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Pós- graduação EAD

A náli se d o Compo r ta mento A p lica d a


(ABA) para TEA – Transtorno do
Espectro Autista
AULA 1:
Selecionando e Definindo
Comportamento Alvo

(COOPER, HERON, & HEWARD, 2007)


Selecionando e Definindo o
Comportamento Alvo
• Avaliações indiretas:
• Entrevistas
• Checklist

• Avaliações diretas:
• Testes É o método preferencial em determinar qual
comportamento colocar como alvo.
• Observações diretas
Efeito reativo da Avaliação direta: observador
influenciar resposta do sujeito observado.
André: NÍVEL 1
Parea-
Mando Tato Ouvinte Brincar Social Imitação Ecóico Vocal
mento
/ /
5
/ /
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4 / /
/ /
3 / /
/
2 /
/
1
/

André é um menino de 2 anos, filho único que mora com os pais. Ele costuma se
morde com frequência. Na análise funcional foi identificada as funções de
atenção e pedido por comida ligadas as mordidas. André não possui vocalização
funcional: tato, ecoico, mas emite sons diferentes com pouca variação. Ele
apresenta contato visual esporádico, mas não responde ao nome. Ele encaixa
itens, mas não combina itens iguais. André não explora brinquedos não familiares
e de causa e efeito. Ele indica que quer segurado, mas não se atenta a adultos e
crianças. Ele não imita movimentos motores, nem sons. Em relação a
independência, os pais costumam fazer tudo por ele. Nem a mamadeira ele
segura. Não come com as mãos. Ele está na escola, e não se alimenta nesse
ambiente.
Validade social do comportamento
alvo
• Repertórios que maximizem reforço para indivíduo e
seus familiares.

• Comportamentos alvos devem beneficiar o sujeito


diretamente ou indiretamente (perspectiva ética).

• Produzirá reforçadores para esse sujeito depois que


acabar o tratamento?
Esse comportamento...
• É um pré-requisito para habilidades mais complexas?

• Vai aumentar o acesso do sujeito a ambientes sociais em


que outros comportamentos podem ser ensinados?

• Vai aumentar a chance de outras pessoas interagirem


com o sujeito de maneira mais apropriada e solidária?

• É um comportamento pivotal ou cusp comportamental?


(comportamentos como imitação e iniciação)
Cusp Comportamental
• Classe de resposta que possibilita a aprendizagem de
muitas outras habilidade;
• Ex: Imitação generalizada.

• Critérios:
- Acessa reforçadores;
- Validade social;
- Generatividade;
- Compete com respostas inadequadas;
- Afeta pessoas.
Comportamento Pivotal
• É um comportamento que quando aprendido
possibilita modificações em outros
comportamentos não treinados;

• Foca na Iniciação e independência do


indivíduo;
• Ex: Iniciar interação pode ajudar a emergir
perguntas e diálogos sociais nunca
treinados.
Esse comportamento...
• É apropriado para a idade?

• Quando reduzido apresenta um substitutivo adaptativo e


funcional?

• É um problema atual ou objetivo? Ou está relacionado a


um?

• É uma descrição verbal compatível com realidade.

• Está descrito em termos comportamentais.


• Ele traz risco ao paciente ou outras pessoas?

• Com que frequência o paciente vai usar esse


repertório?

• Por quanto tempo ele tem esse problemas de


comportamento ou déficit?

• Mudar esse padrão vai trazer maior taxa de


reforço?
• Qual a importância desse comportamento no futuro e
na independência do indivíduo?

• Mudar esse comportamento vai reduzir atenção


indesejada do outro?

• Esse comportamento traz reforço significante para


outras pessoas?

• É possível ele consegue mudar esse comportamento?

• Quanto vai custar mudar esse comportamento?


Escrevendo o comportamento alvo
• Uma boa definição do comportamento deve ser:
- Acurada;
- Completa;
- Concisa e objetiva;
- Possível de medição;

• Não deve conter:


- Inferências.
• A criança saber o que é um gato.
X

• Após apresentação de uma figura de


gato, a criança dizer o nome “gato”. V
Objetivos mentalistas Objetivos comportamentais
Consegue olhar os olhos Olhar no olho do falante, após
ouvir seu próprio nome
Sabe que as figuras são iguais Após instrução “põe junto” e
entrega de figura, criança
coloca figura em cima da outra
figura idêntica, em arranjos
com 3 figuras de comparação
Quando quer algo, consegue Quando tem interesse por
pedir apontando itens, aponta para ter acesso
ao mesmo
Gosta de variar sons Apresenta 10 variações
diferentes de sons ao longo de
uma hora
Sabe brincar com brinquedos Aperta botões em brinquedos
de causa e efeito de causa e efeito
Gosta de comer sozinho Segura a mamadeira e como
com as mãos
Critério de aprendizagem

• Quando vou considerar que a habilidade foi adquirida?

• 2 sessões consecutivas com 100% de respostas corretas?

• 3 sessões consecutivas com 80% de respostas corretas?


Referência
• COOPER, J.O.; HERON, T.; HEWARD, W.L. Selecting and Defining
Target Behaviors. In Applied behavior analysis Applied Behavior
Analysis. 2 ed. Upper Saddle River, NJ: Pearson;Merrill-Prentice
Hall, 2007. p 622-663.
Artigo:

Participantes: 3 meninos com


autismo

Procedimento foi eficaz no


ensino da leitura
ALFABETIZAÇÃO E AUTISMO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

3-Teste com sílabas e palavras não treinadas


(identificação e tato)

Ex: Ensinados BA, BE, BI, BO, BU, teste de LA, LE, LI, LO,
LU

“BALA”
BALA
Alfabetização: Caso Lucas, 6 anos

ALFABETIZAÇÃO E AUTISMO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Foram usados procedimentos como:

1-Identificação de letras, sílabas e palavras


“A” “BA”

B A C BI BE BA
“BALA”

BALA CASA SINO


2- Tato de letras, sílabas e palavras
A BA BALA
“A” “BA” “BALA”
ALFABETIZAÇÃO E AUTISMO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

-Escrita - Video modeling ( escrita de letra bastão e cursiva)


ALFABETIZAÇÃO E AUTISMO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

4 Recombinação silábica (ensino e teste)


CA / CABO
BO
LO / LOBO

5Pareamento tipos de letra (bastão, cursiva, maiúscula e


minúsculas)

6- Identificação e nomeação tipos de letra (bastão, cursiva,


maiúscula e minúsculas)
Resultado

ALFABETIZAÇÃO E AUTISMO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

-Dicas físicas e verbais na modelagem da leitura e


escrita

-Ler e escreve, mas tem dificuldades em responder


perguntas e entender o texto.

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