tomate etc. - desenvolvidas com aplicações de
nanotecnologia hidrofóbica pela empresa australiana Threadsmiths.
O biodesign também tem permitido a utilização de micro-organismos para a
criação de métodos de tingimento mais sustentáveis. A startup inglesa
Colorifix desenvolveu um tipo de biopigmento, em que bactérias
geneticamente modificadas conseguem produzir pigmentos naturais
diretamente sobre os tecidos, o que proporciona a redução do uso de água e
energia.
Nas Filipinas, a empresa Ananas Anam utiliza folhas de abacaxi para
produzir um novo tipo de fibra têxtil: resistente, arejada, macia, leve e
flexível - o Piñatex ™ que é utilizado em várias aplicações, inclusive roupas.
As fibras das folhas do abacaxi são semelhantes às da seda, retêm bem os
corantes e são uma boa alternativa ao couro, cujo processo de fabricação usa
muita energia e envolve a utilização de diversos produtos químicos, que
geram fumaça e resíduos, ocasionando a poluição do meio ambiente.
Algumas marcas já iniciaram projetos de moda circular: a C&A
desenvolveu camisetas totalmente compostáveis, certificadas pelo Cradle to
Cradle Products Innovation Institute.
Em 2018, a Osklen lançou uma coleção de Verão com 90% de suas peças
inteiramente produzidas a partir de recursos renováveis e processos
sustentáveis. Marcas como a Nike dispõem, em suas lojas, de caixas para
descarte a fim de que os clientes deixem ali os tênis velhos, que são
recolhidos e enviados de volta para as fábricas, onde se transformam em
matéria-prima para novos produtos.
CAPÍTULO 4

Moda
Tecnológica
Moda Tecnológica

No capítulo anterior, vimos como algumas tecnologias estão tornando a


moda mais sustentável. Ao invés de explorar a natureza, estamos começando
a aprender com ela.
A nanotecnologia e a biotecnologia estão permitindo criar novos insumos e
produtos; novos tecidos a partir de restos de frutas; novos tipos de seda e
métodos de tingimento a partir de bactérias; e novos produtos à partir de
peças descartadas.
Outras tecnologias também vêm sendo utilizadas por projetistas de moda
para inovar em design de materiais, de processos e produtos. Há
oportunidades de usar o big data para melhorar o produto ou para encontrar e
compartilhar recursos; impressão 3D para fazer moldes; robôs para cortar e
costurar os tecidos; algoritmos de inteligência artificial para identificar
tendências; realidade virtual para melhor a experiência de compra e
blockchain para auxiliar na transparência e controle da produção e
distribuição.

Impressão 3D
A impressão 3D já começou a ser utilizada no mercado da moda e promete
grandes transformações no setor, pois possibilita a customização em larga
escala e a produção sob demanda, o que significa redução do estoque e
menos desperdício.
Por enquanto, essa tecnologia é mais adequada para materiais duros e com
formas geométricas, de maneira que as impressões têm funcionado melhor
para a produção de acessórios (como joias, óculos, relógios) e calçados. Nike,
Adidas, Under Armour e New Balance são exemplos de marcas que já estão
utilizando essa tecnologia de prototipagem para imprimir calçados para
corrida e solas para chuteiras customizáveis.
Ainda que no momento tecidos impressos em 3D não se comportem da
mesma forma que um tecido têxtil, com mais flexibilidade e adaptabilidade à
forma do corpo, alguns designers inovadores estão conseguindo adaptar
novos materiais para a impressão 3D e criar coleções inteiras.
É o caso da estilista israelense Danit Peleg que desenvolveu uma coleção
de cinco peças produzidas inteiramente com uma impressora 3D caseira,
também temos a estilista canadense Stephania Stefanakou que fundou uma
startup para fazer roupas personalizadas impressas em 3D.
Grandes marcas também já estão inserindo peças impressas em 3D nas suas
criações, como a grife francesa Chanel e a italiana Versace. Profissionais
dessas indústria imaginam que futuramente a impressão 3D será usada junto
com os métodos tradicionais, resultando em criações que refletem o melhor
dos dois processos.
Inteligência Artificial e Big Data Analytics
A Inteligência Artificial (IA) e o Big Data Analytics estão transformando
praticamente todos os setores da economia e na indústria da moda não é
diferente. Aliadas a ferramentas de mídia social, essas duas tecnologias
podem agilizar o processo de design e prever com maior precisão a demanda
por produtos, permitindo assim um melhor planejamento da produção e a
redução do desperdício, que são ocasionados pelos níveis de estoque muito
altos e produtos obsoletos.
Através dessas tecnologias preditivas, cientistas de dados de empresas do
setor da moda coletam e cruzam informações da internet e dos seus próprios
banco de dados sobre o comportamento dos consumidores (preferências,
pesquisas, compras etc.), gerando insights importantes sobre tendências de
consumo e ter uma estimativa de quais itens serão mais vendidos antes
mesmo de serem produzidos. Para os negócios, a produção fica mais ágil e
assertiva; para os consumidores, as opções ficam mais personalizadas.
A marca brasileira Amaro, de moda feminina, é uma das que investe em
tecnologia de análise de dados em todos os seus processos, desde o design e
manufatura das peças até a definição de local para abertura de uma nova loja.
Dessa forma, a empresa consegue customizar seus produtos, prever o número
de peças que provavelmente será vendido em determinado período etc.
A startup americana TrueFit também utiliza big data e aprendizado de
máquina para customizar roupas e sapatos através de uma plataforma de
personalização, em que o cliente fornece especificações das peças que deseja
comprar. Algoritmos calculam forma e tamanho com base nessas
informações, recomendam um tamanho para cada roupa e sugerem outras
peças que porventura possam servir.
Pesquisadores do Facebook desenvolveram um sistema de inteligência
artificial chamado Fashion++, capaz de reconhecer vestuários e fazer
recomendações sobre quais elementos ajustar, colocar ou remover. Para fazer
essas sugestões a ferramenta utiliza um algoritmo de reconhecimento visual.
Apesar de ainda se tratar de uma pesquisa acadêmica, a ideia é que no futuro
ela seja utilizada por assistentes digitais a fim de fornecer conselhos pessoais
de estilo ou compras.

Robótica e Automação
No setor têxtil, faz algum tempo que os robôs vêm sendo utilizados para
automatizar processos como movimentar caixas nas prateleiras do estoque de
lojas. Mais recentemente, passaram a ser utilizados também na fabricação de
roupas.
A empresa norte americana SoftWear Automation desenvolveu máquinas
de costura automatizadas, apelidadas de Sewbots, que utilizam câmeras e
braços robóticos para cortar e costurar tecidos de maneira precisa e rápida.
Dessa forma, um trabalho que era exclusivo dos seres humanos, agora pode
ser executados por esses robôs que são capazes de substituir 17 trabalhadores
humanos e produzir 800 mil camisetas por dia.
Os Sewbots são utilizados pela empresa Tianyuan Garments Company
que produz peças para marcas como Adidas que inclusive também abriu a
Speedfactory, sua primeira fábrica de calçados controlada em grande parte
por robôs.
Essa fabricação automatizada, assim como a IA, também permitirá que as
empresas possam tornar os processos de produção mais rápidos, eficientes e
precisos, reduzindo os riscos de excesso de estoque de roupas, minimizando
assim o desperdício.
Outro papel importante da automação robótica é permitir a fabricação
personalizada em massa, impulsionando a produção sob demanda e levando
a maior customização, de maneira que futuramente, os clientes serão capazes
de personalizar suas roupas, calçados e acessórios para então serem
produzidos em fábricas automatizadas e entregues ao cliente em pouco
tempo.
A utilização de robôs inteligentes de compras nas lojas de roupa de varejo é
outra tendência, como é o caso do robô humanoide Pepper da empresa
Aldebaran, que pode executar uma grande variedade de tarefas e
desempenhar diversas funções como por exemplo, assistente de moda.
O robô Pepper é capaz de reconhecer emoções humanas e adaptar seu
comportamento de acordo com elas, além de acessar dados na internet. Assim
, ele pode atender aos gostos pessoais e pesquisar informações na rede como
o melhor preço de um produto, por exemplo.
Realidade Aumentada
Aos poucos, os recursos de Realidade Aumentada (RA) estão começando a
transformar a forma como as pessoas consomem moda, proporcionando uma
melhor experiência de compra e atendimento personalizado como por
exemplo, dar ao cliente a possibilidade de testar peças de roupas, fazendo
montagens e combinações.
As aplicações da RA na indústria da moda são várias: espelho digital ou
provador virtual (possibilita ao cliente visualizar uma peça em seu corpo em
uma tela, fazer combinações e trocar, tudo virtualmente); catálogos, vitrines e
lojas virtuais (lojas totalmente virtuais acessadas por aplicativos ou lojas
físicas com telas de RA simulando prateleiras) e customização das roupas (um
aplicativo de RA digitaliza as medidas do corpo e oferece peças precisas de
acordo com o biotipo da pessoa).
Entre as marcas que já utilizam RA para melhorar a experiência dos seus
clientes estão a Gucci, cujo aplicativo permite que seus clientes
experimentem de maneira virtual os tênis de luxo da marca e a Timberland
que em uma campanha de marketing, instalou uma tela onde os usuários
podiam visualizar a sua imagem com as roupas da marca e trocar de peças.
A empresa Trillenium desenvolveu um aplicativo de RA que permite ao
usuário andar por lojas virtuais, visualizando os produtos. Em 2018, a
Amazon registrou a patente de um espelho inteligente, onde o comprador
poderá experimentar roupas de forma virtual, antes de realizar a aquisição.
Wearables, Internet das Coisas e Scanners
Wearables (dispositivos vestíveis) são tecnologias ou computadores
incorporados em roupas e acessórios, equipados com sensores, microchips e
conectados à internet. Entre as principais funções desempenhadas por esses
dispositivos estão: monitoramento de funções fisiológicas e biofeedbacks;
rastreamento e segurança; comunicação e acesso a informações online;
melhoria do conforto e da experiência do usuário etc.
Designers em todo mundo já trabalham com tecidos inteligentes para criar
roupas multifuncionais e interativas, capazes de mudar de cor, regular a
temperatura e funcionar como touchscreen. A companhia chinesa Xiaomi
lançou uma jaqueta com controle de temperatura e totalmente à prova d’água;
e a empresa Sensoria produz peças para atividades físicas (camisetas, top
esportivo, meias) que registram e transmitem para um smartphone
informações como frequência cardíaca, calorias gastas e distância percorrida.
Acessórios smart como pulseiras fitness, visores de realidade aumentada,
relógios, óculos, joias e bonés inteligentes são outros tipos de dispositivos
vestíveis que já estão disponíveis no mercado. Samsung e Apple têm cada
uma os seus próprios modelos de smartbands e smartwatches. A Google já
havia lançado em 2012 o Google Glass - dispositivo semelhante aos óculos e
com várias funcionalidades; a Ford criou um boné inteligente para evitar que
motoristas durmam ao volante; e os anéis inteligentes da rRing da Project
Company têm funcionalidades como realizar pagamentos e abrir fechaduras
eletrônicas.
Através da Internet das Coisas (IoT) qualquer objeto pode se conectar com
outros objetos e/ou pessoas, incluindo os wearables, que interagem
diretamente com o corpo do usuário, possibilitando a conexão com diversos
outros aparelhos e compartilhando dados via Bluetooth ou Wi-Fi. Em breve,
vestuários feitos com e-textiles (tecidos eletrônicos) serão fabricados como
produtos digitais equipados com sensores e etiquetas (QR codes, NFC ou
RFID), permitindo que as pessoas possam verificar a origem do produto, seu
processo de manufatura e recebam informações personalizada etc.
Outra tecnologia que vem sendo cada vez mais utilizada no mundo da
moda é o scanner digital tridimensional (3D) que permite o reconhecimento
de formatos corporais e a padronização de sistemas de medidas, o que seria
uma das soluções para o problema da incompatibilidade entre os produtos de
vestuário e o corpo do consumidor final.
A empresa TG3D Studio sediada em Hong Kong, desenvolveu o
dispositivo Scanatic™, um scanner corporal infravermelho em forma de
vestiário, em que o usuário entra com seu smartphone, ativa o aplicativo e o
aparelho realiza as medições, enviando os dados diretamente para celular
dele. Além disso, a empresa armazenou detalhes de medições para uma
grande variedade de varejistas, incluindo Zara, H&M, Adidas e Nike, com o
objetivo de indicar exatamente qual tamanho o consumidor deve procurar
quando for comprar nessas lojas.
Em 2017, a Amazon adquiriu a empresa Body Labs, uma startup de
escaneamento corporal em 3D, com a intenção de melhorar o seu serviço
Prime Wardrobe, que envia aos clientes uma caixa com roupas para
experimentar e devolver os itens que não gostaram. A implementação dessa
tecnologia pode ajudar a Amazon a oferecer aos compradores roupas, sapatos
e acessórios que se encaixem melhor no seu gosto pessoal, possibilitando aos
clientes compras mais assertivas e ajudando a varejista a reduzir os retornos.
A empresa Bodi.me, também de escaneamento corporal 3D, trabalha com
marcas como Forever 21, Ralph Lauren, Empório Armani, Boss e
funciona criando um avatar 3D que ajuda os clientes a encontrarem roupas
perfeitamente ajustadas após a digitalização na loja. Outras empresas no
mesmo setor incluem Styku, Me-Alit e mPort, que lançaram cápsulas de
digitalização em 3D em shoppings da Austrália.
A empresa americana MTailor, de moda masculina, desenvolveu um
serviço de alfaiataria virtual através de um aplicativo que tira as medidas do
cliente com a câmera do celular e entrega a roupa customizada na casa da
pessoa.
Para utilizar adquirir o produto, o usuário deve baixar o aplicativo no
celular e gravar um vídeo, no qual ele deve aparecer de corpo inteiro com
roupas mais justas e dar algumas voltas em frente ao celular.
Em menos de 30 segundos, algoritmos de aprendizado de máquina realizam
as medições em 17 pontos diferentes do corpo que são 20% mais precisas do
que um alfaiate profissional.
Depois, o usuário pode escolher através de um catálogo os modelos de
roupa, tipo de tecido, a cor, estilo de gola, botões, cor da linha e outros
elementos da sua preferência e fazer o pedido.
A vantagem é que o cliente pode comprar peças já ajustadas às medidas do
corpo sem sair de casa, por um preço mais acessível e medições mais precisas
do que o serviço de alfaiataria.
É ideal para os homens que tem medidas fora do padrão e com dificuldade
para comprar roupas que lhes sirvam bem.
CAPÍTULO 5

Moda
Personalizada
Moda personalizada

Efemeridade e individualidade são algumas das características que fazem


parte de vários aspectos da sociedade atual: trabalho, relacionamentos,
ideologias, consumo. É o que o sociólogo Zygmunt Bauman definiu como
Modernidade Líquida, onde tudo é fluido, ou seja, volátil, mutável,
imprevisível e sem um padrão definido.
Nessa sociedade globalizada, acelerada e hiperconectada , as gerações mais
jovens (como Y e Z), ao mesmo tempo que são mais conscientes
ecologicamente, também consomem produtos - incluindo vestuário - que
identifiquem seu estilo de vida e comportamento.
Como resultado dessa busca por mais autenticidade e representatividade que
vem quebrando os padrões impostos pela massificação do consumo, as
marcas tendem a focar na exclusividade das pessoas por serem quem são.
Assim, a moda tende a ser cada vez mais individual e por conseguinte,
personalizada.
Mas não é apenas a moda padronizada que desagrada as novas gerações,
mas também os modelos padronizados das roupas que não abrangem a
diversidade de biotipos . Muitos consumidores acham constrangedor ter de
provar várias peças até que encontrem (quando encontram) alguma que lhes
sirva.
Diante de um mercado que está cada vez mais segmentado e cuja demanda
por produtos sob medida só tende a crescer, tecnologias como o
escaneamento corporal 3D e a impressão 3D ( que já citamos no capítulo
anterior) já estão começando a impactar os negócios de moda e consolidando
uma nova tendência: a customização do vestuário.
Por essa razão, muitas empresas estão apostando na digitalização e
impressão de roupas e calçados. É o caso da ShapeScale, que desenvolveu
um escâner 3D o qual registra as mudanças métricas do corpo, permitindo ao
usuário acompanhar o seu desenvolvimento físico e comparar o progresso ao
longo do tempo, além de criar um avatar com todas as suas medidas , que
poderia ser utilizado para fazer compras em lojas online, por exemplo.
Graças às mídias sociais, consumidores desempenham a função de
microinfluenciadores e a tendência é que se tornem cocriadores junto a
estilistas e designers de moda.

Além disso, através das redes sociais, big data analytics e inteligência
artificial fica cada vez mais rápido para as empresas detectarem tendências e
produzirem vestuário sob demanda, conforme identificam a preferência dos
consumidores em determinado momento.
O papel dos profissionais da moda também está se adaptando aos avanços
tecnológicos e às mudanças no comportamento da sociedade. Graças às
mídias sociais, consumidores desempenham a função de
microinfluenciadores e a tendência é que se tornem cocriadores junto a
estilistas e designers de moda.
À medida que as plataformas digitais, mídias sociais e dispositivos
tecnológicos se tornem mais responsivos, esses profissionais precisarão de
empatia para compreender as necessidades e anseios dos consumidores - e
não o que eles ou a indústria da moda impõe.
Consultores de imagem e estilo são um bom exemplo disso. Eles estão
utilizando técnicas de Visagismo para descobrirem o que proporciona mais
harmonia à imagem pessoal de seus clientes, considerando o formato do rosto
e expressões. Os consultores também se utilizam de técnicas de Colorimetria
para investigar as cores que mais favorecem a beleza de cada um, que
amenizam imperfeições e se coadunam com suas personalidades. Dessa
forma, possibilitam que as pessoas expressem com mais acurácia o seu estilo
e sua identidade através da imagem, de acordo com os seus objetivos.
Inclusão e diversidade são valores que vêm sendo integrados à moda e tem
sido comum ver nas passarelas, modelos fora dos padrões convencionais -
plus size, idosos, portadores de deficiência, indígenas etc., assim como têm
crescido o número de influenciadores digitais de moda inclusiva - um termo
para a moda dedicada a pessoas portadoras de algum tipo de deficiência -
cujo principal objetivo é simplificar o ato de vestir, levando em conta as
especificidades de cada indivíduo, sem abrir mão do conforto, design e estilo.
Pequenos estilistas autorais também estão ganhando espaço no mercado,
pois produzem localmente e em pequena escala, criações com sua própria
identidade - em oposição ao fast fashion e seus produtos massificados - o que
tem um forte apelo principalmente entre as gerações mais jovens, da qual
fazem parte consumidores mais conscientes que apoiam questões como a
sustentabilidade, movimento slow fashion e a valorizam a autenticidade.
Outros fatores que podem contribuir fortemente para a valorização dos
estilistas autorais é qualidade das suas criações e o aumento do desejo por
vestimentas customizadas. Alguns estilistas e artesãos já trabalham nesse
modelo de negócio, produzindo peças, não para a grande público, mas para
nichos específicos.
O movimento Maker (ou a cultura do faça você mesmo) na moda,
associado à busca do estilo pessoal, está levando algumas pessoas pelo
mundo a criarem as suas próprias roupas tecnológicas e/ou sustentáveis.
Tudo isso, por meio de tutoriais na internet, que os auxiliam na construção
de wearables utilizando plataformas de componentes eletrônicos baseada em
código aberto como Arduino, BeagleBoard ou Raspberry Pi.
Há também tutoriais online para confecção de tecidos biológicos
(Biocouture), tingimento e estamparia de tecidos orgânicos utilizando
bactérias específicas para produzir pigmentos naturais e para Upcycling
(criação de novas modelagens, recortes, formas de costurar) para
confeccionar roupas, bolsas, acessórios.
CAPÍTULO 6

Possíveis
cenários
para a moda
no futuro
Possíveis cenários para a moda do futuro

Atendência para a indústria da moda é que a tecnologia faça com que sua
cadeia produtiva se torne cada vez mais digitalizada e descentralizada,
eliminando a necessidade de ocupar espaço físico com estoques e reduzindo o
deslocamento com transporte de materiais, que inclusive serão mais
ecológicos, tornando todo o processo altamente sustentável.
A distinção entre lojas físicas e on-line tende a desaparecer, com aquelas
passando a funcionar como uma vitrine, com foco em proporcionar
experiências imersivas, cada vez mais interativas e envolventes, através de
assistentes robóticos e humanos, especializados em tornar a vida das pessoas
mais fácil e prazerosa, assim como a utilização de scanner corporal para tirar
as medidas e realidade aumentada para experimentar vestimentas de forma
virtual, tudo através de aplicativos.
As lojas, além de funcionarem como vitrines, terão os eventos
(movimentação, saída de produtos etc) monitorados e capturados por meio da
internet das coisas e analisados por inteligência artificial para aprimorar a
experiência do consumidor. Além disso, será comum o conceito de lojas
temporárias, utilizadas para promover produtos e reforçar marcas.
A maneira como as pessoas farão as suas compras também será diferente,
mas é complexo afirmar qual será exatamente o comportamento dos
consumidores no futuro, já que a conduta deles não é mais linear, uma vez
que realizam diferentes jornadas de compras.
A tendência é que as lojas físicas sejam reconfiguradas como centros de
fabricação e distribuição, equipadas com máquinas automatizadas e robôs
assistentes de venda que oferecerão informações sobre produto disponíveis
dentro da loja física ou virtual e sugestões de moda.
Conforme o tempo avança, todo processo tende a se tornar cada vez mais
tecnológico. Segundo futuristas, é provável que por volta de 2050, em grande
parte das cidades, as redes de fast fashion sejam substituídas por minifábricas
automatizadas onde os clientes poderão personalizar roupas, calçados e
acessórios (escolhendo variados tipos de materiais) que serão produzidos no
próprio local através de uma impressora 3D.
As tecnologias de GPS, IoT e Big Data tornarão todos os envios rastreáveis
em tempo real por fabricantes, fornecedores e clientes, desde o momento da
compra até a entrega e o Blockchain aumentará a eficiência nas transações,
eliminando a necessidade de intermediários, e reduzindo a falsificação de
produtos.
Os centros de distribuição tenderão a funcionar em pequenos depósitos
automatizados instalados em espaços urbanos e acessíveis, aproximando os
clientes e os locais de produção, diminuindo assim a necessidade de
transporte. Tais centros também serão integrados com veículos e drones
autônomos que farão a entrega de produtos comprados online ou na própria
loja.

As roupas no futuro serão altamente tecnológicas e sustentáveis,


capazes de se atualizarem, repelir sujeira e monitorar a saúde humana.
Serão feitas de tecidos biodegradáveis e inteligentes, com circuitos
eletrônicos flexíveis e resistentes, que vão ao mesmo tempo interagir
diretamente com o corpo e com outros objetos remotamente através da
internet das coisas.

Ademais, impressoras 3D e scanner corporal integrados aos smartphones


serão tecnologias acessíveis para as pessoas, que poderão tirar as suas
próprias medidas, criando um avatar virtual, que permitirá o ajuste das roupas
de acordo com o biotipo. Todas essas informações estarão disponíveis em um
arquivo, o qual poderá ser usado para imprimir as peças em suas próprias
casas, utilizando impressoras 3D.
As roupas, no futuro, serão altamente tecnológicas e sustentáveis, capazes
de se atualizarem, repelir sujeira e monitorar a saúde humana. Serão feitas de
tecidos biodegradáveis e inteligentes, com circuitos eletrônicos flexíveis e
resistentes, que proporcionarão ao mesmo tempo interação direta com o
corpo e com outros objetos remotamente através da internet das coisas.
A nanotecnologia permitirá que essas roupas sejam antiodor, hidrofóbicas e
adaptáveis. Em vez de comprar roupas novas, as pessoas poderão fazer o
download de novas estampas e cores através de um aplicativo no celular
conectado via bluetooth ao tecido, criando inúmeras combinações com a
mesma peça.
As roupas também serão capazes de se auto reparar se danificadas,
mudarem sua textura e utilizarem a energia cinética do corpo ou a luz solar.
Sensores biométricos serão integrados para monitorar sinais vitais e
microcápsulas de medicamentos e perfumes poderão ser incorporados aos
tecidos e liberadas diretamente sobre a pele.
A forma como são feitas as campanhas de lançamento das coleções de
moda também será digitalizada. Se hoje já existem influenciadores avatares
criados por computação gráfica como Lil Miquela (@lilmiquela), Ronnie
Blawko (@blawko22) e a primeira top model digital Shudu Gram
(@shudu.gram), é muito provável que no futuro os modelos sejam virtuais e
os desfiles aconteçam em cenários altamente criativos.
Com tecnologia de realidade virtual, as pessoas poderão assistir aos
desfiles utilizando óculos VR, o que faz sentido, já que os custos com espaço,
materiais e cachês com modelos reais poderão ser bastante reduzidos.
Posfácio

NOs últimos anos temos experimentado a personalização de serviços


através de anúncios direcionados nas mídias sociais como Facebook, ofertas
de produtos específicos na Amazon ou indicações de filmes na Netflix.
Ao que tudo indica, essa customização só tende a crescer e abranger outros
aspectos das nossas vidas, como por exemplo, a medicina personalizada em
que tratamentos e remédios serão indicados com base em nosso perfil
genético.
Com a moda não será diferente. Poderemos comprar e vestir roupas com o
caimento perfeito, de acordo com nosso biotipo ou preferência, sendo uma
realidade bem diferente dos tempos de hoje em que, sem muita opção,
consumimos roupas padronizadas em lojas de marcas globalizadas.
A sustentabilidade, que hoje ainda é questionada apesar de todas as
evidências que estamos prejudicando até mesmo a nossa própria espécie, no
futuro fará parte de cada aspecto das nossas vidas, tanto como indivíduos
quanto como sociedade.
Teremos uma economia circular. Vestiremos roupas que não serão
poluentes, pelo contrário, seu material servirá para a produção de outros
insumos ou simplesmente poderá ser decomposto no final do seu ciclo, assim
como acontece com as cascas de frutas quando são descartadas na natureza.
A tecnologia será integrada à nossa biologia. Dentro e fora do nosso corpo
teremos aparatos tecnológicos interagindo com o nosso organismo; desde
nanobots eliminando ateromas na corrente sanguínea até a roupas que captam
sinais vitais e realizam funções de acordo com tais informações.
Assim, a moda do futuro será a integração entre a tecnologia, o design
customizável e a natureza. Uma vez que estamos vivendo em um momento
da história de grandes disrupções, em um mundo globalizado e exponencial,
não deve levar muito tempo para vivenciarmos essa realidade.
Glossário de termos
Automação - é o uso de dispositivos eletrônicos e controlados por
computador para assumir o controle dos processos, com mínima ou nenhuma
interferência humana.

Big Data Analytics - É o cruzamento e análise de um grande volume de


dados gerados por pessoas e dispositivos conectados à internet.

BioCouture - Projeto liderado pela designer Suzanne Lee que utiliza celulose
bacteriana (obtido através de uma cultura com leveduras, chá verde e açúcar)
para produzir um tecido que imita o couro animal.

Biodesign - é o estudo dos princípios básicos da natureza (estruturas,


sistemas e processos) para aplicação em soluções tecnológicas e envolve a
utilização de materiais de base biológica para o desenvolvimento de produtos
e serviços.

Biomimética - é uma abordagem à inovação que busca soluções inovadoras,


disruptivas e sustentáveis para os desafios e problemas complexos através da
emulação de padrões e estratégias da natureza.

Biopigmento - são pigmentos ou corantes produzidos por organismos vivos


como certas bactérias, microalgas e plantas, que por serem orgânicos, não
trazem prejuízos ao meio ambiente.

Biotecnologia - é o uso de um organismo, componente do organismo ou


qualquer outro sistema biológico para fazer um produto ou processo que
contribua para a resolução de um problema.

Blockchain - É um banco dados que funciona como um livro de registros


compartilhável, imutável e à prova de violação que serve para a gravação de
transações, rastreamento de ativos e construção de confiança.

Economia criativa - é o conjunto de negócios baseados no capital


intelectual e cultural e na criatividade que gera valor econômico.
Economia compartilhada - é um sistema social e econômico baseado no
compartilhamento de recursos humanos, físicos ou intelectuais, envolvendo
novas formas de organização do trabalho (mais horizontais que verticais),
troca dos bens, espaços e instrumentos (com ênfase no uso e não na posse) e
a organização dos cidadãos em redes ou comunidades (geralmente
intermediadas por plataformas online).

Inteligência Artificial (IA) - é um ramo da Ciência da Computação que


se ocupa em desenvolver mecanismos e dispositivos tecnológicos que possam
simular o raciocínio humano ou seja, a capacidade de aprender, raciocinar,
perceber, deliberar e decidir logicamente sobre os fatos.

Internet das Coisas (IoT) - refere-se a qualquer objeto que através de


sensores e outros sistemas digitais, coletam e transmitem informações com
pessoas e outros objetos, através da internet ou outras formas de conexões
como radiofrequência (RFID).

Impressão 3D - é uma forma de tecnologia de fabricação aditiva onde


um modelo tridimensional de um objeto é criado por sucessivas camadas de
material (que pode ser desde plástico a tecido vivo).

Movimento Maker - é uma cultura composta pela crença de que


qualquer pessoa é capaz de criar, alterar, consertar e fabricar diferentes tipos
de objetos com as próprias mãos, focada na aprendizagem de modo informal
e compartilhada publicamente.

Nanotecnologia - é o entendimento e controle da matéria em escala


atômica e molecular aplicada na construção de novos materiais e
componentes com estruturas estáveis e melhores.

NFC - Near Field Communication (Comunicação por Campo Próximo) -


É uma tecnologia que permite a troca de informações sem fio e de forma
segura entre dispositivos dotados deste recurso (aparelhos celulares, pulseiras
eletrônicas,cartões etc) que estejam próximos um do outro.

QR Code - Quick Response (Resposta Rápida) - Trata-se de um código


de barras bidimensional que pode ser facilmente impresso em cartazes,
cartões, etiquetas e escaneado por qualquer dispositivo móvel equipado com
câmera e com um leitor de QR Code.

Realidade Aumentada ou Augmented Reality (AR) - é a integração de


elementos ou informações virtuais a visualizações do mundo real através de
uma câmera e com o uso de sensores de movimento (um exemplo são os
filtros do Instagram Stories, com animações que se sobrepõem à imagem ou
vídeo captados).

Realidade Virtual ou Virtual Reality (VR) - é uma tecnologia de


interface entre um usuário e um sistema operacional disponível em um
ambiente virtual que simula efeitos sonoros, visuais e táteis através de
recursos gráficos 3D ou imagens 360º.

RFID - Radio Frequency Identification (Identificação por


Radiofreqüência) é uma tecnologia que permite coletar, armazenar e
transmitir dados por frequência de rádio, através da identificação de objetos
equipados com dispositivos conhecidos como tags ou etiquetas eletrônicas.

Robótica - é uma ciência responsável por desenvolver tecnologias


presentes em computadores, sistemas, softwares e robôs, cujas partes
mecânicas e automáticas são controladas por circuitos integrados.

Scanner 3D - é um aparelho capaz de analisar um objeto já existente e


transformá-lo num modelo digital. No campo da moda, o equipamento é
utilizado para tirar as medidas exatas das pessoas e também na determinação
de formatos corporais para produção de roupas e acessórios.

Upcycling - consiste no processo de reaproveitar objetos e materiais


(inúteis ou indesejáveis) para criar itens, muitas vezes com funções
diferentes, de melhor qualidade ou com maior valor ambiental.

Wearables ou tecnologias vestíveis - são dispositivos tecnológicos que


podem ser utilizados pelos usuários como peças do vestuário. Esses
dispositivos podem receber sensores e conectar-se à internet que permite
oferecer recursos extras. Smartwatches, pulseiras e óculos inteligentes são
alguns exemplos.
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Sobre a autora
Daniele Leite de Morais é escritora, professora e consultora de imagem
e estilo.

Graduada em Letras pela Universidade Federal do Ceará (UFC).


Especialista em Educação Ambiental e Sustentabilidade pela Universidade
Cândido Mendes (UCAM).

Consultora e Coach de imagem pela Ecole Supérieure de Relooking.


Atua como professora de Literatura e Língua espanhola em uma escola
pública da rede estadual do Ceará há quase 10 anos.

Para mais informações consulte o perfil da autora no LinkedIn


Agradecimentos
A Deus, por sua graça, misericórdia, salvação e amor, pela vida.
Aos meus pais, por serem instrumentos de Deus na minha vida e me
guiarem por um bom caminho.
Ao meu esposo, pelo amor e por todo o apoio, por comprar as minhas ideia
e colorir os meus dias, por me ajudar a acreditar nos meus sonhos.
Aos meus amigos, que me apoiam das maneiras mais inesperadas, que
torcem por mim, compartilham os meus projetos e vibram com cada vitória.
Aos leitores dos meus blogs, gratidão por serem tão especiais.

" Quem estará nas trincheiras ao teu lado ?


- E isso importa ?
- Mais do que a própria guerra.

Ernest Hemingway

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