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Avaliação Da Aprendizagem - Teorias de Luckesi Com Práticas em Uma Escola
Avaliação Da Aprendizagem - Teorias de Luckesi Com Práticas em Uma Escola
Avaliação Da Aprendizagem - Teorias de Luckesi Com Práticas em Uma Escola
Resumo
O presente artigo tem por objetivo analisar as práticas pedagógicas e os métodos de avaliação
utilizados em uma escola de ensino fundamental no município de Castanhal-Pa. A prática de
avaliar no contexto atual é mais classificatória do que diagnóstica, pois possui ainda, uma
essência de seleção e de identificação do grau de absorção dos conteúdos aplicados em sala de
aula. Essas classificações são determinadas em números que somadas ou divididas tornam-se
médias. Sendo assim, enquanto classificatória, a avaliação não tem a finalidade de auxiliar na
reflexão sobre a prática educativa. Para a coleta dos dados analisados, realizamos uma visita
em uma escola municipal do referido município, onde realizamos uma entrevista aberta com
professores da mesma. Para a discussão do tema utilizamos as teorias de Luckesi (2002) e
Libâneo (1994), sobre as práticas de avaliação. O teórico utilizado consiste na ideia de que a
avaliação deve fazer parte do planejamento escolar com a ajuda dos professores já que eles é
que estão diretamente ligados aos educandos. Em geral o autor nos faz pensar que mesmo que
as instituições estejam voltadas aos processos de ensino e aprendizagem de forma crítica, ou
seja, para encaminhá-lo de uma forma significante, permanecem adormecidos em um conto,
ou seja, é uma utopia. Acabamos sempre voltados para a pedagogia de exames, com a
preocupação sempre de medir, quantificar e no final a promoção do aluno. Nessa pesquisa
podemos perceber que é bastante pertinente a utilização das notas em busca de sua avaliação
levando em consideração influências importantes de pais de alunos, profissionais da
educação, sistema de ensino, professores e até mesmo os alunos que estão com os olhares
voltadas para a questão da “aprovação ou reprovação” embora todos com olhares diferentes
possuem a mesma intenção.
1
Graduanda em Pedagogia pela Universidade Federal do Pará. E-mail: filosofiaclotildecampos@gmail.com
2
Graduanda em Pedagogia pela Universidade Federal do Pará. E-mail: sheila_araujo16@hotmail.com
3
Graduanda em Pedagogia pela Universidade Federal do Pará. E-mail: raphaelepatricia@hotmail.com
ISSN 2176-1396
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Introdução
for, a educação dará um importante passo para uma evolução, e os alunos terão um incentivo
a mais para continuar na escola e desenvolver-se nos seus diversos aspectos.
Ainda hoje é possível ver a grande evasão escolar, isso considerando as pessoas que
conseguem o ingresso na escola, infelizmente muitos destes que seguem e que têm acesso a
educação, uma hora são obrigados a parar por não haver um apoio e incentivo, às vezes por
parte da família e em outros casos por falta de recursos e condições que provém dos projetos
políticos.
Muito tem se falado em educação, muitos projetos, modelos de práticas eficientes,
mas cabe lembrar que muito disso fica apenas no papel, na teoria, pois se investe muito pouco
em educação, tanto no reconhecimento do professor, como no desenvolvimento do aluno, há
que se considerar no decorrer da história da humanidade as mudanças educacionais, e
perceber que ainda temos uma hierarquização na educação.
Nas universidades é mais notório essa questão da hierarquização, onde os alunos de
camadas populares ingressam nos cursos de remuneração mais baixa enquanto que os de
classe mais alta tiveram meios e condições para se preparar e alcançar os cursos de maior
elevação social, claro que isso não é uma regra e a cultura vai influenciar nessa tomada de
direção.
Como bem diz Luckesi “A educação é o meio pelo qual a sociedade se reproduz e se
renova cultural e espiritualmente, com consequências materiais”, dessa maneira cabe à escola
e ao professor trabalhar para o desenvolvimento do aluno de maneira que este tome como
hábito a prática do estudo, da compreensão, da análise, da crítica e demais habilidades.
Assim a avaliação tem fundamental importância para a obtenção desses resultados e
até mesmo para a verificação de falhas na prática docente e no desenvolvimento do educando.
Isso ocorrerá mais fácil e rápido se o professor conduzir seu trabalho não de forma mecânica,
mas utilizando de métodos atraentes aos olhos dos alunos.
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Um pouco da realidade
Muitos professores, em suas práticas de ensino tem buscado utilizar esse método
classificatório para controlar os alunos.
Segundo a professora Lua, da escola X há vinte e cinco anos:
Os alunos de hoje são muito violentos, para controlá-los me utilizo de notas, quando
digo ao aluno se você não se comportar vai perder dois pontos para a prova, consigo
com que eles fiquem mais obedientes.
Essa realidade nos remete as palavras de Libâneo (1994), quando ele afirma que o
trabalho de muitos docentes está limitado a sala de aula, sem preocupação com o cotidiano da
criança fora da escola, sendo assim muito esquecem que o ensino busca resultados para a vida
pratica, para o trabalho, para a vida na sociedade.
Quando conversamos com determinados professores de uma escola fizemos a seguinte
pergunta: o que seria avaliação e como ela avalia seus alunos.
Ela por sua vez disse:
Esse relato nos remete ao discurso de Luckesi sobre a aprendizagem onde fala em
formas de aprendizagem, espontânea e informal, intencional e sistemática, através dessas duas
formas o professor trabalha além do conteúdo proposto pelo cronograma institucional que
facilmente encontramos nos livros didáticos, assuntos relacionados à vida cotidiana do aluno,
aproximando tais conhecimentos à sua realidade, fazendo com que o aluno reflita e
problematize os acontecimentos ao seu redor, assimile de forma receptiva e ativa, exercite
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contribuindo para o crescimento e amadurecimentos dos mesmos, tirando o que eles mais
gostam. Mas existem outras maneiras de corrigir o erro, este não é o melhor a ser usado.
Para Luckesi (2002, p. 52) “a razão imediata e aparente do castigo decorre de fato de o
aluno manifestar não ter aprendido um conjunto determinado de conhecimentos, uma
sequência metodológica ou coisa semelhante”.
Nesse caso será castigado o sujeito que não segue os padrões pré-estabelecidos pelo
sistema educacional, essa é uma das razoes do uso do castigo que por sua vez acaba gerando
ao aluno muitos problemas, tanto emocional, moral e no seu aprendizado.
Segundo o autor “Para que exista erro é necessário existir um padrão”. (LUCKESI,
2002, p. 52). A ideia do erro consiste no contexto da existência de um padrão já considerado
correto, dessa forma considera-se que se não haver padrão não haverá erro. Uma ação
somente poderá ser considerada errada na medida em que se tem uma ideia que como seria
considerada correta.
Tanto o erro como o insucesso pode ser considerado como fonte de virtude no ensino e
na aprendizagem escolar. O fato de não se chegar ao esperado não significa o fracasso, mas
sim um estimula para se chegar mais longe.
É preciso conhecer a origem do erro, para então superá-lo com ganhos positivos para o
crescimento, principalmente na aprendizagem, o erro não deve de forma alguma se
considerado como fonte castigo, mas sim como superação e autoconhecimento.
Para Luckesi (2002) de fato, a avaliação da aprendizagem deveria servir de suporte
para a qualificação daquilo que acontece com o educando, diante dos objetivos que se tem, de
tal modo que se pudesse verificar como agir para ajudá-lo a alcançar o que se procura.
Dessa forma o erro e a culpa estão relacionados com a questão da aprendizagem, estes
representam uma ameaça para a educação e para a personalidade do aluno uma vez que acaba
reprimindo suas ideias, afetando sua vida tanto dentro como fora da sala de aula.
Discutiremos a questão da avaliação do aluno relacionada à questão da
democratização do ensino, perguntando se a atual prática da avaliação da aprendizagem
escolar está a favor ou contra a democratização do ensino.
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A sociedade atual exige alto grau de escolarização de todos os indivíduos para que
possam usufruir dos bens construídos por ela, para tudo necessitamos da leitura, no nosso dia-
a-dia para nos informarmos sobre algo, para nos guiarmos em uma cidade e para situações
mais complexas como usufruir das riquezas de uma cultura. Não é somente a escolarização
que nos permite isso, porém é um instrumento necessário para se chegar a tal.
Considerações Finais
métodos para conter seus alunos fazendo com os mesmos percam o entusiasmo pela
aprendizagem da disciplina prazerosamente e sim pela ameaça da prova levando-a a estudar.
Em geral Luckesi (2002) nos faz pensar que mesmo que as instituições estejam
voltadas aos processos de ensino e aprendizagem de forma crítica, ou seja, para encaminhá-lo
de uma forma significante, permanecem adormecidos em um conto, ou seja, é uma utopia.
Acabamos sempre voltados para a pedagogia de exames, com a preocupação sempre de
medir, quantificar e no final a promoção do aluno.
Tendo como base no que foi dito, o autor, nos mostra as consequências dentro desse
processo de ensino/aprendizagem, onde mais uma vez as “notas” estão sendo adoradas tanto
pelos professores quanto para os alunos. Para o aluno o único objetivo é saber o seu conceito
final e o professor de exercer o seu poder.
Para Luckesi “a avaliação da aprendizagem existe propriamente para garantir a
qualidade da aprendizagem do aluno. Ela tem a função de possibilitar uma qualificação da
aprendizagem do educando” (2002, p. 66), concluímos que atual pratica da avaliação vai
contra a idéia de democratização do ensino, na medida em que ela não tem colaborado para a
permanência do aluno e a sua promoção qualitativa.
REFERÊNCIAS
LIBANEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. – (Coleção magistério. 2º grau.
Série formação de professor).