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- Concepções da Linguagem
- Prática de Leitura e escrita
- Textualidade e Texto: coesão e coerência
- Erros básicos que se deve evitar em um texto de linguagem formal
Texto 1
O ato de estudar
Tinha chovido muito toda noite. Havia enormes poças de água nas partes baixas do terreno. Em certos
lugares, a terra, de tão molhada, tinha virado lama. Às vezes, os pés apenas escorregavam nela. Às vezes, mais do
que escorregar, os pés se atolavam na lama até acima dos tornozelos. Era difícil andar. Pedro e Antônio estavam
transportando numa caminhoneta cestos cheios de cacau para o sítio onde deveriam secar. Em certa altura,
perceberam que a caminhoneta não atravessaria o atoleiro que tinha pela frente. Passaram. Desceram da
caminhoneta. Olharam o atoleiro, que era um problema para eles. Atravessaram os dois metros de lama, defendidos
por suas botas de cano longo. Sentiram a espessura do lamaçal. Pensaram. Discutiram como resolver o problema.
Depois, com a ajuda de algumas pedras e de galhos secos de árvores deram ao terreno a consistência mínima para
que as rodas da caminhoneta passassem sem atolar. Pedro e Antônio estudaram. Procuraram resolver e, em seguida,
encontraram uma resposta precisa.
Não se estuda apenas na escola.
Pedro e Antônio estudaram enquanto trabalhavam.
Estudar é assumir uma atitude séria e curiosa diante de um problema.
Esta atitude séria e curiosa na procura de compreender as coisas e os fatos caracteriza o ato de estudar. Não
importa que o estudo seja feito no momento e no lugar do nosso trabalho, como no caso de Pedro e Antônio, que
acabamos de ver. Não importa que o estudo seja feito noutro local e noutro momento, como o estudo que fazemos
no Círculo de Cultura. Em qualquer caso, o estudo exige sempre esta atitude séria e curiosa na procura de
compreender as coisas e os fatos que observamos. Um texto para ser lido é um texto para ser estudado. Um texto
para ser estudado é um texto para ser interpretado. Não podemos interpretar um texto se o lemos sem atenção, sem
curiosidade; se desistimos da leitura quando encontramos a primeira dificuldade. Que seria da produção de cacau
naquela roça se Pedro e Antônio tivessem desistido de prosseguir o trabalho por causa do lamaçal?
Se um texto às vezes é difícil, insiste em compreendê-lo. Trabalha sobre ele como Antônio e Pedro
trabalharam em relação ao problema do lamaçal. Estudar exige disciplina. Estudar não é fácil porque estudar é criar
e recriar e não repetir o que os outros dizem. Estudar é um dever revolucionário!
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 2001. p.57-58.
Fonte: SOUZA, Ismar. Estratégias de Leitura para Ler e Compreender Melhor. Editora Ideia Books, São
Paulo, SP, 2018.
Objetivos:
• reconhecer a importância da linguagem na constituição do ho-
mem;
Prezado(a) estudante,
Muitas vezes você já deve ter ouvido alguém falar sobre a importância da
comunicação. Mas o que exatamente signi ca comunicar? Conforme Cereja
e Magalhães (1999, p. 16), “Comunicar é expressar e interagir com o outro
como um agente de transformação social por meio da mensagem/linguagem
– situando-se assim numa intencionalidade discursiva”.
Texto: Língua
Esta língua é como um elástico
Que espicharam pelo mundo.
Atividade de aprendizagem
1. A partir do que estudamos até agora, redija um parágrafo expressando o
que Linguagem, Língua e Fala signi cam para você.
O dono da bola
Caloca morava na casa mais bonita da nossa rua. Os brinquedos que Caloca tinha, vocês não podem
imaginar! Até um trem elétrico ele ganhou do avô.
E tinha bicicleta, com farol e buzina, e tinha tenda de índio, carrinhos de todos os tamanhos e uma
bola de futebol, de verdade. Caloca só não tinha amigos. Porque ele brigava com todo mundo. Não deixava
ninguém brincar com os brinquedos dele. Mas futebol ele tinha que jogar com a gente, porque futebol não
se pode jogar sozinho.
O nosso time estava cheio de amigos. O que nós não tínhamos era bola de futebol. Só bola de meia,
mas não é a mesma coisa.
Bom mesmo é bola de couro, como a do Caloca. Mas toda vez que a gente ia jogar com Caloca,
acontecia a mesma coisa. Era só o juiz marcar qualquer falta do Caloca que ele gritava logo:
- Espírito esportivo, nada! - berrava Caloca. - E não me chame de Caloca, meu nome é Carlos Alberto!
Discussão oral:
* Vocês acham que existem muitos Calocas na vida, meninos e meninas que vivem estragando as
brincadeiras por pensarem só em si mesmos? Deem um exemplo.
* Se você fosse o dono da bola, como agiria?
* Você tem muitos amigos? O que faz para não perder a amizade deles?
*Explicar aos alunos que, para se fazer um debate, deve-se:
* primeiro escolher o tema a ser debatido (as atitudes do Caloca);
* entender que o debate só é possível quando há oposições de pontos de vista sobre um determinado
assunto;
* escutar com respeito os outros pontos de vista e apresentar os seus também de modo respeitoso, para
não ofender o outro. A oposição é de ideias, não de pessoas.
A opinião sobre o assunto deve ser dada, assim como saber ouvir a opinião dos outros;
Quem não concordar com alguma opinião, deverá aguardar sua vez de falar e expor seus
argumentos.
Pedir aos alunos que, após o debate, apresentem dicas que considerem importantes para que haja
uma boa convivência.
Não devemos confundir língua com escrita, pois são dois meios de comunicação distintos. A escrita
representa um estágio posterior de uma língua. A língua falada é mais espontânea, abrange a comunicação
linguística em toda sua totalidade. Além disso, é acompanhada pelo tom de voz, algumas vezes por
mímicas, incluindo-se fisionomias. A língua escrita não é apenas a representação da língua falada, mas sim
um sistema mais disciplinado e rígido, uma vez que não conta com o jogo fisionômico, as mímicas e o tom
de voz do falante. No Brasil, por exemplo, todos falam a língua portuguesa, mas existem usos diferentes da
língua devido a diversos fatores. Dentre eles, destacam-se:
Fatores regionais: é possível notar a diferença do português falado por um habitante da região nordeste e
outro da região sudeste do Brasil. Dentro de uma mesma região, também há variações no uso da língua. No
estado do Rio Grande do Sul, por exemplo, há diferenças entre a língua utilizada por um cidadão que vive
na capital e aquela utilizada por um cidadão do interior do estado.
Fatores culturais: o grau de escolarização e a formação cultural de um indivíduo também são fatores que
colaboram para os diferentes usos da língua. Uma pessoa escolarizada utiliza a língua de uma maneira
diferente da pessoa que não teve acesso à escola.
Fatores contextuais: nosso modo de falar varia de acordo com a situação em que nos encontramos:
quando conversamos com nossos amigos, não usamos os termos que usaríamos se estivéssemos
discursando em uma solenidade de formatura.
Fatores profissionais: o exercício de algumas atividades requer o domínio de certas formas de língua
chamadaslínguas técnicas. Abundantes em termos específicos, essas formas têm uso praticamente restrito
ao intercâmbio técnico de engenheiros, químicos, profissionais da área de direito e da informática,
biólogos, médicos, linguistas e outros especialistas.
Fatores naturais: o uso da língua pelos falantes sofre influência de fatores naturais, como idade e sexo.
Uma criança não utiliza a língua da mesma maneira que um adulto, daí falar-se em linguagem infantil e
linguagem adulta.
FALA
É a utilização oral da língua pelo indivíduo. É um ato individual, pois cada indivíduo, para a
manifestação da fala, pode escolher os elementos da língua que lhe convém, conforme seu gosto e sua
necessidade, de acordo com a situação, o contexto, sua personalidade, o ambiente sociocultural em que
vive, etc. Desse modo, dentro da unidade da língua, há uma grande diversificação nos mais variados níveis
da fala. Cada indivíduo, além de conhecer o que fala, conhece também o que os outros falam; é por isso
que somos capazes de dialogar com pessoas dos mais variados graus de cultura, embora nem sempre a
linguagem delas seja exatamente como a nossa.
NÍVEIS DA FALA
Nível coloquial-popular: é a fala que a maioria das pessoas utiliza no seu dia a dia, principalmente em
situações informais. Esse nível da fala é mais espontâneo, ao utilizá-lo, não nos preocupamos em saber se
falamos de acordo ou não com as regras formais estabelecidas pela língua.
Nível formal-culto: é o nível da fala normalmente utilizado pelas pessoas em situações formais.
Caracteriza-se por um cuidado maior com o vocabulário e pela obediência às regras gramaticais
estabelecidas pela língua.
ATENÇÃO:
Existem algumas palavras que possuem a mesma escrita (grafia), mas a pronúncia e o significado
são sempre diferentes. Essas palavras são chamadas de homógrafas e são uma subclasse dos homônimos.
Observe os exemplos:
Fundamental! Sempre foi e sempre será! Nós vivemos em um mundo cada vez mais competitivo,
por conta do crescimento populacional e, especialmente nas grandes cidades, quem não estiver bem
preparado está fadado ao insucesso. Expressão é tudo! Os meios de comunicação que utilizamos, este é um
deles, exigem de nós o conhecimento da língua para que consigamos transmitir, com precisão, o que
desejamos.
Saber falar em público é uma habilidade essencial para os profissionais de hoje. E vale ressaltar:
ninguém nasce com um gene para essa habilidade. É preciso desenvolvê-la com muito treinamento.
Para fazer uma boa exposição oral em público, é preciso que você domine formas que permitam construir
ligar as suas ideias e guiar o seu ouvinte. Os principais elementos da exposição oral são os seguintes:
Coesão temática: elementos que asseguram a articulação das diferentes partes temáticas.
EX: Então, falemos agora do orçamento do mês de janeiro [...]; é preciso agora contrastar os gastos do mês
de novembro com os de dezembro.
SINALIZAÇÃO DO TEXTO:
por meio dela, distinguem-se:
· as ideias principais das ideias secundárias: ...sobretudo...
· as explicações das descrições: então esses dados isolados/ os lucros e as despesas (descrição) / não fazem
sentido (questão principal)/ então precisamos estabelecer relações entre eles e compará-los aos dados de
outros períodos (reposta).
· os desenvolvimentos das conclusões resumidas e das sínteses: portanto, os responsáveis pelo setor
financeiro terão um mês para contabilizar as despesas e os lucros do mês, levantar no banco de dados a
contabilidade do mês anterior e analisar todos os números, em resumo, comparar esses dados de maneira
sistemática [...] bom, para concluir, eu gostaria de resumir...nós vimos, então, que...
Introdução de exemplos: ilustram, esclarecem ou dão legitimidade ao discurso.
Ex.: então, justamente, eu tenho o seguinte exemplo...
Reformulações: esclarecem termos percebidos como difíceis ou novos.
Ex.:um arcaísmo, o que é? É uma palavra ainda viva entre nós, embora em português esteja fora de moda.
Esses elementos devem ser aplicados em sua apresentação para que ela adquira uma estruturação
consistente, coerente e eficaz à comunicação. Dessa forma, você enriquece sua apresentação ecolabora
para que os objetivos da sua comunicação sejam atingidos.
Escrever é uma das formas mais eficazes para transmitir informação e conhecimento. Permitiu, por
exemplo, que pessoas que viveram há muitos séculos pudessem passar o seu conhecimento para as
gerações vindouras.
A primeira coisa que deve fazer é um esqueleto do texto que pretende escrever, com algumas notas que
identificarão o que irá ser escrito. Por exemplo:
Número de palavras
Tema
Estilo (formal, bloque, carta)
Pesquisas a fazer
Data limite para terminar
o lado. Se for menos tecnológico, compre um bloco de notas e uma pasta para guardar documentos e ande
sempre acompanhado.
"Português é fácil de aprender porque é uma língua que se escreve exatamente como se fala."
Pois é. U purtuguêis é muintofáciudi aprender, purqui é uma língua qui a gentiiscreviixatamenticumu si fala.
Num é cumuinglêisqui dá até vontadidi ri quandu a gentidiscobricumu é qui si iscrevi algumas palavras.
Impurtuguêis não. É só prestátenção. U alemão purexemplu. Qué coisa mais doida? Num bate nada cum
nada. Até nu espanhol qui é parecidu, si iscrevimuintodiferenti. Qui bom qui a minha língua é u purtuguêis.
Quem soubéfalásabiiscrevê.
O comentário é do humorista Jô Soares, para a revista Veja. Ele brinca com a diferença entre o
português falado e escrito. Na verdade, em todas as línguas, as pessoas falam de um jeito e escrevem de
outro. A fala e a escrita são duas modalidades diferentes da língua e é com esse fato que o Jô brincou. Na
língua escrita há mais exigências, em relação às regras da gramática normativa. Isso acontece porque, ao
falar, as pessoas podem ainda recorrer a outros recursos para que a comunicação ocorra - pode-se pedir
que se repita o que foi dito, há os gestos, etc. Já na linguagem escrita, a interação é mais complicada, o que
torna necessário assegurar que o texto escrito dê conta da comunicação.
A escrita não reflete a fala individual de ninguém e de nenhum grupo social. Por essa razão, a fala e
a escrita exigem conhecimentos diferentes. A maioria de nós, brasileiros, falamos, por exemplo, "Eli me
ensinô". O português na variante padrão exige, no entanto, que se escreva assim: "Ele me ensinou". Essas
diferenças geram muitos conflitos. A leitura de um trecho do poema de Antonino Sales, "Malinculia",
mostra as interferências da fala na escrita e como elas não anulam a expressividade poética de suas
imagens.
Malinculia, Patrão, É um suspiro maguadoQuinace no coração! É o grito safucado Duma
sodadeiscundidaQui nos fala do passado Sem se tornácunhicida! É aquilo qui se sente Sem se pudêispricá!
Qui fala dentro da gente Mas qui não diz onde istá! (...)
A língua muda, ainda, conforme o grupo social, a região, e o contexto histórico. São as chamadas
variações linguísticas. A gíria e o jargão são algumas dessas variações. A leitura é ato criativo, o que significa
pensar nos diferentes modos de ler e nos mais surpreendentes objetivos por parte do leitor. Posso praticar
a leitura como distração ou como tarefa vinculada a uma pesquisa acadêmica, como forma de aprender a
escrever, como busca de soluções profissionais ou existenciais, ou como inspiração para conhecer a mim
mesmo, ou como forma de preencher a solidão, ou como caminho de solidariedade.
Uma outra maneira de ler é a filosófica. Ler filosoficamente é ler para pensar. Não um pensar
qualquer, exercício mental apenas. Filosofar é um pensar responsável, em busca de tudo aquilo que nos
torne mais humanos. A leitura com espírito filosófico não teme inventar problemas. Tudo o que não
inventamos é falso, repetindo o poeta Manoel de Barros. O encontro com as verdades humanas depende
de nossa abertura para o inesperado. Ir ao encontro dessas verdades é um modo radical de estudar.
A IMPORTÂNCIA DA LEITURA
As tecnologias do mundo moderno fizeram com que as pessoas deixassem a leitura de livros de
lado, o que resultou em jovens cada vez mais desinteressados pelos livros, possuindo vocabulários cada vez
mais pobres. A leitura é algo crucial para a aprendizagem do ser humano, pois é através dela que podemos
enriquecer nosso vocabulário, obter conhecimento, dinamizar o raciocínio e a interpretação. Muitas
pessoas dizem não ter paciência para ler um livro, no entanto isso acontece por falta de hábito, pois se a
leitura fosse um hábito as pessoas saberiam apreciar uma boa obra literária, por exemplo.
Muitas coisas que aprendemos na escola são esquecidas com o tempo, pois não as praticamos.
Através da leitura rotineira, tais conhecimentos se fixariam de forma a não serem esquecidos
posteriormente. Dúvidas que temos ao escrever poderiam ser sanadas pelo hábito de ler; e talvez nem as
teríamos, pois a leitura torna nosso conhecimento mais amplo e diversificado.
Durante a leitura descobrimos um mundo novo, cheio de coisas desconhecidas.
O hábito de ler deve ser estimulado na infância, para que o indivíduo aprenda desde pequeno que ler é
algo importante e prazeroso, assim ele será um adulto culto, dinâmico e perspicaz. Saber ler e
Por isso, ao falar ou escrever, procure ser claro. Ao ouvir ou ler, procure estar atento e saber
se entendeu perfeitamente a mensagem recebida. Caso haja dúvida, não se envergonhe e
pergunte. Se o patrão lhe pedir para fazer algo, tenha certeza de que compreendeu o que lhe
foi pedido para que o resultado seja e ciente.
Por exemplo: empregamos a língua portuguesa para nos expressarmos no Brasil. Os argentinos
usam o espanhol. Os ingleses usam o inglês. Cada povo possui uma língua para se comunicar.
Fonte: Shutterstock.
Português Instrumental
Fala
18 A fala ou o discurso é a forma como cada pessoa usa a língua.
Embora João, Pedro, José, Maria, Paula e tantas outras pessoas usem a língua portuguesa para
falar, cada um faz de uma maneira própria.
Linguagem
A linguagem é a expressão de nossa comunicação. Ela ocorre por meio de palavras faladas
ou escritas, por meio de sinais de trânsito, por meio de gestos etc.
Português Instrumental
Dentro da linguagem, também precisamos considerar que falar e escrever são duas formas
bem diferentes de nos comunicarmos.
Basta você imaginar que está conversando com um grande amigo (linguagem oral) ou
escrevendo uma carta para o patrão (linguagem escrita). A diferença é grande!
- Ah! Nem te conto o que aconteceu ontem. Foi terrível! Olha só! O Luís se fez de besta
e tentou montar na égua do seu Zé. O tombo foi feio. Quebrou o braço e ele mais eu
fomos pro hospital.
Agora, observe um exemplo de linguagem escrita: Lucas escreve uma carta a Pedro para
contar as novidades.
As novidades são muitas por aqui. A principal foi o tombo do Luís ao tentar subir na
égua do senhor José. Ele foi parar no hospital por ter quebrado o braço.
Um abraço,
Lucas.
Questão 1
Identi que nos trechos a seguir se ocorreu linguagem oral ou linguagem escrita.
19
a) Eli me ensinô tudo qui sei.
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Português Instrumental
Questão 2
20 O texto a seguir foi escrito em linguagem oral. Reescreva-o empregando linguagem escrita.
U purtuguêis é muinto fáciu di aprender, purqui é uma língua qui a genti iscrevi
ixatamenti cumu fala. Num é cumu inglêis qui dá até vontadi di ri quandu a genti
discobri cumu é qui si iscrevi algumas palavras. Im purtuguêis não. É só prestátenção.
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Se você vai à missa conversar com o padre No entanto, se você está na fazenda, ao lado
ou vai a um lugar formal conversar com de seus amigos de infância, geralmente usa
alguém importante, certamente procura as palavras sem se preocupar tanto.
escolher melhor as palavras.
Por isso, há um assunto chamado níveis de linguagem que vamos estudar agora.
Português Instrumental
O primeiro nível é a linguagem formal ou culta. Ela é usada em ambientes formais (escola,
trabalho, órgãos públicos, igreja), onde escolhemos melhor as palavras para falar ou escrever
e procuramos usar a gramática de forma correta. Observe um exemplo.
A gente lembrou de tudo que você pediu pra comprar, menos os pães.
As gírias são muito comuns na linguagem coloquial e bem aceitas durante um encontro
informal. No entanto, não devem ser empregadas no ambiente de trabalho, pois algumas
pessoas podem não entendê-las e elas acabarão provocando ruído na comunicação. A gíria
também demonstra falta de respeito em alguns casos.
Termos vulgares, usados para xingar ou menosprezar alguém, também devem ser totalmente
evitados no convívio social e, principalmente, em ambiente de trabalho.
Dica
Mangar Ridicularizar
Guri Menino
Zé ruela Bobo
Português Instrumental
Este estudo analisou a relação inversa entre e ciência econômica e justiça
socioambiental na utilização de agrotóxicos. A utilização de agrotóxicos tenderia a
22 maximizar a e ciência econômica através de ganhos de produtividade; no entanto,
poderia agravar a injustiça socioambiental. Inferiu-se essa relação inversa, uma vez
que a e ciência econômica pela utilização de agrotóxicos estaria associada a alguma
injustiça socioambiental. Este estudo analisou, ainda, o impacto de instrumentos
regulatórios no controle da utilização e do manejo de agrotóxicos. Uma legislação
que reduza compulsoriamente a utilização de agrotóxicos poderia agravar diversos
problemas socioeconômicos, especialmente em pequenas comunidades rurais.
Concluiu-se que eventuais restrições na utilização de agrotóxicos em sistemas
produtivos que dependam dessas matérias-primas para sustentar sua economia
poderia ser bastante prejudicial. Quanto à necessidade de intervenção estatal para
regular a utilização de agrotóxicos, este estudo concluiu que a questão não deveria
ser sobre a necessidade ou não de legislação, mas sim como deve ser a forma dessa
intervenção.
Fonte: Ciência & Saúde Coletiva (2007).
Atividades
l Agora que já vimos vários tipos de linguagem, vamos fazer algumas atividades
para testar nossos conhecimentos. Bom trabalho!
Questão 1
Leia o quadrinho a seguir e indique se a linguagem utilizada foi formal ou informal.
Fonte: Bibliblog .
a) Linguagem formal.
b) Linguagem informal.
Português Instrumental
Questão 2
Identi que no quadrinho quem empregou linguagem formal e quem empregou linguagem
informal.
Questão 3
Observe o texto a seguir. Transcreva os textos orais e informais para linguagem formal.
Seo Gomis, o criente de belzonte pidiu mais cuatrucenta pessa. Faz favor tomá as 23
providenssa. Abrasso, nirso.
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Seo Gomis, os relatório di venda vai xegá atrazado proque to fexando umas venda.
Temo que mandá treis mir pessa. Amanhã tô xegano. Abrasso, nirso.
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Português Instrumental
Questão 4
24 Observe o quadrinho a seguir e diga por que o nome foi pronunciado de maneiras diferentes.
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Questão 5
Indique qual é a linguagem mais adequada para cada situação a seguir.
• Linguagem formal
• Linguagem informal
• Linguagem técnica
Português Instrumental
27
Desta lição, extrai-se que não se deve escrever frases ou textos desconexos – é imprescindível que
haja uma unidade, ou seja, que essas frases estejam coesas e coerentes formando o texto. Além disso,
relembre-se que, por coesão, entende-se ligação, relação, nexo entre os elementos que compõem a
estrutura textual.
1) Não escreva difícil, usando palavras para parecer que sabe de tudo! Prefira uma linguagem mais simples.
Não falo aqui do uso de coloquialismo, sem restrições!
2) Críticas sem fundamento, sem objetivo não devem ser feitas. A análise sobre algo deve ser realizada
baseada em fatos, acontecimentos reais. Sempre aponte soluções coerentes para os problemas levantados.
3) Uso de palavrões, jargões, gírias e coloquialismo é proibido!
4) A linguagem do msn ou orkut deve ficar em casa. Nunca abrevie palavras: vc, qdo, msm, dentre outras.
Exceção: etc.
5) Não faça repetição desnecessária de palavras! O texto fica enfadonho e pobre, pois o leitor verá que
você não tem muita leitura, uma vez que não tem muito vocabulário. Use sinônimos: menina, garota,
criança, guria.
6) Não “encha linguiça”, como dizem! Uns dizem coisas sem sentido, outros falam a mesma coisa várias
vezes, de vários modos. Seja objetivo, claro. Melhor qualidade do que quantidade. No entanto, processos
seletivos exigem o mínimo de 15 linhas. Escreva sobre algo que você tenha conhecimento. Baseie-se (não
copie) em um texto da coletânea, nas ideias expostas ali. Faça um parágrafo para introdução, um para o
desenvolvimento e um para a conclusão, pelo menos!
7) Não esqueça a cedilha no “c”, o cortado do “t”, o pingo do “i”, as letras maiúsculas em nomes próprios!
8) Coloque ponto final! Começou um novo argumento, uma nova ideia? Coloque ponto final e não vírgula!
Os períodos ficam tão confusos que o leitor não sabe nem mais qual é o assunto inicial ou quem é o sujeito
do período!
9) Faça a concordância verbal. Se o sujeito está no plural, o verbo também deverá estar! Ficou em dúvida?
Leia a oração e identifique o sujeito, quem pratica a ação.
10) Releia o texto! É impossível tentar organizar melhor o texto, corrigir os erros e tirar nota boa sem reler
o que se escreveu! Detalhe: Coloque-se no lugar de um leitor que não sabe nada sobre o assunto abordado
em seu texto e se pergunte: Será que ele entenderia sobre o que estou escrevendo e o meu ponto de vista?
Saiba que mandamentos foram feitos para serem seguidos, mas não como obrigação ou por imposição,
mas para nosso bem! Pense nisso!
Redação é o ato de redigir, ou seja, de escrever, de exprimir pensamentos e ideias através da escrita.
Logo, para que você escreva uma redação técnica é necessário que certos processos sejam
seguidos, como o tipo de linguagem, a estrutura do texto, o espaçamento, a forma de iniciar e finalizar o
texto, dentre outros. Dessa forma, a necessidade de certa habilidade e de se ter os conhecimentos prévios
para se fazer uma redação técnica é imprescindível!
Por esse motivo, criamos esta seção, para que os internautas tenham material para servir de
embasamento teórico, pois há carência desse tipo de conteúdo no universo virtual. A redação técnica
engloba textos como: ata, circular, certificado, contrato, memorando, parecer, procuração, recibo,
relatório, currículo.
Linguagem
O texto oficial requer o uso do padrãoculto da língua. Padrão culto é aquele em que:
a) se observam as regras da gramática formal,
b) se emprega um vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma.
A obrigatoriedade do uso do padrão culto na redação oficial procede do fato de que ele está acima
das diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias
linguísticas, permitindo, por essa razão, que se atinja a pretendida compreensão por todos os cidadãos.
A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a exijam.
Formalidade
As comunicações oficiais devem ser sempre formais. Não só ao correto emprego deste ou daquele
pronome de tratamento, mais do que isso, a formalidade diz respeito à polidez e à civilidade.
Padronização
A clareza de digitação, o uso de papéis uniformes e a correta diagramação do texto são
indispensáveis à padronização.
Concisão
A concisãoé uma qualidade do texto, principalmente o do oficial. Conciso é o texto que consegue
transmitir um máximo de informações com um mínimo de palavras. A concisão é, basicamente, economia
linguística. Isso não quer dizer economia de pensamento, isto é, não se devem eliminar passagens
substanciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho. Trata-se exclusivamente de cortar palavras inúteis,
redundâncias, passagens que nada acrescentem ao que já foi dito.
Deve-se perceber a hierarquia de ideias que existe em todo texto de alguma complexidade: ideias
fundamentais e secundárias. Essas últimas podem esclarecer o sentido daquelas, detalhá-las, exemplificá-
las; mas existem também ideias secundárias que não acrescentam informação alguma ao texto, nem têm
maior relação com as fundamentais, podendo, por isso, ser dispensadas.
Clareza
A clarezadeve ser a qualidade básica de todo texto oficial. Claro é aquele texto que possibilita
imediata compreensão pelo leitor. A clareza não é algo que se atinja por si só: ela depende estritamente
das demais características da redação oficial. Para ela concorrem:
a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpretações que poderia decorrer de um tratamento
personalista dado ao texto;
b) o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de entendimento geral e por definição avessa a
vocábulos de circulação restrita, como a gíria e o jargão;
c) a formalidade e a padronização, que possibilitam a imprescindível uniformidade dos textos;
d) a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos linguísticos que nada lhe acrescentam.
É pela correta observação dessas características que se redige com clareza. Contribuirá, ainda, a
indispensável releitura de todo texto redigido. A ocorrência, em textos oficiais, de trechos obscuros e de
erros gramaticais provém principalmente da falta da releitura que torna possível sua correção.
A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. A pressa com que são elaboradas certas comunicações
quase sempre compromete sua clareza. Não se deve proceder à redação de um texto que não seja seguida
por sua revisão. “Não há assuntos urgentes, há assuntos atrasados”, diz a máxima. Evite-se, pois, o atraso,
com sua indesejável repercussão no redigir.
ATA
A ata é um documento no qual deve constar um resumo por escrito, detalhando os fatos e
as soluções a que chegaram as pessoas convocadas a participar de uma assembleia, sessão ou
reunião. A expressão correta para a redação de uma ata é "lavrar a ata". Uma das principais
funções da ata é historiar, traçar um painel cronológico da vida de uma empresa, associação ou
instituição. Serve como documento para consulta posterior, tendo em alguns casos caráter
obrigatório pela legislação. Por tratar-se de um documento formal, a ata deve seguir algumas
normas específicas de formatação:
Eu comprei comida.
Se o sujeito for composto (apresentar mais de um nome), o verbo vai para o plural.
Camisa bonita.
Camisas bonitas.
Vaca leiteira.
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Vacas leiteiras.
Há cavalos no pasto.
Atividades
l Como zemos ao longo de toda esta unidade curricular, vamos praticar o que
estudamos.
Português Instrumental
Aula 8. Pontuação
Objetivo:
Prezado(a) estudante,
Introdução
Ao falarmos que um texto, quando de sua constituição, deve ser coeso e co-
erente, estamos nos propondo a redigi-lo sem ambiguidades e outros vícios
de linguagem. Para que isso aconteça, devemos atentar aos sinais de pontu-
ação, uma vez que estes são recursos que servem para indicar enumeração,
separação de orações e períodos, intercalação etc, bem como para deixar
claros os objetivos e o sentido do texto. Então, vamos conhecer alguns?
8.1 Vírgula ( , )
Indica uma pequena pausa na leitura. Seu uso se dá nos seguintes casos:
• Nas datas.
– Sim, eu adorei!
Ex. Atenciosamente,
Ex. A casa tem três quartos, dois banheiros, três salas e um quintal.
a) uma conjunção
b) um adjunto adverbial
c) um vocativo
d) um aposto
Ex. O amor, isto é, o mais forte e sublime dos sentimentos humanos, tem seu
princípio em Deus.
requerimentos;
declarações;
ofícios.
8.3 Ponto ( . )
Usa-se o ponto para encerrar uma frase, período, oração declarativa.
memorandos;
requerimentos;
declarações;
ofícios.
8.7 Aspas ( “ ” )
• Empregam-se para marcar citações.
Deve ter cado claro nessa aula a importância que a pontuação tem para o
bom entendimento de um texto. A falta de pontuação ou a sua má empre-
gabilidade compromete o sentido e a clareza da mensagem.
Resumo
Nessa aula você pôde perceber que os sinais de pontuação são importantes
não só para a entonação da frase, mas também para garantir a nalidade e
o sentido do texto. Assim, a pontuação pode ser e ciente e e caz quando
empregada corretamente – indicando de maneira expressiva cada sinal a ele
destinado em cada contexto: oral ou escrito na língua.
Pontos de Vista
— Tem hora em que, para evitar con itos, não basta um Ponto, nem
uma Vírgula, é preciso os dois — disse o Ponto e Vírgula. — E aí entro
eu.
Caro(a) estudante,
Vamos adiante!
Bons estudos.
Objetivo:
Prezado(a) estudante,
Introdução
Sintaxe é o estudo das regras que regem a construção de frases nas lín-
guas naturais. A sintaxe é a parte da gramática que estuda a disposição das
palavras na frase e das frases no discurso orais e escritos, incluindo a sua
relação lógica entre as múltiplas combinações possíveis para transmitir um
signi cado completo e compreensível. Logo, a concordância é o mecanismo
através do qual as palavras alteram suas terminações para se adequarem
harmonicamente umas as outras na frase. Assim, sintaxe de concordância
é a harmonia de exão das palavras de uma frase, e esta se divide em dois
tipos principais: a concordância nominal e a concordância verbal.
• Em entrevista de emprego;
Ex. Estou quite com o serviço militar. / Estou quites com o serviço militar.
• Ao escrever um e-mail;
• Ao informar as horas;
Esses são alguns exemplos de empregabilidade e uso real das regras de con-
cordância.
REGRAS ESPECIAIS
Casos Normas Exemplos
Adjetivo posposto a dois ou mais O adjetivo fica no plural ou concorda Comprei abacaxi e melancia ma-
substantivos. com o substantivo mais próximo. duros.
Comprei abacaxi e melancia
madura.
Adjetivo anteposto a dois ou mais O adjetivo concorda com o substanti- Na sala, havia lindas fotografias e
substantivos. vo mais próximo. desenhos.
Na sala, havia lindos desenhos e
fotografias.
LEMBRETE
Caso Norma Exemplos
Muito obrigado, disse Cristian.
Muito obrigada, disse Ingrid.
Obrigado Muito obrigada! (Emissor do gênero
feminino.)
Exemplos:
LEMBRETE
Casos Normas Exemplos
Aprendemos bastantes (adj.)
Se adjetivo, é variável. novidades hoje.
Bastante Se advérbio é invariável. Nossas aulas são bastante (adv.)
interessantes.
REGRAS ESPECIAIS
Casos Normas Exemplos
Um grupo de garotos começou o
O sujeito coletivo no singular + O verbo pode ficar no singular ou tumulto.
substantivo plural. no plural. Um grupo de garotos começaram
o tumulto.
Vossa Excelência conhece bem este
caso.
O sujeito é pronome de tratamento. O verbo é empregado na 3ª pessoa.
Vossas Excelências ouvirão toda a
verdade.
A maioria dos brasileiros vive na
A maioria de, a metade de, parte de O verbo pode ficar no singular ou pobreza.
+ substantivo plural. concordar com o substantivo plural. A maioria dos brasileiros vivem na
pobreza. (Forma desprestigiada.)
40% da população apoiam a políti-
O verbo pode concordar com o ca econômica.
*Porcentagens numeral ou com o substantivo a que 40% da população apoia a política
a porcentagem se refere. econômica.
90% dos alunos foram aprovados.
*Sujeito composto anteposto ao O cão e o gato dormiam lado a
O verbo fica no plural.
verbo lado.
O verbo fica no plural ou concorda Viajaram a mãe e a filha.
Sujeito composto posposto ao verbo
com o núcleo mais próximo. Viajou a mãe e a filha.
O verbo vai para o plural, observan-
Tu, eu e meus filhos partiremos
*Pessoas gramaticais diferentes do-se que a 1ª pessoa prevalece
hoje.
sobre a 2ª e 3ª.
Resumo
A sintaxe, além de estudar as regras nas construções das frases, é responsá-
vel direta pela lógica desses discursos construídos a partir da concordância
nominal e verbal em cada frase: seja ela oral ou escrita.
Atividades de aprendizagem
1.Encontre os sete erros de concordância no texto a seguir. Grife-os e os
reescreva corretamente:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
2. Realize uma pesquisa, no bairro onde reside, de placas e/ou anúncios que
apresentem desvios de concordância nominal e verbal. Esta atividade poderá
ser ilustrada (fotos) ou escrita.
62 armazém: _____________________________________________________________________________________
robô: __________________________________________________________________________________________
exército: ______________________________________________________________________________________
pajé: __________________________________________________________________________________________
tevê: __________________________________________________________________________________________
Tópico 2: Crase
O acento grave, conhecido como crase, representa a união de duas vogais em uma só: a + a = à.
Os artigos em nosso idioma podem ser de nidos (o, a, os, as) ou inde nidos (um, uma, uns,
umas) e aparecem ao lado de um substantivo. Observe exemplos.
A casa, o livro, as casas, os livros, um amigo, uma amiga, uns amigos, umas amigas.
Comentário do autor
Observe um exemplo com termo masculino e, depois, com termo feminino para entender
bem.
Vou ao escritório.
Vou a + o escritório.
Português Instrumental
Agora, observe com substantivo feminino.
Vou à escola.
Vou a + a escola
Gosto de livro.
A preposição "de" une o verbo ao nome. Devemos ter muita atenção para saber se o verbo ou
o nome pede preposição. Observe.
Para descobrir se o verbo pede preposição ou não, sempre pergunte ao verbo. Observe!
Re ro-me à revista.
Re ro-me às revistas.
Português Instrumental
Locuções adverbiais femininas
64
Trabalho à noite.
Estou à disposição.
Como descobrir se o lugar pede ou não artigo? Basta usar a construção "venho de" ou "venha da".
De 8h a 10h.
Das 8h às 10h.
De segunda a sexta.
Da segunda à sexta.
Português Instrumental
Casos em que não ocorre crase
Não usamos crase nos seguintes casos:
Contei a ela.
Antes de
pronomes em Contei a você.
geral Re ro-me a quem chegou.
Cara a cara.
Expressão
com palavras Frente a frente.
repetidas Gota a gota. 65
Português Instrumental
Casos em que a crase é facultativa
66 Existem três casos especí cos em que a crase é facultativa.
Nomes de mulheres
Quando o nome aparecer determinado por uma qualidade ou característica, o artigo será
obrigatório.
Quando o nome aparecer determinado por sobrenome, preferencialmente não use o artigo.
Até
Atividades
l Este tópico é um dos mais importantes dentro deste tema. O uso da crase
normalmente é acompanhado de dúvidas e a melhor maneira de esclarecê-las é
praticando. Vamos lá!
Questão 1
Indique quais frases a seguir devem receber crase.
a) Fui a cavalo.
c) Estou a disposição.
Português Instrumental
d) Contei tudo a você.
f) Re ro-me a novela.
Questão 2
Indique se a placa a seguir está correta ou incorreta em relação ao uso da crase.
a) Correta.
b) Incorreta. 67
Questão 3
Indique se o nome da novela está correto ou não.
Fonte: Globo.com.
Português Instrumental
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Comercial – Compartilhada, podendo a obra ser remixada, adaptada e servir para criação de obras
derivadas, desde que com �ns não comerciais, que seja atribuído crédito ao autor e que as obras
derivadas sejam licenciadas sob a mesma licença.
62 f.
ISBN: 978-65-89787-44-0.
CDU: 028:373.3
SUMÁRIO
RESUMO .............................................................................................................14
EFERÊNCIAS .....................................................................................................15
.
RESUMO .............................................................................................................39
REFERÊNCIAS ..................................................................................................40
RESUMO .............................................................................................................61
REFERÊNCIAS ..................................................................................................62
APRESENTAÇÃO
5
É com essa premissa, e com o objetivo de auxiliá-lo(a) na produção de
conhecimentos cientí�cos, que pretendemos mostrar como podemos desenvolver
essa forma de saber, bem como entender quais práticas estão associadas ao domínio
das técnicas de produção destas formas de trabalhos acadêmico-cientí�cos.
6
CONHECIMENTO, PESQUISA E
TEXTO CIENTÍFICO
UNIDADE
Objetivos
Fonte: https://www.pngwing.com/en/free-png-nslfc
7
concepções sobre os elementos que estruturam o fazer cientí�co na universidade e
institutos de pesquisas.
8
Atenção
O senso comum presente na sociedade possui em sua estrutura
diferentes formas de conhecimento.
É importante reconhecermos que o conhecimento cientí�co, diferente
de outros presentes na sociedade, tem por especi�cidade fundante a
adoção de metodologias públicas e rigorosas, que buscam em sua essência
a constituição de fundamentos e argumentos cientí�cos, com objetividade e neutralidade.
Porém, é possível dizermos que há condições que in uenciam na produção do
conhecimento cientí�co, assim como outros saberes do senso comum, como o religioso.
9
As pesquisas cientí�cas têm como propriedade fundamental a busca por
melhorias na qualidade de vida da sociedade, bem como resolução de problemas
sociais. Não diferente, os trabalhos cientí�cos materializados em textos, sejam
aqueles desenvolvidos no início, no desenvolvimento, ou ao �nal da pesquisa, se
caracterizam no ambiente universitário, como gêneros acadêmicos com diferentes
estruturas. Como exemplo, podemos citar: resumo, resenha, artigos, e entre outros.
Conforme vimos até aqui, foi possível perceber que a pesquisa cientí�ca se
caracteriza enquanto um procedimento que faz uso de metodologias próprias com
o objetivo de desenvolver conhecimentos cientí�cos. Richardson (1999, p. 22) nos
a�rma que “O método cientí�co é o caminho da ciência para chegar a um objetivo.
A metodologia são as regras estabelecidas para o método cientí�co [...]”
Neste sentido, também podemos retomar as contribuições de Demo (2006, p. 10),
SUGESTÃO DE VÍDEO
Para saber mais sobre o conteúdo assista ao vídeo
“Metodologia do conhecimento cientí�co” com Pedro
Demo. Acesse o link: https://www.youtube.com/
watch?v=7hLqaJLQ5Q4
10
Figura 2 - Capa do Livro Introdução à Metodologia da Ciência
Fonte: www.amazon.com.br
11
Segundo Ribeiro (2016), é possível entender que o desenvolvimento de
um objeto de estudo/pesquisa pode con�gurar-se como a construção singular do
pesquisador que produz um texto acadêmico.
- O problema cientí�co
Toda atividade cientí�ca requer o desenvolvimento de trabalhos acadêmicos que
se caracterizam de formas diferentes, porém, todos possuem uma relação com a
formulação de um objeto de estudo, que consequentemente se constitui a partir do
desenvolvimento de um problema de pesquisa.
A problemática se estrutura inicialmente por meio da dúvida de um pesquisador.
Ao se �liar a um campo teórico de investigação cientí�ca, este pesquisador
desenvolve e seleciona métodos e técnicas cientí�cas que o auxiliarão no
desenvolvimento de seu estudo sobre o fenômeno problematizado.
12
A autora nos reforça a concepção de que, ao escrever um texto cientí�co,
precisamos atender duas etapas de investigação. A primeira é a de apresentar para
sociedade os resultados da pesquisa, e a segunda é compreender que o texto
concluído funciona como prova material da experiência cientí�ca desenvolvida a
partir do desenvolvimento de um objeto de estudo.
Para Vieira e Fabiano (2013, p. 251),
• Os tipos e as correspondências
13
SAIBA MAIS: CARACTERÍSTICAS
O Texto cientí�co - revela pesquisa, possui rigor cientí�co e visa
publicação. Ex. monogra�as, teses, resenhas e artigos cientí�cos.
O Texto técnico - relativo às pro�ssões, a atividades empresariais
e repartições públicas. Ex. atas, memorandos, circulares,
requerimentos, relatórios, avisos entre tantos outros.
Proximidades
As redações técnico-cientí�cas apresentam características que são regidas pelos mesmos
princípios básicos (no sentido amplo) que orientam a estruturação de qualquer texto
escrito, ou seja: clareza – coesão e coerência – objetividade, correção e obediência
às normas gramaticais.
RESUMO
15
GÊNEROS TEXTUAIS ACADÊMICO-
CIENTÍFICOS – RESUMO, RESENHA E
ARTIGO
UNIDADE
Objetivos
16
de trabalhos acadêmicos da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). Porém,
as normas especí�cas serão retomadas posteriormente, em outra unidade deste
e-Book.
Para Marcuschi (2008, p. 189), “os gêneros textuais não são frutos de
invenções individuais, mas formas socialmente maturadas em práticas comunicativas
na ação linguageira”.
18
de pesquisas. Em consonância, Mota-Rotth & Hendges (2010) apontam que a
produção textual acadêmica desenvolvida no contexto universitário contribui com o
letramento acadêmico-cientí�co de alunos da graduação e pós-graduação.
2.2.1 – Resumo
19
- Resumo informativo: escrita que possui a característica especí�ca de
apresentar informações. Pode substituir a leitura do texto fonte resumido.
- Resumo crítico, ou resenha crítica: será objeto deste material no próximo
tópico.
20
Atenção
Por que resumir um texto?
- Sintetizar textos longos auxilia o acadêmico em todas as disciplinas.
- Reforçar as ideias principais e lembrar dos postos-chave do
conteúdo.
Qual a �nalidade de um resumo?
Resumir é um ato de ler, analisar e escrever em poucas linhas o essencial para o leitor.
Preparar um resumo é também uma atividade de estudo e não só de avaliação.
21
ATENÇÃO !
O resumo não possui comentários pessoais!
Fonte: https://conilufma.com.br/downloads/2021/CADERNO-DE-RESUMOS-
compactado-17062021.pdf
22
2.2.2 – A resenha
23
• As divisões
Para a metodologia cientí�ca, conforme a ABNT, a resenha crítica é uma
das modalidades de resumos que ganhou grande espaço no contexto acadêmico
por funcionar não só como uma produção textual com vistas à apropriação de
conhecimentos teóricos, mas também se consagrou enquanto forma de trabalho
requisitado para �ns avaliativos e de ponto de partida para o desenvolvimento de
outros textos acadêmicos.
• A Resenha crítica
Podemos conceituar a resenha como produção escrita que, além de sintetizar
o objeto e principais informações do texto, demarca durante sua construção uma
avaliação crítica do sujeito que a escreve, pontuando aspectos de ordem positiva e
negativa. Trata-se de um texto que ao mesmo tempo que aponta dados presentes
no texto fonte, também emite, de forma construtiva, não pejorativa, opinião particular
do autor sobre a estrutura, abordagem e estilo do texto original.
Para Motta-Roth & Hendges (2010, p. 27), “esse gênero discursivo é usado
na academia para avaliar – elogiar ou criticar - o resultado da produção intelectual
em uma área de conhecimento”. Ao mesmo tempo, retomando os ensinamentos de
24
Cavalcante (2013), podemos compreender a resenha crítica como uma produção
acadêmica que se caracteriza pela análise e intepretação de um texto, livro ou
capítulo. É um gênero acadêmico que ultrapassa a noção de resumo de informações
e traz comentários e referências complementares sobre o texto resenhado.
26
Atenção
A resenha não possui capas, páginas de rosto etc.
É importante demarcar considerações introdutórias e
contextualizar o tema.
Apresentar dados iniciais sobre o autor, como: quem é ele, sua área
de formação, publicações, e posição dentro do contexto acadêmico.
• O desenvolvimento da crítica
Os elementos que compõem a estrutura de uma resenha, a síntese do
conteúdo e a avaliação crítica, não são desenvolvidos de forma linear, o julgamento
que se faz na crítica não funciona como um complemento do resumo de informações,
mas sim como objeto de destaque e fundamento da produção. A presença da voz
do resenhista faz parte de toda produção, inserindo-se de forma articulada em todo
texto.
• Sugestões/recomendações
- A crítica pode desenvolver-se de forma moderada, técnica e respeitosa;
- Os resenhistas, assim como outros críticos, se tornam objetos de análises
do outro, que possivelmente podem quali�cá-lo como “detratores da obra” ou de
não compreenderam a produção que resenhou;
27
Texto 2 - Exemplo do gênero resenha crítica
28
parte do literário, a tendência é que a vinculemos à universalidade, passando, desse modo,
a ignorarmos a singularidade das circunstâncias. Por conseguinte, a ensaísta defende que,
na medida em que a linguagem-mundo (mais real, menos �ccional) se impõe, um discurso
questionador e construtivo – logo, pensante – se a�rma. Como ela própria anota: “Não se trata
de recusar a dimensão institucional da literatura, mas de não deixar que ela prevaleça no jogo
de forças em que as obras são produzidas e recebidas. [...] Sob a designação ‘literatura’ não
só se inclui uma multiplicidade como um movimento desencadeador do múltiplo” (p. 13). E é
também nesse mesmo ensaio que Silvina Rodrigues Lopes já começa a revelar, de antemão,
suas principais recorrências teóricas – Gilles Deleuze, Jacques Derrida, Jean-Luc Nancy, Jean-
François Lyotard e Maurice Blanchot, por exemplo –, presentes também nos ensaios seguintes.
“A literatura no limite da �cção”, segundo ensaio, alude a uma questão há muito discutida e que
parece não se esgotar: o problema da relação entre literatura e �cção. Considerando que, hoje,
“a própria oposição entre história e �cção foi posta em causa” (p. 34), Lopes entende que, mesmo
assim, é a �cção – enquanto pura construção de sentidos possíveis – que invade todos os
domínios da (nossa) existência. São muitos os nós da questão, e por isso ela procura esclarecê-
los organizando o seguinte percurso: 1) recorre ao pensamento ocidental, passando pela
reformulação da noção de verossimilhança, para evidenciar uma contradição: a desvalorização
da capacidade de invenção literária; 2) esclarece que, enquanto condição de todo o discurso,
a �ccionalidade expõe a falha da �cção enquanto puro artifício; e 3) pensa como a �guração
na literatura pode servir como experiência dos limites da �cção. Antes, esclarece: “O facto de a
problemática da �cção constituir hoje um aspecto central da teoria literária, o qual interfere com
uma série de questões – como a do autor, do leitor, da recepção – que tradicionalmente fazem
parte do campo da teoria e que se veem afetadas por este nó de convergência, que é ao mesmo
tempo o lugar das mais vivas divergências” (p. 48). Em relação aos aspectos que dizem respeito
à relação entre �cção e realidade, a ensaísta considera as contribuições de dois autores: Nelson
Goodman, que abala a distinção entre mundo real e mundos irreais, ao propor a construção de
versões do mundo ou de mundos, considerando que “há tantas versões do mundo quantas as
representações que existirem dele, decorrente de uma percepção que varia com o contexto e
as circunstâncias” (p. 50); Goodman sublinha, ainda, que a distinção a fazer não é exatamente
entre realidade e �cção, mas entre não-�cção e �cção; e Käte Hamburguer, que estabelece uma
diferença entre �ngimento e �cção, não opondo �cção à realidade, mas sim a enunciado ou
enunciado de realidade. Trata-se, portanto, de “sempre actualizar oposições do tipo natureza/
artifício, mundo real/ mundo �ccional, activo/ passivo, as quais têm por base uma concepção
da linguagem, enquanto instrumento de representação e comunicação que se auto-anula para
dar lugar ao outro – as imagens das coisas, a força do agir” (p. 52). Eis o interesse de Silvina
Rodrigues Lopes: a abertura, tensão ou movimento da linguagem para o exterior, de modo que
o leitor reinvente a linguagem da obra no confronto com os limites da sua própria linguagem –
29
já que, segundo Lopes, “a leitura é também ela uma experiência que implica a �ccionalidade
da linguagem” (p. 59). Logo, “Não se trata de estabelecer uma oposição ou um dilema entre
ambas, mas de conceber a travessia da primeira como condição da segunda” (p. 56). Partindo
de uma epígrafe de Friedrich Nietzsche em Humano, demasiado humano, Lopes inicia o
terceiro ensaio, “Da necessidade à intranquilidade”, dizendo sobre como o termo “humanidade”
carrega, ainda hoje – lembremos que o ensaio foi publicado pela primeira vez em 1999 –, um
sentido preciso e, ao mesmo tempo, vago, para chegar à questão de um “devir- -outro”: para
ela, o homem “foi superando uma fragilidade original face ao exterior” (p. 61), um processo
que se tornou evidência por conta de uma capacidade de tornar indissociáveis a consciência
da mortalidade e o desejo de encontro; em suas palavras: “capacidade de dizer ‘sim’, sem
ignorar que é a a�rmação que introduz o tempo pelo qual quem a�rma é já outro” (p. 62). A
impossibilidade do devir-outro decorre da liquidação do humano – seja pelo terror, seja por meio
de um outro tipo de compulsão ao silêncio. Admite, portanto, que o “terror” assombra ainda hoje
o nosso cotidiano, e é isso que lhe importa saber: perceber como ele, o terror, surge a partir de
uma con�guração política e social, que, embora, em larga medida o ignore, “pois ele [o terror]
não toma a forma habitual de ameaça mortal pura e simples, mas de morte daquilo que em nós
é irredutível a automatismos ou se baseia em regularidades biológicas” (p. 62). Reconhece, no
entanto, que não seria possível falar de terror apenas em sentido absoluto – “ele tem, para além
disso, o sentido de uma emoção, íntima e social” (p. 63). Ainda, a ensaísta chama a atenção
para os diferentes modos de imbecilização que nos cercam (a beleza, a força, o dinheiro), o que
colabora para o “reforço do egocentrismo” (p. 70). Como se não bastasse necessitarmos cada
vez de mais estímulos, caímos num estado de frustração, caímos na monotonia, como se nos
esquecêssemos de que “todos os objetos são monótonos, porque são formas apenas �nitas” (p.
70). Daí não conseguirmos mais �carmos sós, logo, “a possibilidade do encontro desaparece
perante a universalização de uma interação de permanência” (p. 71). Diz, por �m, que numa
hipótese catastro�sta, caminharíamos para a perda do humano, do relacional – um tempo em
que não haveria, tampouco, o terror enquanto emoção. E somente assim, da necessidade à
intranquilidade, por meio desse desvio, nos a�rma(ría)mos mortais. São muitas as questões
que se colocam nas páginas seguintes de A anomalia poética, partindo desde as relações
de estilo, gênero e exemplaridade, passando pela noção de hipertexto, pelas categorias de
sujeito-objeto, pela dominação da indústria cultural, chegando até as discussões que põem em
xeque os campos da arte e da política – considerando discussões sobre consumo, desejo e os
modos como as sociedades acolhem as obras de arte, por exemplo. Em todas essas questões
Silvina Rodrigues Lopes procura indagar não só os seus funcionamentos, como também os
problemas que os cercam, sempre se propondo a assinalar alguns traços característicos das
transformações pelas quais passaram tais noções ou discussões.
30
Avançando um pouco mais, é em “A anomalia poética”, ensaio que dá título ao livro – não
sem razão –, que Silvina Rodrigues Lopes assume, de vez, sua postura interrogatória e, em
certa medida, con ituosa e combativa: Lopes (se) interroga sobre “uma obsessiva vontade de
classi�cação” (p. 165) que, segundo ela, se re ete, ainda hoje, em grande parte do discurso
sobre poesia; uma tendência que, de acordo com o texto, serve a uma lógica de “promoção
das poéticas” (p. 165), similar às técnicas do marketing – prática que reduz o poema a um
mero objeto de consumo. Desse modo, o objeto-livro �ca refém das críticas dos chamados
“sacerdotes da poesia”, e não da relação que ele possa estabelecer diretamente com o leitor –
uma poesia que se leria “sem a ajuda de especialistas” (p. 170). Daí, sua tese: “Um poema não
é um objecto como os outros: não é um objecto; nunca é como os outros. É essa a sua, a nossa,
anomalia poética” (p. 166). É essa resistência, esse embate com uma lógica mercantilista, que
interessa a Silvina – não só esse embate, mas outros também, e o principal: o embate com o
indizível. Esclarece, como aquela que segue defendendo a defesa do atrito, aquela que advoga
o duelo: O duelo com o indizível só cada um o pode travar. Ele tanto se pode dar no mais realista
(entendendo que este adjetivo se refere ao verosímil, à existência de referência ao quotidiano)
como no menos realista dos poemas. O duelo é sempre com o real; é este, enquanto indizível,
que resiste em ato ao instituído, à realidade, e impede que esta se feche, impede que esteja
tudo dito. Sabe-se, entende-se, que o duelo é necessário, que não se pode fazer das linguagens
fortalezas incólumes à intensidade dos corpos que as constroem e habitam (a sensação de
que está tudo dito é talvez a mais mortífera). (LOPES, 2019, p. 169-171) Consciente de que
nem tudo está dito, os escritos de Silvina Rodrigues Lopes direcionam seu olhar não só para
os estudos de teoria da literatura e os estudos de literatura portuguesa, como também inclinam
seu pensamento para a arte, acumulando conhecimentos teóricos e �losó�cos – sempre na
tentativa de se inscrever enquanto escreve; a forma ensaística, portanto. Embora nem mesmo
as editoras portuguesas tenham realizado, até hoje, o trabalho de corporizar uma edição
sistemática, rigorosa e acessível de toda a sua obra crítica, estamos, por ora, bem servidos com
a edição brasileira de A anomalia poética, publicação que certamente já vem contribuindo para
os estudos no campo da literatura. Torçamos para que, a curto prazo, ações de incentivo, apoio
e distribuição possibilitem avanços como este, a�nal, sua obra merece ser publicada, debatida e
conhecida no Brasil como uma referência indispensável aos campos do comparativismo cultural,
da teoria da literatura e seus trânsitos nos tempos de agora – um “agora” que, talvez, nem
mesmo Silvina Rodrigues Lopes imaginasse, quando da preparação dos ensaios, ser ainda um
sintoma do presente.
REFERÊNCIAS
LOPES, Silvina Rodrigues. A legitimação em literatura. Lisboa: Edições Cosmos, 1994.
LOPES, Silvina Rodrigues. A anomalia poética. Belo Horizonte: Chão da Feira, 2019.
Fonte: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/matraga/article/view/56362/36898
31
2.2.3 – O artigo cientí�co
32
Para o referido pesquisador, esse gênero possui uma estrutura comum de
texto cientí�co, mas que ao mobilizar resultados de investigação, precisa colocar em
evidência os objetivos do texto, a fundamentação teórica utilizada, a metodologia
desenvolvida, uma análise de dados que participam da pesquisa, bem como as
considerações que todo processo investigativo nos levou a compreender. Isso,
além das referências bibliográ�cas e documentos que permitiram a realização da
pesquisa.
• Objetivos do tópico
a) Apresentar o conceito de artigo cientí�co;
b) Demonstrar características e técnicas da produção escrita do artigo cientí�-
co;
c) Indicar exemplo de produção de um artigo cientí�co
Atenção
Sobre a formatação técnica do texto, as revistas e periódicos
costumam estabelecer normas especí�cas para a publicação
dos artigos, cabendo ao autor se inteirar delas antes de enviar
seu trabalho à editoria. (SEVERINO, 2013, p. 182).
33
• O conteúdo
A produção escrita de um artigo deve apresentar, inicialmente, uma
introdução ou apresentação que informe ao leitor o assunto, o objeto de estudo, os
objetivos geral e especí�cos, a �liação teórica em que se insere dentro da área de
estudo, os procedimentos metodológicos utilizados e a discussão e re exão que
será realizada. Por �m, na conclusão ou considerações �nais, ele precisa enfatizar
as contribuições da pesquisa. Além disso, a escrita do trabalho também pode ser
dividida em seções e tópicos numerados e com subtítulos.
• Os elementos estruturais
1.Introdução - (Problemas/Objetivos/metodologia)
Apresentar as principais linhas de desenvolvimento da pesquisa.
Descrever para seu leitor a terminologia empregada para auxiliar a com-
preensão de sua problemática de estudo.
Não citar os resultados do trabalho.
2. Revisão da literatura
Também conhecida como “quadro teórico”, ou “fundamentação teórica”,
a revisão da literatura se caracteriza como breve levantamento de conceitos e
re exões teóricas relevantes já publicados. Ela funciona como base de sustentação
teórica do trabalho acadêmico que é desenvolvido.
Atenção
Não podemos compreender esta parte da estrutura do artigo
cientí�co como uma transcrição ou descrição de pequenos
textos. Mas sim, como uma re exão articulada sobre ideias,
concepções, hipóteses, problemas, e sugestões de outros autores
que já desenvolveram outras investigações que auxiliam na execução
da pesquisa que é registrada enquanto texto cientí�co no artigo.
34
3. Materiais e métodos
Este item é a parte do gênero que explica os procedimentos que foram
planejados e executados para garantir a realização da pesquisa. É obrigatória para
trabalhos que envolvem práticas experimentais, coleta de dados, entrevistas, ou
ainda, questionários.
A descrição dos materiais e métodos utilizados na investigação permitem
que outros pesquisadores repitam os ensaios desenvolvidos, isto é, uma forma de
colocar a pesquisa em teste e fortalecer seu resultado na comunidade cientí�ca.
As técnicas e processos retirados de outros trabalhos, em especial, aqueles já
publicados, devem ser referidos por citação de seu autor.
4. Resultados/Discussão/análises
Ao desenvolver os resultados, as discussões e as análises, é importante:
Apresentá-los em ordem cronológica;
Utilizar tabelas e ilustrações, se achar necessário;
Os dados quantitativos, sempre que possível, precisam passar por uma aná-
lise estatística;
Comentário sobre os resultados;
Dar primeiros indícios sobre as conclusões;
Demarcar opiniões do autor com fundamentação teórica;
Apresentar uma relação entre causas e efeitos;
Explicar e comentar sobre contradições, teorias e princípios relativos ao tra-
balho;
Apontar formas de aplicação e impactos dos resultados obtidos;
Elaborar, se possível, uma teoria para justi�car os resultados obtidos;
Indicar possibilidade de novas pesquisas a partir das experiências deste tra-
balho.
5. Conclusão/considerações �nais.
A �nalização de um artigo é o momento que o pesquisador, após desenvolver
sua pesquisa com base em teorias e procedimentos teóricos, apresenta suas
respostas, a�rmações e opiniões fundamentadas nos resultados e nas respectivas
discussões que apresentou durante todo o trabalho. Além disso, é preciso lembrar
35
de alguns pontos:
Rea�rmar, de maneira sintética, a ideia principal.
Responder a problemática apresentada como justi�cativa da pesquisa.
Demonstrar como cumpriu os objetivos do trabalho.
Apontar possíveis encaminhamentos para futuros trabalhos.
• O que é o tema?
É a de�nição de um assunto. Por meio da vinculação com um campo de
investigação/área de estudo, escolhemos um tópico que será o tema que será
investigado.
Coleta de dados:
Levantamento da bibliogra�a;
Plano de leitura;
Documentação (anotação da referência);
Seleção do material coletado.
Divisão preliminar:
Introdução (projeto de pesquisa);
Desenvolvimento (fundamentação teórica, explicações, demonstrações,
análises e discussões);
Conclusão (recapitulação).
36
Atenção
Na divisão preliminar desenvolvemos um plano de texto
do procedimento de escrita. Na introdução apresentamos
a proposta/projeto de pesquisa que realizamos. No
desenvolvimento descrevemos a fundamentação teórica articulada
com explicações, exemplos, análises e discussões sobre a pesquisa.
Finalmente, na conclusão, recapitulamos a proposta inicial de investigação e
explicamos o que realizamos e quais as respostas que encontramos.
• A estrutura pós-textual
As referências bibliográ�cas
Neste item �nal do artigo cientí�co, é importante demarcar todas as obras/
textos que foram citados direta ou indiretamente no texto. Não se deve esquecer
que a lista deve seguir uma ordem alfabética e demarcar as referências conforme
as normas da ABNT.
37
SAIBA MAIS
38
Texto 3 - Exemplo de artigo cientí�co
Fonte:http://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistagepadle/article/view/4144/
pdf
RESUMO
Sobre o resumo, aprendemos que ele pode ser classi�cado como indicativo,
informativo ou crítico, conforme a ABNT. Aprendemos também que o tipo de
resenha adotado nas produções acadêmicas é a resenha crítica, pois ela permite
ao pesquisador argumentar e mostrar o seu posicionamento diante do assunto
comunicado. Por �m, aprendemos que o artigo cientí�co é utilizado pela maioria
dos pesquisadores para registrar e disponibilizar os resultados de uma
pesquisa para a comunidade cientí�ca.
39
REFERÊNCIAS
40
NORMAS, ORGANIZAÇÃO E
REGULAMENTAÇÃO DA ESCRITA
CIENTÍFICA
UNIDADE
Objetivos
Fonte: http://apoioemtudo.blogspot.com/2017/11/normas-da-abnt-orientacoes-tecnicas.html
41
Figura 04 - Regras de formatação da ABNT
Fonte: http://www.portaldotcc.com.br/abnt/
42
3.1 – A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)
Fonte: http://www.abnt.org.br/
Segundo consta em seu site, a ABNT é uma entidade privada e sem �ns
lucrativos que foi criada em 28 de setembro de 1940, ela é o Foro Nacional de
Normalização por reconhecimento da sociedade brasileira desde a sua fundação.
43
por qualquer pessoa, uma vez que há o emprego de uma linguagem técnica comum.
Sendo assim, nos perguntamos: a) Qual é a relação existente entre a ABNT e
a escrita de textos acadêmico-cientí�cos? e b) Por que devemos seguir as
normas técnicas propostas por ela?
SUGESTÃO DE LEITURA
Para saber mais sobre a ABNT ou o Foro Nacional de
Normalização da ABNT, faça a leitura do estatuto que está
disponível no link a seguir: http://www.abnt.org.br/images/
Docspdf/ESTATUTOABNT_abril18.pdf
3.2 – Paráfrase
Sant’Anna (1985, p. 17) explica que o termo para- phrasis é de origem grega
e signi�cava “continuidade ou repetição de uma sentença”. A paráfrase mantém
com o texto original ou texto-fonte uma relação de intertextualidade porque o novo
texto não diverge do texto parafraseado, mas assemelha-se a ele, mantendo a
mesma perspectiva.
Kristeva (1974, p. 440) defende o ponto de vista de que “todo texto se constrói
como mosaico de citações; todo texto é absorção e transformação de um outro
texto que o antecedeu e lhe deu origem.” Logo, entende-se que a intertextualidade,
conforme propõem Koch e Elias (2012, p. 86),
45
b) Intertextualidade implícita – ocorre quando não há citação expressa da fonte,
cabendo ao interlocutor recuperá-la na memória para construir o sentido do texto,
como nas alusões, na paródia, em certos tipos de paráfrases e ironias. (KOCH;
ELIAS, 2012, p. 94)
Atenção
A escrita do texto acadêmico-cientí�co utiliza-se tanto da
intertextualidade explícita quanto da implícita e esse uso
pode ocorrer de modo simultâneo ou não.
Exemplo de paráfrase:
a) Texto original: “Educar, formando o caráter, eis o problema máximo cuja solução
o momento reclama angustiosamente”. [VINÍCIUS. O mestre na educação. 10.
ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009].
De acordo com Meserani (1995), a paráfrase sempre remete a uma obra que
lhe é anterior para rea�rmá-la, esclarecê-la, deixando a intertextualidade marcada.
Trata-se de um processo de reescrita que pode incluir outros tipos de textos além
dos literários, como os de caráter cientí�co, por exemplo, e ainda a linguagem não
verbal.
46
Considerando as semelhanças existentes entre a paráfrase e o texto parafraseado,
Cruz e Zanini (2009, p. 1906) explicam que Meserani (1995) classi�ca a paráfrase
em dois tipos2:
Atenção
Os textos acadêmico-cientí�cos que constam neste e-Book,
como o resumo e a resenha, são exemplos de paráfrase
reprodutiva.
2
Esses conceitos foram discutidos no artigo “Paráfrase: campo de criação e trabalho nos textos
dos detentos”. Disponível em http://www.ple.uem.br/3celli_anais/trabalhos/estudos_linguisticos/
pfd_linguisticos/080.pdf
47
Figura 06 - Capa da obra resenhada
Fonte: https://www.amazon.com.br/ANOMALIA-POETICA-SILVINA-RODRIGUES-LOPES/
dp/8566421191
SUGESTÃO DE LEITURA
Acesse a referida resenha através do link disponível a seguir:
https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/matraga/article/
view/56362/36898
O outro tipo de paráfrase proposto por Meserani (1995) e explorado por Cruz
e Zanini (2009, p. 1906) é a “Paráfrase Criativa”.
48
Enquanto a paráfrase reprodutiva se aproxima da reprodução, a paráfrase
criativa possui sua dose de criação, dando origem a um novo discurso, sem, contudo,
divergir do texto que lhe deu origem. Como exemplo de paráfrase criativa, podemos
citar as Fan�cs, processo de escrita no qual o sujeito utiliza a sua criatividade e
re exão, transformando o texto parafrástico em um novo discurso, uma nova voz.
SAIBA MAIS
Essas expressões promovem a ligação entre o que foi e o que será dito,
criando um novo texto ancorado no anterior: o que foi parafraseado. Embora
existam autores que percebem a paráfrase como sendo um discurso sem voz e
apresentando uma linguagem pouco evoluída, Sant’Anna (1985) não desvaloriza
o trabalho realizado pelo autor da paráfrase. Segundo ele, ao reformular e restituir
49
o sentido de um texto, o autor da paráfrase dá origem a um novo discurso que
exigiu do seu produtor criatividade e trabalho re exivo. Esse trabalho não deve ser
confundido com plágio (assunto a ser tratado na próxima Unidade) ou uma mera
reprodução textual.
SUGESTÃO DE LEITURA
Amplie seus conhecimentos sobre paráfrase, intertextualidade e
Fan�c.
Leia o livro Intertextualidade, de Tiphaine Samoyault, publicado
pela editora Hucitec, em 2008. Disponível no link: https://dtllc.
fflch.usp.br/sites/dtllc.fflch.usp.br/files/Intertextualidade%20-%20
Livro%20completo.pdf
Leia os artigos Parafrasear: Por quê? Pra quê?, de Onici Claro Flôres, publicado na Revista
Letrônica. Disponível no link: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/letronica/article/
view/23314
Leia A intertextualidade: um conceito em muitos olhares, de Gutemberg Lima da Silva e
Roberta Varginha Caiado, publicado nos Anais do GELNE. Disponível em: http://www.gelne.com.
br/arquivos/anais/gelne-2014/anexos/708.pdf
SUGESTÃO DE VÍDEO
Assista ao vídeo O que é Fan�c? Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=kKwJ2xMcwys
50
Quando nos referimos aos discursos veiculados no contexto acadêmico-
cientí�co, dizemos que não é proibido usar as ideias e os conceitos produzidos por
outros autores. No entanto, devemos saber como fazer isso, ou seja, como inserir o
“discurso alheio” ou de “outra pessoa” em nossos textos, sem cometer plágio. Para
isso, é fundamental indicar a referência do discurso que foi citado diretamente ou
indiretamente.
Bakhtin (2000, p. 88) esclarece que nossas palavras não são “objetos virgens
ainda não designados”, mas elas se cruzam e se encontram com as palavras do
outro, de modo que todo discurso é essencialmente dialógico. Duas justi�cativas
sustentam essa asserção: i) o discurso é construído entre pelo menos dois
interlocutores que, por sua vez, são seres sociais; e ii) todo discurso se constrói
como um “diálogo entre discursos”, ou seja, todo discurso mantém relações com
outros discursos.
Maingueneau (2008, p. 141) explica que por mais �el que o discurso direto
seja, “é sempre apenas um fragmento do texto submetido ao enunciador do discurso
citante, que dispõe de múltiplos meios para lhe dar um enfoque pessoal”. 51
b) Discurso citado indireto – o enunciador citante tem uma in�nidade de maneiras
para traduzir as falas citadas porque não são as palavras exatas que são relatadas,
mas sim o conteúdo do pensamento. O locutor faz uso de suas próprias palavras,
remetendo a um outro como fonte do “sentido” dos propósitos que ele relata. O
discurso indireto não reproduz um signi�cante, mas dá um equivalente semântico
integrado à enunciação citante; e é o interlocutor que se encarrega do conjunto da
enunciação. Nele, veri�ca-se a existência de apenas uma situação de enunciação;
as pessoas e os dêiticos espaço-temporais do discurso citado são identi�cados em
relação à situação de enunciação do discurso citante.
Atenção
O discurso cientí�co geralmente emprega o discurso
indireto para conservar o conteúdo temático e separar os
discursos citante e citado.
52
SUGESTÃO DE SITE
Amplie seus conhecimentos sobre discurso citado. Acesse
o portfólio Discurso citado: trazendo outras vozes para
nossos textos, desenvolvido pela UNISINOS. Disponível em:
http://portfolio.unisinos.br/discursocitado/index.html
Leia a dissertação de mestrado Referência ao discurso do outro: uma análise
de problemas de relações de sentido entre discurso citado direto e discurso
citante no gênero monográ�co, defendida pelo pesquisador José Cezinaldo
Rocha Bessa, na UFRN, em 2007. Disponível em: https://bdtd.ibict.br/vu�nd/
Record/UFRN_deaa87bb56d5f1eb41c8b84ee8e83a9a
3.4 – CITAÇÃO
Atenção
A citação deve vir acompanhada da indicação de autoria, que
pode aparecer inserida no texto ou entre parênteses. O ponto
�nal deve �car após o fechamento dos parênteses, pois a
indicação da responsabilidade faz parte da sentença ou frase.
53
• Tipos de citação
Quando a autoria não �zer parte do texto, deve aparecer entre parênteses,
com as letras maiúsculas, seguida do ano e paginação, quando for possível
identi�car.
• Formas de apresentação
A) Citação curta – quando a citação tiver até três linhas, ela deve ser transcrita
entre aspas duplas dentro do texto, com indicação da fonte de onde foi retirada,
incluindo a paginação.
Exemplo: Para Saviani (1994, p.23) “Re etir é o ato de retomar, reconsiderar os
dados disponíveis, revisar, vasculhar numa busca constante de signi�cado.”
B) Citação longa – quando a citação tiver mais de três linhas, ela deve ser transcrita
sem aspas. Em parágrafo independente, com recuo de 4 cm da margem esquerda,
digitada em espaço simples nas entrelinhas, com fonte menor que a do texto e
indicação de página.
Exemplo:
O desenvolvimento do pensamento tem início com o nascimento e termina
com a aquisição do raciocínio lógico e formal, é comparável ao crescimento
orgânico: como este o desenvolvimento do pensamento re exivo. Orienta-
se sempre para um estado de equilíbrio (PALANGANA, 1998, p.81)
Atenção
Os exemplos apresentados aqui foram de citação direta.
55
• Sistemas de chamada
56
• Notas de rodapé
h) para indicar que não se quer citar todas as páginas da obra referenciada, utiliza-
se a expressão latina abreviada “et. seq.” (seguinte ou que se segue);
Exemplo: __________________
FOUCAULT, 1994, p. 17 et. seq.
No texto
Exemplo: os pais estão sempre confrontados diante das duas alternativas:
vinculação escolar ou vinculação pro�ssional. 4
No rodapé
Exemplo:
__________________
4 Sobre essa opção dramática, ver também Morice (1996, p.269-290)
58
SUGESTÃO DE LEITURA
Para saber mais sobre os tipos e como fazer citações,
consulte o Manual para normatização de trabalhos
acadêmicosdaUEMA (2019). Disponívelnolink: https://
www.biblioteca.uema.br/wp-content/uploads/2019/05/
Manual-de-Normaliza%C3%A7%C3%A3o-2019-1.pdf
3.5 – FORMATAÇÃO
Referências
SUGESTÃO DE LEITURA
Para saber mais sobre os tipos e como fazer referências,
consulte o Manual para normatização de trabalhos
acadêmicos da UEMA (2019). Disponível em: https://
www.biblioteca.uema.br/wp-content/uploads/2019/05/
Manual-de-Normaliza%C3%A7%C3%A3o-2019-1.pdf
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REFERÊNCIAS
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