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Monografia Yoleny Hipitifingo VF
Monografia Yoleny Hipitifingo VF
LUANDA, 2023
UNIVERSIDADE DE BELAS
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E ECONÓMICAS
CURSO DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS
FOLHA DE ROSTO
LUANDA, 2023 i
FICHA CATALOGRÁFICA
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio
convencional ou electrónico para fins de estudo e pesquisa desde que citada a fonte.
DATA_________/_________/___________
Nº de páginas: 50
ii
YOLENY FRANCISCA ODETH HIPITIFINGO
FOLHA DE APROVAÇÃO
O IMPACTO DO CLIMA ORGANIZACIONAL NO DESEMPENHO
DOS COLABORADORES DO COMPLEXO ESCOLAR BENEDETINA
SANTA ESCOLÁSTICA 4099
Aprovado,_____/_____/_____
BANCA EXAMINADORA
Presidente do Júri
____________________________
1º Vogal
_____________________________________
2º Vogal
_____________________________________
Secretário
___________________________
iii
DEDICATÓRIA
iv
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer a todos que de alguma forma contribuíram para a realização deste
trabalho, ao Professor Délcio Rodrigues, por aceitar o desafio de orienta- me, compartilhar os
seus conhecimentos com muita dedicação, paciência e serenidade para o alcance deste
objectivo. Ao professor Nimi-Ya-Henda, pelas contribuições e incentivo ao meu trabalho. Ao
Professor Pedro Bráz Pacas, pela amizade e contribuições neste trabalho. À direcção do
Complexo Escolar Benedetina Santa Escolástica, pela disponibilização da infraestrutura para o
estudo de caso. Ao Professor Fernando Luís, mais do que professor foi um irmão mais velho. Á
minha família, em particular minha mãe e meus irmãos, pelo carinho, amor incondicional,
apoio e por acreditarem em mim. Ao meu namorado, pela motivação, carinho e apoio
incondicional. As minhas duas amigas e irmãs da vida Ângela e F muito obrigada pela
paciência, carinho e amor por mim. As minhas colegas e amigas da licenciatura a Luísa, Dânia,
Vivalda, Cassilda, Aline, Doroteia, Helena, Mônica, Francis, Cristina, pela companhia nos bons
e maus momentos no decorrer deste período de tempo sem esquecer a Yolanda pelo apoio neste
projecto.
v
RESUMO
vi
ABSTRACT
vii
LISTA DE TABELAS
Tabela nº 4 – Comunicação 39
viii
LISTA DE FIGURAS
ix
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico nº 3 – Comunicação 40
x
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
xi
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO..................................................................................................................i
FICHA CATALOGRÁFICA...................................................................................................ii
FOLHA DE APROVAÇÃO...................................................................................................iii
DEDICATÓRIA.......................................................................................................................iv
AGRADECIMENTOS.............................................................................................................v
RESUMO..................................................................................................................................vi
ABSTRACT.............................................................................................................................vii
LISTA DE TABELAS...........................................................................................................viii
LISTA DE FIGURAS..............................................................................................................ix
LISTA DE GRÁFICOS............................................................................................................x
I. INTRODUÇÃO.................................................................................................................1
1.4. Objectivos.....................................................................................................................4
2.1.1. As Organizações...................................................................................................5
xii
2.1.2.2. Avaliação do clima organizacional..............................................................11
2.1.3. Motivação...........................................................................................................12
IV. METODOLOGIA........................................................................................................34
VI. CONCLUSÕES............................................................................................................46
VII. RECOMENDAÇÕES..................................................................................................47
VIII. BIBLIOGRAFIA......................................................................................................48
APÊNDICES..............................................................................................................................I
Apêndice A: Questionário......................................................................................................II
ANEXOS.....................................................................................................................................I
xiv
I. INTRODUÇÃO
As relações interpessoais são acções e atitudes que progridem pelos contactos entre pessoas e
grupos. Os indivíduos dentro da organização participam de alianças sociais e desenvolvem
uma constante interacção social. Cada pessoa é uma personalidade diferenciada que influencia
no comportamento e atitude uns dos outros com quem interage. Ao gestor cabe compreender,
com exactidão, a natureza dessas relações entre as pessoas, que vai permitir melhores
resultados de seus subordinados. (Escola das teorias das relações humanas) Toda organização
deve incentivar a boa relação entre seus colaboradores, isso tende a gerar um clima
1
organizacional saudável e com isso as pessoas passam a fluir uma competitividade aceitável,
provavelmente os grupos passam a ser equipes.
2
I.1.1. Delimitação do tema
O clima organizacional nas empresas é um factor de uma estima relevância para que as
actividades dentro da organização sejam realizadas de acordo as espectativas dos
colaboradores e da organização, sendo que o clima organizacional influencia de forma directa
na motivação do colaboradores. Pois a motivação constitui a força motriz capaz de conduzir o
colaborador a desenvolver de forma eficiente e eficaz nas actividades, conduzindo assim, a
organização á excelência. Proporcionando deste modo um grau de satisfação por um lado a
organização e por outro lado ao colaborador.
Para que esta aconteça, é necessário que relacionamento entre os subordinados e os líderes da
organização sejam reforçados, é necessário que exista uma boa interação entre os membros da
equipa, colaboradores e a directoria. Qualquer que seja a política implementada na instituição
não deve ter especificamente o objectivo de prestar melhores serviços ou mesmo produzir
produtos com qualidade, mas sim criar um sentimento de pertença, que exprima um
envolvimento interno e externo. A motivação tem vindo ganhar um espaço bastante
significativo nas organizações, desenvolvendo-se de acordo com a evolução das organizações,
motivação tem uma função estratégica nas organizações. Os líderes organizacionais têm o
papel de reforçar os relacionamentos entre os membros da equipa, para que exista um diálogo
aberto entre os líderes e funcionários como peça fundamental na organização. Sendo que a
principal função da comunicação é apoiar estruturalmente o projecto das organizações
independentemente das orientações estratégicas da organização. O diálogo eficaz entre os
colaboradores e os líderes é fundamental para o sucesso da organização. Se a motivação
proporciona uma repercussão negativa no clima organizacional.
3
Qual é o impacto do clima organizacional no desempenho dos colaboradores do
Complexo Escolar Benedetina Santa Escolástica 4099?
H1: Complexo Escolar Benedetina Santa Escolástica 4099, dispõe de métodos para
motivar os funcionários;
H2: Por outro lado as técnicas de motivação estão adaptadas no contexto, laboral em
que é aplicada, com vista a gerar um aumento significativo de qualidade do trabalho e
da sua satisfação individual dos funcionários;
H3: A falta de condições suficientes e o meio ambiente propício para desenvolver as
actividades laborais constitui um dos factores determinantes para o desenvolvimento
empresarial.
I.4. Objectivos
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II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
II.1.1. As Organizações
Segundo Chiavenato (2009) as organizações actuam de uma maneira bastante ampliam, são
unidades sociais intencionalmente construídas e reconstruídas a fim de atingir os objectivos
específicos. Isso caracteriza que uma organização nunca constitui uma unidade pronta e
acabada mas um organismo social sujeito a mudanças.
Segundo Robbins (2009), a organização pode definir-se como um conjunto de duas ou mais
pessoas que realizam tarefas em um determinado ambiente ou contexto, com intuito de atingir
resultado seja por meio de recursos humanos, materiais, tecnológicos, financeiros, geridos ou
não por alguém com a função de planeador, organizador, liderar e controlar de forma directa
ou indirecta. Para o autor, este conceito é amplo podendo ser aplicado em qualquer tipo de
organização, diferenciando através dos objectivos propostos.
Segundo Maximiano (2004, p.27), “as organizações são grupos sociais deliberadamente
orientados para a realização de objectivos, que, de forma geral, se traduzem no fornecimento
de produtos e serviço”. Nota-se que uma organização não aleatório de pessoas que estão
juntas ao acaso, se institui consciente e formalmente para atingir objectivos peculiares os
quais não seriam alcançados se seus membros estivessem sozinhos.
O clima não é visto ou tocado, mas tem uma existência real que afecta tudo o que acontece
dentro da organização, e por sua vez, o clima é afectado por quase tudo o que acontece dentro
dela. Clima organizacional é um conjunto de causas que interferem no ambiente de trabalho.
As causas podem variar de acordo com os níveis culturais, de comunicação, econômicos e
psicológicos dos indivíduos.
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Segundo Chiavenato (1994), o clima organizacional influencia a motivação, o desempenho
humano e a satisfação no trabalho. Ele cria certos tipos de expectativas cujas consequências se
seguem em decorrência de diferentes ações. As pessoas esperam certas recompensas,
satisfações e frustrações na base de suas perceções do clima organizacional. Essas
expectativas tendem a conduzir à motivação. Na opinião de Chiavenato (1994, p.53), “o clima
organizacional p favorável quando proporciona satisfação das necessidades pessoais dos
participantes, produzindo elevação do moral interno”. É desfavorável quando proporciona
frustração daquelas necessidades. Clima organizacional pode ser definido também como um
conjunto de variáveis que busca identificar os aspectos que precisam ser melhorados, em
busca da satisfação e bem-estar dos colaboradores.
Para Benis (1996, p.6), “clima significa um conjunto de valores ou atitudes que afetam a
maneira pela qual as pessoas se relacionam umas com as outras, tais como sinceridade,
padrões de autoridade, relações sociais, etc.”
Segundo Chiavenato (2014, p107), “é a capacidade social do funcionário que determina o seu
nível de eficiência e não a sua capacidade de executar movimentos eficientes no tempo pré-
estabelecido”. O clima organizacional impacta no comportamento social dos empregados: O
6
comportamento do individuo se apoia totalmente no grupo os trabalhadores não agem de
forma isolada como indivíduo, mas como membro dos grupos, sendo que, qualquer desvios as
normas grupais o trabalhador é sancionado ou sofre punições sociais ou morais dos colegas
para que o mesmo se ajuste aos padrões da mesma. Relações humanas: No local de trabalho
as pessoas participam de grupos sociais dentro da organização e mantém-se em constante
interação.
Segundo Chiavenato (2014,p107), “a teoria das relações humanas passou a estudar essa
interação social para estudar o comportamento humano nas organizações”. Sendo que as
relações humana são acções e atitudes desenvolvidas com base nos contactos entre pessoas e
grupos.
Segundo Meirelles (2014, p. 11), “o conceito clima organizacional tem sido explorado por
diversos pesquisadores á sete décadas praticamente explicitamente antes da década de 1960”.
Assim sendo as organizações tomaram nota e perceberam da necessidade de criar um
ambiente de trabalho que valoriza e prioriza os colaboradores para garantir a eficiência e
competitividade no mercado, actuando dessa maneira vão elevar o comprometimento e a
lealdade dos membros que se refletirão no desempenho da organização.
De igual modo, Meirelles (2014, p. 11), refere que as organizações buscam proporcionar aos
trabalhadores um ambiente eficiente e eficaz para alcançar os objectivos da mesma. Para isso
precisam garantir que os trabalhadores se sintam valorizados, reconhecidos e recompensados.
Assim sendo existe uma relação entre as necessidades da organização e as expectativas dos
profissionais.
Por seu turno, Henry (2010, p.71) defende a comunicação passa a vital para o sucesso da
organização. A comunicação informal entre os membros da organização deve fluir
independentemente do trabalho da organização, como n caso das boas maneiras do dia-a-dia,
por exemplo: uma saudação.
Por seu lado, Silva (2017), o clima organizacional é uma variável que interfere directamente
na produtividade das pessoas nas organizações. Robins (1999), refere que um ambiente que
favoreça a colaboração, comprometimento e relacionamentos saudáveis considera-se a
condição fundamental para que as pessoas se sintam mais satisfeitas e motivadas com o
trabalho que realizam. Tal como o clima organizacional o papel do líder e seu estilo de
liderança são fundamentais para criar um ambiente favorável á satisfação dos colaboradores
7
no trabalho. Entende-se que a liderança contribui na motivação de sua equipe de laboral
proporciona comprometimento dos funcionários, confiança na empresa, segurança e a
valorização do funcionário, que é conquistado por intermédio do feedback, credibilidade e
respeito. Pode-se afirmar que o funcionário feliz é mais produtivo logo uma organização feliz
é mais produtiva. Os funcionários felizes comparecem todos dias para trabalhar enquanto os
funcionários infelizes não.
Por seu turno, Bergami e Coda (1997), defendem que o clima organizacional reflete uma
tendência ou uma inclinação ao respeito e que até que ponto as necessidades da organização
das pessoas que dela azem parte estariam sendo atendidas uma vez que esses aspectos
constituem indicadores da eficácia organizacional.
Enquanto Chiavenato (2004, p.99), define que “o clima organizacional representa o ambiente
social e psicológico existente em uma organização e o que condiciona o comportamento dos
seus colaboradores”.
Há uma forte ligação entre o clima organizacional e a motivação. De modo que quando
aumenta motivação dos colaboradores também, o clima favorável se eleva e se transforma em
relação de satisfação de animação de interesse e que contribuem de forma positivo tanto para
a empresa quanto para os seus colaboradores. Assim sendo os estudos apontam alguns
aspectos que pode melhorar o seu clima.
Para Chiavenato (2004), o ambiente organizacional apresenta certas propriedades que podem
provocar a motivação para determinados comportamentos sendo que dimensões do clima
organizacional são:
8
Responsabilidade: Incentiva o comportamento das pessoas através de dependência do
superior, negação da iniciativa pessoal, restrição quanto as decisões pessoais etc.
Quanto mais incentivar melhor é o clima;
Risco: A situação de trabalho pode ser essencialmente protetora para evitar riscos ou
impulsionadora no sentido de assumir desafios novos e diferentes. Quanto mais
impulsionadora melhor para o clima;
Recompensas: A organização pode enfatizar críticas e punições, como pode estimular
recompensas e incentivos pelo alcance de resultados, deixando o método de trabalho a
critério de cada pessoa. Quanto mais estimular a recompensa melhor para o clima;
Calor e apoio: a organização pode manter um clima frio e negativo para o trabalho na
empresa como também pode criar um clima de calor humano, boa camaradagem e
apoio à iniciativa pessoal e grupal;
Conflito: A organização pode estabelecer regras e procedimentos pra evitar choques
de opiniões diferentes.
O clima pode se classificado como bom quando predominam no ambiente de trabalho atitudes
positivas e que satisfaçam as necessidades pessoais dos participantes elevando a moral
interna; ou ruim quando fatores organizacionais como compensação e liderança afetam
negativamente o ânimo da maioria dos funcionários, gerando tensões, rivalidades e ruído nas
comunicações, frustrando suas necessidades individuais (LUZ, 2003; CHIAVENATO, 1992).
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Em síntese, o clima organizacional pode ser entendido como a percepção global que o
indivíduo tem do seu ambiente de trabalho e é passível de alteração em razão da reação dos
funcionários a novas influências, decisões ou ações da empresa (PUENTE – PALACIOS,
2002; OLIVEIRA, 1995).
Para realizar estudos sobre o clima organizacional em diferentes empresas brasileiras, tanto as
do setor público, quanto as do setor privado, Coda e Bergamini (1997) utilizou um
instrumento de coleta composto por dez fatores:
10
Esses fatores estão diretamente relacionados com a satisfação com o trabalho (motivação
intrínseca) e insatisfação (motivação extrínseca) (CODA; BERGAMINE, 1997).
O método utilizado para diagnosticar o clima é uma pesquisa de clima organizacional, sendo
um instrumento que possibilita compreender mais de perto as necessidades da empresa e de
seus funcionários, na medida em que os resultados indicam o grau de satisfação ou
insatisfação dos seus membros (CODA; BERGAMINE, 1997).
Segundo Tachizawa, Ferreira & Fortuna, (2004), uma pesquisa de clima quando bem
realizada e incorporada em ações concretas, proporciona às pessoas um bom ambiente de
trabalho, apresenta oportunidade de aumentar os resultados da organização, contribui para a
melhoria do desempenho dos colaboradores, além de proporcionar mudanças na atitude das
pessoas em ralação á organização que integram.
Um clima saudável possibilita às pessoas executar suas tarefas de modo mais eficiente e
eficaz. A análise do clima organizacional, por sua vez, converte-se, neste contexto, em
instrumento de avaliação de gestão de política de desenvolvimento organizacional.
A pesquisa científica pode ser definida como um procedimento racional e sistemático que tem
como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. É requerida quando
não se dispõe de informação suficiente para responder ao problema, ou então quando a
11
informação disponível se encontra em tal estado de desordem que não possa ser
adequadamente relacionada ao problema.
II.1.3. Motivação
A motivação tem sido um tema amplamente estudado na gestão de pessoas e, mesmo assim,
continua sendo um dos aspectos mais preocupantes do cotidiano das organizações. Muito se
fala, mas, na realidade, pouco se avança. São várias as opções para motivar os empregados,
mas rapidamente volta-se à estaca zero.
O estudo da motivação torna-se necessário para que haja o conhecimento dos mecanismos que
movimentam as pessoas e as façam agir em busca de um objetivo que por sua vez, afeta o
clima organizacional.
Ainda para Robbins (1999, p. 342) “a motivação é a disposição de exercer em nível elevado e
permanente de esforço em favor das metas da organização, sob a condição de que o esforço
seja capaz de satisfazer alguma necessidade individual”.
De acordo com Davis & Newstrom (1998), o comportamento organizacional integra quatro
elementos distintos: pessoas, estrutura, tecnologia e ambiente. Isso envolve conceitos
fundamentais sobre a natureza das pessoas e das organizações, ou seja, como os colaboradores
estão preparados para o desempenho de suas funções, seu crescimento e desenvolvimento
para atingirem níveis mais altos de competência, criatividade e realização, face à importância
dos mesmos serem os recursos centrais em qualquer organização e qualquer sociedade. Então,
o comportamento organizacional deve criar produtividade nas organizações. Aí se inclui
conhecimento, habilidade, atitude e motivação.
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A motivação faz, segundo Davis & Newstrom (1998), o colaborador adquirir capacidade. É
importante, para todo o esse processo ocorrer de forma normal, que as empresas gerem
condições que motivem os colaboradores a um melhor desempenho, ou seja, criem um clima
organizacional que facilite o trabalho para alcançar os resultados pretendidos. Sendo que a
motivação, segundo Ferreira (1999, p. 1371), é o “conjunto de fatores psicológicos
(conscientes ou inconscientes) de ordem fisiológica, intelectual ou afetiva, os quais agem
entre si e determinam a conduta de um indivíduo”.
Logo, o comportamento organizacional deve prover condições para criar produtividade nas
organizações, fazer com que os fatores que atuam sobre a motivação dos colaboradores
estejam presentes.
Quanto a isso, Mattar & Ferraz (2004) citam que as empresas sabem o valor e a importância
de obter e manter o comprometimento de seus colaboradores. Colaboradores comprometidos
propiciam maior eficiência e eficácia. Porém os autores comentam que nem sempre é fácil
conseguir esse comprometimento por parte dos colaboradores. O mercado atualmente exige
das empresas uma alta competitividade, e as mesmas desejariam o comprometimento de seus
colaboradores para atingirem essa maior produtividade, com qualidade nos serviços e, assim,
obterem um crescimento sustentável.
Gellerman (1976), refere que a motivação é como energia directa ou intrínseca, ligado ao
significado e à natureza do próprio trabalho realizado, enquanto a satisfação é como uma
energia indirecta ou extrínseca ligada a aspecto como, benefícios, reconhecimento e várias
outras condições que precisam estar atendidas.
Segundo Coda (1997), aquilo que satisfaz a necessidade humana é visto como a própria
necessidade. A satisfação no trabalho, é como uma atitude do indivíduo em relação ao
trabalho que reúne um conjunto complexo de cognição, emoções, sentimentos, percepções e
avaliações que determinam ou influenciam as tendências comportamentais. As características
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pessoais, como idade, sexo, raça, valores e necessidade; as características do trabalho, como
os conflitos, ambiguidade e participação na tomada de decisão; as características do ambiente
do trabalho, como o nível do cargo e o salário; as características do ambiente do ambiente
social, como o estilo de liderança e as relações entre os colegas, são apontados pelo autor
como factores determinantes do nível da satisfação no trabalho. Na verdade, enquanto o clima
refere-se há percepções compartilhadas, a satisfação refere-se a atitude aos sentimentos dos
trabalhadores em relação as vários aspectos da organização.
O estudo do termo clima organizacional tem como missão principal a compreensão das
necessidades, preocupações e percepções dos colaboradores de determinada empresa. Essa
ferramenta permite a empresa uma visão geral de como está o ambiente organizacional, por
meio da percepção dos empregados é possível identificar os pontos positivos e os negativos,
com isso buscar o aperfeiçoamento para manter um bom nível de produtividade.
O que a prática tem demonstrado é que há uma relação directa entre o clima do ambiente de
trabalho, a produtividade, a capacidade de inovação e, consequentemente, o lucro. O mesmo é
a qualidade do ambiente que é percebida ou experimentada pelos participantes da empresa e
que influencia o seu comportamento. É aquela "atmosfera psicológica" que todos nós
percebemos quando entramos num determinado ambiente e que nos faz sentir mais ou menos
à vontade para ali permanecer, interagir e realizar.
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A Pesquisa do Clima Organizacional funciona como uma base sólida de dados que avaliam
todos os dados sobre o comportamento da organização, apontando todas as áreas que estão
bem e todas as áreas onde é preciso ser feito melhorias.
Não podemos falar do clima organizacional e deixar de parte a cultura organizacional porque
estão relacionados. Segundo Chiavenato (2004) a cultura organizacional consiste em
conjuntos de hábitos, crenças, valores, tradições, interações e relacionamentos sociais típicos
de cada organização. Representa a maneira costumeira de pensar e fazer as coisas, e que é
compartilhada por todos os membros da organização. A cultura organizacional envolve as
normas informais e não escritas que orientam o comportamento dos membros da organização
no cotidiano e direcionam suas ações para a realização dos objetivos organizacionais. Cada
organização tem a própria cultura corporativa.
Para Chiavenato (2004) certos aspectos da cultura organizacional são facilmente percebidos
enquanto outros são mais ocultos e de diferente percepção assim como um iceberg, ficando os
aspectos formais como as políticas e diretrizes, os métodos e procedimentos, objetivos,
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estrutura organizacional e tecnologia adotada na parte visível. Os aspectos informais que
envolvem percepções, sentimentos, atitudes, valores, interações informais e normas grupais,
que são de mais difícil compreensão, na parte inferior do iceberg.
O mesmo Chiavenato (2010), a essência da cultura de uma empresa é expressa pela maneira
como ela faz seus negócios, trata seus clientes e funcionários, pelo grau de autonomia ou
liberdade que existe em suas unidades ou escritórios e pelo grau de lealdade expresso por seus
funcionários a respeito da empresa. A cultura organizacional representa as percepções dos
dirigentes e colaboradores da organização e reflete a mentalidade que predomina na
organização. Mais do que isso, a cultura organizacional é uma forma de interpretação da
realidade organizacional e constitui uma modelagem para lidar com questões organizacionais.
A primeira etapa, após se conhecer a percepção das pessoas, é a elaboração de uma pesquisa
para se saber onde e em quais aspectos pode-se melhorar. A partir de então, criam-se ações
em busca de um ambiente melhor e com mais qualidade, o que naturalmente levará a
melhores resultados.
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A área de recursos humanos costuma conduzir essas pesquisas e, em geral, elas são validadas
e ¨apadrinhadas¨ pelo principal executivo, que tem nos resultados uma ferramenta de
diagnóstico e de marketing para o planeamento da empresa.
Os resultados de uma pesquisa de clima podem ser colocados no mercado como uma forte
ferramenta para atrair profissionais, como mostram, por exemplo, algumas publicações
especializadas no setor. Se a empresa não tem uma filosofia para tratar o clima de forma
corporativa e coordenada, o gestor pode fazê-lo em seu grupo, prestando atenção às reações
das pessoas, ¨medindo a temperatura¨ e analisando constantemente os fatores de impacto do
negócio com seu próprio estilo de gestão. Dentro de uma empresa que não cuida
institucionalmente de seu ambiente interno, uma área que atue com esses aspectos, terá
certamente índices mais altos de satisfação, menor rotatividade e obtendo melhores
resultados. Mas isso pode não ser suficiente para mudar toda a empresa.
Leal (2001) afirma que a empresa pode definir seu clima ideal se levar em consideração
fatores como estratégias, valores e processos internos. O gestor também pode fazer de sua
área um ambiente melhor ou pior para se trabalhar, se comparado com outras áreas da
empresa. Para isso, conjunto de fatores que deve estar sempre em pauta e sendo bem
administrado inclui: desenvolvimento da equipe, construção e divulgação dos objetivos da
área, qualidade e rapidez de decisões, integração e comunicação, autonomia e suporte para a
realização das atividades, administração dos conflitos, informações sobre a empresa,
perspectiva de crescimento profissional e imagem da sua área para outras da empresa.
Para Chiavenato (1994), o gerente pode criar e desenvolver um melhor clima organizacional
através de intervenções no seu estilo gerencial, no sistema de administrar pessoas, na questão
da reciprocidade, na escolha do seu pessoal, no projeto de trabalho de sua equipe, no
treinamento de sua equipe, no seu estilo de liderança, nos esquemas de motivação, na
avaliação da equipe e, sobretudo, nos sistemas de recompensas e remuneração.
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de talentos potenciais é um dos grandes prêmios das empresas que cuidam e se atêm às
questões ambientais do trabalho.
Alguns autores afirmam que uma organização torna-se competitiva quando seus funcionários
apresentam altos níveis de produtividade, o que depende de dois factores: a capacitação e a
motivação. A capacitação ou competência para o desempenho de uma função é atribuída ao
sector de gestão de pessoas, implementada por meio de acções de recrutamento, selecção,
treinamento e desenvolvimento. Já a motivação está relacionada ao funcionário, mas a
organização também actua de forma decisiva nesse campo. Nas palavras de Lima (2006); -
São as pessoas com suas atitudes que levam as empresas a atingirem altos índices de
produtividade. Os resultados estão directamente ligados às capacidades das pessoas, à sua
motivação para colocar suas competências a serviço da organização, ao trabalho em equipa.
Para Chiavenato (2002) “Políticas são regras estabelecidas para governar funções e assegurar
que elas sejam desempenhadas de acordo com os objectivos desejados.” A política interna
mantém a ordem e possibilita aos colaboradores desempenharem suas funções, garantindo o
bom desempenho e o sucesso no alcance de metas.
O rigor, cada organização desenvolve a política de RH que considerada a mais adequada à sua
filosofia e as suas necessidades, Chiavenato (2002) cita alguns aspectos principais a serem
levados em consideração durante a implementação das políticas de recursos humanos.
Por seu turno, Chiavenato (2002), traça alguns aspectos da Política de Recursos Humanos:
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Políticas de manutenção de RH: determinam critérios de remuneração directa dos
funcionários, tendo em vista a avaliação do cargo, os salários no mercado de trabalho,
e posição da organização frente a duas variáveis; critérios de remuneração indirecta
dos participantes; critérios relativos às condições físicas ambientais de higiene e
segurança que envolve o desempenho das tarefas e atribuições do universo de cargos
da organização;
Políticas de desenvolvimento de RH: têm como objectivo criar critérios de diagnóstico
e programação de preparação e reciclagem constantes da força de trabalho para o
desempenho de suas tarefas e atribuições dentro da organização; critérios de
desenvolvimento de recursos humanos a médio e longo prazo, visando à contínua
realização do potencial humano em posições gradativamente elevadas na organização;
Políticas de monitorização de RH: objectiva manter um banco de dados capaz de
fornecer informações necessárias para as análises quantitativas e qualitativas da força
de trabalho disponível na organização; critérios para auditoria permanente da
aplicação e adequação das políticas e dos procedimentos relacionados com os recursos
humanos da organização. A partir das políticas podem-se definir os procedimentos a
serem implantados, que são cursos de acção predeterminados para orientar o
desempenho das operações e actividades, tendo-se em vista os objectivos da
organização.
Todos os recursos disponíveis de uma empresa devem ser optimizados, ou seja, utilizados da
melhor maneira possível para o clima organizacional saudável. Quando falamos de recursos
estamos incluindo recursos humanos, a qualidade de vida no trabalho, ou seja os factores que
formão uma organização.
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dúvidas a fim de esclarecê-las e melhorar cada vez mais a comunicação existente entre você e
seu receptor.
Para Maximiano (2004),outras atitudes são fundamentais para os gestores colocar em prática a
comunicação nas organizações e contribuírem com o estabelecimento de um ótimo
relacionamento interpessoal no ambiente de trabalho:
Para que sejam eficazes, sistemas ou estruturas de comunicação empresarial precisam ter
consistência profissional, adequada apresentação, compatibilidade de pensamento, acção e
direcionamento.
Cohen (2005, p.48) “compara o clima estratégica a uma pirâmide de cristal”. A comunicação,
sendo uma ferramenta do marketing global da empresa não deixa de tocar nenhum setor,
permitindo a cristalização de filosofias, levando à implantação de políticas, à tomada de
atitudes e, por fim, implantando atividades que tornam visíveis as três outras camadas da
pirâmide.
Para Marras (2005), as organizações para além de se diferenciarem por meio da identidade,
transmitida por nomes e logomarcas, também podem perder toda sua identidade se as
mudanças apresentadas não forem comunicadas apropriadamente. As empresas especializadas
no gerenciamento e na criação de identidades devem se envolver com o processo de criação
de logomarca.
Existem vários tipos de liderança que são influenciados, directa ou indirectamente, pelo
comportamento de cada líder afinal, mais do que influenciar pessoas e organizações, os
líderes devem motivar e estimular seus liderados a alcançar os objectivos propostos
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promovendo mudanças no ambiente organizacional, uma vez que, só há liderança se houver
mudanças.
Chiavenato (2003) enfatiza que, na prática, são utilizados três estilos de acordo com a
situação, com as pessoas e com as tarefas a serem executadas. O estilo do líder irá depender
de igual forma das características do grupo a ser liderado.
Por seu turno, Bergami (2011), na mesma linha, afirma que o líder deve utilizar os três estilos
de liderança, autocrática, democrática e liberal de acordo com as pessoas, com a situação e
com a tarefa a ser executada. O líder tanto manda cumprir ordens, como consulta os
subordinados antes de tomar uma decisão, como também sugere alguns subordinados a
realizar algumas tarefas.
Dentre os diversos tipos de líderes, Ervilha (2008, p. 55) destaca três, sendo:
O líder nato aquele que nasce com esse dom, reúne características de personalidade
e tem atitudes que fazem dele naturalmente um líder. O líder treinável é aquele que
não nasceu com esse dom, mas tem algumas características e desenvolve outras com
muito esforço e muito empenho. Muito aplicado, consegue o respeito de todos. E o
líder formidável é aquele que nasceu com características de liderança e, além disso,
é extremamente esforçado, treina e desenvolve habilidades, tornando-se um líder
admirável.
Segundo Maximiano (2004, p. 303), define “lideranças como realização de metas por
intermédio dos colaboradores na organização”.
Por seu turno, Chiavenato (2014), a liderança é necessária para em todos sítios de organização
humanas e é fundamental em todas as áreas ou funções administrativas, em que o
administrado precisa saber acerca da natureza humana e saber conduzir as pessoas isto é
liderar, e a liderança pode ser vista em vários ângulos:
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mais objectivos específicos. Ocorre como um fenómeno social exclusivamente nos
grupos sociais. Ela é decorrente dos relacionamentos entre as pessoas em uma
determinada estrutura social, sendo que a influência significa força psicológica a
transformação interpessoal na qual um indivíduo age de maneira modificar o
comportamento da outra de modo intencional.
Liderança como processo de redução da incerteza de um grupo: O grau em que um
indivíduo demonstra qualidade de liderança não depende apenas das próprias
características pessoais, mas também das características da situação que se encontra.
Liderança autocrática: As decisões tomadas pelos líderes são centralizadas pois impõe ordem
no grupo. O comportamento do grupo mostrou forte tensão, frustração e um clima de
agressividade. Sem iniciativa de formar grupos de amizade, pois embora gostando das tarefas
desenvolvidas não estavam satisfeitos com relação a situação. Quando os mesmos se
ausentavam as tarefas paravam, os grupos expandiam sentimentos reprimidos, chegando a
explosões de indisciplina e agressividade no local de trabalho.
Liderança liberal: As decisões aqui são totalmente liberadas pelo líder ao grupo, deixando-os
totalmente à vontade sem controlo algum. Pois embora as actividades dos grupos fosse
intensa, a produção foi medíocre.
ROBBINS (2002) diz que isso não significa que, na liderança democrática, o papel do líder
perca sua importância, pois é exactamente aí que ele fica bem caracterizado, distinguindo-se
das funções de simples chefia e ganhando um sentido mais profundo.
22
O Líder Renovador. A convicção das pessoas é que faz com que as coisas realmente
acontecem e se realizem na sociedade em que vivem. O mesmo ocorre nas empresas. A
responsabilidade directa pela sobrevivência e pelo sucesso da organização é dos líderes. Cada
sucesso da empresa é o sucesso de um ou mais líderes.
Em meio todo esse processo de liderança, Chiavenato, (2004, p. 489), “nos alerta para dois
tipos de líderes que surgem: O líder relacionador e o líder renovador”. O primeiro está
preocupado em melhorar continuamente o relacionamento com e entre os membros da equipa.
O segundo está focado na mudança e na renovação constante das pessoas e da organização.
Isso significa que ele actua como agente de mudanças e melhorias contínuas. O líder
renovador procura antes conhecer o contexto em que está situado. Para tanto, ele se baseia em
três aspectos organizacionais básicos para apoiar seu trabalho com a equipe: missão, visão e
valores organizacionais. O primeiro necessita que o líder busque conhecer exactamente qual é
a razão de ser de sua organização; no segundo ele precisa conhecer a visão de futuro de sua
organização e em terceiro, o líder precisa conhecer os valores básicos de sua organização.
Baseando-nos em CHIAVENATO, (2004), pode se dizer que o líder renovador deve fazer
muito mais pelas pessoas, incentivando-as, a abraçar a mudança, a aprender a conviver com a
incerteza, a ampliar sua rede de relacionamentos, a aproveitar todas as oportunidades de
aprendizado, a desenvolver uma perspectiva diferente de encarreiramento, a adicionar valor às
pessoas, a estar atento à tecnologia, a mudar expectativas sobre o emprego e adoptar novas
relações de trabalho que substituirão a supervisão tradicional. Esse sim, é o papel do líder
renovador.
Chambel e Curral (1998, p.197), segundo suas abordagens, “a gerência funcionam como
mediador, entre os objectivos fixados pela alta direcção e os meios utilizados pelo nível
operacional para seu alcance”. Ao traduzir os objectivos fixados e convertê-los em programas
de acção, a gerência assume o papel de direccionar e conjugar esforços, comunicação,
liderança, motivação, avaliação e recompensar as pessoas dentro da organização.
23
O líder passar a ser um mediador do conhecimento, levando as pessoas a reflectirem sobre o
que é certo e, concomitantemente, fazendo-as alcançar metas e obterem resultados
satisfatórios na organização.
Chambel e Curral (1998, p. 197), “a gerência funcionam como mediador, entre os objectivos
fixados pela alta direcção e os meios utilizados pelo nível operacional para seu alcance”. Ao
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traduzir os objectivos fixados e convertê-los em programas de acção, a gerência assume o
papel de direccionar e conjugar esforços, comunicação, liderança, motivação, avaliação e
recompensar as pessoas dentro da organização.
Para Chiavenato (2004), o principal fator de uma empresa é à força de trabalho, ou seja,
desenvolver uma Gestão de Pessoas se torna essencial para a organização, tornando se um
suporte para o desenvolvimento dos colaboradores e auxiliando para alcançar suas metas e
objetivos. Por outro lado, os colaboradores esperam receber salários justos, reconhecimento e
benefícios que proporcionem uma melhor qualidade de vida no trabalho e também que motive
para desempenhar as tarefas estabelecidas.
E é por meio das suas crenças e valores, que as organizações se diferem uma das outras,
caracterizando assim os aspectos culturais da organização. A cultura organizacional
representa o comportamento daqueles que fazem parte da organização, assim como a maneira
de agir dos gestores e colaboradores.
O clima organizacional pode ser definido como um conjunto de fatores que influenciam na
satisfação ou insatisfação no ambiente de trabalho, em geral o clima é influenciado pela
cultura da organização, embora alguns outros fatores possam alterá-lo como as políticas
organizacionais.
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Existe uma relação entre cultura e clima organizacional, sendo assim, é relevante conhecer os
principais elementos de uma empresa e como esse e outros fatores influenciam sobre seu
clima.
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II.3. Cultura organizacional
Dessa forma, a cultura organizacional consiste nas maneiras e nos hábitos que as pessoas se
organizam e interagem entre si dentro da empresa, buscando melhorar as relações internas,
qualidade de vida e produtividade, ou seja, a cultura deve ser bem estabelecida no contexto
que está inserida.
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II.4. Clima organizacional
O Clima Organizacional refere-se aos aspectos internos de uma organização, ou seja, faz parte
da qualidade do ambiente organizacional, podendo influenciar diretamente na motivação e
desempenho dos profissionais que ali estão inseridos, se tornando resultante em vários fatores
que caracterizam a organização.
Deste modo, o Clima Organizacional pode ser mensurado através de como as pessoas se
sentem em relação à organização e a seus administradores, e a qualidade de vida gerada no
ambiente de trabalho.
Para Maximiano (2006, p.219) as pessoas vão muito além das atividades que realizam
Assim como o clima organizacional, o papel do líder é fundamental para criar um ambiente
favorável, ou seja, o papel da liderança contribui para a motivação da equipe e o desempenho
dos funcionários. Portanto, o clima organizacional se torna um grande desafio para os
gestores, que precisam constantemente tomar decisões assertivas para alcançar os melhores
resultados e alinhado com a satisfação de sua equipe.
De acordo com Robbins (1999), não podemos afirmar que o colaborador feliz é mais
produtivo, porém, pode se afirmar que a organização mais feliz é mais produtiva considerando
todo o contexto organizacional.
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II.5. Desempenho profissional
A partir de então se tornou uma necessidade medir esse fator através da avaliação de
desempenho, para verificar se os objetivos dos colaboradores estão atendendo as expectativas
da empresa e, por conseguinte observar o desenvolvimento produtivo da organização e definir
estratégias.
Existem diversos modelos desenvolvidos para analisar clima organizacional, tais como
(SOUZA E SILVA, 2017):
30
Modelo de Steve Kozlowski e Mary Doherty (KOZLOWSKI e DOHERTY, 1989), a
partir de estudos a Psicologia Aplicada, para avaliar a relação existente entre clima
organizacional e liderança.
Deste modo, por meio da pesquisa de clima organizacional é possível medir o nível de
satisfação e envolvimento entre os colaboradores da empresa, além de ser um dos principais
meios para planejar ações em busca de um processo de melhoria contínua, proporcionando
um ambiente mais agradável para todos.
O estudo de clima organizacional é, portanto, uma ferramenta que presta importante auxílio
para o manejo e administração das pessoas nas organizações; identifica o grau de satisfação
dos colaboradores com a empresa; torna facilitadas as atividades de planeamento de educação,
e desenvolvimento das equipes, mobilização e integração para a qualidade, além de
fundamentar a tomada de decisões gerenciais (LUZ, 2003). Esse estudo permite identificar os
fatores a serem trabalhados para melhorar a satisfação no trabalho, e isso impactará
positivamente na produtividade do setor investigado
31
eficácia, buscar atender com sucesso às necessidades de seus clientes, quanto com a
eficiência, fazendo isso com baixo custo (ROBBINS, 2005). No caso das empresas de
serviços, Robbins (2005) reforça a importância de incluir o atendimento às necessidades e
exigências dos clientes na avaliação de sua eficácia, pois, de acordo com o autor (2005, p.
21): “nesse negócio existe uma relação causa e efeito entre as atitudes e comportamentos dos
funcionários para os clientes e a resposta destes, traduzidas em receitas e lucros para a
organização”.
De acordo com Luz (2003), para um funcionário desenvolver um bom serviço é preciso: saber
fazer (ter habilidade), poder fazer (ter os recursos necessários) e querer fazer (atitude), o que
depende do estado de espírito, do ânimo e da satisfação das pessoas quando realizam o seu
trabalho. O querer fazer está relacionado à forma como ele percebe o clima do seu ambiente
de trabalho e é no clima que muitas vezes encontramos a causa para a baixa produtividade.
Para Robbins (2005), competência inclui o saber (ter conhecimento), além das habilidades
(saber fazer) e das atitudes (saber a melhor forma de fazer). É interessante lembrar que as
competências em uma organização variam de um cargo para outro. As competências
avaliadas, por exemplo, em um gerente, como liderança e capacidade de gerir um grupo, são
diferentes daquelas necessárias a um diretor de área. A partir do entendimento do referencial
teórico que explica a relação entre Clima Organizacional e Produtividade, iniciou-se a
construção dos procedimentos metodológicos necessários para atingir o objetivo geral deste
estudo.
32
III. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
Com base no Decreto Executivo Conjunto nº 369/16, foi criado o Complexo Escolar
Beneditina Santa Escolástica nº 4099 em substituição da Escola nº 4099-Reverendo Almeida
Lemba, do ensino Primário e Ciclo secundário, situado no Município de Cacuaco, Província
de Luanda, Com 10 salas de aula, 30 turmas, 3 turnos e aprova o quadro de pessoal das
escolas criadas, com 36 salas de aulas, com 36 alunos por sala e com capacidade de 1080
alunos.
III.1.1.Quadro de pessoal
III.1.2.Estrutura hierárquica
33
Figura nº 1 – Representação da hierarquia
CONSELHO DA
CONGREGAÇÃO
DIRECTOR GERAL
PROFESSORES VIGILANTES
34
IV. METODOLOGIA
A População do nosso estudo foram estudo constituído por 102 profissionais do Complexo
Escolar Beneditino Santa Escolástica 4099.
A aplicação do instrumento de coleta de dados deu-se por meio de um senso onde nem todos
os componentes da população da pesquisa fizeram parte da amostra, apenas 60 profissionais
fizeram parte.
35
Para a realização deste trabalho recorremos a análise documental e bibliográfica disponível
sobre o tema, procedeu-se a elaboração de síntese dos conteúdos consultados, onde
naturalmente procedeu-se a revisão histórica, através do método dialéctico e sempre numa
perspectiva descritiva.
Após ser feita a escolha do modelo de pesquisa apropriado e a amostra, satisfazendo o tipo de
metodologia, a seguinte etapa é a coletada de dados.
De acordo com Lakatos e Marconi (2001), existem diversos métodos para se coletar dados,
sendo que estes diferem para cada tipo de estudo. Desta forma, citam que os processos de
pesquisa se dão através da coleta: documental, entrevista; observação; questionários;
formulários, entre outros. Para Martins (2009) o questionário é um agrupamento de perguntas
relacionado as informações que se deseja obter. Sendo assim, o informante responde por
escrito um determinado número de perguntas, podendo ser perguntas abertas ou fechadas,
sendo estas, elaboradas pelo pesquisador através de fundamentos já estudados.
O Processamento de dados da nossa Monografia foi efectuado por meio da operação com
computadores, optimizado através do Microsoft office (word e excel), pois permitiu guardar
os dados de maneira acessível, organizando e analisando tanto descritiva quanto
inferencialmente, facilitando o uso de técnicas de análise variadas.
36
V. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ambiente laboral
Esta categoria visa verificar o grau de satisfação dos colaboradores em relação as condições
de higiene e limpeza do setor; maquinários disponíveis pela organização.
Tal como o gráfico apresenta o nível de satisfação e insatisfação dos colaboradores na escola
relactivamente as Condições de higiene e limpeza no ambiente laboral, o gráfico indicou que
36,76% estão satisfeitos com a questão número1 enquanto 31,25% estão insatisfeitos com a
questão.
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Na questão número 2 o gráfico indica que 32,35% estão satisfeitos com as condições físicas
no ambiente laboral. Enquanto 33,93% estão insatisfeitos com a referida questão. Já na
questão número 3 o gráfico nos indica que 30,88% dos colaboradores estão insatisfeitos com
as condições de higiene e segurança no ambiente de trabalho.
Assim sendo, um bom ambiente de trabalho gera colaboradores mais satisfeitos, saudáveis e
seguros. Além disso, as organizações que investem em motivação e capacitação contribuem
para o crescimento profissional da equipe, despertando neles, um sentimento de
pertencimento.
38
Gráfico nº 2 - As recompensas não financeiras.
Pode-se perceber que o item relacionado a motivação para o trabalho da questão nº4, apontou
um número expressivo de colaboradores satisfeitos de 18,47%. Porem, outra parte constatou
um valor percentual de 17,26% insatisfação.
39
A questão 8 se refere a satisfação dos colaboradores em relação aos relacionamentos com a
chefia e os colegas. Desta forma se alcançou os seguintes resultados: 14,13% dos
entrevistados afirmaram estar satisfeitos relação aos relacionamentos com a chefia e os
colegas 18,47% estão insatisfeitos com a questão.
Neste ponto os indicadores apontam para um nível elevado de insatisfação dos colaboradores
relactivamente as recompensas não financeiras, visto que o reconhecimento por desempenho,
oportunidades de desenvolvimento, preocupação com o bem-estar e um ambiente
organizacional atrativo é benéfico para empresa.
Segundo ROBINSS (1999), A condição fundamentas para que as pessoas se sintam mais
satisfeitas e motivada com o trabalho é um ambiente que favoreça a colaboração,
comprometimento e relacionamentos saudáveis, porque as pessoas se sentem mais motivadas
e satisfeitas com as suas actividades.
Comunicação
Tabela nº 4 – Comunicação.
40
41
Gráfico nº 3 – Comunicação
Em relação a pergunta 11 que refere-se a clareza das informações que são repassadas pela
empresa, obteve-se 29,50% de satisfação dos respondentes; 35,29% dos entrevistados
afirmaram estar muito insatisfeitos quanto a clareza das informações que lhe são repassadas.
Reflete-se sobre estas duas perguntas, através dos dados obtidos pelas respostas dos
entrevistados que, nem todos os colaboradores estão recebendo todas as informações
necessárias e com a devida explicação para o cumprimento de suas atividades e para repassar
informações sobre a empresa. Esta atitude é muito prejudicial.
42
Entende-se, a partir dos resultados apresentados, que a maioria dos funcionários não estão
recebendo as informações necessárias sobre as atividades desenvolvidas pela equipe de
trabalho e o setor em estudo. Porém, o fato de neste questionamento muitos colaboradores
afirmarem que a informação não flui de forma satisfatória, gera necessidade de reflexão neste
quesito por parte dos gestores do setor pesquisado.
Relação superior/subordinado
43
Gráfico nº 4 – Relação superior/subordinado
Com relação a aceitação de críticas e sugestões emitidas pelo seu superior diz respeito ao
questionamento de número 13. A tabela apresenta, 30,98% dos colaboradores afirmaram estar
satisfeitos com relação a aceitação de críticas e sugestões emitidas pelo seu superior; 22,61%
afirmaram estar insatisfeitos com relação a esta questão.
Percebe-se, com base nos resultados apresentados que, o superior desta equipe não está aberto
a ideias que sejam novas e diferentes das ideias dele.
Com relação a avaliação do resultado do seu trabalho por parte de com relação a avaliação do
resultado do seu trabalho por parte de seu superior, faz referência ao questionamento de
número 14. Dos resultados apresentados, no indicador satisfação, 18,30% dos colaboradores
afirmaram estar satisfeitos com relação a avaliação do resultado do seu trabalho e 27,38% dos
colaboradores afirmaram estar insatisfeitos com a avaliação dos resultados de seus trabalhos,
por parte de seu superior.
É de suma importância que o superior repasse uma avaliação dos resultados dos trabalhos
executados por seus funcionários, para que os mesmos possam saber onde devem melhorar ou
se estão desenvolvendo de forma corretas as suas atividades.
Segundo ROBINSS (1999), Tal como o clima organizacional o papel do líder e seu estilo de
liderança são fundamentais para criar um ambiente favorável á satisfação dos colaboradores
no trabalho. Entende-se que a liderança contribui na motivação de sua equipe de laboral
proporciona comprometimento dos funcionários, confiança na empresa, segurança e a
valorização do funcionário, que é conquistado por intermédio do feedback, credibilidade e
respeito. Pode-se afirmar que o funcionário feliz é mais produtivo logo uma organização feliz
é mais produtiva. Os funcionários felizes comparecem todos dias para trabalhar enquanto os
funcionários infelizes não.
Análise de desempenho
O gráfico a seguir apresenta a média aritmética dos dados da tabela de número que se referem
ao bloco de questões relacionadas a análise de desempenho dos funcionários.
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Gráfico nº 5 – Análise de desempenho
De acordo com os resultados apresentados nota-se que nem todos os colaboradores estão
satisfeitos com seu desempenho nas atividades executadas com relação ao nível de qualidade
exigido pela empresa. Este fato pode decorrer pela falta de treinamento que é dada aos
profissionais de acordo com o já visto.
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coordenador não está auxiliando os colaboradores a executarem suas tarefas com uma maior
qualidade.
Com relação a cooperação entre os setores para contribuir para um melhor desempenho das
atividades dos colaboradores do setor em estudo diz respeito a questão de número 19. Dentre
os resultados obtidos, 36,36% dos entrevistados disseram ser satisfatória a relação de
cooperação entre os setores; 32,00% dos colaboradores afirmaram estar satisfeitos com a
cooperação entre eles para contribuir para um melhor desempenho das atividades dos
colaboradores do sector.
Nota-se, diante dos resultados obtidos que os demais setores da empresa não estão
contribuindo para os colaboradores do setor em estudo desempenharem suas atividades. Este
aspecto é prejudicial para qualquer sector que necessite de alguma informação ou ajuda de
outro setor para cumprir suas atividades.
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VI. CONCLUSÕES
O presente estudo que visou identificar como a motivação determina clima organizacional no
desempenho dos colaboradores do Complexo Escolar Beneditina Santa Escolástica 4099,
percebe-se que a motivação é de grande importância no desenvolvimento de qualquer
organização, vimos que a motivação constitui de facto um dos indicadores que determinam o
clima organizacional no Complexo Escolar Benedetina Santa Escolástica 4099.
Na presente pesquisa constatou-se que maior parte dos colaboradores estão insatisfeitos
relactivamente o ambiente trabalho e a menor parte estão satisfeitos, visto que A falta de
condições suficientes e o meio ambiente propício para desenvolver as actividades laborais
constitui um dos factores determinantes para o desenvolvimento empresarial.
O Complexo Escolar Benedetina Santa Escolástica 4099, não dispõe de todos métodos para
motivar os funcionários e por outro lado as técnicas de motivação estão adaptadas no
contexto, laboral em que é aplicada, com vista a gerar um aumento significativo de qualidade
do trabalho e da sua satisfação individual dos funcionários.
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VII. RECOMENDAÇÕES
49
VIII. BIBLIOGRAFIA
BERGAMINI, Cecília. A motivação nas Organizações. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 1997
CHAMBEL, Munir & CURRAL, Label. Psicologia das Organizações. Lisboa: Texto
Editora, 1998.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. 3. Ed. Rev. e atual. – Rio de Janeiro: Elsevier,
2010.
ERVILHA. Joaquim Limão. Liderando equipas para optimizar resultados. São Paulo:
Nobel 2008
FACHADA, Mário. Psicologia das Relações Interpessoais. 6ª ed, Lisboa: Rumo, 2003.
50
FERREIRA, Arnaldo. Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da língua portuguesa. Rio
de Janeiro: Nova Fronteira, 3.ed, 1999.
SERRA, Fernando; FERREIRA, Manuel; TORRES, Monteiro & TORRES, António. Gestão
estratégica conceitos e Práticas. Brasil: Lidel – Edições técnicas Lda., 3ª edição, 2012.
52
APÊNDICES
I
UNIVERSIDADE DE BELAS
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E ECONÓMICAS
LICENCIATURA EM GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS
Apêndice A: Questionário
1. Género
Feminino
Masculino
2. Idade_____
II
Variável Nº Questões Satisfeito Regular Insatisfeito Muito instisfeito
1 Qual seu grau de satisfação com as condições de higiêne e limpeza do seu setor, voê está: ,
2 Com relação as condições físicas estas( disponibilização de meios e equipamentos no ambiente de trabalho) você está:
Ambiente laboral 3 Com relação as condições de segurança no trabalho, você está:
13 Com relação a aceitação de críticas e sugestões emitidas por seu Superior, você se sente:
14 Com relação a avaliação do resultado do seu trabalho por parte de seu Superior,você está
15 Quanto à facilidade de se aproximar e conversar com às Gerencias/Chefias, você está
Relação/subordinados e superiores 16 Quanto à relação de confiança e liberdade com o seu Superior, você se sente:
17 Com relação ao desempenho e o nível de qualidade exigido pela organização, voce está:
18 Quanto ao relacionamento com o coordenador para um melhor desempenho das atividades, voce está:
Análise de desempenho 19 Com relação a cooperação entre os setores para contribuir para um melhor desempenho das atividades, voce está
III
ANEXOS
I
Anexo I: Carta de Pesquisa da Universidade
II
Anexo II: Carta de autorização
III