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LIB - Introdução Aos Estudos Da Tradução e Interpretação (2024)
LIB - Introdução Aos Estudos Da Tradução e Interpretação (2024)
Tradução e Interpretação
Thúlio Marques
Técnico em
Tradução e
Interpretação de Libras
Introdução aos Estudos da
Tradução e Interpretação
Thúlio Marques
Curso Técnico em
Tradução e Interpretação de Libras
Educação a Distância
Recife
Design Educacional
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger Secretaria Executiva de
Helisangela Maria Andrade Ferreira Educação Integral e Profissional
Jailson Miranda
Roberto de Freitas Morais Sobrinho Escola Técnica Estadual
Professor Antônio Carlos Gomes da Costa
Diagramação
Jailson Miranda
Gerência de Educação a distância
Catalogação e Normalização
Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129)
Sumário
Introdução ................................................................................................................................... 5
REFERÊNCIAS.............................................................................................................................. 36
E aí, querido estudante, você consegue perceber qual a relação desse poema com o que
estamos estudando? Quando o poeta diz que não sente o mesmo “gosto” nas palavras “oiseau” e
“pássaro” ele está fazendo referência ao fato de conhecer a língua francesa, língua essa em que a
palavra que conhecemos para o animal pássaro é “oiseau”. Mas, será que o autor sente a mesma
nostalgia ao ouvir as duas palavras? Embora conheça as duas línguas, o sentimento não é o mesmo.
Talvez você esteja se perguntando o que isso tudo tem a ver com a disciplina, não é mesmo? Essa
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reflexão teve como objetivo fazer com que você pense um pouco no desafio e oportunidade que terá
ao concluir este curso. Fazer com que uma informação chegue até a outra pessoa, ou seja, seu
receptor, com a mesma emoção, sentido, verdade e etc. com que foi emitida pela primeira vez é uma
atividade fascinante, especialmente quando se faz referência a uma língua espaço-visual em um
mundo de maioria oral-auditivo.
Então, depois de toda essa reflexão e descontração, até mesmo com poema, o que acha
de dar continuidade aos estudos? Aí vem a sua primeira unidade. Seja bem-vindo e aproveite o
mergulho, pois você verá coisas muito interessantes!
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UNIDADE 01 | O que é interpretação, tipos e contextos de interpretação
Imagine por um momento que você precisa contratar um profissional para realizar um
serviço na sua casa; tome como exemplo um pintor. O que você esperaria desse profissional?
Provavelmente você o chamaria para fazer um orçamento do material, valor do serviço, e previsão
de conclusão, não é mesmo? Suponha que o pintor sugerisse que você mesmo decidisse quanto de
material usar. Será que você confiaria nesse profissional para pintar sua casa? Provável que buscasse
outra pessoa! E no trabalho como tradutor/intérprete, qual será o instrumento mais indispensável
para a boa realização? Lacerda (2016) destaca que o “tradutor precisa ter o máximo de conhecimento
das possibilidades expressivas de sua língua, ou seja, conhecer muito mais para além da gramática”.
Sendo assim, é muito importante que o tradutor/intérprete conheça bem tanto a língua de origem
do discurso, quanto a língua-alvo, ou seja, a língua para a qual vai traduzir.
Dentre os conhecimentos necessários pode-se incluir um bom vocabulário, conhecimento
acerca do significado das palavras, bem como dos sinônimos, além de uma boa capacidade lógica,
levando em conta que o trabalho de interpretação exige competência linguística. Será que o mesmo
se dá com a língua de sinais? Sem dúvida! Assim como é importante ter um bom conhecimento das
línguas orais, na língua de sinais -inclusive a Libras- se dá o mesmo.
A interpretação desempenha um papel vital na comunicação intercultural, permitindo
que pessoas que falam línguas diferentes compreendam e se comuniquem entre si.
Quer ver uma brincadeira sobre isso? Serão dadas como exemplo algumas expressões
idiomáticas. Veja a sentença abaixo:
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nuances culturais, adaptações de expressões idiomáticas e referências culturais para que a
mensagem seja transmitida com precisão e compreensão em um contexto multicultural.
Veja um outro exemplo, só que agora na Libras. Imagine que você está interpretando uma
aula de português e a professora menciona o seguinte ditado popular:
E agora, como interpretar essa frase? Será que dá pra fazer isso ao pé da letra? Será que
não seria melhor interpretar pelo sentido? Pense um pouco em como você faria.
E aí, conseguiu chegar a uma conclusão? Depois dessas dicas, talvez você tenha
pensado em algo como o que está no vídeo a seguir. Clique no link e assista:
https://youtube.com/shorts/qEOtB3m7q2E?feature=share
Nesse caso, um conhecimento amplo dos sinais, bem como a compreensão dos conceitos,
é indispensável para uma boa sinalização. O intérprete não deve focar somente na realização dos
sinais, mas principalmente em que essa informação seja compreendida por quem o observa, ou seja,
chegue ao destino e alcance seu objetivo.
Os conceitos de interpretação e tradução estão bem ligados. Para alguns, tradução e
interpretação se complementam; para outros, são conceitos distintos. E você, o que acha? Reflita um
pouco a respeito e depois veja o esquema abaixo:
E agora, você ainda diria que tradução e interpretação são a mesma coisa? Lacerda (2016)
diz que o intérprete “trabalha nas relações sociais em ato, nas relações face a face, e deve tomar
decisões rápidas sobre como versar um termo ou um sentido de uma língua para outra, sem ter
tempo para consultas ou reflexões” (apud Pagura, 2003).
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Antes de seguir, você está convidado para participar do fórum da unidade 1 e
comentar sobre as principais diferenças entre os processos de tradução e
interpretação. Será uma excelente oportunidade de trocar uma ideia sobre o
tema. Lembrando que a sua participação no fórum é extremamente importante
para o seu crescimento dentro do curso, e também como futuro profissional.
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1.2. A INTERPRETAÇÃO NA ANTIGUIDADE
Com certeza você está seguro de que a tecnologia tem uma enorme influência e
importância na vida de todos, não é mesmo? Não foi diferente na evolução do processo de
interpretação. Com os avanços tecnológicos, a interpretação também evoluiu. Hoje, é possível ver
intérpretes realizando seu trabalho usando microfones, fones de ouvido e cabines, ou seja,
ferramentas que facilitam o trabalho e tornam a recepção da mensagem cada vez melhor.
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Estudos mostram que esse “boom” da interpretação se deu por ocasião dos julgamentos
de Nuremberg e Tóquio, após a segunda guerra mundial, usando tecnologias desenvolvidas na
década de 20. E aí, já tinha ouvido falar desse acontecimento? Confira o vídeo produzido pela TV PUC
sobre a exposição Pioneiros da Interpretação Simultânea em Nuremberg. Um conteúdo interessante
e enriquecedor para você!
Depois de fazer esse passeio pela história da interpretação, você irá conhecê-la um pouco
melhor. Vem aí, os tipos de interpretação!
2. TIPOS DE INTERPRETAÇÃO
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Figura 1 - interpretação simultânea
Fonte: disponível em <https://www.brazilts.com.br/blog/como-funciona-a-traducao-simultanea/>. Acesso em 17 ago.
2023.
Descrição da imagem: Uma mulher está sentada de costas, com um blazer de cor preta e cabelo amarrado realizando
uma interpretação simultânea dentro de uma cabine fechada.
Nesta imagem é possível perceber uma intérprete dentro de uma cabine. Ela faz a
interpretação a partir do que ouve no fone de ouvido. Esse seria o processo ideal de interpretação
simultânea. Mas, e com relação a interpretação simultânea em Libras, como ela acontece? Isso
depende da situação. Você já deve ter visto intérpretes em grandes congressos posicionados bem na
frente do palco sinalizando a vista de todo o público. Se for uma apresentação televisionada,
provavelmente haverá uma janela onde o intérprete estará sinalizando; ele poderá estar numa
cabine, como na imagem acima, ou apenas num espaço destinado a esse fim, como num palco, à vista
do grande público. Veja alguns exemplos:
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Figura 3 - interpretação simultânea a vista do público
Fonte: elaborada pelo professor Thúlio Marques
Descrição da imagem: Um homem de estatura média está de costas e em pé, em cima de um palco, de frente para uma
grande platéia, vestindo camisa e calça, ambas na cor preta, realizando a interpretação simultânea em Libras.
Mas, será que nesse tipo de interpretação é possível transmitir toda a informação sem
nenhum prejuízo? O que você diria, querido estudante? Gostaria de ver a opinião de um estudioso
sobre isso?
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Você lembra o que foi comentado acima sobre o intérprete precisar de agilidade? Pois é,
aqui está uma evidência disso. O profissional intérprete precisa ter a habilidade de tomar decisões
rápidas e precisas. Mas, fique tranquilo, pois isso é algo que se alcança com a experiência e o tempo.
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uma delas uma intérprete de Libras vestindo um blazer na cor preta mediando a comunicação entre uma mulher surda
e uma entrevistadora.
Imagine que você seja um intérprete de Libras e esteja acompanhando uma pessoa surda
em uma entrevista de emprego. Nesse cenário, a interpretação consecutiva seria utilizada para
permitir que o candidato surdo responda às perguntas do entrevistador de forma eficaz. Após o
entrevistador fazer uma pergunta, você aguardaria até que o candidato surdo terminasse de
responder em Libras antes de interpretar sua resposta para o entrevistador, garantindo que a
mensagem seja transmitida com precisão.
A interpretação consecutiva é especialmente útil em situações em que a comunicação é
mais formal, detalhada ou técnica, já que permite uma interpretação mais precisa e completa da
mensagem.
A seguir, o último tipo de interpretação que abordaremos neste conteúdo.
Para esse tipo de interpretação não há muito mistério, pois o conceito é bem esse mesmo:
ouvir uma informação e sussurrar para quem necessita dela. Embora seja possível de acontecer,
fatores como o ambiente, a quantidade de pessoas e o interlocutor, ou seja, a pessoa que receberá a
informação, precisam ser levados em conta. Geralmente é feita quando há poucas pessoas que
necessitam da tradução.
Pense um pouco no seguinte questionamento: será que existe interpretação “sussurrada”
em Libras? Uma busca rápida na internet mostra que apenas as duas interpretações anteriores
(simultânea e consecutiva) são possíveis em língua de sinais, visto ser uma língua visual. E, de fato,
sabe-se que isso é uma realidade. Porém, imagine uma situação em que um ou dois surdos precisam
da informação que está sendo passada oralmente, mas não é possível posicionar um intérprete diante
de todo o público, como é o mais comum. Será que o intérprete poderia se posicionar próximo dos
surdos e transmitir a informação? Sim, é possível. Muito embora não seja um “sussurro”, seria uma
situação mais restrita e íntima. Quer ver um outro exemplo? Imagine que um surdo está sinalizando,
e alguém que não sabe a língua de sinais se posiciona perto de uma pessoa ouvinte. Daí, o intérprete
realiza a enunciação do que está sendo sinalizado, porém em baixo volume para não distrair os
demais participantes.
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Já convido você a ouvir o podcast da primeira unidade e se apropriar mais sobre
o conceito de interpretação. No podcast está uma entrevista com o Professor
Intérprete de Libras Kleber Rocha, atualmente intérprete na ETEPAC, em Recife.
O que você acha de ampliar um pouco mais o seu conhecimento sobre as aplicações da
interpretação no dia-a-dia? Siga em frente e continue o seu aprendizado nesta unidade!
Após esse estudo sobre a interpretação, você verá um pouco sobre as aplicações do
trabalho de interpretação no dia a dia. O que acha de fazer um passeio por alguns dos diversos
contextos de uso da interpretação?
Como já mencionado de maneira breve, essa é uma das principais aplicações do trabalho
de interpretação. Segue a imagem:
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Figura 6 - Intérpretes de diferentes países atuando na interpretação simultânea
Fonte: Disponível em <https://calliope-interpreters.org/pt/tipos-de-interpretacao/>. Acesso em 22 ago. 2023.
Descrição da imagem: Intérpretes de diferentes países estão numa grande sala, distribuídos lado a lado dentro de
cabines, de frente para alguns televisores, onde uma palestra é transmitida, e realizam a interpretação de um evento
para diversos idiomas.
Talvez você se pergunte como cada participante ouve a tradução em sua própria língua.
Tudo bem, essa é uma curiosidade interessante. Veja o que um site especializado em serviços de
interpretação explica:
“Na interpretação simultânea, os intérpretes de línguas faladas trabalham em cabinas
insonorizadas, de preferência com vista direta para o orador. Recebem o som através de
auscultadores (fones) e interpretam o discurso para a língua de chegada em tempo real, com um
ligeiro desfasamento de segundos. Os participantes na reunião ouvem a interpretação através de
auscultadores, podendo escolher o canal da língua pretendida. A interpretação simultânea exige dois
ou três intérpretes por língua de chegada, que se substituem e fazem intervalos alternadamente
(normalmente em cada 20-30 minutos).” (Calliope Interpreters, 2023).
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3.4. INTERPRETAÇÃO NA ÁREA DO ENTRETENIMENTO (SHOWS, PEÇAS DE TEATRO)
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Acesse o link a seguir e veja uma live super interessante do Hand Talk sobre
Libras nas lives. https://www.youtube.com/watch?v=nWKXcZgOyDU
Você já pensou em como se sente uma pessoa que sai do seu país para se refugiar em
outro lugar? Pois é, essa pessoa (ou mesmo família) precisará de um intérprete para a emissão de
documentos, acesso a serviços básicos -saúde, educação-, dentre outros. Além disso, como a
espiritualidade é algo que faz parte da natureza do ser humano, também é interessante proporcionar
ao estrangeiro acesso a reuniões/encontros religiosos com tradução para o seu idioma.
Cada estado, município, e assim por diante determinará como esse acesso será fornecido.
Bom lembrar que em alguns casos um tradutor juramentado -pessoa que tem direito legal de oferecer
serviços de tradução- será necessário.
4. A INTERPRETAÇÃO EM LIBRAS
Já que o seu curso é voltado para tradução e interpretação em Libras, por que não fazer
um breve passeio histórico para conhecer melhor como se deu o progresso da interpretação da língua
de sinais aqui no Brasil? Apertem os cintos e vamos lá!
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Figura 8 - Infográfico da trajetória da interpretação de Libras
Fonte: Elaborado pelo Prof.º Thúlio Marques
Descrição da imagem: Um infográfico mostra a trajetória do trabalho de interpretação no Brasil, de acordo com os
principais marcos na área.
ATENÇÃO! Não esqueça de assistir a vídeo aula desta unidade, uma vez que os
conteúdos são complementares, e foram preparados para te ajudar o máximo
possível no seu aprendizado.
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A unidade 2 já está chegando. Lembra que você leu brevemente sobre algumas diferenças
entre interpretação e tradução? Agora, você vai se aprofundar no conceito de tradução e seus
aspectos mais relevantes.
Bem-vindo a unidade 2!
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UNIDADE 02 | O que é tradução, suas propriedades e modelos de tradução
e interpretação
Você já se perguntou desde quando é necessário fazer traduções? E sobre os tipos de
tradução e seus diferentes contextos? Essas são perguntas interessantes, não acha? Então, vem
comigo que te explico melhor!
E você, concorda com a autora nesse sentido? Acha que a tradução é um processo
mecânico ou criativo? Ou as duas coisas?
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Já convido você a participar do FÓRUM desta segunda unidade pra gente
discutir um pouco mais sobre isso. Ah, e não deixe de aparecer por lá, pois a
interação (tanto sua como dos demais colegas) é de extrema importância para
a construção do seu aprendizado.
Para ampliar um pouco mais o seu entendimento sobre tradução e instigar você a novas
descobertas, deixe-me perguntar: você sabe o que significa a palavra signo? Não, não estamos
falando de astrologia. Estamos falando do significado de signo no sentido linguístico. Trouxe esse
questionamento porque o uso dessa palavra tem tudo a ver com o que você estudará a seguir.
O signo linguístico é constituído de dois elementos básicos: o significante e o significado.
Acompanhe o esquema da imagem a seguir:
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Como você pôde perceber, o signo linguístico é a soma de dois elementos importantes: o
significante e o significado, onde a parte concreta se une ao conceito e dá origem ao signo! Conseguiu
entender?
Para esclarecer ainda melhor, pode-se colocar da seguinte forma: um signo linguístico é
formado por dois aspectos, verbal e não verbal. Você verá mais sobre isso adiante.
Talvez você esteja se perguntando: tá, mas qual a relação do que vimos agora com o
processo de tradução? Calma que você já vai entender. Jakobson (1976) esclarece que
Para o Lingüista como para o usuário comum das palavras, o significado de um signo
linguístico não é mais que sua tradução por um outro signo que lhe pode ser
substituído, especialmente um signo "no qual ele se ache desenvolvido de modo
mais completo". (p. 63)
Já percebeu que toda vez que se traduz uma palavra, busca-se traduzir por uma outra
palavra, ou por um conjunto de palavras? Pois é, busca-se um substituto aquele primeiro signo, seja
um substituto imagético ou lexical. Isso se dá muitas vezes na alfabetização de pessoas surdas. Segue
um exemplo na imagem:
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Muitas vezes (senão sempre) o professor vai mostrar ao seu aluno um objeto (desenho,
material, etc.) e ensinar o sinal para ele. Assim, o signo na Libras será a construção de um sinal +
representação material.
Veja uma reportagem muito interessante onde uma professora mostra como
acontece esse processo de aquisição de linguagem por crianças que estão
aprendendo Libras, como proposta de incluir a Libras no currículo da educação
infantil. https://www.youtube.com/watch?v=NbRzIyxX1I4
Agora que você já conhece o conceito de tradução e que já sabe o significado de signo,
conheça um pouco mais sobre as propriedades (ou espécie, como classifica Jakobson) da tradução:
intralingual, ou reformulação; interlingual; e intersemiótica, ou transmutação. Continue para
conhecer um pouquinho de cada uma delas.
INTRA = DENTRO +
LINGUAL = LÍNGUA
Para esse tipo de tradução, além de sinônimos, também pode-se usar de paráfrases e
vocabulários com a mesma (ou quase a mesma) significação. Isso não significa que a tradução será
exata. Você consegue entender esses conceitos, caro estudante?
Imagine que num determinado texto a pessoa está falando de “canjica”. Se você é do
nordeste, deve saber que se refere a uma comida à base de milho, de textura cremosa. Porém, no
sudeste a canjica é feita de grãos de milho mergulhados em caldo leitoso, o que no nordeste seria o
mungunzá. Entendeu melhor? Logo, não é possível ter uma perfeita equivalência, mesmo num texto
traduzido para a própria língua. Veja um exemplo disso na Libras. Tome como referência o sinal de
“verde” nas imagens a seguir:
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Figura 11: sinal da cor verde em Libras Figura 12: sinal cor verde em Libras.
Fonte: Disponível em Fonte: Disponível em
<https://vidacff.blogspot.com/2014/09/cores-em- http://sirlanefranco.blogspot.com/2013/09/cores-em-
libras.html> Acesso em 14 set. 2023. libras.html > Acesso em 14 set. 2023
Descrição da imagem: Desenho de um homem branco, Descrição da imagem: Desenho em preto e branco
de cabelo laranja e camisa verde, executando o sinal da representando um homem que realiza o sinal da cor
cor verde em Libras, contendo a palavra “verde” logo verde em Libras.
abaixo.
Assim como acontece com o sinal da cor verde, também existem muitos outros sinais com
variações na Libras, como pai, mãe, além de sinais para nomes próprios (como empresas, por
exemplo) que apesar de atuarem em todo o país, por vezes recebem um sinal diferente em cada
região. Isso também se dá devido a variação regional, que sofre grande influência cultural e social.
Um outro exemplo de tradução interlingual é a adaptação de uma obra para um
determinado tipo de linguagem. Segue um exemplo nas imagens:
Figura 13: Capa do Livro Dom Quixote, de Miguel de Figura 14: Capa do Livro Dom Quixote, em quadrinhos,
Cervantes de Ziraldo
Fonte: Disponível em <https://m.media- Fonte: Disponível em
amazon.com/images/I/51XULadddlL.jpg> <https://www.livrarialoyola.com.br/resizer/
Acesso em 15 set. 2023. view/600/600/true/false/453605.jpg > Acesso em 15
Descrição da imagem: Capa do livro Dom Quixote de La set. 2023.
Mancha, contendo o título e o nome do autor, Miguel de Descrição da imagem: Capa do livro Dom Quixote, em
Cervantes Saavedra, mostrando um homem de estatura desenho, contendo acima do título a assinatura do seu
média, portando armadura, usando um chapéu e autor, Ziraldo, e logo abaixo num quadro azul está
segurando uma lança, montado num cavalo marrom, e ao escrito “em quadrinhos”. Logo abaixo é possível ver a
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seu lado um homem de estatura baixa montando um sombra de duas pessoas, montadas em dois animais
jirico, usando chapéu e usando uma camisa branca e um quadrúpedes, sob um pasto verde, observando o sol
blazer bege. que irradia em frente a eles.
Neste exemplo temos a adaptação da obra Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, para
uma linguagem mais lúdica, neste caso o HQ (história em quadrinhos). Por que podemos dizer que
essa adaptação é interessante? Dom Quixote é um clássico. Você já teve a oportunidade de ler essa
obra? Veja um breve resumo:
E aí, ficou com vontade de ler/reler essa obra? Apesar de ser, como já comentamos, um
clássico, Dom Quixote foi escrito em duas partes nos anos de 1605 e 1615. Faz muito tempo, não é
mesmo? Por isso, uma tradução interlingual pode ser muito útil para atrair diferentes públicos para
uma obra tão rica que tem atravessado gerações.
Veja no link a seguir uma entrevista super interessante com Pedro Bandeira
sobre adaptações de clássicos para o público infanto-juvenil.
https://www.arvore.com.br/blog/os-segredos-por-tras-das-adaptacoes-
infantis
É provável que tenha ficado bem claro pra você o que é a tradução intralingual, correto?
Então, continue a leitura para conhecer uma outra espécie de tradução, a interlingual. Já tem palpites
do que se trata? Descubra no próximo tópico!
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o processo de traduzir de uma língua para outra é tão simples quanto essa definição? Nem sempre!
Quer saber o por quê? Então, siga em frente!
Primeiro, tome como ponto de partida o que Barbosa (2004 apud Vinay e Darbelnet,
1977) chama de Procedimentos Técnicos de Tradução, dividindo em duas categorias, como mostra o
quadro a seguir:
Tipo de tradução Procedimentos técnicos adotados
Tradução direta Empréstimo
Decalque
Tradução literal
O que acha de acessar o podcast dessa unidade? Lá você irá aprender mais
sobre os procedimentos técnicos de tradução. Espero que você curta o
material!
Quer ver um exemplo? A seguir, analise o que a própria autora usa para ilustrar.
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Percebeu? Nesse caso, a tradução não sofreu nenhuma alteração devido a similaridade
dos aspectos gramaticais das sentenças, onde foi feita uma tradução literal. Aplicando a Libras,
eventualmente a tradução literal será usada
Porém, essas alterações nem sempre serão possíveis e adequadas, justo por conta dos
aspectos semânticos e pragmáticos da língua, excepcionalmente por sua modalidade gestual-visual.
Se o tradutor recorrer a esse tipo de tradução, ou seja, literal, facilmente incorrerá no que é
conhecido como português sinalizado. Segue um exemplo:
Observe que, caso tivesse sido feita a tradução palavra por palavra, o sentido teria se
perdido na tradução para a Libras.
O segundo tipo de tradução interlingual é a Oblíqua, “aquela que utiliza recursos lexicais
ou sintéticos diversos daqueles empregados no texto da LO [língua original] [...], quer dizer, que altera
a forma, mas sem alterar o conteúdo, ou a mensagem”. (Barbosa, 2004, p. 25) Trocando em miúdos,
o tradutor deverá fazer as escolhas certas de modo a transmitir a mensagem com o máximo de
fidelidade possível.
Pensando nisso, tome como exemplo a tradução entre duas línguas relacionadas1, o
português e o espanhol. Em português temos a palavra “brincar”, que de acordo com o dicionário
tem o sentido de se entreter e distrair. Em espanhol temos a mesma palavra, “brincar”, mas será que
com o mesmo significado? Gostaria de tentar buscar no Google Tradutor essa tradução? Se você
tentar, garanto que vai gostar. Assim, seu aprendizado fica mais dinâmico!
1
Línguas relacionadas são aquelas que têm uma origem semelhante, como é o caso do inglês e espanhol, que são
românicas, também chamadas de latinas ou neolatinas, por derivarem do latim. Fonte: disponível em
<https://conceitos.com/linguas-romanicas/>. Acesso em 18 set. 2023.
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Bem, se você tentou, deve ter encontrado que “brincar” do espanhol para o português é
traduzido como pular. Logo, numa frase teríamos a seguinte aplicação:
Viu só a diferença? A palavra “brincar” existe nos dois idiomas, porém com significados
diferentes. Por isso, quando o tradutor faz o seu trabalho precisa levar muitos aspectos em
consideração, como o contexto social e cultural, por exemplo, em que aquele idioma está inserido.
Também, é importante ressaltar que, assim como no caso da tradução intralingual, nesse
tipo de tradução não é possível conseguir uma equivalência completa quando tratamos de dois signos
linguísticos distintos. Ainda de acordo com Jakobson
Ao traduzir de uma língua para outra, substituem-se mensagens em uma das línguas,
não por unidades de código separadas, mas por mensagens inteiras de outra língua.
Tal tradução é uma forma de discurso indireto: o tradutor recodifica e transmite uma
mensagem recebida de outra fonte. Assim, a tradução envolve duas mensagens
equivalentes em dois códigos diferentes. (Jakobson, 1976, p. 64)
Agora, você iniciará seus estudos sobre a última propriedade tradutória, a Intersemiótica.
E aí estudante, você já ouvir falar nessa “estupefata” dessa intersemiose? Antes de mais
nada, é importante que você saiba que é mais fácil do que parece. Leia o conceito:
INTER = ENTRE +
SEMIÓTICA = SISTEMA DE SIGNOS
Bem, agora você já tem pelo menos uma noção do que pode significar esse tipo de
tradução. Também conhecida como Transmutação, a Tradução Intersemiótica consiste na
interpretação dos signos verbais por meio de sistemas de signos não-verbais, transmutação de uma
obra em um sistema de signos a outro, transferindo a forma e a tradução entre um sistema verbal e
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um não-verbal, como por exemplo, de um texto para ícones, desenhos, fotos, pintura, vídeo, cinema
e outros. (Segala, 2010 apud Jakobson, 1959)
Talvez você esteja pensando: e por que essa palavra, “intersemiótica”? Justamente
porque a semiótica estuda os signos (e mais uma vez lembramos que não estamos tratando de
astrologia), ou seja, como se dá significados as coisas. Um signo linguístico é composto de significante
e significado. Como seria isso na prática? Segue um exemplo no esquema das imagens:
Quando você lê a palavra “manga”, pode ser que venha a sua mente uma fruta bem
rosadinha e suculenta; ou talvez você pensou numa manga de camisa. Independente do que você
pensou, você atribuiu um significado ao signo. Esse é um exemplo bem simples, mas é possível
ampliar ainda mais esse entendimento, uma vez que, como visto, a Intersemiótica é a tradução para
diversos meios.
Já aconteceu de você assistir a um filme e só depois ficar sabendo que ele foi uma
adaptação de uma obra literária? Pois é, esse tipo de adaptação é extremamente comum. Seguem
alguns comentários interessantes que você provavelmente vai gostar sobre esse tipo de tradução:
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Figura 16: Citação de Cerqueira, 2021
Fonte: Elaborada pelo prof.º Thúlio Marques
Descrição da imagem: Imagem de fundo cinza e azul, com um texto entre aspas, contendo a citação de Cerqueira, 2021.
E aí, concorda com esses comentários? Acha que a adaptação é livre para modificações
da obra, ou acha que deve-se seguir à risca a obra original? Será discutido um pouco mais sobre isso
a frente.
Observe um exemplo de adaptação bem conhecido: você possivelmente já deve ter visto
(e muito provavelmente assistido) ao filme O Auto da Compadecida. Esse é um excelente exemplo do
que estamos tratando. A obra, que originalmente é uma peça teatral composta de 3 (três) autos
escrita pelo aclamado Ariano Suassuna, é uma adaptação de um signo escrito para um outro
audiovisual, o que permite explorar a relação entre diferentes universos narrativos.
E aí, caro estudante, você consegue pensar em outros exemplos que podemos citar desse
tipo de tradução?
Ainda sobre a tradução intersemiótica, pense nesse questionamento: será que a tradução
para a Libras sempre se dá como tradução intersemiótica, uma vez que a Libras é uma língua gestual-
visual?
Não será dada nenhuma resposta direta, mas é importante que você seja instigado a
pesquisar sobre o assunto. Segala (2010) esclarece que “a Libras, assim como outras línguas de sinais,
configuram um sistema verbal, apesar de se apresentarem na modalidade visual-espacial”. Ainda
sobre os registros das traduções feitas para a língua de sinais, a autora complementa dizendo que
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A filmagem dos textos traduzidos para a Libras oral é a forma de registro mais usada
entre os tradutores, uma vez que a tecnologia favorece os registros em vídeo e os
surdos preferem assistir aos vídeos, embora o registro escrito seja uma alternativa
que aos poucos começa a tomar forma. Por envolver uma filmagem, torna-se
fundamental o uso da tradução intersemiótica, pois o vídeo apresenta a possibilidade
de combinar o tradutor apresentando o texto em Libras e recursos semióticos com o
objetivo de tornar o vídeo mais interessante, mais claro, mais eficiente,
especialmente enquanto recurso didático. (Segala, 2010 p. 367)
Que tal uma vídeo aula? Assista a aula dessa unidade e amplie seu
entendimento sobre os tipos de tradução vistos até aqui.
• Tradução literal - Tipo de tradução em que a ênfase está no texto de partida, quando
o tradutor tenta o máximo possível manter-se próximo do texto original.
• Tradução livre - Diferente da primeira, toma como ênfase o público-alvo e o texto de
chegada. É o tipo de tradução utilizada para fins não oficiais, diferente da tradução
juramentada, por exemplo, que tem caráter jurídico e é exigida para determinados
processos, especialmente quando entre países.
• Tradução cultural - Esse é um aspecto relevante da tradução. Veja o que Aubert
(1995) destaca sobre o assunto: “Admitamos [...] que a operação tradutória
propriamente dita envolve não apenas léxico e gramática, mas a totalidade do texto,
texto esse que incorpora em si a língua enquanto estrutura, a língua enquanto fato
histórico e social (portanto, cultural) e a língua enquanto ato de fala”. O autor ainda
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levanta um questionamento interessante: “Até que ponto o traduzir se mostra viável
sem se despir ou se travestir exatamente naquilo que vai para além do léxico e da
gramática, da forma para o conteúdo e deste para os universos das representações
da realidade?” Esse é um ponto interessante para você pensar, querido estudante,
enquanto futuro tradutor que precisará levar muitos dos aspectos mencionados
antes quando diante do ato de traduzir.
• Fidelidade na tradução - Será que a fidelidade na tradução diz respeito a traduzir
igual, ou com exatidão? Não esqueça que não existe tradução plenamente fiel e
correspondente. Aspectos como ambiguidade, duplo sentido, variações, entre outros
são relevantes nesse processo. Rónai (2012) diz: “nunca vai existir uma tradução ideal
de determinado texto. Haverá muitas traduções boas, mas não a tradução boa de um
original”.
Após uma explanação tão extensa sobre o ato tradutor, deve-se ter em mente que essa
atividade tão complexa pode levar a consequências, como valorização e/ou apagamento de etnias,
raças, e nacionalidades específicas; respeito ou desrespeito pela variação cultural.
Como forma de retomar o conteúdo, segue um quadro comparativo para você com
relação às diferenças e semelhanças entre o interpretar e o traduzir.
Quadro comparativo entre Tradução e Interpretação
Tradução Interpretação
Geralmente é feito com intervalo entre a Processo simultâneo
captação da língua original e tradução para
a língua alvo.
Trabalho mais tido como mais mecânico e Espaço para um trabalho mais criativo e
formal dinâmico
Ambos os procedimentos podem ser realizadas por profissionais capazes de compreender
informações de diversas áreas sem que necessariamente sejam especialistas
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CONCLUSÃO
Pois bem, querido estudante, aqui você chegou ao final desta disciplina. Foi uma
caminhada bastante construtiva, você não acha? Espera-se que você tenha conseguido perceber
como o conteúdo foi bem dividido nessa disciplina. Na unidade 1, você estudou bastante sobre
interpretação, bem como sobre a atuação do profissional intérprete. Já na unidade 2, você pôde
entender melhor o processo de tradução (que não é tão simples quanto se imagina), e ainda entender
as principais diferenças entre a tradução e a interpretação.
Porém, querido estudante, é importante lembrar que você é o protagonista do seu
aprendizado. Sendo assim, todo esse conteúdo só será realmente útil quando você fizer a sua parte,
combinado? Então, veja as vídeo aulas, ouça os podcasts, bem como acesse todo o material adicional
que foi sugerido para você. Também, fique atento aos prazos para que você consiga entregar suas
atividades em dia. O que acha de colocar um alarme aí no seu celular (ou mesmo um lembrete na
geladeira) lembrando você de acessar o AVA todos os dias, pelo menos por alguns minutos? Assim,
você não vai acumular atividade e consequentemente terá uma caminhada mais prazerosa.
Parabéns por ter chegado até aqui! É um prazer ter você como aluno do ensino técnico,
na modalidade a distância. Busque sempre aperfeiçoar seu aprendizado, para que se torne um
profissional cada vez melhor!
Até a próxima!
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REFERÊNCIAS
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%80%93%20do%20Latim%20introductio%2C%20%E2%80%9C,de%20certas%20partes%20da%20mi
ssa. Acesso em 10 de agosto de 2023.
RUDNER, Aaron; PEREIRA, Maria C. P.; PATERNO, Uéslei. Laboratório de interpretação I. Florianópolis,
2010
https://www.libras.ufsc.br/colecaoLetrasLibras/eixoFormacaoPedagogico/laboratorios/site/midias/l
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MARÍLIA MENDONÇA EVIDENCIA A INCLUSÃO NO SÃO JOÃO DE CARUARU. Libras Sol, 2019.
Disponível em <https://www.librasol.com.br/marilia-mendonca-evidencia-a-inclusao-no-sao-joao-
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caracterizam.htm#:~:text=O%20signo%20lingu%C3%ADstico%20representa%20o%20significante%2
0e%20o%20significado%20das%20palavras.&text=Todo%20processo%20comunicativo%20constitui
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MARCELLO, Carolina. Dom Quixote: resumo e análise do livro. Cultura Genial. Disponível em:
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cervantes/#:~:text=A%20obra%20narra%20as%20aventuras,de%20Toboso%2C%20uma%20mulher
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CERQUEIRA, Émille S. Adaptação Literária como Tradução: Novos Signos, Novas Leituras. XVII enecult.
Salvador, Bahia, Brasil. Disponível em chrome-
extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/http://www.cult.ufba.br/enecult/wp-
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AUBERT, Francis Henrik. Desafios da Tradução Cultural. Revista TradTerm, v. 2: 31-44, 1995. São
Paulo: USP. ISNN 0104-639X. Disponível em
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MINICURRÍCULO DO PROFESSOR
Thúlio Marques
Olá!
Me chamo Thúlio Marques, sou formado em Letras-português pela Universidade Federal
de Pernambuco (UFPE), e pós-graduado em Libras pela Faculdade Intervale.
Sou atuante na comunidade surda desde 2009,
realizando trabalho voluntário, e de 2015 em diante comecei
a atuar profissionalmente como tradutor e intérprete. Sou
certificado em Proficiência na Tradução e Interpretação de
Libras (PROLIBRAS 2015).
Já atuei como intérprete nos mais variados níveis
de ensino, desde a educação infantil, fundamental e médio,
além de interpretar em provas de concursos e exames, como
o ENEM. Desde 2019 atuo na Rede Estadual de Ensino de
Pernambuco como Professor Instrutor de Libras, o que me tem permitido ter ainda mais contato com
essa língua e sua estrutura, que é tão fascinante.
Sou um amante da vida e gosto muito de aprender. Por isso, tenho cursos na área de
Atendimento Educacional Especializado em Pessoa com Surdez, bem como de ledor/transcritor.
Também me empenhei em aprender outros idiomas, e hoje sou fluente em espanhol, e estou
estudando inglês.
Foi um prazer me apresentar para você.
Até breve!
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